Monday, June 24, 2019

Jeep de Roberto Padeiro que em janeiro de 1963 conduziu o Dr. Paulino Cícero de Vasconcellos para sua posse como Deputado Estadual à Assembleia de Minas Gerais.

Tuesday, June 18, 2019

LANÇAMENTO DO LIVRO : “DE SÃO DOMINGOS DO PRATA A BRASÍLIA” PAULINO CÍCERO DE VASCONCELLOS - 2019

Nossos cumprimentos a todos os presentes!
 

Felizes ao recebê-lo em nosso convívio, demos graças ao Senhor Deus por tê-lo tido na vida de nossa cidade, como nosso expoente mor na vida pública de nosso País.
 

A sua história remete-nos antes de tudo ao Dr. Matheus, “o Juquita para a família”, e o operário do bem desta cidade e região.
 

No Prata, temos o costume de tratar as pessoas por indicação familiar, portanto doravante, o trataremos como o “Cício de Dr. Matheus”.
 

Assim, menino de 7 ou 8 anos o conheci, junto com os irmãos Paulo e Beto, que com os demais estudantes formavam um time, do qual era torcedor, lembro-me bem do Hilário de Dona Ita, Guido de Sô Zeca Diretor (o Aranha Negra em alusão ao Lev Yashim, goleiro da seleção Russa de 1958, que usava camisa preta) , os irmãos Célio e Haroldo do Sr. Juquita Mendes, Odilon de Tavico, Zé Paulo de Zinho Drumond, Antônio João de Sô Benjamim, Zué do Compadre Lúcio Monteiro, Pedro Roberto de Dr. Pedro Rolla, Zé Chico Nunes e outros.
 

Aos 12 anos, pendurei-me a uma janela da antiga casa de Sô Zinho Drumond, na Rua Capitão Dico que, à época, servia como Fórum, para assistir a sua primeira atuação em um júri.
 

No PTC, ouvia-o com o olhar em direção ao local onde hoje está o Bairro Julieta, sempre com uma oratória serena, mas emotiva e sincera, numa reunião do Lions, quando iniciava-se a luta para ligar o Prata à BR 262 na Piedade, momento em que reverencio os ex-Prefeitos Sô Inhô Gomes e Antônio Guido Rolla.
 

“Auriverde pendão da minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas de esperança ...” versos estes do poeta baiano Castro Alves.


Para descontrair, uma brincadeira : “fui a criança udenista mais pessedista, matheusista ou paulinista de nossa Cidade. Era como se ter alguém em quem se espelhar. Fui o nomeado oficialmente como o abridor de porteiras para o jeep ou a rural do Dr. Matheus, quando ele ia atender na zona rural; e, ainda ganhava umas pratas, com a recomendação dele: “ não compre picolé, tá frio e você tem bronquite”.
 

Neste momento relembro a Cristina, com quem estudei Letras e Direito, e pude ter a honra de tê-la como colega, uma saudosa amiga.
 

Participei como Vereador e Vice-Prefeito no Prata durante parte de seu período de vida pública atuante que deve compreender entre 1958 e 2002, deixo  mencionar vossas ações públicas porque vosso livro, com a participação do Edelberto do Neneco, Laércio de Sô Irineu, Dr. Fábio Americano, Dra. Suzana Laudares e Zé Maurício de Dr. Matheus contém estas informações.
 

Caro Cício de Dr. Matheus, fiz estes rápidos registros não apenas pelo homem público que continua a ser, mas pelo ser humano que o filho do “Juquita e da Da. Baíca” tornou-se, dando sua vida por esta região; e, é por tudo isso que hoje temos o coração pleno de gratidão.
 

