O SONHO QUE
SE TORNOU REALIDADE
A união
política formando uma ARENA forte, coloca São Domingos do Prata no caminho do
progresso e do desenvolvimento.
Os antigos
chefes dos partidos políticos antes da Revolução, os antigos PSD, PR E UDN,
formaram juntos uma ARENA forte. Três mandatos de Prefeitos são passados com
candidatura única. Em 1971 e 1972, pela primeira vez, Dr. Antônio Roberto Lopes
de Carvalho é eleito com candidatura única, e com presença maciça nas urnas.
Em dois anos
Dr. Antônio revolucionou a Cidade, com obras de infra-estrutura, como esgotos,
calçamento e o término da Praça Dr. Matheus de Vasconcelos. Foi um governo
tranqüilo e de administração. Acabara as épocas da política dos companheiros
partidários e o Prefeito pôde governar o Município com um todo, a comunidade de
todos os pratianos. Quem foram os artífices dessa grande vitória? Justiça é
necessário que se faça a eles: No ex-PSD Geraldo Santiago e Paulino Cícero de
Vasconcelos, é claro, representando a todos ex-pessedistas, porque muitos outros
participaram ajudando a paz e a união, tais como: Geraldo Cotta, José Onofre,
Valter Cotta, Pedro Nicolau, Jair Perdigão, Irmãos Fernandes, Aníbal
Vasconcellos, José Domingues Alfié, José Cotta Pena e outros de Ilhéus; o Prof. e Bioquímico Dr. Guido
Motta ( que viria a ser vereador 1971/1972 ), Zizi Lana, entre outros tantos.
Na
ex-UDN –
que posso dizer misturando com o ex-PR – José de Castro Drumond, José de
Castro
Perdigão ( Nô Barbeiro ), Paulo Morais, João Batista de Morais, João
Pereira da Rocha e Filhos,
João Braz Martins Perdigão, José Fortunato, José Viçoso de Araújo, “Pai e
Irmãos”, Marinho M. Drumond, Lúcio Monteiro de Oliveira, Dr. Geraldo
Quintão, Santos
Vasconcelos, Raimundo Domingues “Alfié”, Marinho Drumond, ex-padre
Antônio
Sebastião Ferreira Barros, José Lemos Sobrinho, José Nazareno Lima, José
Xavier
Sobrinho e Manuelito Nunes Linhares.
O pratiano
acostumou-se com a paz e com o sucesso de uma administração imparcial, voltada
para o principal que são as obras públicas. Passados os dois anos, novamente o
mesmo grupo consegue levar às urnas um candidato único. Desta vez com mais
dificuldades, porque se tratava de Antônio Guido Rolla, quase filho da terra,
mas que crescera e se desenvolvera entre os Pratianos, porém nascido em São
Tomé, Município de D. Silvério.
Era natural
essa dificuldade, mas a força, a vontade e a firmeza com que se portaram Zinho
Drumond, Geraldo Santiago e Paulino Cícero, novamente se conseguiu uma
candidatura única para Prefeito e, com isso, vieram os frutos : Política unida
e Câmara sem oposição.
Lembro-me,
ainda, de todos os vereadores que valem ser citados; Ailton Petrônio de Castro,
Francisco Drumond, José Onofre, José Viçoso Araújo, Aníbal Vasconcelos,
Francisco Rolla Guerra, Alonísio Morais, José Cotta Pena, José Cotta de
Oliveira,Valfrido Perdigão, Rômulo Gomes Lima e Adão Bastos. Foram como eu
sempre dizia – auxiliares da administração. Quantas saudades tenho do prazer,
da satisfação em recebê-los e às suas reivindicações, porque todos sempre
vinham com reivindicações comunitárias, dirigidas para os mais necessitados e
para interesse comum. A reunião dos vereadores se fazia na maior paz possível,
na maior certeza de que qualquer passo que dávamos, seria para o
engrandecimento do Prata e do seu povo: “Pelo menos, era esta a intenção”.
A consagração
dessa paz e dessa satisfação foi demonstrada ao vivo pelas eleições de
deputados em 1974, todas elas comandadas pelos homens que compunham o Poder
Municipal, prefeito e vereadores, é claro, recebendo sempre o respaldo e o
apoio dos líderes do Diretório da Arena; José de Castro, Geraldo Santiago e
Paulino Cícero.
Paulino
Cícero, o nosso representante na Câmara Federal com 4.282 votos (no Município),
Emílio Gallo – o nosso representante na Assembléia Legislativa, com 2.970
votos.
Com esse
quadro pintado muito facilmente podemos dizer que as obras surgiram e muitos
que somos impedidos de citar, isso não para vangloriar um prefeito que sozinho nada faria, mas queremos colocar
em evidência o sucesso de uma união total em torno do principal que é o
interesse comum.
