TEMPO

" Vim te agradecer pelas perdas (necessárias) e pelos ganhos (merecidos)."

CASOS & CAUSOS

  GERALDO PERGUNTA

Há alguns anos, conversando com um conhecido, ele me disse :

- " Sô moço, na vida tem pessoas de todo jeito, tem uns que só respondem pergunta com outra pergunta.''

* Mas o que Senhor quer dizer com isso? ... Perguntei.

- Olha. . .  eu conheci um tal de Geraldo, nascido lá pras bandas do Sem Peixe, filho de uma família numerosa. Já rapazinho,  ele foi trabalhá lá no Monlevade. Por lá conheceu a Maria Rita e com ela casou. Ficou morando nos ' Carnerinho '.Toda tarde quando saia do serviço ele  parava no boteco pra tomá 'umas' e comer um tira- gosto, principalmente um miúdo de porco. Ali batia uma sinuquinha e já chegava em casa meio tarde.

  Uma noite a Maria Rita precisou dele, e ele nada de chegar. Do seu lado, ele inventava suas desculpas. Nesta noite, quando chegou,  a Maria Rita perguntou :

" Onde ocê tava, tô te procurando desde cedo ?"

E ele: " Tive que passar na farmácia primeiro !"

E ela assustada : " O que aconteceu, cê tá doente ?"

E ele todo arrogante : "Oh Maria Rita ! . . .só porque passei na farmácia eu tô doente ? Então se eu tivesse
passado no cemitério eu tava morto ?"

CASOS & CAUSOS

O CAMINHO DA DOR 

    Há alguns anos um médico foi atender em um Posto de Saúde da zona rural do Prata, isto quando iniciou-se o atendimento  nas localidades.

    As mulheres ainda tinham grande constrangimento para explicarem seus incômodos para os doutores, ainda mais se fossem  jovens.

    Pois bem, uma delas adentra à sala do médico, porta fechada, inicia-se o diálogo:

    - Vamos ver!... O que a Senhora tá sentindo?

    * É uma dor, doutor, enjoada mesmo, daquelas que anda pelo corpo quase todo.

    - E onde se manifesta?

    * Ela começa no "peito',  passa pela boca do "estambo",  continua na "perseguida" e acaba lá no " franzidim do arremate".

    Duvidou?: Pergunte ao Médico Roberto Quintão (filho do nosso saudoso amigo Sô Renato Furtado).

UM LUGAR BOM PARA VIVER

    Uma Cidade boa para se viver deve depender de vários fatores. Creio eu que um fator importante é a cultura do povo. Não falo da educação formal, falo dos costumes, dos valores éticos e morais.

    Importante para uma boa formação de caráter é uma certa consonância de comportamento dos líderes, das pessoas e das famílias que tem o compromisso de formar "opiniões".

    Ao contrário do que se pensa, a divergência de idéias é benéfica, pois ela proporciona o "pensar", o "criar" para buscar soluções. O que não é favorável é o provincianismo paroquial que faz do outro , o meu eterno inimigo, e não alguém com direitos e deveres como eu. Temos que mudar o nosso comportamento conspiratório ( ser do contra só pra contrariar) para um comportamento inovador.
    De forma alguma desejo desdenhar o valor da matéria, o que não se pode é tornar-se adepto da mediocridade ou da mesquinhez, demonstrando pobreza de repertório e de imaginação que impossibilita verificar atitudes radicais anteriores, e no que essas atitudes se transformaram.
    "Não queira saber primeiro, o que o outro tem; e sim, o que ele é". 
    Tenho certeza que pessoas ajuizadas e equilibradas formulam boas propostas de vida para um povo. Observo hoje que o número de pessoas de nossa Cidade que estão tendo acesso aos Cursos Técnicos e às Faculdades têm aumentado. Vamos aproveitar isto. 
    Outra coisa, vamos cuidar da nossa Cidade com carinho, com o sentimento que é o lugar que te acolheu, é seu berço, é seu descanso. Vamos mantê-la o  limpa e florida, casas pintadas e passeios em  bom estado. É a nossa casa.
    Vamos dar bons  exemplos pelas nossas atitudes. Agir mais e, às vezes, falar menos. Os filhos e netos aprendem com os bons exemplos dos pais e dos avós, pois só assim podemos formar um povo educado, com elevado nível cultural, bons costumes e sobretudo com capacidade de discernimento e  de bom senso.. 
     
     

QI

A relação afetiva precisa da beleza que atrai, mas muito mais da inteligência que mantém.

O BELO

Beleza não ajuda, não atrapalha, compõe.

SONHOS

Nuvens são como sonhos flutuando no céu azul da mente.

CORRUPÇÃO

A partir da posse no STF do Ministro Joaquim Barbosa os políticos hoje podem muito menos do que puderam.

FALSIDADE

Não urine nas minhas costas e desculpe-se dizendo que está chovendo.

CASOS & CAUSOS

Bumbum com Defeito

    A minha mãe contou-me este  caso de um dos meus tios, fato que ocorrera na idade de três anos mais ou menos.

   A minha vó, naquela época, colocava o menino para tomar banho na bacia. Esquentava a água no fogão de lenha, misturava com água fria e deixava o menino ali curtindo a "hidromassagem" dele; brincando, inclusive com um sabonete. Foi o que aconteceu, o sabonete pulava das mãos dele e caia na banheira, ele procurava, mexia, enfiou a mão debaixo do bumbum pra procurar e... de repente... deu um grito: 

"Mãaaieê, corre cá,  minha bunda tá furada!..."

CASOS & CAUSOS

SÔ PINTO

    Zé Pintinho era realmente uma pessoa espirituosa, além de um voluntário eterno. Ele era pau pra toda obra. Além de cuidar da sua oficina, foi Delegado de Polícia, ajudava na Igreja, tocava na banda, em todos os bailes e carnavais ajudava no PTC, na portaria , no balcão, na fiscalização do interior do clube. O que nós hoje chamávamos de "voluntário", ele o era e com louvor.

    Ele era muito querido, Nonô pra uns, Pintinho pra outros, Zé Pintinho para outros tantos e Sô Pinto para alguns poucos. 
 

