Numa reflexão como faço todas as noites após a habitual leitura de um livro, ocorreu-me uma análise sobre o tema "ciúme".
Não é incomum descobrir que este sentimento tem transformado a vida de muitas pessoas em quase tragédia.
Podemos perceber que o exagero do ciúme nos faz sofrer mais com as pessoas que amamos do que com aquelas que nos são adversas.
Pode ser que o sentimento que se traz dentro de si não mereça ser denominado "Amor".
O ser humano, via de regra, ao não conseguir atingir seus ideais, passa a escolher alguém que deverá ter a penosa tarefa de fazê-lo sentir-se melhor. Inicia uma exaustiva busca para obter a atenção do outro, atenção que ele mesmo se nega dar-se.
Faz de tudo para ser o dono absoluto da outra pessoa, imaginando que este fato de gostar, por si só, lhe confere o direito de apropriar-se do outro.
Lêdo engano, o amor não é representado pela posse de outrem, e sim pela serenidade, pelo respeito, pelo bem querer e principalmente pelo exercício do autodomínio.
Quando se descobre que essa não é a realidade da vida, fica mais claro que você só possui a si mesmo, e ainda sujeito a entender e aceitar os seus próprios limites.
Finalizo lembrando o bolero antigo de autoria de Umberto Silva - Toso Gomes e Luiz Mergulhão, gravado há alguns anos por Cauby Peixoto, conhecido pelo título de "NINGUÉM É DE NINGUÉM", que abaixo transcrevo para ilustrar a presente reflexão:
Ninguém é de ninguém
Na vida tudo passa
Ninguém é de ninguém
Até quem nos abraça
Não há recordação que não tenha seu fim
Ninguém é de ninguém
O mundo é mesmo assim
Já tive a sensação que amava com fervor
Já tive a ilusão que tinha um grande amor
Talvez alguém pensou no amor que eu sonhei
E que perdi também
E assim vivi a vida
Ninguém é de ninguém
Suave Abraço.
Tuesday, October 27, 2015
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