Monday, June 05, 2006

SOBRIEDADE NA VIDA


Entende-se por sóbrio, um indivíduo moderado, comedido, simples. O homem sóbrio conhece a si mesmo e a seus limites, tem boa percepção e é consciente de seu valor. A sobriedade revela-se através de sinais exteriores. Não se aprende em Cursos, pois é a maneira de ser do indivíduo, é fruto da maturidade humana, é o momento quando sente necessidade de amar mais do que ser amado. Tal maturidade se revela no cotidiano, nas relações com as outras pessoas, com o mundo, consigo mesmo e com Deus. Veremos em seguida onde o ser humano pode crescer na virtude da sobriedade.
Aquele que fala, comunica algo, revela a si mesmo e deve estar consciente do bem que faz a quem escuta. As conversas frívolas e as fofocas são evitadas por aquele que deseja crescer nesta virtude. O homem sóbrio destaca-se dos demais na natureza e no tempo de seu discurso. Fala apenas o essencial, não encomprida a conversa nem procura enfeitá-la com sua imaginação fértil. “Considera o silêncio um dom precioso, que promove mais automaticamente a compreensão do que quem nunca acaba de falar”.
Veste-se com sobriedade, não procura chamar atenção dos outros para sua vestimenta, pois sabe que seu valor é interior. Não vive de aparência, nem é escravo das marcas e etiquetas de roupas; ao contrário, procura vestir-se de modo simples e discreto.
É na simplicidade e na verdade do interior que alcançamos mais rapidamente o coração de Deus. Na oração somos impelidos a demonstrar o nosso amor a Deus através de cantos, louvores e tudo o mais que o Espírito Santo nos inspirar. Porém, tenhamos cuidado para não nos desviarmos do sentido principal de nossa oração, que é amar a Deus. Podemos ser tentados através do nosso comportamento, aparentar uma espiritualidade fingida e hipócrita.
O ser fiel não se preocupa com o sucesso de seu trabalho, mas com o cumprimento daquilo que lhe foi confiado. No serviço a Deus, não devemos nos deixar levar pela busca do reconhecimento. Desta forma não correremos o risco de buscar a nós mesmos e sim àquele que é digno de todo louvor e glória. Vimos, então, que a sobriedade é fruto não só da maturidade humana como também da maturidade espiritual.




Ailton Petrônio de Castro

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