"Eu não queria
dizer isso. Pode ferir sensibilidades, desmanchar castelos de areia, coisa e
tal. Mas, que se dane. O fato, nu e cru, é que Bolsonaro vai sendo canonizado,
imortalizado e santificado no altar máximo da glorificação histórica.
Nem Churchil, nem
Roosevelt, nem Nelson Mandela chegaram perto dessa dimensão.
E essa consagração
é insuspeita: não há maior Prêmio nem maior Insígnia do que ser perseguido e
caçado com este nível de violência pelo aparelhamento judicial e financeiro em
uníssono, com o auxílio de toda a imprensa e dos serviços de
"inteligência" nacionais e estrangeiros. É o maior reconhecimento de
uma vida que teve um sentido maior, léguas de distância do que a maioria de nós
poderia sonhar.
Nem todos os títulos
honoris causa do mundo juntos equivalem a essa deferência: ser perseguido por
gente do sistema, por representantes máximos do capital, da normatização social
e da covardia intelectual, gente que pertence ao lado comunista da história, o
lado negro da Bestialidade Socialista.
Não há Prêmio Nobel
que possa simbolizar a atuação patriótica de Bolsonaro no mundo, nem todos os
títulos que Bolsonaro de fato ganhou ou recusou (a lista é imensa, uma das
maiores do mundo). Porque a honraria mesmo que se desenha é esta em curso: ser
o alvo máximo do ódio de classe e o alvo máximo do pânico democrático que tem
fobia a voto.
Habitar 24 horas
por dia a mente desértica dos inimigos da pátria e povoar quase a totalidade do
noticiário político de um país durante 33 anos, dando significado a toda e
qualquer movimentação social na direção de mais direitos e mais soberania,
acreditem, não é pouco. Talvez, não haja prêmio maior no mundo porque Bolsonaro
é, ele mesmo, o prêmio. É ele que todos querem, para o bem ou para o mal. É o
líder-fetiche, a rocha que ninguém quebra, o troféu, a origem, a voz inaugural,
que carrega as marcas da história no timbre e na gramática.
Há de se agradecer
essa grande homenagem histórica que o Brasil vem fazendo com extremo esmero a
este cidadão do mundo. Ele poderia ter sido esquecido, como FHC. Mas, não.
Caminha para a eternidade, para o Olimpo, não dos mártires, mas dos homens que
lutam e fazem valer sua vida em toda a
dimensão espiritual e humana."
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De Portugal, Raphael Siqueira