O escritor dionisiano Fábio Americano biografou
brilhantemente a vida de um dos pratianos mais ilustres da história da Cidade.
Advogado formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e político
Paulino Cícero de Vasconcellos, nascido em 12 de fevereiro de 1937, filho de
José Matheus de Vasconcellos (Médico conhecido como o “Operário do Bem”) e
Maria de Castro Drumond Vasconcellos. Ingressou na vida pública em 1959, quando
assumiu a Prefeitura de sua Cidade até 1963.
Foi também Deputado Estadual por dois mandatos e
Federal em quatro ocasiões. No Congresso Nacional e na Câmara dos Deputados
participou de inúmeras Comissões Mistas, Permanentes e Especiais. Foi também
Secretário de Educação de Minas Gerais (1979-1980). Em 1988 tornou-se
presidente da Usiminas, e quatro anos depois, tomou posse como Ministro de
Estado das Minas e Energia . Foi membro do Conselho de Administração da Companhia
Vale do Rio Doce (1987-1988) e em novembro de 2007 assumiu a presidência do
Sindicato da Indústria do Ferro de Minas Gerais (Sindifer-MG).
Paulino Cícero representou o Brasil em inúmeras
missões oficiais: observador na Reunião de Estudos dos Meios de Luta contra a
Poluição no Mar Mediterrâneo, Palma de Mallorca, Espanha, 1982; Membro da
Comitiva Presidencial à Abertura da Sessão Anual da ONU, Nova Iorque, 1982;
Chefe da Delegação Parlamentar que visitou a União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas e a República Democrática Alemã, a convite do Soviet Supreme e da
Volkskammer respectivamente, 1983; visita ao Parlamento, Universidades e
às Industrias Petrolíferas e Nuclear da Inglaterra, a convite do Governo
Britânico, 1984; Delegado ao Congresso do Instituto Internacional do Ferro e do
Aço, como Presidente da Usiminas, Seul, Coreia, 1988; Observador Parlamentar na
81ª Reunião da Conferencia Internacional do Trabalho, Genebra, Suíça, 1994.
Entre as condecorações recebidas estão a Ordinul
Tudor Vladmirescu, Romênia, 1975; Medalha Santos Dumont, Ouro Preto, 1979;
Medalha de Honra da Inconfidência, 1980; Ordre des Palmes Académiques,
Ministério da Educação da França, 1981; Grande Medalha de Inconfidência, 1982;
Ordem do Mérito, Congresso Nacional; Ordem do Mérito Naval e Ordem do Mérito,
Governo do Distrito Federal.
Obras Publicadas: 'Nossa Política do Estanho';
'Plano Siderúrgico Nacional'; 'Nossa Política de Minas e Energia'; 'A Fecunda
Convivência'; 'A Fecunda Convivência dos Povos'; 'Acordo Nuclear
Brasil-Alemanha'; 'Gás Liquefeito de Petróleo no Brasil'; 'Estudo sobre o Negro
no Brasil pós-abolição'; 'Um Pouco de Memória'.
Foi casado com Maria Célia Martins da Costa
Vasconcellos (in memoriam), com quem teve três filhos: Luís André, Marco
Aurélio e Daniela Martins da Costa Vasconcellos.
HOMENAGEM
É Cidadão Honorário de Ipatinga. "Em um ato de
coragem, ele contrapôs a toda orientação governamental ao assumir a
responsabilidade de reajustar significativamente os salários dos funcionários,
o que acabou lhe custando o cargo na empresa. Um homem com a história de
Paulino Cícero merece realmente uma homenagem dessa grandeza, justificou o
autor da Resolução que lhe concedeu o título, o Ex-Vereador Altair Vilar”.
Na ocasião, o também Vereador Lauro Botelho disse
que o pratiano 'lutou incondicionalmente pelos funcionários, e acabou perdendo
o emprego por isso, mas saiu por cima, com honra, e uma das maneiras de
valorizarmos sua atitude é exatamente através do Título de Cidadão Honorário de
Ipatinga'.
Finalmente, pode-se afirmar que de 1958 até 2002
(aproximadamente) não houve realização alguma em nosso Município de São
Domingos do Prata e Região que não tivesse tido a sua participação efetiva ou
colaborativa, justiça seja feita.
Ailton Petrônio de Castro