Obrigado,
 

Petrônio de Nô Barbeiro

Wednesday, June 12, 2019

ACESSO ASFÁLTICO A SÃO DOMINGOS DO PRATA – UMA CONQUISTA DE UNIÃO POLÍTICA

O SONHO QUE SE TORNOU REALIDADE

A união política formando uma ARENA forte, coloca São Domingos do Prata no caminho do progresso e do desenvolvimento.
Os antigos chefes dos partidos políticos antes da Revolução, os antigos PSD, PR E UDN, formaram juntos uma ARENA forte. Três mandatos de Prefeitos são passados com candidatura única. Em 1971 e 1972, pela primeira vez, Dr. Antônio Roberto Lopes de Carvalho é eleito com candidatura única, e com presença maciça nas urnas.
Em dois anos Dr. Antônio revolucionou a Cidade, com obras de infra-estrutura, como esgotos, calçamento e o término da Praça Dr. Matheus de Vasconcelos. Foi um governo tranqüilo e de administração. Acabara as épocas da política dos companheiros partidários e o Prefeito pôde governar o Município com um todo, a comunidade de todos os pratianos. Quem foram os artífices dessa grande vitória? Justiça é necessário que se faça a eles: No ex-PSD Geraldo Santiago e Paulino Cícero de Vasconcelos, é claro, representando a todos ex-pessedistas, porque muitos outros participaram ajudando a paz e a união, tais como: Geraldo Cotta, José Onofre, Valter Cotta, Pedro Nicolau, Jair Perdigão, Irmãos Fernandes, Aníbal Vasconcellos, José Domingues Alfié, José Cotta Pena e outros de Ilhéus; o Prof. e Bioquímico Dr.  Guido Motta ( que viria a ser vereador 1971/1972 ), Zizi Lana, entre outros tantos.

Na ex-UDN – que posso dizer misturando com o ex-PR – José de Castro Drumond, José de Castro Perdigão ( Nô Barbeiro ), Paulo Morais, João Batista de Morais, João Pereira da Rocha e Filhos, João Braz Martins Perdigão, José Fortunato, José Viçoso de Araújo, “Pai e Irmãos”, Marinho M. Drumond, Lúcio Monteiro de Oliveira, Dr. Geraldo Quintão, Santos Vasconcelos, Raimundo Domingues “Alfié”, Marinho Drumond, ex-padre Antônio Sebastião Ferreira Barros, José Lemos Sobrinho, José Nazareno Lima, José Xavier Sobrinho e Manuelito Nunes Linhares.

O pratiano acostumou-se com a paz e com o sucesso de uma administração imparcial, voltada para o principal que são as obras públicas. Passados os dois anos, novamente o mesmo grupo consegue levar às urnas um candidato único. Desta vez com mais dificuldades, porque se tratava de Antônio Guido Rolla, quase filho da terra, mas que crescera e se desenvolvera entre os Pratianos, porém nascido em São Tomé, Município de D. Silvério.

Era natural essa dificuldade, mas a força, a vontade e a firmeza com que se portaram Zinho Drumond, Geraldo Santiago e Paulino Cícero, novamente se conseguiu uma candidatura única para Prefeito e, com isso, vieram os frutos : Política unida e Câmara sem oposição.

Lembro-me, ainda, de todos os vereadores que valem ser citados; Ailton Petrônio de Castro, Francisco Drumond, José Onofre, José Viçoso Araújo, Aníbal Vasconcelos, Francisco Rolla Guerra, Alonísio Morais, José Cotta Pena, José Cotta de Oliveira,Valfrido Perdigão, Rômulo Gomes Lima e Adão Bastos. Foram como eu sempre dizia – auxiliares da administração. Quantas saudades tenho do prazer, da satisfação em recebê-los e às suas reivindicações, porque todos sempre vinham com reivindicações comunitárias, dirigidas para os mais necessitados e para interesse comum. A reunião dos vereadores se fazia na maior paz possível, na maior certeza de que qualquer passo que dávamos, seria para o engrandecimento do Prata e do seu povo: “Pelo menos, era esta a intenção”.

A consagração dessa paz e dessa satisfação foi demonstrada ao vivo pelas eleições de deputados em 1974, todas elas comandadas pelos homens que compunham o Poder Municipal, prefeito e vereadores, é claro, recebendo sempre o respaldo e o apoio dos líderes do Diretório da Arena; José de Castro, Geraldo Santiago e Paulino Cícero.

Paulino Cícero, o nosso representante na Câmara Federal com 4.282 votos (no Município), Emílio Gallo – o nosso representante na Assembléia Legislativa, com 2.970 votos.

Com esse quadro pintado muito facilmente podemos dizer que as obras surgiram e muitos que somos impedidos de citar, isso não para vangloriar um prefeito  que sozinho nada faria, mas queremos colocar em evidência o sucesso de uma união total em torno do principal que é o interesse comum.