Pois bem, ele mesmo contava, que certa feita, em  um baile no PTC, ele estava em pé ao lado da pista de dança, observando como fiscal (é verdade, havia isto), e como músico seguia com o corpo o ritmo da música. Uma moça chegou perto dele e brincou:

_ "Sô Pinto dança?"

*Ele respondeu : "Só balança".

Duvidou? Pergunte Alcione Oliveira (Sobrinha dele).

MENSAGEM DE FÉ

 Em todo filho depois que se torna pai, opera-se uma mudança. Uma grande mudança.

Ter pai ou ter alguém como figura paterna é maravilhoso. Quando perdemos “nosso pai”, perdemos a certeza de que se poderia voltar para a casa dele quando necessário.

Ser pai é muito diferente de ter pai. Ser pai é privilégio, responsabilidade, função, posto de vigilância e  referencial.

Hoje tenho que responder por minhas palavras, por minhas atitudes. Tenho que ser exemplo.

A todos os filhos que ainda teem pais, peço-lhes que o abracem agora, hoje ou até amanhã, mas abracem-no.

CASOS & CAUSOS

Xixi na Bicicleta

    Zé Pintinho aventurava-se em sua bicicleta aos domingos, ia para Santa Rita namorar Da. Nhanhá.

    No final do ano de  1946, em um domingo, ele tocou na banda pela manhã, almoçou e embicou a bicicleta para o lado da Vargem Linda, passou pela Reta, Teixeiras, e  alcançou o Areião perto da Fazenda de Sô Lady. Quando começou a subir o morro para virar para a Jazida do Lucas sentiu uma vontade danada de urinar; mas pensou, vou acabar de virar o alto.

    Vencido o morro, quando olhou para o lado de Santa Rita, o céu tava escuro, um negrume só, a promessa de chuva era brava. Pensou: Vou tomar essa chuva toda, pra que parar para mijar, se vou molhar?... respirou fundo, relaxou e soltou o xixi sentado na bicicleta mesmo. De repente, uma bruta de uma ventania esparrodou a chuva, o sol retornou, o tempo abriu e não choveu.

    E agora? . . . todo molhado, como que ele ia namorar? . . . olhou pra garupa, havia uma bolsa e dentro uma calça do uniforme da Banda de Música; não se fez rogado,  tirou a calça molhada e vestiu a do uniforme. Chegando à casa de Da. Nhanhá, ela perguntou:

    " Que isso Nonô, com calça da Banda do Prata?"

    E ele na veia:

    " Nhanhá eu tava com tanta saudade docê que vim direto do ensaio da Banda pra cá!...

    Duvidou? = Pergunte ao Ronio (filho dele)

AGRESSÃO ÀS MULHERES

    "Apanhar do companheiro é uma prova de amor".
    Uma tese defendida por juristas é a de que as mulheres agredidas preferem o sofrimento silencioso a uma solução que passe pela ruptura da conjugalidade e pela perda de uma posição social.
    "Não posso deixar as crianças ele é o pai dos meus filhos".
    Outra teoria é a "síndrome da mulher batida", que sentindo-se encurralada, desenvolve um medo legítimo de sua morte. A mulher vítima deste abuso sente-se isolada e impotente, submetendo-se passivamente.
    O que a mulher pretende é a auto-preservação e a sobrevivência; por isso ficar calada é uma atitude pensada.
    Casos há em que a mulher pensa em suicídio, e em outros chega a ter vontade de matar o parceiro. São reações que podem ocorrer em situações que se tornam intoleráveis.
    Nos ciúmes entre marido e mulher;  ela, às vezes, mata para defender-se ou aos filhos. Ele, para que não lhe escape a apropriação ou total controle.
    As mulheres ainda não se sentem seguras para denunciar porque temem a vingança; contudo, os serviços de saúde, por lei, são obrigados a alertar as instâncias policiais sempre que neles der entrada uma pessoa com indícios de agressão, sobretudo, em casos mais graves.
    Melhor solução: Não conviva com nenhuma pessoa que resolve as coisas através de agressão e dos palavrões. Evite namorar, casar então!... Jamais   

CASOS & CAUSOS

O Sonho

    Noite destas deitei ensimesmado, desacorçoado mesmo. Voltei a pensar sobre o valor de um abraço. Acreditem, cheguei a imaginar que deveríamos colher assinaturas, talvez pela internet, não sei como não... mas para enviarmos um projeto de lei ao Congresso Nacional instituindo o dia do "Abraço". Refleti, mas achei que era pouco. Quem sabe se criássemos, como o Hino Nacional, o "Cumprimento Nacional", através do abraço, claro.

    Como imaginar não paga imposto de renda na fonte, fui divagando:

    - O pai levanta-se abraça os filhos.

    - Os alunos serão recebidos pelo professor com um abraço.

    - O empregado ganha um abraço do patrão na hora de bater o ponto.

    - O médico chega ao hospital e abraça seus pacientes e aí por diante...

    A gente ia fazer um regulamento para o abraço. Gilberto Gil já fez "Aquele Abraço". Todo ato humano começaria e terminaria com um abraço. Será que estou exagerando?... pode ser, mas então por que a mãe só fica com o nenem nos braços?... Outro dia, no aeroporto, vi um pai chorando abraçado ao filho que já ia morar na Itália, chorei junto com ele. Na Igreja a gente dá abraço da paz, não é mesmo?

    Reparem como a vida, o mundo, tudo melhora depois de um abraço!...

    Aí me deu uma vontade imensa de sair abraçando todo mundo, cheguei a pensar:

    " Oh Deus dê um jeito de eu dar pelo menos mais um abraço em meu pai". Mas isso não é mais possível, então pensei vou dizer aos meus amigos o seguinte:

        Ainda há tempo, corram e abracem os que vocês amam.

    Acordei ... Estava abraçado ao travesseiro.

    Então...Um abraço a todos!   

SECTARISMO POLÍTICO

    O povo não pode pagar um preço alto pela ausência de diálogo e compromisso.

    A briga pessoal em política é nociva e corrói a boa convivência.

    Praticar democracia é abrandar discursos radicais e evitar a imposição de pontos de vista avessos ao diálogo.

    As nossas dificuldades em comunidade são muito mais por sermos dirigidos por quem não esteve a altura, do que propriamente por problemas econômicos.

    Há que se pensar em soluções razoáveis e por de lado o experimentalismo individual. Nós precisamos é de moderação e equilíbrio.

