Friday, May 22, 2015

O AMBIENTE DO LAR DEVE SER ACOLHEDOR



O lar é o lugar e o ambiente adequado para uma vida agradável. Nele estamos em companhia das pessoas com as quais nos sentimos acolhidos, admirados, em conforto, em estado de prazer.

O espaço familiar, e em especial, o conjugal, deveriam, em princípio, ser lugar de repouso emocional, de alegria e de bem estar. É para isso que casamos. Esse é o nosso grande anseio. Na prática, acontece o contrário. O relacionamento entre marido e mulher tem se pautado por disputas constantes, críticas sem fim, intolerâncias, produção exaustiva de medos e culpas e, por conseqüência, vontade de se livrar da dor relacional.

Afora casos extremos em que o sofrimento chega ao nível físico, através de agressões e violências corporais, a maior de todas as dores é a emocional. Hoje se sabe, com mais clareza do que antigamente, que as emoções representam uma parte importante na nossa vida e é através delas que nos sentimos felizes ou infelizes. Se de um lado as relações profissionais são baseadas principalmente no campo objetivo, em ganhar dinheiro, transformar a natureza em produto, produzir bens e serviços, de outra forma as relações afetivas são estruturadas, em primeiro plano, na vivência emocional.

Se no encontro e convivência de duas pessoas os sentimentos mais presentes são alegria, amor, entusiasmo, paz e esperança, dizemos que essa relação é boa, fecunda e feliz. Se por outro lado a relação é baseada em medos, ansiedades, culpas, mágoas, ressentimentos ou outros sentimentos negativos, dizemos que essa relação é ruim e destrutiva.
Há basicamente duas formas de lidarmos com o nosso processo de viver. Ou agimos ou reagimos. A ação supõe liberdade, escolha e desenvolvimento de atividades que nos levam a um objetivo. A reação é a posição de nos opormos a alguém. O adolescente que faz tudo para contrariar o desejo dos pais está funcionando por desafio, por provocação, por rebeldia. Por incrível que pareça, ele continua escravo e submisso ao pai. Em outras palavras, quem finca o pé, está fazendo o jogo do outro. Não é dirigido pelo próprio desejo, mas apenas para contrariar o outro que continua muito importante para ele.