Foi você – Povo Pratiano – que indo dócil, alegre e confiante às urnas depositaram os seus votos nos seus líderes naturais, dizendo um “não” violento sem o uso da força física mas, sim, pela força do pensamento. Confiantes nos homens que, estão à frente, vocês disseram um “não” às intrigas, às fofocas, aos invejosos, aos que nada fazem senão tentar destruir pela crítica injusta aos que trabalham, aos que dão incessantemente um pouco de si mesmos, porque estão dando um pouco de sua saúde, um pouco de seu convívio feliz em seus lares, em benefício do Prata.

Hoje vamos inaugurar os 9 km de asfalto à BR-262. Esta obra representa a concretização de mais um sonho do povo do Prata. Quantos Pratianos que no passado viveram o trabalho esse sonho! Lembro-me hoje como em 1965, nascia o Lions Club, e com ele, a comissão em prol da BR-262. A comissão era composta de nomes como : José Matheus de Vasconcelos, “Inhô  Gomes ", Gico  Rocha e outros membros  da comunidade,   :  os deputados Paulino Cícero e Geraldo Quintão. Zinho Drumond pela Arena. E daí para cá, unidos, os Pratianos formaram uma trincheira e dela não saíram enquanto não se conseguisse alcançar o objetivo. A fase final começou no primeiro mandato Antônio Roberto – em 1971 – e depois quando o trabalho teve maior fase de desenvolvimento no mandato de Antônio Guido Rolla. Neste mandato, do qual somos participantes, podemos melhor  descrever,  partindo de um princípio que nunca fomos sozinhos e, sim, acompanhados do Presidente da ARENA – Zinho Drumond – Câmara dos Vereadores e os deputados Paulino Cícero, Geraldo Quintão, Emílio Gallo, todas as representações classistas, entidades, Sindicatos, Cooperativas e Ministério Público.

O primeiro grande passo foi dado quando a nossa comissão conseguiu a implantação da estrada de serviço Piedade – São Domingos do Prata. De uma visita memorável ao Dr. Aimoré Dutra – então chefe do 6º Distrito Rodoviário em Minas, ele juntamente com um engenheiro-Chefe das obras, Dr. Afonso Ferreira da Silva, nos dera a grande notícia: a estrada – serviço, ligando a cascalheira do Seara à BR-262, fora autorizda, seguindo o traçado topográfico, já estudado no primeiro mandato do Prefeito Antônio Roberto, ligando Rua 13 – Cabo Verde – Selva - Canjal – Piedade – BR. A nossa comissão que apanhara o fruto estava composta do Dr. Geraldo Quintão – representando também o Dr. Paulino Cícero – José Castro Drumond, presidente da ARENA Municipal, Francisco Drumond, presidente da Câmara dos vereadores e conosco alguns  veradores, o presidente do Sindicato Patronal, João Pereira da Rocha, Presidente da Cooperativa, João Braz Perdigão, a diretora do Colégio D. Auxiliadora Perdigão, Pe. Antônio Sebastião Ferreira Barros e algumas outras representações. Eu, o Prefeito de então, trouxe, uma carta ao engenheiro-residente autorizando o trabalho das máquinas, mas uma condição era posta: - a faixa de 30 metros, usada para a estrada e as benfeitorias atingidas seriam de responsabilidade da Comunidade. A faixa, num trabalho rápido, conseguimos que todos os proprietários assinassem doando 30 m para que por ali passasse a estrada. As casas demolidas na Rua 13 foram todas de responsabilidade da Prefeitura, documentos foram fornecidos aos proprietários, que mudaram para habitações alugadas pela Prefeitura até a reconstrução das suas habitações próprias. Iniciou-se o trabalho, com 300 mil m3 de terraplanagem, foi aberto o trecho. As obras de arte não foram feitas, ou o foram provisoriamente. A Prefeitura assumiu a conservação, colocando cascalho em todo o trecho, permitindo assim o trânsito durante todo o ano. Como se sabe, fora cercado de arame todo o trecho. Muitos não acreditavam no que viam e muitos não acreditavam que ali se colocaria asfalto. Nós e os nossos políticos, tendo o Paulino Cícero como o principal batalhador, não descansávamos. Conseguimos mais um passo quando o Dr. Rondon Pacheco, em outubro de 1974, já se despedindo de seu governo, fora inaugurar o nosso Fórum e, lá no querido Prata Tênis, com um extraordinário discurso prometeu ao público, porque já o havia prometido ao Dr. Paulino Cícero particularmente – o asfaltamento não somente de 9 km, “acesso Pratiano” mas também os 10 km “acesso da BR a Rio Piracicaba”. Foi um delírio. O Prata Tênis Club de pé bateu palmas pela conquista do Deputado Paulino Cícero e Geraldo Quintão e de suas respectivas comunidades : São Domingos do Prata e Rio Piracicaba.

