Friday, July 25, 2025

Os Riscos da Dependência Emocional na Terceira Idade: Quando o Amor se Torna Prisão

 Envelhecer é um processo que traz consigo muitas transformações — no corpo, na rotina, nas relações. Com o tempo, muitos vínculos se perdem: filhos que crescem e seguem seu caminho, amizades que se distanciam, perdas de companheiros(as) de longa data. Diante dessas mudanças, é natural que o desejo de se sentir amado, acolhido e necessário cresça. No entanto, quando esse desejo ultrapassa os limites do equilíbrio emocional, pode nascer a dependência emocional — um sentimento profundo de vazio quando o outro não está por perto.

Na terceira idade, a dependência emocional pode ser ainda mais perigosa. Ela muitas vezes se disfarça de carinho, de apego, de amor. Mas, aos poucos, pode transformar-se em medo: medo da solidão, do abandono, de não ser mais importante. E quando uma pessoa passa a viver em função do outro, esquecendo de si, abre-se espaço para traumas emocionais profundos e, por vezes, irreversíveis.
Essa dependência pode levar ao isolamento, à submissão e até mesmo à tolerância de relações abusivas, por receio de ficar só. A autoestima fragilizada reforça a ideia de que “não se é mais capaz” de recomeçar, de fazer novas amizades ou de encontrar o amor de forma saudável.
Além disso, o trauma emocional causado por rejeições, perdas ou rompimentos em idade avançada pode afetar a saúde mental de forma intensa — gerando depressão, ansiedade e até doenças psicossomáticas. Em casos mais graves, a pessoa pode perder o sentido da vida, tornando-se emocionalmente refém do outro.
Mas é importante lembrar: nunca é tarde para aprender a amar-se primeiro. A maturidade traz também a oportunidade de se olhar com mais compaixão, de se conhecer profundamente e de entender que a companhia mais importante é a própria. Relações saudáveis se constroem quando há liberdade, respeito e reciprocidade — não quando um precisa do outro para sobreviver emocionalmente.
Buscar ajuda, seja por meio de terapia, grupos de apoio ou novas vivências, pode ser o primeiro passo para quebrar os laços da dependência emocional e reencontrar o equilíbrio. Porque na terceira idade, assim como em qualquer fase da vida, o amor deve libertar — nunca aprisionar.
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Selma de Oliveira

SAUDADES

 "Um dia sentiremos falta de tudo o que não vivemos, das coisas mais bonitas que deixamos de fazer, dos milagres que não conseguimos enxergar, por olharmos sempre pra longe.

Sentiremos falta do amor que não doamos, da canção que não ouvimos, das tardes com um horizonte todo tingido de laranja.
E sentiremos saudade do abraço recolhido, dos olhos refletindo o céu, das noites e das manhãs de abril.
Sentiremos saudade da casa, da porta sempre aberta, das risadas pelos cômodos, de um dia especial.
Somos feitos de retalhos, dos pequenos retalhos que a vida nos doa, e vamos, dia após dia, costurando nossa história entre lágrimas e sorrisos.
Somos feitos dos pedaços que ficam e que vão embora.
De chegadas, de partidas.
De saudade estrada afora. "
Desconheço o autor

AS NOSSAS DORES

 "Há dias, perguntaram-me qual foi a dor mais forte que consegui suportar.

Fiquei em silêncio por um instante, não porque não soubesse a resposta,
Mas porque algumas dores, não se explicam com palavras.
Pensei nas dores físicas – aquelas que marcam a pele, cortam a carne.
Sim, já senti algumas.
Mas a dor mais intensa que já suportei, não deixou cicatrizes visíveis.
Ela não sangrou, não latejou de uma forma que pudesse ser curado com remédios ou repouso.
Foi uma dor que se alojou na alma,
Que silenciou o meu riso,
Que tornou os meus dias longos e as noites insuportáveis.
Foi a dor da perda, da despedida inesperada,
Do vazio deixado por alguém que partiu sem aviso.
Foi a dor de um adeus sem retorno,
De um amor que se desfez sem explicação,
De um sonho que desmoronou diante dos meus olhos, Sem que eu pudesse segurá-lo.
E o mais curioso? Sobrevivi.
A dor atravessou-me, rasgou-me por dentro, mas não me destruiu.
Porque, no fim, descobri que algumas dores não são feitas para serem esquecidas,
Mas para serem transformadas.
E, talvez, a maior força que temos seja essa:
A de seguir adiante, mesmo carregando as marcas invisíveis do que um dia nos feriu."
Carlos C.