    Divisões e ofensas são atitudes cruéis de quem não reconhece o valor dos adversários, por medo de perder a liderança. Então apontam com acusações fortes e agressivas os erros do outro lado e amenizam os próprios. Diminuir a estatura do adversário não faz de alguém um "grande".

    Portanto, onde não há isenção nem verdade e dignidade,  onde vale tudo para derrotar o outro,  o jogo se torna sujo: o poder pelo poder. Assim é que se os partidos fossem capazes de elogiar o antecessor ou o sucessor; se o desespero por chegar ao poder não  levasse a atitudes  sectárias, talvez tivéssemos um país mais civilizado e eleições mais dignas de uma democracia.

    Eleitor fique atento ao comportamento, puxe pela memória e não pense ser demais pedir ética a quem persegue a vitória a qualquer preço.

CASOS & CAUSOS

    O PECADO DA INGRATIDÃO

Conta uma lenda judia, que certa vez um homem foi condenado à morte. Na prisão, este homem foi acertado por muitas vezes com grandes pedras atiradas por carrascos. O réu suportou em silêncio o terrível castigo. Nenhum grito se ouviu dele. Na sua condição, compreendia que a desgraça havia caído sobre ele e que seus gritos de nada serviriam. 

Passou por ali um homem que havia sido seu amigo. Pegou uma pequena pedra e atirou na direção do condenado. Somente para demonstrar que não era do seu partido. O pobre condenado, atingido pela diminuta pedra, deu um grito estridente. 

O rei, que assistia tudo, ordenou que um dos seus lacaios perguntasse ao réu porque ele gritara quando atingido pela pequena pedra, depois de haver suportado sem se perturbar as grandes. 

O condenado respondeu: as pedras grandes foram atiradas por homens que não me conhecem, por isso me calei. Mas o pequeno seixo foi jogado por um homem que foi meu companheiro e amigo. Por isso gritei. Lembrei de sua amizade nos tempos de minha felicidade. E agora vi sua felicidade quando me encontro em desgraça. 

O rei compadeceu-se e ordenou que o pusessem em liberdade, dizendo: solte-o, mais culpado do que ele era aquele que abandonara na desgraça. 

Essa lenda demonstra a dimensão da dor que a ingratidão pode nos trazer, principalmente quando ela vem daqueles que mais amamos. Certa vez um poeta disse que a “ingratidão é um sentimento que floresce nos corações doentes.” 

De fato, a ingratidão é tudo aquilo que é contrário a compaixão e é bom de vez em quando, refletirmos se não estamos também, sendo ingratos com aqueles que nos amam incondicionalmente. E, se alguém estiver sendo ingrato com você não se entristeças, é melhor receber a ingratidão do que exercê-la em relação ao próximo. 

Por conseguinte, saibamos retribuir todo auxílio e dedicação que nossos amigos e familiares nos proporcionam; pois são eles, que nos ajudam na evolução e na caminhada de nossas vidas." (Jeremias Carvalho)

    Ao examinar este texto lembrei-me de um caso que uma amiga contou-me. Quando ela estava para casar-se,  o seu pai chamou-a e lhe disse: "Minha filha, o filho pode fazer qualquer coisa com os pais que eles sempre estarão por perto e perdoarão; podem ignorá-los, podem deixá-los  a sós na velhice, podem ser grosseiros e mal-educados, intolerantes, enganá-los;  e chegarem até ao absurdo da ingratidão. Agora peço-lhe que preste muita atenção ao que vou falar:  'Marido é diferente, ele nunca terá com você a tolerância, a paciência e a capacidade de perdoar que uma mãe ou pai teem. Não se esqueça disso nunca !...' 

CASOS & CAUSOS

Nenem do Coqueiro

    Em 1973, salvo engano, iniciou-se o campeonato Municipal de Futebol no Prata. Era uma animação, os Distritos, Vilas e Povoados mobilizaram-se para a disputa.

    O Povoado do Quaresma não ficou pra trás. Tentou arrumar um campo para jogar. Estava difícil até que o Antônio Cesário conseguiu uma área com um sitiante, mas tinha um problema havia um coqueiro antigo e ele não aceitava que o coqueiro fosse cortado. Mexeram e  viraram, mas não houve jeito o coqueiro ficou em um canto, mas ainda dentro do campo.

    Iniciado o campeonato, jogo da estréia. O Nenem que era o centro-avante do time do Quaresma escondeu-se atrás do coqueiro, os beques do time visitante não o viram, ele saiu de lá, correu e fez o gol. Festa da torcida, e o Nenem passou a ser chamado de "Nenem Escondido".

    Duvidou ?: Pergunte ao Advogado Geraldo Elias ( e advogado, político e pescador não mentem).

CASOS & CAUSOS

Chute Fatal

    Em um domingo festivo houve um jogo no campo de futebol dos Gomes, o time local contra um visitante.

    Jogadores preparados, torcida feminina animada, rolava um caldo de cana, um biscoito polvilho.

    O time dos Gomes (minha doce terra) tinha um jogador que chutava forte, tinha um canhão nos pés. O jogo começou sem as redes nos gols. Logo no fim do primeiro tempo o Antônio Carreiro que era o ponta esquerda, o tal que tinha um canhão nos pés e portanto chutava forte. . .  largou um morteiro, a bola passou pelo gol, bateu na cabeça de um boi que estava pastando atrás  da balisa, e o boi capotou na hora. O pessoal ficou doido...O boi tava morto... Foi aquele susto, o dono do animal  estava assistindo ao jogo e ficou um pouco abalado, mas acabou aceitando o que  alguém sugeriu:  "um churrasco para depois do jogo". O que foi feito...E a farra comeu solta...

    Duvidou ? : Perguntem ao Zezé de Tio Marinho, antes de me trucarem.    

CONFISSÃO

Eu posso viver sem você. Só não gosto.

O RENDIMENTO NO TRABALHO

Não é a toa que um dos riscos ocupacionais determinados pelo INMETRO é o Ruído. Ruídos demasiados têm reflexo em todo o organismo, não apenas ao conjunto auditivo.

Ruídos intensos e permanentes podem causar vários distúrbios, alterando significativamente o humor e a concentração humana.

Quando há o silêncio, todo o trabalho é melhor produzido. As pessoas tem um rendimento maior, o humor melhora, a concentração permite que erremos menos, entre outras coisas.