Três dias após a vinda de sua Excelência o Gov. Rondon Pacheco a São Domingos do Prata, chegava a equipe de topografia do “DER” para execução do projeto, de ambos acessos. Assim acontecendo, o Governo Rondon deixou tudo pronto. O projeto só não foi para à concorrência Pública porque o tempo fora mais rápido do que os Engenheiros do DER.

Mas logo após a posse do Exmo. Dr. Aureliano Chaves de Mendonça, novamente em comissão conjunta, política e comunidade batia às portas do Palácio dos Despachos à pedir a Sua Excia. Dr. Aureliano Chaves a concretização de nosso sonho. Na comissão estavam integrados : Prefeito Antônio Guido Rolla, Presidente da ARENA José de Castro Drumond, Vereadores : Ailton Petrônio de Castro ( à epoca Presidente da Câmara Municipal ), Vereador Francisco Drumond, Presidente da Cooperativa  Agropecuária José Alves Xavier Sobrinho, Gerente da Caixa Econômica Estadual Manoel Martins Magalhães, Gerente da Feira do Produtor Pe. Antônio Sebastião Ferreira Barros, Deputados Emílio Gallo e Paulino Cícero comandando a conversa. Entregamos à Sua Excia. o Governador Aureliano Chaves um memorial solicitando o asfaltamento do acesso e como motivação apresentamos o quadro de união e paz de nossa política. E para mantê-la, considerávamos o nosso acesso comum uma necessidade de maior importância. Sua Excia. não negou, mas prometeu que somente daria uma solução após conseguir do Governo Federal recursos financeiros.

Mas o acesso asfáltico de São Domingos do Prata – BR entraria definitivamente no seu plano de 1.000 km de estradas asfaltadas em 4 anos.

Após esta visita, muitos e muitos contatos foram feitos pelo Deputado Paulino Cícero e pela administração municipal, ora com o Governador, ora com os Engenheiros do DER.

Até a inauguração da BR-262, as autoridades atravessariam o nosso município em 45 km, sem poder entrar na cidade. Preparamos então uma manifestação em todo o trecho. Nos trevos de Vargem Linda e de Piedade organizamos uma concentração maior. No trevo da Piedade colocamos uma grande representação e recebemos sua Excia., o Governador Aureliano Chaves juntamente com o Ministro dos Transportes, General Dirceu Nogueira. Fez a saudação o Deputado Paulino Cícero que, como sempre, em brilhante discurso deu o recado do Povo Pratiano, mostrando ao Sr. Governador, ao vivo, a nossa reivindicação. E logo após a sua fala, o Deputado Paulino recebeu um forte abraço de sua Excia. Dr. Aureliano Chaves dizendo : Tranquilize-se Paulino, a sua estrada vai sair”.

E daí para frente não tivemos mais dúvidas, fora rápido, até chegar o dia em que o Dr. Geraldo Pereira da Silva, Diretor Geral do DER assinara o edital de concorrência para o asfaltamento dos trechos BR a São Domingos do Prata e BR a Rio Piracicaba. E hoje estamos felizes vendo realizado o sonho de todos. Parabéns a todos os Pratianos que acreditaram e nos deram, com o seu apoio nas urnas, o voto de confiança, mas que também reportaram bem às autoridades estaduais e federais a força política que esta comunidade representa. Precisamos continuar unidos, não podemos dar ouvidos a bandoleiros e fofoqueiros. Somente unidos em torno de nossa liderança, que eu gostaria de chamar trilogia pensante de nossa política: Zinho Drumond, Geraldo Santiago e Paulino Cícero.