Foi você –
Povo Pratiano – que indo dócil, alegre e confiante às urnas depositaram os seus
votos nos seus líderes naturais, dizendo um “não” violento sem o uso da força
física mas, sim, pela força do pensamento. Confiantes nos homens que, estão à
frente, vocês disseram um “não” às intrigas, às fofocas, aos invejosos, aos que
nada fazem senão tentar destruir pela crítica injusta aos que trabalham, aos
que dão incessantemente um pouco de si mesmos, porque estão dando um pouco de
sua saúde, um pouco de seu convívio feliz em seus lares, em benefício do Prata.
Hoje
vamos
inaugurar os 9 km de asfalto à BR-262. Esta obra representa a
concretização de
mais um sonho do povo do Prata. Quantos Pratianos que no passado viveram
o trabalho esse sonho! Lembro-me hoje como em 1965, nascia o Lions
Club, e com
ele, a comissão em prol da BR-262. A comissão era composta de nomes como
: José
Matheus de Vasconcelos, “Inhô Gomes ", Gico Rocha e outros membros da
comunidade, : os deputados Paulino Cícero e Geraldo Quintão. Zinho
Drumond
pela Arena. E daí para cá, unidos, os Pratianos formaram uma trincheira e
dela
não saíram enquanto não se conseguisse alcançar o objetivo. A fase final
começou no primeiro mandato Antônio Roberto – em 1971 – e depois quando o
trabalho teve maior fase de desenvolvimento no mandato de Antônio Guido
Rolla.
Neste mandato, do qual somos participantes, podemos melhor descrever,
partindo
de um princípio que nunca fomos sozinhos e, sim, acompanhados do
Presidente da
ARENA – Zinho Drumond – Câmara dos Vereadores e os deputados Paulino
Cícero,
Geraldo Quintão, Emílio Gallo, todas as representações classistas,
entidades, Sindicatos, Cooperativas e Ministério Público.
O
primeiro
grande passo foi dado quando a nossa comissão conseguiu a implantação da
estrada de serviço Piedade – São Domingos do Prata. De uma visita
memorável ao
Dr. Aimoré Dutra – então chefe do 6º Distrito Rodoviário em Minas, ele
juntamente com um engenheiro-Chefe das obras, Dr. Afonso Ferreira da
Silva, nos
dera a grande notícia: a estrada – serviço, ligando a cascalheira do
Seara à
BR-262, fora autorizda, seguindo o traçado topográfico, já estudado no
primeiro
mandato do Prefeito Antônio Roberto, ligando Rua 13 – Cabo Verde – Selva
- Canjal
– Piedade – BR. A nossa comissão que apanhara o fruto estava composta do
Dr.
Geraldo Quintão – representando também o Dr. Paulino Cícero – José
Castro
Drumond, presidente da ARENA Municipal, Francisco Drumond, presidente da
Câmara
dos vereadores e conosco alguns
veradores, o presidente do Sindicato Patronal, João Pereira da Rocha,
Presidente da Cooperativa, João Braz Perdigão, a diretora do Colégio D.
Auxiliadora Perdigão, Pe. Antônio Sebastião Ferreira Barros e algumas
outras
representações. Eu, o Prefeito de então, trouxe, uma carta ao
engenheiro-residente
autorizando o trabalho das máquinas, mas uma condição era posta: - a
faixa de
30 metros, usada para a estrada e as benfeitorias atingidas seriam de
responsabilidade da Comunidade. A faixa, num trabalho rápido,
conseguimos que
todos os proprietários assinassem doando 30 m para que por ali passasse a
estrada. As casas demolidas na Rua 13 foram todas de responsabilidade da
Prefeitura, documentos foram fornecidos aos proprietários, que mudaram
para
habitações alugadas pela Prefeitura até a reconstrução das suas
habitações
próprias. Iniciou-se o trabalho, com 300 mil m3 de terraplanagem, foi
aberto o trecho.
As obras de arte não foram feitas, ou o foram provisoriamente. A
Prefeitura
assumiu a conservação, colocando cascalho em todo o trecho, permitindo
assim o
trânsito durante todo o ano. Como se sabe, fora cercado de arame todo o
trecho.
Muitos não acreditavam no que viam e muitos não acreditavam que ali se
colocaria
asfalto. Nós e os nossos políticos, tendo o Paulino Cícero como o
principal
batalhador, não descansávamos. Conseguimos mais um passo quando o Dr.
Rondon
Pacheco, em outubro de 1974, já se despedindo de seu governo, fora
inaugurar o
nosso Fórum e, lá no querido Prata Tênis, com um extraordinário discurso
prometeu ao público, porque já o havia prometido ao Dr. Paulino Cícero
particularmente – o asfaltamento não somente de 9 km, “acesso Pratiano”
mas
também os 10 km “acesso da BR a Rio Piracicaba”. Foi um delírio. O Prata
Tênis
Club de pé bateu palmas pela conquista do Deputado Paulino Cícero e
Geraldo
Quintão e de suas respectivas comunidades : São Domingos do Prata e Rio
Piracicaba.