Por isto, é muito importante fazer o mínimo de barulho em locais de trabalho onde seja necessária a concentração. Não estou dizendo para não conversarem, nem sermos Monges Franciscanos o tempo todo, mas sim em conversar moderadamente, sem alterações no tom de voz e, principalmente, respeitando o trabalho dos outros.

Seguem algumas frases que podem levá-lo a não fazer tanto ruído e não atrapalhar os seus colegas:

·       "Todos os mistérios do homem derivam de não ser capaz de sentar silenciosamente em uma sala isolada" (Blaize Pascal)

·       "O exercício do silêncio é tão importante quanto a arte da palavra" (William James)

·       "Há pessoas silenciosas que são muito mais interessantes que pessoas oradoras" (Benjamin Disraeli)

·       "Poucas pessoas sabem o momento psicologicamente exato de ficarem caladas" (Carlile)

·       "Fique calado e em segurança; o silêncio nunca o trairá" (O'Reilly)

·       "O homem arruína mais as coisas com a palavra do que com o silêncio" (Gandhi)

·       "O som aniquila a grande beleza do silêncio" (Chaplin)

CASOS & CAUSOS

Reminiscências

    Perambulo pelo passado, não lamento, até agradeço a Deus. Só deveria ter aproveitado mais um pouco. Em minha adolescência ouvi de Gelinho de Geraldo Rosa: "Você tá assumindo responsabilidades cedo demais!" Naquela época  tinha   convivência com pessoas um pouco acima da minha idade. Foi um enriquecimento que Deus colocou em meu caminho. Tomei coca-cola com Rosinha de Da. Rute na Camponeza, Rua Goiás naquele  BH, ainda  romântico, e com ela subia a Rua Rio de Janeiro a pé, até ao Estadual Central no Santo Antônio. Conversei muito com a Leila de Da. Célia, fui com Dora Duarte, Gelinho, Jairo Perdigão, João Batista Lima e Eduardo de Nívio Rolla para Santa Cruz no Espírito Santo. Conheci o mar. Levei oito cruzeiros e uma penca de bananas na mala. Escrevi poesia no Trem Vitória-Minas.

    Tive a graça de conviver com a geração do Jornal e do Salão Raio-X, Edvard Carvalho, Sandro, Nilton Sô Dodô, Suely e Solange, Eduardo Marques irmão de Celso Adolfo. Até escrevi no Raio-X o meu primeiro artigo: "Diálogo Quebra Barreiras". Mesclando o que meus pais me transmitiram com o que aprendi com eles, fui me tornando um conciliador.

    Aprendi Geografia com Conceição Santiago e não consegui o mesmo com a Geometria apesar dos esforços do Professor Egydio Zanetti. Tivemos Dr. Sérgio Santiago e Dr. Joaquim Gomes Lima como nossos professores; vejam bem, esses pratianos depois foram desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

    O Prata pela luta de Zinho Drumond, Sô Benjamim, Dr. Matheus, Nonô Lelé, Professoras como Auxiliadora Perdigão, Da. Celina Santiago, Da. Alice Mendes, Da. Celina de Castro, Da. Gessy Perdigão, Da. Guiomar, Da.  Nenem Rolla, Da. Nilza Rolla, Dr. Guido Motta, Cicio de Dr. Matheus, Sô Inhô Gomes, Sô Gico, Nonô Juca Martins, Sô Geraldo Santiago  e Padre Antônio ofereceu-nos uma vida cheia de bons exemplos, de honestidade e de amor para com esta Terra.

    É preciso pois que se registre que as dificuldades eram muitas e que pessoas trabalharam para hoje termos uma Cidade em desenvolvimento, uma comunidade pacífica, que pratica a religiosidade e que não se enquadra em futilidades, polêmicas inúteis e recusa-se a alimentar a fornalha da beligerância, porque somente a ausência de discernimento pode competir com a pobreza de espírito.

    Bom exemplo é tudo!

A MENTIRA

    "O mentiroso é perseguido pela consciência culpada; é por isso que o político corrupto vê em cada sombra um policial federal ".
  
  "Os políticos mentirosos vivem da verdade inventada".
  
  "A verdade pode machucar, mas é sempre digna".
  
  "O rosto enganador do mentiroso tende a ocultar o que o coração sabe".

MENSALÃO

É um processo  financeiro descoberto  no Governo Lula pelo qual é feita a Lavagem de Dinheiro através de um  Valerioduto localizado em área Rural,  impulsionado pelas águas do(a) Cachoeira.

EDUCAÇÃO DE BERÇO

    Ao nascermos, já nos deparamos com normas para vivermos em grupo.
    Os pais devem ser os primeiros a trabalharem com os filhos os valores disciplinares e morais de forma a conduzí-los a uma convivência social equilibrada e sadia.
    A escola desenvolve um papel de imensa relevância ao tentar adicionar conhecimentos.
    Os pais devem estar em sintonia com a escola para auxiliarem no entendimento e no respeito à autoridade.
    As pessoas devem entender que existem regras e que a cada direito se contrapõe um dever.
    As leis e a boa educação é que regem a vida social, estimulam a generosidade, a solidariedade e sobretudo, a afabilidade. Se entendermos isto estaremos concordando que a educação é o que a maioria recebe, muitos transmitem e poucos possuem, e que portanto há muito ainda a conquistar.

    "É através da educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais".

CASOS & CAUSOS

O Velório

    Geraldo Baton é um amante  roxo do futebol, alegre, divertido. Gostava de estar em todas as "bocas", por isso o apelido. Embaixada de futebol, banda de música, congado, ele era o primeiro a chegar, escolhia um lugar no ônibus e só alegria. Um cavalheiro perfeito, incapaz de qualquer deselegância; mas perder a história? De jeito nenhum, nem velório...

    Há alguns anos ele veio com umas pessoas de sua Cidade a um velório no Prata, e como era conhecido de todos, principalmente da rapaziada, além de muito querido; durante a vigília havia uma mesa com café, leite, pão de queijo, bolo e outras coisas.   Os rapazes percebendo que só havia uma porta de acesso à sala de lanche, tomaram a frente da mesma e ficaram uns seis impedindo a entrada do Geraldo, ele tentava entrar eles mudavam de lugar, e a sala cada vez mais cheia... Ele foi ficando impaciente e começou a suar;  afinal, nem um pão de queijo?