É evidente que outros trabalhos paralelos foram desenvolvidos. É evidente que todos pratianos possuidores de alguma influência junto às autoridades, usando esta influência, nos ajudaram. Não podemos esquecer o apoio que nos deu o Jornalista José Godoy de Castro com o Fórum Econômico, o Atualidades e o Jornal de Monlevade, através de seus prepostos.

Gostaríamos ainda de lembrarmos àqueles que juraram que o nosso asfalto não sairia. Os “São Tomé (s) ” sempre existem. Às vezes são pobres de espírito, mas às vezes até ajudam, pois a uma crítica bem feita, surge sempre uma ação de trabalho bem organizado que nos leva sempre ao sucesso.

(Colaboração de Dr. Antônio Guido Rolla)

JORNAL DE MONLEVADE – Nº 18 – 16 A 30/11/77

PAULINO CÍCERO DE VASCONCELLOS, PERSONAGEM DE RENOME NACIONAL

O escritor dionisiano Fábio Americano biografou brilhantemente a vida de um dos pratianos mais ilustres da história da Cidade. Advogado formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e político Paulino Cícero de Vasconcellos, nascido em 12 de fevereiro de 1937, filho de José Matheus de Vasconcellos (Médico conhecido como o “Operário do Bem”) e Maria de Castro Drumond Vasconcellos. Ingressou na vida pública em 1959, quando assumiu a Prefeitura de sua Cidade até 1963.
Foi também Deputado Estadual por dois mandatos e Federal em quatro ocasiões. No Congresso Nacional e na Câmara dos Deputados participou de inúmeras Comissões Mistas, Permanentes e Especiais. Foi também Secretário de Educação de Minas Gerais (1979-1980). Em 1988 tornou-se presidente da Usiminas, e quatro anos depois, tomou posse como Ministro de Estado das Minas e Energia . Foi membro do Conselho de Administração da Companhia Vale do Rio Doce (1987-1988) e em novembro de 2007 assumiu a presidência do Sindicato da Indústria do Ferro de Minas Gerais (Sindifer-MG).
Paulino Cícero representou o Brasil em inúmeras missões oficiais: observador na Reunião de Estudos dos Meios de Luta contra a Poluição no Mar Mediterrâneo, Palma de Mallorca, Espanha, 1982; Membro da Comitiva Presidencial à Abertura da Sessão Anual da ONU, Nova Iorque, 1982; Chefe da Delegação Parlamentar que visitou a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e a República Democrática Alemã, a convite do Soviet Supreme e da Volkskammer respectivamente, 1983; visita ao Parlamento,  Universidades e às Industrias Petrolíferas e Nuclear da Inglaterra, a convite do Governo Britânico, 1984; Delegado ao Congresso do Instituto Internacional do Ferro e do Aço, como Presidente da Usiminas, Seul, Coreia, 1988; Observador Parlamentar na 81ª Reunião da Conferencia Internacional do Trabalho, Genebra, Suíça, 1994.
Entre as condecorações recebidas estão a Ordinul Tudor Vladmirescu, Romênia, 1975; Medalha Santos Dumont, Ouro Preto, 1979; Medalha de Honra da Inconfidência, 1980; Ordre des Palmes Académiques, Ministério da Educação da França, 1981; Grande Medalha de Inconfidência, 1982; Ordem do Mérito, Congresso Nacional; Ordem do Mérito Naval e Ordem do Mérito, Governo do Distrito Federal.
Obras Publicadas: 'Nossa Política do Estanho'; 'Plano Siderúrgico Nacional'; 'Nossa Política de Minas e Energia'; 'A Fecunda Convivência'; 'A Fecunda Convivência dos Povos'; 'Acordo Nuclear Brasil-Alemanha'; 'Gás Liquefeito de Petróleo no Brasil'; 'Estudo sobre o Negro no Brasil pós-abolição'; 'Um Pouco de Memória'.
Foi casado com Maria Célia Martins da Costa Vasconcellos (in memoriam), com quem teve três filhos: Luís André, Marco Aurélio e Daniela Martins da Costa Vasconcellos.
HOMENAGEM
É Cidadão Honorário de Ipatinga. "Em um ato de coragem, ele contrapôs a toda orientação governamental ao assumir a responsabilidade de reajustar significativamente os salários dos funcionários, o que acabou lhe custando o cargo na empresa. Um homem com a história de Paulino Cícero merece realmente uma homenagem dessa grandeza, justificou o autor da Resolução que lhe concedeu o título, o Ex-Vereador Altair Vilar”.
Na ocasião, o também Vereador Lauro Botelho disse que o pratiano 'lutou incondicionalmente pelos funcionários, e acabou perdendo o emprego por isso, mas saiu por cima, com honra, e uma das maneiras de valorizarmos sua atitude é exatamente através do Título de Cidadão Honorário de Ipatinga'.
Finalmente, pode-se afirmar que de 1958 até 2002 (aproximadamente) não houve realização alguma em nosso Município de São Domingos do Prata e Região que não tivesse tido a sua participação efetiva ou colaborativa, justiça seja feita.