AMIGO

 Eu jamais poderia escolher como parceiro de vida alguém que não fosse, antes de tudo, meu amigo. Amizade verdadeira é parte da fundação que sustenta quem eu sou — uma das raras bênçãos que o tempo me deixou como herança.

Falo daquela pessoa que, onde quer que esteja, a qualquer hora — dia ou madrugada — atende o telefone ao ouvir minha voz embargada e não pergunta nada, apenas vem.
De carro, de avião, a correr pelas ruas… ou fica comigo no telefone, em silêncio ou em palavras, até que eu me desfaça em lágrimas, me recomponha, me lembre de quem sou.
Alguém que segura firme a minha dor como quem segura a minha mão — sem medo, sem pressa, sem julgamento.
Porque há dias em que a alma desaba. E nesses dias, quem me ama de verdade não foge — fica.
Fica comigo no caos. Fica comigo na sombra.
Fica comigo até o silêncio voltar a ser abrigo.


 

VOU TE EXPLICAR A MEIA-IDADE:

 A gente ama sexo, mas se tiver que preencher formulário antes… desanima.

Praia? Só se tiver sombra, silêncio e pouca gente.
Festa? Só se acabar antes da meia-noite.
O que a gente ama mesmo é:
paz, comida boa, roupa que não aperta,
uma viagem com vinho,
contas pagas e saldo no banco.
Esse é o novo luxo.
E tá tudo certo.
A meia-idade não é cansaço, é filtro de energia.
Não é falta de vontade, é inteligência emocional.
A gente quer sim: prazer, vinho, amor…
Mas sem tumulto, sem drama, sem estresse.
Paz virou prioridade.
E isso, minha amiga, é evolução.

PRECE DA EXPERUÊNCIA! BEM-HUMORADA!

 Ó Senhor, tu sabes melhor do que eu que estou envelhecendo a cada dia. Sendo assim, Senhor, livra-me da tolice de achar que devo dizer algo, em toda e qualquer ocasião.


Livra-me, também, Senhor, deste desejo enorme que tenho de querer pôr em ordem a vida dos outros. 


Ensina-me a pensar nos outros e ajudá-los, sem jamais me impor sobre eles, mesmo considerando, com modéstia, toda a sabedoria que acumulei e que penso ser uma lástima não passar adiante.


Tu sabes, Senhor, que desejo preservar alguns amigos e uma boa relação com os filhos, e que só se preservam os amigos e os filhos quando não há intromissão na vida deles...


Livra-me, também, Senhor, da tolice de querer contar tudo com os mínimos detalhes e minúcias, mas dá-me asas para voar diretamente ao ponto que interessa. 


Não me permita falar mal de alguém e ensina-me a fazer silêncio sobre minhas dores e doenças. Ambos estão aumentando e, com isso, a vontade de descrevê-los vai crescendo a cada dia que passa. 


Não ouso pedir o dom de ouvir com alegria a descrição das doenças alheias; seria pedir demais. Mas, ensina-me, Senhor, a suportar ouvi-las com alguma paciência. 


Ensina-me a maravilhosa sabedoria de saber que posso estar errado em algumas ocasiões. Já descobri que pessoas que acertam sempre são maçantes e desagradáveis.


Mas, sobretudo, Senhor, nesta prece de envelhecimento, peço:

Mantenha-me o mais amável possível. 


Livrai-me de achar que já sou santo.

É difícil conviver com pessoas que não erram. Mas um velho ou velha rabugentos, Senhor, é obra prima do capeta!