    E a barreira foi ganhando adeptos, até que ele não aguentando mais desabafou:

    _ "Oh enfia este defunto no ! . . . Lá na minha Terra  tem velório muito melhor do que os daqui..."

    Evidente que tudo não passou de uma brincadeira, coisas da juventude.

PENSE

Diga apenas o que suporta ouvir.

CASOS & CAUSOS

O PESCADOR

   Na época do Bar Semião, ainda com Sô Felipe no comando, havia um sinucão mais ao fundo do bar. Fiquei sapeando e o Osvaldo Mariquinha estava jogando. Contou alguns "causos" e mandou aquela "brava" de pescaria. Claro que o desafiante da sinuca não acreditou e falou: 

"Que isso Osvaldo !... vá contar está para outro, acha que sou bobo?".

 Éh, então se não acredita pergunta para o falecido"Bené" lá do Seara!... 

CASOS & CAUSOS

O TEIMOSO

    Contam que havia um Senhor, parece-me que na Vargem Linda, que tudo que acontecia com Ele, tinha que ser arbitrado pelo juiz de Paz, á época meu pai Nô Barbeiro, pelo Delegado ou pela Justiça. Um dia disseram a ele:

 " O Sô Adolfo vamos parar com isso, vamos resolver o caso no acordo, aceitamos  o que o Senhor propõe e pronto!"

   Ele respondeu: 

   - "Não, de jeito nenhum!..."

   "Mas por que?" - perguntou o outro.

   - "Só por pirraça" - respondeu o teimoso. 

   Resultado: Seu apelido virou "Adolfo  Pirraça".

CASOS & CAUSOS

    AULAS DE GINÁSTICA

    Mais ou menos na época em que houve Tiro-de Guerra no Prata; década de 40, o alemão Sô Kalks (parece-me que avô do Gustavo Kalks) dava aula de ginástica ( tipo academia ) para os rapazes da  época. Conta-se que o Alari ( Alair  Morais ) , muito gozador, soltou um baita "Pum" exatamente na hora de um exercício mais pesado; imediatamente o comandante enfatizou:

"Alairra! se você continua peida no meu aula de ginástic, eu te expulsa!...

   Segundo meu pai,foi uma risada geral.

CASOS & CAUSOS

 OGÊNIO

    O Ogênio (Eugênio) do Gandra, um preto magro, já meio grisalho e que eu sinceramente achava-o  " um príncipe africano ", havia nele um que de elegância e nobreza, vinha para a cidade e ficava tomando umas pingas por uns dias. Acabava sentado à porta da barbearia do Nô Barbeiro, onde também trabalhavam os outros irmãos Jair e Jadir. O Ogênio gostava de cantarolar. Se alguém  mexia com ele, respondia: " Ora por que meu filho ?", como se fosse o poeta Olavo Bilac dizendo " Ora (direis) ouvir estrelas?". O Jair Pinguela, meu tio, atendia o Ogênio que gostava de passar um talco no pescoço, e talco era o que não  faltava na barbearia.  
      
  Um dia, meu pai, falou para ele :

" Oh  Ogênio a sua mulher veio te buscar (ela chamava-se Maria Paula)".

 E ele respondeu : "Alto lá Nô, minha mulher não, minha dona".

   E as férias deles se acabavam.

CASOS & CAUSOS

FUTEBOL

   Jogo no campo-do-Lava Pés, domingo a tarde, jogo do Atlético, o Sô Geraldo Lima (do Restaurante) com as mãos firmes na tela gritava: 

... Vai Nazareno meu filho! ... Chuta Nazareno meu filho!

   Meu pai, um tanto gozador, toda vez que via o Nazareno, dizia " Vai meu filho chuta!".

   Até que o Nazareno , passou a ser "Nazareno Professor" e  ou da "Camig".

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

   - Uma parte de tudo que ganhar pertence apenas a você. Assegure o futuro. Poupe pelo menos um décimo de tudo que ganhar. Viva de acordo com a sua renda, mesmo que a vida seja boa e rica com coisas que valham a pena e causam prazer.

   - Não confunda despesas necessárias com desejos. Não é incomum a existência de desejos que seus ganhos não podem satisfazer.

   - Proteja seu dinheiro contra a perda. Consulte pessoas experimentadas, que lidam habitualmente com dinheiro.

   - Todo homem deve ter o seu próprio domicílio, um pedaço de chão disponível para cuidar e sentir orgulho; o seu próprio teto, a fim de contar com um abrigo para si e para os seus.

   - Cabe a todo homem providenciar uma renda condizente para os dias futuros, quando ele não for mais jovem, e assegurar que a família não fica na penúria, quando já não puder contar com ele para o seu conforto e sustento.

   - Quanto mais conhecimento adquirirmos, mais poderemos ganhar; O homem que busca aprender sempre mais sobre sua profissão será ricamente recompensado.

   - Todo homem deve pagar suas dívidas com pontualidade, não adquirindo nada que não tenha condições de pagar.

   - Cultivar suas próprias aptidões, estudar e somar conhecimentos, tornar-se mais habilidoso e agir respeitando a si mesmo.

   - A boa sorte costuma procurar o homem que acredita nas oportunidades.

   - Dar o primeiro passo para construir uma sólida posição é uma boa sorte que pode acontecer. Os sábios fazem isso quando jovens.

   - Para atrair a sorte é necessário aproveitar as oportunidades.

   - Não basta herdar, deve provar que é capaz de administrar.

LEIS:

1 - Guarde pelo menos 10% do que ganhar.

2 - Multiplique o que guardar.

3 - Proteja seu dinheiro.

4 - Não invista naquilo que não conhece.

5 - Não se deixe levar por sonhos ou ganhos impossíveis.

EXPERIÊNCIA

O homem aos vinte pode até ser incendiário, mas aos quarenta, irremediavelmente, torna-se bombeiro.

VERDADE

Amar um sonho é fácil, amar um ser humano é muito mais difícil.

CASOS, CAUSOS & ACASOS

AOS MEUS FAMILIARES E AMIGOS

   Ao ultrapassar 60 anos não fica difícil afirmar que trabalhando desde 13, 14 anos; estou completando quase meio  século de “ correr atrás “.