Três dias
após a vinda de sua Excelência o Gov. Rondon Pacheco a São Domingos do Prata, chegava
a equipe de topografia do “DER” para execução do projeto, de ambos acessos.
Assim acontecendo, o Governo Rondon deixou tudo pronto. O projeto só não foi para
à concorrência Pública porque o tempo fora mais rápido do que os Engenheiros do
DER.
Mas
logo
após a posse do Exmo. Dr. Aureliano Chaves de Mendonça, novamente em
comissão
conjunta, política e comunidade batia às portas do Palácio dos Despachos
à
pedir a Sua Excia. Dr. Aureliano Chaves a concretização de nosso sonho.
Na
comissão estavam integrados : Prefeito Antônio Guido Rolla, Presidente
da ARENA
José de Castro Drumond, Vereadores : Ailton Petrônio de Castro ( à epoca
Presidente da Câmara Municipal ), Vereador Francisco
Drumond, Presidente da Cooperativa Agropecuária José Alves Xavier
Sobrinho,
Gerente da Caixa Econômica Estadual Manoel Martins Magalhães, Gerente da
Feira
do Produtor Pe. Antônio Sebastião Ferreira Barros, Deputados Emílio
Gallo e
Paulino Cícero comandando a conversa. Entregamos à Sua Excia. o
Governador
Aureliano Chaves um memorial solicitando o asfaltamento do acesso e como
motivação
apresentamos o quadro de união e paz de nossa política. E para mantê-la,
considerávamos o nosso acesso comum uma necessidade de maior
importância. Sua
Excia. não negou, mas prometeu que somente daria uma solução após
conseguir do
Governo Federal recursos financeiros.
Mas o
acesso asfáltico de São Domingos do Prata – BR entraria definitivamente no seu
plano de 1.000 km de estradas asfaltadas em 4 anos.
Após esta
visita, muitos e muitos contatos foram feitos pelo Deputado Paulino Cícero e
pela administração municipal, ora com o Governador, ora com os Engenheiros do
DER.
Até a
inauguração da BR-262, as autoridades atravessariam o nosso município em 45 km,
sem poder entrar na cidade. Preparamos então uma manifestação em todo o trecho.
Nos trevos de Vargem Linda e de Piedade organizamos uma concentração maior. No
trevo da Piedade colocamos uma grande representação e recebemos sua Excia., o
Governador Aureliano Chaves juntamente com o Ministro dos Transportes, General
Dirceu Nogueira. Fez a saudação o Deputado Paulino Cícero que, como sempre, em
brilhante discurso deu o recado do Povo Pratiano, mostrando ao Sr. Governador,
ao vivo, a nossa reivindicação. E logo após a sua fala, o Deputado Paulino
recebeu um forte abraço de sua Excia. Dr. Aureliano Chaves dizendo :
Tranquilize-se Paulino, a sua estrada vai sair”.
E daí para
frente não tivemos mais dúvidas, fora rápido, até chegar o dia em que o Dr. Geraldo
Pereira da Silva, Diretor Geral do DER assinara o edital de concorrência para o
asfaltamento dos trechos BR a São Domingos do Prata e BR a Rio Piracicaba. E
hoje estamos felizes vendo realizado o sonho de todos. Parabéns a todos os
Pratianos que acreditaram e nos deram, com o seu apoio nas urnas, o voto de
confiança, mas que também reportaram bem às autoridades estaduais e federais a
força política que esta comunidade representa. Precisamos continuar unidos, não
podemos dar ouvidos a bandoleiros e fofoqueiros. Somente unidos em torno de
nossa liderança, que eu gostaria de chamar trilogia pensante de nossa política:
Zinho Drumond, Geraldo Santiago e Paulino Cícero.
É evidente
que outros trabalhos paralelos foram desenvolvidos. É evidente que todos
pratianos possuidores de alguma influência junto às autoridades, usando esta
influência, nos ajudaram. Não podemos esquecer o apoio que nos deu o Jornalista
José Godoy de Castro com o Fórum Econômico, o Atualidades e o Jornal de
Monlevade, através de seus prepostos.
Gostaríamos
ainda de lembrarmos àqueles que juraram que o nosso asfalto não sairia. Os “São
Tomé (s) ” sempre existem. Às vezes são pobres de espírito, mas às vezes até
ajudam, pois a uma crítica bem feita, surge sempre uma ação de trabalho bem
organizado que nos leva sempre ao sucesso.
(Colaboração
de Dr. Antônio Guido Rolla)