Me poupe para que eu seja tolerado!

Amém!

AMOR DE MAE

 Deixei de odiar mamãe quando descobri que o seu jeito de lidar comigo era um escudo para se proteger de tantas dores e mágoas que ela carregava dentro de si! Escrevi ontem que a gente é tão maltratado ao longo da vida que, inconscientemente, passa a maltratar também. E é verdade: o nosso algoz já foi vítima de alguém! Por isso é tão importante, nesse ciclo que perpetua dores, quebrar o elo de sentimentos ruins para que a vida volte a girar em outra direção e o perdão é o sentimento mais poderoso para isso.

Hoje, depois de tantos anos travando batalhas com a dona Maria, sinto dor pelo tempo que perdi tentando me vingar dela porque nunca parei para ouvir o seu coração cansado e triste por causa de tantas narrativas que a impediram de ter o destino que merecia! Mamãe é de uma época em que era proibido ser! Sim, a Maria que ela quis ser foi reprimida pelos pais, avós, marido e, mais tarde, talvez, por nós, seus filhos… e eu nunca havia parado para ouvir as suas confissões: suas tragédias e angústias. Até aquele dia, quando enfim, procurei a terapia e reconheci que ali, naquela alma havia marcas e cicatrizes que foram, durante anos, silenciadas… eu perdoei mamãe porque lhe dei a chance de falar e porque me dei a chance de ouvir! Foi bonito e eu chorei ao perceber que ela, que parecia ter sido a vilã das minhas memórias, na verdade era vítima das suas. Naquele dia, eu pedi a Deus que me desse tempo de viver com ela tudo o que a mágoa acumulada não me permitiu.
Hoje, eu sinto que Deus me ouviu direitinho porque, aos poucos, fui substituindo as lembranças ruins pelas boas e o que era mágoa virou amor! Algo dentro de mim e dela foi drasticamente modificado e agora, sempre que vou lá ou que termino uma ligação, ouço mamãe dizer: “Eu te amo, minha filha, e você não sabe o quanto!”. Eu choro quase sempre.
As mães também têm as suas histórias, mas a gente não ouve e, às vezes, até ignora por achar que elas são verdadeiras heroínas que tudo podem ou ainda, vilãs terríveis sem piedade ou qualquer afeto… ledo engano! Ao se ajoelhar para pedir por um filho, toda mãe também implora para Deus por si.
As mães também sofrem!
Perdoe! Independente de qualquer coisa: PERDOE!

A COISA MAIS MODERNA QUE EXISTE NESTA VIDA É ENVELHECER

 

E não estamos falando só de tempo.
Estamos falando de coragem.
De quem segue se reinventando quando dizem que já não precisa mais.
De quem descobre novos jeitos de se amar, mesmo com rugas, marcas e histórias.
De quem veste a própria pele como a melhor roupa já feita.
Porque envelhecer, de verdade, é ultrapassar modas, padrões e expectativas.
É continuar dançando quando a música muda.
É viver com propósito — e não com pressa.
Não tem nada mais ousado, mais atual, mais autêntico…
Do que viver a própria idade sem medo.

CADA COISA A SEU TEMPO TEM SEU TEMPO - RICARDO REUS


 

EXISTEM PESSOAS QUE FICAM NA VIDA DA GENTE...


Ficam de longe;
Com outras vidas...
Outros amores
Outros amigos
Outra realidade.
Tem gente que nunca vai embora
Não são esquecidos...
São como cheiro que insere no corpo
Uma sensação gostosa
De pertencimento sem ter,
Sem possuir...
Ficam na saudade, na lembrança...nas histórias...
E quem sabe um dia
Talvez, fique novamente em um novo encontro!
Tem gente que mesmo indo... não vai embora;
Fica ali guardadinho em uma gavetinha do pensamento da gente.Existem pessoas que ficam na vida da gente...
Ficam de longe;
Com outras vidas...
Outros amores
Outros amigos
Outra realidade.
Tem gente que nunca vai embora
Não são esquecidos...
São como cheiro que insere no corpo
Uma sensação gostosa
De pertencimento sem ter,
Sem possuir...
Ficam na saudade, na lembrança...nas histórias...
E quem sabe um dia
Talvez, fique novamente em um novo encontro!
Tem gente que mesmo indo... não vai embora;
Fica ali guardadinho em uma gavetinha do pensamento da gente.