    Neste período passei pelo menos 25 anos assentado em bancos escolares, do Jardim da Infância à Pós-Graduação. Aprendi algumas coisas, outras não consegui.

    Procurei fazer o melhor para meus familiares, mas a vida é assim, temos nossas limitações  pessoais e nossas circunstâncias, e muitas vezes demoramos a aprender. Eu não fui exceção.

       
     Daqui pra frente,  já que quem trabalha por conta própria geralmente não tira 30 dias de férias, não se aposenta e até fica com sentimento de culpa se não está trabalhando, pretendo viajar, escrever, ler, fazer exercícios físicos, fazer algum trabalho voluntário, filmar, fotografar, rever amigos e parentes sem fincar barraca; enfim, fazer o que me agrada, sem assumir compromissos  sérios com horários, traduzindo "vagabundear " ( aceito sugestões ).

   Não pretendo parar de trabalhar, apenas voltar a vida para a natureza, que é o natural, filosofar, ouvir muito e depois escrever em "Causos".

   Quando digo que  vou para Bela Vista, refiro-me metaforicamente a vivenciar algo diferente, como esta pretensão.

   Portanto, para o futuro,  não se preocupem se o celular em determinado momento não atender, não quero ficar tão 

“ligado" e até desejo um pouco de irresponsabilidade, sem me preocupar com horários -  imitar Caetano Veloso :

 “ Sem lenço e sem documento “

O PRESENTE  que desejo é que cuidem-se bem, busquem a realização pessoal, pois a liberdade do ser humano está irremediavelmente também ligada à independência financeira. 

                                                             

obs: Não sejam apenas úteis, tornem-se

necessários. 

NACIONAL ESPORTE CLUBE

CRP

AOS MEUS FAMILIARES -

   Ao completar 63 anos não fica difícil afirmar que trabalhando desde 13, 14 anos; estou completando meio de século de “ correr atrás “.

    Neste período passei pelo menos 25 anos assentado em bancos escolares, do Jardim da Infância à Pós-Graduação. Aprendi algumas coisas, outras não consegui.

    Procurei fazer o melhor para meus familiares, mas a vida é assim, temos nossas limitações  pessoais e nossas circunstâncias, e muitas vezes demoramos a aprender. Eu não fui exceção.

    Desejo, dentro deste ano, deixar os cômodos da farmácia e do escritório organizados no Ed. Nô Barbeiro, para que Roberta e Renato possam trabalhar e caminhar com as próprias pernas. Isto é um compromisso comigo mesmo.

    Para 2013, já que quem trabalha por conta própria geralmente não tira 30 dias de férias, não se aposenta e até fica com sentimento de culpa se não está trabalhando, pretendo viajar, escrever, ler, fazer exercícios físicos, fazer algum trabalho voluntário, filmar, fotografar, rever amigos e parentes sem fincar barraca; enfim, fazer o que me agrada, sem assumir compromissos  sérios com horários.

   Não pretendo parar de trabalhar, apenas voltar a vida para a natureza, que é o natural, filosofar, ouvir muito e depois escrever em CASOS & CAUSOS.

   Quando digo que  vou para Bela Vista, refiro-me metaforicamente a vivenciar algo diferente, como esta pretensão.

   Portanto, para o futuro,  não se preocupem se o celular em determinado momento não atender, não quero ficar tão 

“ligado" e até desejo um pouco de irresponsabilidade, sem me preocupar com horários -  imitar Caetano Veloso :

 “ Sem lenço e sem documento “

O PRESENTE  que desejo é que cuidem-se bem, busquem a realização pessoal, pois a liberdade do ser humano está irremediavelmente também ligada à independência financeira. 
                                                          

obs: Não sejam apenas úteis, tornem-se necessários. 

CUTUCADA

Se não tiver anestésico, não cutuque a onça com a vara curta.

RESPEITO

O político competente preocupa -se em dar oportunidade a todos e não em isolar minorias.

CASOS & CAUSOS

O Sapato de Izaú

    Izaú  era um sujeito alegre e divertido. Trabalhador, sitiante, morava em "Gomes do Prata", levantava cedo pra  tirar leite e colocar as latas no ponto pro caminhão da cooperativa pegar.

    Ele gostava de usar um sapato de marca  Verlon que era, parece-me que,   um tipo de plástico, um calçado prático, fácil de limpar, pau pra toda obra. Na verdade, na verdade mesmo ele gostava é de andar descalço.

    Uma manhã após tirar o leite, ele vai tomar um banho e deixa o par de sapatos "Verlon"  pra secar na beira do fogão de lenha, pois havia dado uma "lavada" neles. Um pau de lenha tomba e joga um pé do sapato no fogo que o consome rapidamente. Izaú sai do banho e depara com apenas um pé do sapato, e já tava em cima da hora pra pegar o caminhão de leite pra vir a Cidade, tinha que ir ao Banco, à Prefeitura e outros  lugares. Ele não titubeia, calça o pé de sapato que sobrou e improvisa um curativo no outro pé; corre, sobe no caminhão e se manda para a Cidade... problema resolvido.

    Na Cidade teve que ficar explicando o machucado no pé, conta uma história pra um, outra pra outro e toca o bonde. Na volta do Banco, onde tirou um dinheiro, entra numa loja e compra um par de sapatos, tira o curativo do pé e já sai de lá  calçado com o par novo .

    Nunca se viu um machucado sarar tão rápido.

    Êta sô, esse Izaú era danado mesmo...

Duvidou? Pergunte a Cida (filha dele), foi ela que me contou.

CASOS & CAUSOS

A Broa  de Milho

    Na década de 50 meus avós paternos moravam na Rua das Taquaras (atual Rua José Luis de Castro). Juntávamos uma meninada e íamos jogar bola no corte da estrada de ferro (onde hoje passa o asfalto / frente ao terreno de Sô Wandick).

    Minha avó Leonor gostava de fazer uma broa de milho, usava uma panela com uma bandeja cheia de brasas por cima para assar.

    Um sábado a tarde ela chamou-nos para tomar café com leite esquentado em panela que tinha sido usada para fazer o angú do almoço,  e comer broa. Naquele dia a broa havia queimado um pouco mais que o de costume, então quando estávamos tomando o café ela perguntou: 

_ "Então meninos . . . tá gostoso?"