Ailton Petrônio de Castro

EM HOMENAGEM AO DR. PAULINO CÍCERO DE VASCONCELLOS

Tinha apenas doze anos quando o Paulino Cicero Vasconcelos - candidatou-se a Deputado Estadual - na mesma época o Dr. Geraldo Quintão morava e advogava no Prata, pois a sua Cidade Jaguaraçu, pertencia à nossa Comarca. Meu pai era companheiro político do Dr. Geraldo Quintão e já havia prometido seu voto a Ele.

Nenhum de nós, filhos, éramos eleitores. O que fiz? - Falei com minha mãe: 'Mãe, por favor, vote no Cicio de Dr. Matheus, eu queria votar nele mas sou menor, gosto muito do Dr. Matheus e do Cicio' (como o chamávamos), Ela deu o voto dela ao Paulino e o meu pai ao Dr. Geraldo Quintão. Como era um menino  meio politiqueiro, tinha eu, o meu tio Jadir que trabalhava na barbearia de meu pai, com o qual eu tinha uma grande cumplicidade, a minha mãe falava isto; e era verdade, cabalei o voto do meu tio para o Paulino. 

Faço este depoimento porque à época os partidos mais fortes no Prata eram a UDN - O PSD e o PR. Mas ninguém se preocupou com isto, O Paulino foi eleito pelo Vale do Piracicaba e o Dr. Geraldo Quintão também foi eleito, apoiado pela Região que hoje denominamos Vale do Aço: Marliéria, Jaguaraçu, Timóteo, Cel. Fabriciano, Antônio Dias e Ipatinga (com a Usina no início). O povo colocou o interesse da Cidade e da Região acima de tudo. Foi tão frutífero que o Paulino Cicero Vasconcellos, conseguiu por três vezes a  candidatura única para Prefeito do Prata.  A primeira, em 1970, com Dr. Antônio Roberto Lopes de Carvalho para Prefeito e o João Braz Martins Perdigão para Vice. Em 1972 foi feito novo acordo, com o Dr. Antonio Guido Rolla para Prefeito e o Sr. Geraldo Cota para Vice. Já em 1976, o último acordo,  com Dr. Antônio Roberto Lopes de Carvalho para Prefeito e o Zitinho Cota para Vice. Não só foi um período de muita paz social e de progresso, como o asfalto ligando com a BR 262, o asfalto para Nova Era, a vinda da Copasa, eletrificação em todos os Distritos do Município. A construção do novo prédio da Escola Estadual Marques Afonso, vinda da TELEMIG - nome à época da empresa de telefonia de MG - construção do novo prédio do Fórum, instalação da Agência do Banco do Brasil na Cidade, construção do Paço Municipal, implantação das extensões escolares nos Distritos, apoio ao Curso Técnico de Contabilidade mantido pelo Município e tantos outros feitos em favor da Cidade. 

Faço esta pequena dissertação para demonstrar que o diálogo e a união sempre fizeram parte do perfil comportamental do Dr. Paulino.  Assim, evoco o testemunho de um nosso outro historiador, o  Dr. Laércio Maciel, meu companheiro em várias tentativas de unirmos os políticos de nossa Terra, justamente porque entre nós a preocupação era nossa Cidade, não nos importando a qual partido éramos filiados.

Pois bem, tendo sido o Paulino Cícero eleito Prefeito de São Domingos do Prata aos 21 anos, posteriormente Deputado Estadual, Deputado Federal, Ministro das Minas e Energia, Secretário de Educação, Secretário de Minas e Energia, Secretário de Indústria e Comércio, Secretário de Meio Ambiente e Agricultura, também presidente da Usiminas, completa 60 anos de vida pública ilibada e íntegra, desfrutando no âmbito político de reconhecida idoneidade moral e certamente o maior expoente da Região do Médio Piracicaba e do Vale do Aço.

