Friday, November 27, 2009


*1924 + 2009

Monday, November 09, 2009

NÔ E ANALITA

Ficamos às vezes tentados a falar a respeito de nossos pais, não para os outros, para nós mesmos como forma de sentir a saudade positiva que por vezes se nos arrebata.
Nosso amigo, confidente e carinhoso; Nô Barbeiro, na gíria de hoje nosso coração diria que ele foi “O Cara” (para nós). Como todo ser humano, com defeitos e virtudes, já ficamos meio bravos uns com os outros por causa dos defeitos; ou seja, nós ficávamos bravos, porque o senhor sempre foi a flexibilidade em pessoa. Via o mundo com uma naturalidade incomum, e a nós( filhos homens) legou a calvície (como herança física), e a nós todos, o espírito de querer ajudar o próximo (como herança humanística). Nisso o senhor foi PHD, porque mesmo tendo pouco ou quase nada, partia o pouco que tinha com o próximo. Não falamos do que ouvimos, falamos do que vimos. Isto fez do senhor um humanista convicto.
Nossa querida mãe, sincera, verdadeira, exigente, mas cuidadosa com todos os filhos. Guerreira, lutadora, não tinha medo de enfrentar desafios. Costureira, cabeleireira, pasteleira, trabalhou muito. Houve uma época em que a tesoura dela e a de pai que nos alimentava. Tida como rígida, não nos deixava matar aulas, faltar ao catecismo, exigia que pagássemos nossas contas em dia. Perdera os pais aos doze anos, sabia as dificuldades da vida.

Junção do diamante (rígido) com a água (flexível).

Pois bem, em 1945, Deus abençoou a união da rigidez amorosa com a flexibilidade de um coração terno e Nô e Analita viveram um casamento de 59 anos, com problemas, com dificuldades, mas sempre juntos os dois e nós (oito filhos).
É por isto que escrevemos este texto, para agradecer ao SENHOR, os pais e os irmãos que nos deu, o que se estendeu para cunhados(as), tios, sobrinhos, primos e amigos.
É hora de reconhecer, às vezes com lágrimas nos olhos, mas agradecidos porque fomos e somos felizes.

Ailton Petrônio de Castro

Thursday, November 05, 2009

PARA REINALDO


É meu irmão, achou que não ia chegar a sua vez? Pois é chegou. E contar para todos o seu apelido de menino, não aquele que você ta pensando, é Nado mesmo como carinhosamente todos de casa te chamavam.

Como nós outros, você era um “peladeiro” de marca maior. Onde tinha bola, você estava. A diferença é que chegou a ser “cartola”, pois fundou a equipe de meninos "Estrelinha Futebol Clube" (Pelezinho, Paulo Emílio e outros). Mas como tudo passa foi você também, seguindo o Deco para a casa de Tia Ivone e do Tio Arzelino em Timóteo. Fez Metalurgia e ficou praticamente 33 anos na Acesita, período em que pescou a Maysa, resultando em Gabriela e Guilherme.

O seu perfil é o da alegria contrastando com a de seus irmãos (mais sisudos).

Mas você faz a festa. Gozador inveterado fazia Pai e Mãe rirem de suas brincadeiras. Não perdia como grande cruzeirense a chance de gozar a mim, ao Deco e ao Leonardo por causa do nosso “Galo”. Grande beque no futebol, junto com o Timé no Nacional, formando com ele uma forte e eficiente zaga. Cheguei a chamá-lo de Perfumo.

Pois é quero dizer-lhe que precisa continuar com esta alegria para contrastar com a nossa sisudez.

Finalmente, caro frater, não poderia deixar de demonstrar a nossa admiração pelo profissional competente que você sempre demonstrou ser, tanto na Acesita, como hoje na Figueiredo. Todos os seus colegas reconhecem em você um executor competente na sua área de trabalho, valendo-se sempre do diálogo para promover um ambiente de boa convivência e de eficiência. Como já tirei o chapeu para o Deco, resta-me tirar o boné para você!...

É isto Nado (gostou?....). A GENTE AMA VOCÊ MESSSMO!

Petrônio

Tuesday, November 03, 2009

PARA JOAO BOSC0

Meu caro mano você é uma pessoa de sorte. Jogar futebol de menino, chutar uma bola, e enfiar o dedo em uma aliança encrustrada no chão do campinho (de terra) e anos mais tarde derretê-la para fazer a aliança de seu casamento, já é um bom sinal. Pois é...hoje estou tentando homenageá-lo, traçar um pouco de seu perfil. Aí fico a recordar como você gostava de jogar um futebol; quer seja de salão ou de campo. Apreciava ir para a Fazenda do Tio Marinho e era chegado em pássaros. Tem algumas coisas em você que realmente admiro. O seu modo simples e natural de viver é bem parecido com o de nosso pai. Seu temperamento franco, já é algo da nossa mãe. Tem a sua opinião e não fica, “em cima do muro”. É oito ou oitenta. Esta clareza e transparência fizeram de você líder no campo de futebol, havendo sido campeão, como Técnico, pelo Nacional Esporte Clube por diversas vezes.
A seriedade no trabalho contrasta com as brincadeiras e gozações das sextas-feiras (à noite), quando tira o seu momento para o lazer. Lembro-me bem das cantorias (e Domingão tava lá), onde cantavam "Balada John Wayne" e "Rock In Bela Vista".
Juntamente com a Luiza, e os filhos Bruna e Zé Luis, você alimenta a sua fé em Deus e torna forte a sua religiosidade.
Tenho muito a aprender com você. Aliás, acho que conversamos pouco, talvez porque o silêncio faça parte da sua sabedoria interior.
No mundo de hoje as pessoas têm dificuldades em dizer coisas ao próximo, mas eu não vou fugir da verdade: “Meu caro irmão, gosto muito de você”. Obrigado por existir.