    Ninguém respondeu nada, não sei se porque estavam com a boca cheia ou porque a broa tava meio queimada.
    Aí ela virou-se para mim e disse :
_ "Ah Toninho, mesmo ruim tá bem bão né?"

    Concordei no ato, vocês sabem... Vó é Vó né? E a minha tinha " Perdigão"  no nome. 

CASOS & CAUSOS

O JEITO DRUMOND DE SER

   Nonô Juca Martins (ex-Vereador no Prata) encostava a charrete ao lado do Hospital, onde hoje está o Depósito Arthuso e vinha à barbearia do meu pai. Chegava calmo, sereno, pausado,  trazendo paz de sua fazenda nos Gomes (hoje do filho Eduardo) e assentava-se para  cortar o cabelo.

   Udenista roxo contava com o apoio do Zequinha da Caixa, em relembrar o Brigadeiro Eduardo Gomes.

   Ele e meu pai se tratavam por "compadre", e de fato eram.

   Na ocasião, era Presidente da República o pessedista Juscelino Kubstchek, e o pau quebrava de vez em quando na barbearia. 

   Como disse, o Nonô chegava calmo e daí a pouco ia subindo o tom de voz, quase discursando, ficava meio vermelho; e meu pai gostava de ouvir e ver as espinafradas dele nos políticos, e às vezes até provocava:

   - "Ô compadre fala mais baixo!...

  * Que nada... eu falo é alto mesmo, não tenho medo de nada e além do mais tô na minha terra!... Que isso compadre, cê me conhece!..." 

   E tudo acabava em risadas, com o jeito sério dele de brincar.

MINEIRO

Mineiro é assim, laça boi bravo, mas não sabe dar nó na saudade.

GRANDE VERDADE

O maior investimento que os pais podem fazer nos filhos é ajudá-los a serem autônomos e independentes.

CASOS & CAUSOS

Zé Recreio

    Zé Recreio ( Ziquito para a esposa Da. Helena ) morou no "Recreio", depois na "Fazenda de Estrêla", era filho da Da. Loló que morou no Cutucum. Ele foi dono da hoje "Anchieta", que à época a gente chamava de "Fábrica de Farinha".

    Pois bem, ele morava na Fazenda do Recreio e quando tinha que vir à cidade pela manhã, por ser muito esquecido,  costumava colocar uma pedrinha no bolso na camisa para lembrar das coisas que tinha a fazer na Cidade (uma pedrinha  para cada assunto).

    Algumas vezes almoçava em nossa casa, visto ser muito amigo e compadre do meu pai. Certa vez, após o almoço, quando ele tomava um cafezinho, bateu a mão no bolso da camisa e sentiu algo diferente. Enfiou a mão e tirou várias  pedrinhas, e imediatamente virou-se para o meu pai: 

"Ô Nô será qual  f.d.p.  que encheu meu bolso de pedras ?..."

    Meu pai contava isso e ria a valer.

CASOS & CAUSOS

UM ANOITECER NO PRATA


   É fim de tarde, Da. Nilza prepara-se para fazer suas orações. Os meninos passam de bicicleta em direção a Vargem Linda. Constantino está sentado na varanda de sua casa com aquele olhar no horizonte, com a serenidade de quem cumpriu o seu dever. De repente, um leve assovio, é Joaquim Cascalho (menino ainda) descendo para a sua jornada noturna na padaria de Roberto, vem levemente pela Rua Treviso como se já estivesse manuseando a massa do pão.

    Da. Ica na janela cumprimenta, brinca, grita com os meninos: "Olha o carro cambada!..".

    Sô Pelágio e Da. Anita estão descendo, lá vai o maestro ensinar o "do, re, mi, fá..." para a meninada da banda.

    Tia Lilica já vai fechando as janelas e mais  abaixo a mestra Da. Filinha, apoiada na cancela de entrada de sua casa, cumprimenta seus ex-alunos: "bonne nuit".

    Sô Tó já chegou do Goiabal, última acelerada e desliga o motor da camionete.

Sô Lelé já chegando em casa, leva na mão direita o formão chanfrado, 
sua ferramenta da lida diária.

    Sô Nativo Rosa vem pelo passeio devagar, enquanto Joaquim Faustino continua na varanda apreciando a vida.

    Da. Celita chega na janela com um biscoito na mão, ela é só alegria, mexe com um, puxa a orelha de outro : "Juízo menino, gosto muito de você ! ".

    Dedé de Paulo  passou em seu jeep verde, parece-me um 51, certamente vindo da fazenda.

    Zé Colodino com um prego no canto da boca, segue martelando a sola do sapato reformado, José Fráguas passa em direção à Rua da Volta, vindo do seu trabalho na Prefeitura.

    Vicente Deró sopra  a última cinza do cigarro, já venceu mais uma peleja em favor de sorriso.

    Jair Perdigão, no alpendre, conversa sobre a situação  política com Vicente Sales.

    Na frente da casa de Diva de Adailton, moças estudantes conversam, riem mais alto como é  comum à juventude.

    Nô Seleiro já pregou o último ilhós na sela que caprichosamente "artesaneia".

    João e Paulo Braga já fecharam as portas das lojas.

   Sô Osvaldo ( do Alfié ) já está  chegando para presidir uma reunião da Câmara Municipal, dedicado como sempre


Sinos repicam na Matriz de São Domingos de Gusmão, são 6 horas da tarde-noite : 

" Obrigado pela esperança que hoje animou os meus passos, 
pela alegria que vi no rosto das crianças; 
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão; 
Obrigado também por isso que me fez sofrer... 
Obrigado porque naquele momento de desânimo me lembrei que tu és meu Pai; 
Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação... 
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe! "

    Zé de Castro e Chiquito ainda trabalham e Sô Rômulo acerta os óculos para entender bem o nome do remédio receitado por Dr. Nilton  (Generoso).

    Esmeraldo já chegou da Jazida e está na Barbearia de meu pai para desfazer a barba com Jadir , enquanto no banco, Lúcio Monteiro joga bisca com Jair Pinguela e reclama "oh ladrão , tá robando".

    Algumas mulheres estão descendo para a Igreja e Zé do Bar fala com Nica para fazer mais churrasquinho, tem ônibus prá passar ainda.