Registro pois, sua ação na educação, energia, saúde e estradas; além dos fatos que presencie como Vereador e Vice-Prefeito; podendo afirmar que de 1958 até 2002, não houve realização alguma em nosso Município que não teve a sua participação efetiva ou colaborativa, justiça seja feita; razão pela qual o autor desta Obra, Fábio Americano, eterniza a vida de um grande ser humano e excelente homem público.




MENSAGEM DO MINISTRO PAULINO CÍCERO DE VASCONCELLOS:



Para o querido amigo Petrônio, cabo eleitoral que me orgulha ainda quando pré-eleitor e que me dá, nas paginas dessa obra envaidecidos histórico e cuja presença só valoriza meu texto.

Com carinho, 
Paulino Cícero
11-6-21

DEVER DE CASA

Interessante como na vida, fazer o dever de casa é de fundamental importância.

No futebol um time para manter-se bem no campeonato deve ganhar os jogos que disputa em seus domínios. A seleção brasileira ao perder de 7 a 1 para a Alemanha em pleno Mineirão comprovou esta máxima. 

Na política não é diferente, em 1982, nós, pratianos, cometemos o equívoco de votar em uma pessoa de outra cidade para Deputado Federal, em detrimento do Dr. Paulino Cícero (filho da Terra e Ex-prefeito), ao qual muito devemos e ao seu pai "Dr. Matheus". A diferença é que no caso acima mencionado, alguns políticos de nossa cidade trabalharam para um Deputado Federal de outra região, que havia conseguido uma única verba para uma pequena ponte na Cidade, esquecendo-se de tantos outros benefícios que o Dr. Paulino trouxe-nos como a Cemig, a Copasa, Prédio da Escola Estadual Marques Afonso, a ligação asfáltica do Prata à BR 262, e tantos outros feitos.

No mundo político a memória é curta e a gratidão cada vez mais rara.

Importante observar que antigamente o bom político ficava rouco de tanto ouvir; hoje o comportamento é outro. 

O resultado das eleições de 2014 mostrou-nos deputados perdendo votos em "território doméstico", o que poder estar sinalizando como "pouca atenção" à própria casa. 
Outro fato que já se pode notar é a vaidade de alguns, que sem perceber, correm para ajudar a organizar a sala de visitas de seus vizinhos, deixando desarrumada a sua própria cozinha. 

É hora de repensar, observar e dar mais atenção aos assuntos domésticos para depois não reclamar que: "PRATA DA CASA NÃO TEM VALOR".

PAULINO CÍCERO DE VASCONCELOS - 60 ANOS DE VIDA PÚBLICA

Eleito Prefeito de São Domingos do Prata aos 21 anos, Deputado Estadual, Deputado Federal, Ministro de Minas e Energia, Secretário de Educação, Minas e Energia, Indústria e Comércio, Meio Ambiente e Agricultura, também presidente da Usiminas, completa neste ano 60 anos de vida pública ilibada, integridade desfrutando no âmbito político de reconhecida idoneidade moral e certamente o maior expoente da Região do Médio Piracicaba e do Vale do Aço.

Quanto a sua Terra importante relacionar suas ações:

I – Construção da nova Escola Estadual Marques Afonso;

II – Implantação da CEMIG em todo Município;

III –Convênio com a Copasa, já que São Domingos do Prata não tinha nenhuma nascente em seus arredores para captação de água;

IV – Ligação asfáltica da Cidade à BR 262 (Governo Rondon Pacheco e Aureliano Chaves);

V – Ligação asfáltica da Cidade à Nova Era (Governo Francelino Pereira);

Registrei esses cinco itens, embora sua participação seja muito maior, apenas para lembrar a muitos pratianos, inclusive políticos, que não tem conhecimento da sua ação na educação, energia, saúde e estradas; além de fatos que presenciei como vereador e vice-prefeito, tais como a construção do Fórum, implantação da telefonia fixa e celular; podendo afirmar que de 1958 até 2002 (aproximadamente), não houve realização alguma em nosso Município que não teve a sua participação efetiva ou colaborativa, justiça seja feita.