Mauro de Banico saiu mais cedo da Loja de Evandro para ir para aula do Curso de Contabilidade, e Domingos ficou pra ajudar a fechar a loja.

Sô Nonô Guimarães manobra seu automóvel preto ( acho que era da Chevrolet ) em frente à sua casa, mais um dia de trabalho na lida como taxista. 


   Toni Mendes aguarda a chegada do horário de ônibus de Monlevade, tá atrasado... será que garrou no Morro Pião ?...
 enquanto isto, ao som das tacadas na mesa de sinuca,  César conta dinheiro no caixa do Bar.

  Geraldo Lima e Da. Ester arrumam as mesas do restaurante, no Posto Irmãos Fernandes, Zé Tacinho e seu irmão Didi conversam com Paulo Morais,  enquanto o fusca dele é abastecido.

  Jesus Mecânico acabou de passar com João Cinema;  e Urgel, ajudado por Banico,  limpou  o carburador de um carro que deu defeito e parou em frente ao Zé Morais.

Jarbas Barbeiro e Formiga, com as chuteiras nas mãos, estão do vindo do Lava Pés, houve treino do Atlético  para o jogo do próximo domingo com o Belgominas de Monlevade.


    Juquita Valamiel já chegou  da Fazenda do  Bananal". Didi Cunha em seu bar atende Pedro Paulista e  Modestino.

    Zé Morais acende um cigarro e Sô Prudentino passa em direção a sua casa e cumprimenta Luisito que tá chegando do "Retiro (Seara)".

    A escuridão adentra pela Cidade. Cláudio Mendes e Perpétua estão chegando em casa. 

Osvaldo de Zé Pereira passa acelerando o caminhão, enquanto Waldemar Rolla está subindo com a sua rural. A escuridão foi apertando, mas pude ver Nonô  e Teófilo conferenciando, enquanto Quim manobrava seu  caminhão.

    Zé  Márcio montava sua bicicleta, saindo da Cooperativa.

    Sô Filó, na janela como sempre, não pode segurar a "ausência de luz"  que caminhou em direção a Monlevade e desapareceu no nada.

OPINIÃO

Opiniões são como bocas, todos teem uma.

SUCESSO

Ninguém faz sucesso impunemente.

FAMA

Ser famoso é diferente de ser feliz.

Roberto Fortunato, no Google consta que BABILÔNIA seria o antigo nome de MARLIÉRIA.

Marliéria

Minas Gerais - MG 

Histórico 

O povoado que deu origem à cidade de Marliéria chamava-se Onça Grande e em 1865, Germano de Sousa Baltazar chegou ao povoado e, dizendo-se médico, logrou grande sucesso financeiro, tornando-se em pouco tempo um grande proprietário local. 

Germano Baltazar doou três alqueires de terra para a construção de uma capela dedicada a N.Sª das Dores. As obras, porém, foram abandonadas devido à transferência do doador para outra região. Em 1891, o povoado foi elevado à categoria de distrito com o nome de Babilônia. 

Em 1923, o distrito teve a sua denominação mudada para Marliéria e, trinta anos depois, foi elevado à categoria de município. Este nome lhe foi dada ao grande catequizador e colonizador de índios Guido Tomaz Marliére, benemérito francês que prestou grandes serviços à Minas e ao Brasil no primeiro quartel do século retrasado. Marliére ao subir na serra da antiga Onça Grande, hoje Marliéria, deparou-se com a beleza de um imenso vale, um belo dia acompanhado de caboclos e catequizados viu o que descreveria mais tarde como ″uma planície esplendorosa, salpicada de lagoas, qual manto verde com nódulos azuis-celestes″. 

Com o encantamento de tanta beleza caiu de joelhos e proclamou ″Je crois en Dieu″ que significa ″eu creio em Deus″. Este som foi gravado em Francês por quem estava à sua volta. Era algo parecido com ″Jacroá″. Em razão disto foi construído um mirante no então Pico do Jacroá, onde pode-se avistar todo o Parque Estadual do Rio Doce. 

O topônimo ″Marliéria″ é uma homenagem que o Governo da época prestou ao grande colonizador e catequizador de índios do Rio Doce, Guido Tomaz de Marlière, benemérito francês que prestou relevantes serviços a Minas e ao Brasil, no primeiro quartel do século passado.

- obs - O atual Iraque teria  sido a Babilônia ( no Oriente Médio )

CASOS & CAUSOS

O Pastel

    O Sô Antônio Sacota, foi comerciante, vereador, diretor do Clube Atlético Pratiano. Homem organizado, trabalhador e sobretudo um comerciante que primava pela higienização do seu estabelecimento comercial.

    Há que se lembrar que quando abria o seu Bar/Lanchonete onde hoje estão o Joel, a Cida e a Código III, o estabelecimento já estava lavado, pasteleira asseada, tudo nos "trinques". Sabia trabalhar de forma que nada "sobrasse" ou "faltasse" na lanchonete. 

    Um pouco sistemático, às vezes também tinha suas tiradas.

    Uma manhã, Zé Silvério de Zinho Drumond que sabia do seu zelo em sua atividade comercial, e que com ele tinha muita liberdade; entra no bar e com um tom semi-irônico (como só ele sabia fazer), pergunta: 

_Sô Antônio, o Pastel é de hoje?

Antônio Sacota não pestanejou:

*"Não. . .  é de carne !..."

PRIMAVERA - TIM MAIA

Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
Pode o outono voltar
Eu quero estar junto a ti

Porque (é primavera)
Te amo (é primavera)
Te amo, meu amor

Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)

Meu amor...

Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)

Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)

Ao farejar a chegada da primavera, sempre  me lembro  de algumas rosas de nossa cidade,  cada uma a seu modo contribuiu e contribui para a educação de nosso povo.

Oferecer rosas a quem trabalhou voluntariamente para a comunidade :

- Rosa para Da. Ita do Hotel. A voz do Harmônio na Igreja 

- Rosa para Da. Aparecida Rolla Semião. Grande trabalho no Asilo

- 

- Rosa para Da. Luisa de Zé Colodino, exemplo de mãe,  esposa e pessoa humana.

- Rosas para as parteiras que conheci, Da. Lorata e Da. Ester ( mãe de Buticão) .

- Rosas para Cidinha Mendes, Helena de Duvalzinho e  Soninha de Dedé,