Wednesday, June 05, 2019

CANÇÃO DOS NAMORADOS



Ciganinha, ciganinha!
Linda do cabelo loiro,
Olhos verdes carinhosos,
Uma sereia do mar,
Merece um buque de flor.

Vou roubar um botão de rosa,
Um presente delicado.
Dar pra minha ciganinha
Com carinho e muito amor,
Quero ser seu namorado.

Nós dois juntos consagrando
Com esperança e devoção.
Dele vai nascer a flor,
Com carinho e muito amor,
Conquistar seu coração.

Nas corolas entreabertas
Da flor vai nascer a rosa
Junto com você formosa
Sempre linda e carinhosa
Completar nossa união.

É a semente
Do nosso jardim em flor.
Com perfume e o carinho,
Assim vamos construindo
Nosso castelo de amor.

Alucinado,
Brincando com seus cabelos
Beijando seu lindo rosto
E assim acariciando,
Abraçar seu corpo inteiro.

Esse romance em amor
Vai ter fofoca comigo.
Entre o cravo e a rosa,
Pra mim defesa e prova,
Separar joio do trigo.

Ciganinha, ciganinha
Eu quero você pra mim!
Lá em casa tem roseira
Cravo branco e alecrim.
Quando a saudade me aperta,
É um consolo para mim.

Nós dois juntos, perfumados
Somos flores do jardim.
Quando chega a madrugada
Veja que o sereno cai,
Jesus cristo diz assim:
Crescei e multiplicai,
Desejo boa viagem,
E pra onde a gente vai,
Nossa terra natal, nosso berço
conjugal.

Viva Jesus, viva a Virgem Maria!
Viva a Trindade Santa!
Viva a Sagrada Família!
Viva a minha juventude, era feliz
e não sabia!
Antônio Pedro Guimarães – 1938.


Dionísio, 12 de junho de 1.938.


Adeus quinze anos, infanto juvenil
Firmamento estrelado, céu azul: cor de anil
Das corolas entreabertas da minh’alma juvenil
Paira sempre librada doce pomba gentil
Pedindo ao Espírito Santo proteção e abrigo
Para minha mãe com três filhos, entre o joio e o trigo.
Terminei meus quinze anos, comecei a minha história
Como arrimo de família, fé em Deus e em Nossa Senhora
De mãos dadas com Jesus, abraçando a lei divina
Joaquim Vieira e Antônio Pedro, Ana Rita e Maria Agripina
Com o sereno da madrugada, nas manhãs purpurina
Colorindo os meus sonhos, em ritmo e rima.
A brisa cicia ao romper da aurora
A luz do horizonte iluminando a flora.
O sol da manhã saudando a floresta
Brilhou no meu sonho, em clima de festa.
Buscando um futuro, com fé em Deus e confiança
Sorrindo, escrevendo, saudosas lembranças.
Registrando saudades da fazenda velha,
No caderno escrito a lápis tenho a data e tenho a era.
Boi de carro no curral, no pasto o alazão
Na porteira o bambuzal, no peito a recordação.
Meu pé de jacarandá, no bosque onde nasceu
Meu coqueiro que, coitado! De saudades já morreu.
Na fruteira do quintal o gorjeio das juritis,
Na copa do jatobá, o fofoqueiro bem te viu.
O verde louro do campo minha terra onde nasci
Cultivada pelos escravos, irmãos que não conheci.
No cipreste meu berço deixo escrito meu papel
Nas entranhas desta matas, no teu seio e o doce mel.
De um lado a certeza, do outro lado salvo o engano
Vou compondo a minha história com as estações do ano.
A vida é como a rosa, tem espinhos, mas é bela
Tem inverno e tem verão, tem outono e primavera.
Os espinhos desta rosa irrigados com carinho
Protetor das flores belas, tiram pedras do caminho.
A estrada desta vida muitas flores encontrei.
No jardim da minha infância, até o outono onde cheguei.
As quatro estações criaram a rosa e fez a flor
A esposa e onze filhos, com carinho e muito amor.
Adeus berço natal, adeus rincão sagrado
Adeus saudoso abraço, quinze anos contemplados.
Obrigado povo amigo, obrigado mensageiro
Glorioso São José, nosso santo padroeiro.



Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amado.
Obrigado Senhor!