PAZ

 "Com o tempo, a gente vai se afastando das festas, dos eventos, das multidões barulhentas…E quem olha de fora, às vezes pensa: "Perdeu o brilho, perdeu a vontade."

Mas não é isso.

É que a gente aprendeu a escolher.

Aprendeu que não precisa mais estar em todo lugar, sorrir o tempo todo, se encaixar onde não cabe.

A gente aprende a não forçar presença onde o coração já não pulsa.

E então, com uma leveza que antes parecia impossível, a gente diz:

“Isso não é mais pra mim.”

E quem ouve, às vezes sente pena…

Mas só quem chegou aqui entende: É alívio.

É a paz de quem não precisa mais provar nada."

A REVOLUÇÃO DE MIL NOVECENTOS E TRINTA NAS RUAS DE SÃO DOMINGOS DO PRATA.

 O jornal “A Voz do Prata”, de dois de novembro de mil novecentos e trinta, traz uma longa reportagem sobre como o povo de São Domingos do Prata recebeu o telegrama comunicando o triunfo da revolução.

Em suprema síntese, cito alguns trechos do referido artigo e comemoração.
“Logo que aqui chegavam os primeiros telegramas comunicando o triunfo final da Revolução com a deposição do Presidente da República, centenas de rojões subiram ao ar levando a todos um frêmito comunicativo de alegria.
Com raras exceções, lia-se através de todos os semblantes a expressão do mais incontido entusiasmo, da mais sadia alegria pelo término glorioso dessa arrancada cívica que durante vinte e um dia empolgou a Nação inteira.
Em todas as rodas e em todas as palestras faziam-se os mais pitorescos comentários em torno da personalidade turva do Sr. Washington Luiz e de seus companheiros de desgoverno àquela hora presos.
À noite a população da cidade percorreu as ruas guiadas pela Banda de Música Santa Cecília em ruidosa passeata cívica.
Ao passar pela estação telegráfica onde se achava o Dr. Edelberto de Lellis, Presidente da Câmara e do Comitê revolucionário, o Sr. Professor José Martins Domingues, diretor do Grupo Escolar, saudou o povo pratiano na pessoa do Chefe do Executivo Municipal.
Este respondeu fazendo a síntese do movimento e das causas que o levaram a efeito e terminou congratulando-se com o povo do município pela vitória da causa em que o Brasil empenhava a sua honra e os seus brios de povo livre. (.
Ao anoitecer desse dia a cidade estava repleta de povo que acorreu a todos os pontos do município, achando aqui reunidas quatro bandas de música para maior brilho dos festejos populares.
Às dezenove horas, hora marcada para o início da passeata, reunida grande massa popular na Praça Manoel Martins, em frente à Câmara Municipal, chegou à janela daquele edifício o Dr. Edelberto Lellis, de onde falou ao povo convidando-o a percorrer as ruas da cidade como demonstração de grande alegria popular por aquele acontecimento que marcava nas páginas de nossa história contemporânea a efeméride mais culminante de nossa vida nacional.
Daí desfilou aquela enorme massa de povo ao espocar de foguetes e ao som de dobrados marciais executados pelas bandas de música e aos vivas à Minas Gerais, ao Rio Grande do Sul, a heroica Paraíba e a todos os vultos importantes da política e da administração.
Em frente à residência do Presidente da Câmara falou o professor José Martins Domingues, cujas últimas palavras foram abafadas pelas palmas e vivas da multidão.
À porta da Agência do Correio falou o Sr. Farmacêutico Modesto Gomes Lima ardoroso liberal que se congratulou com os seus conterrâneos por suas expressivas demonstrações de civismo diante da gloriosa vitória que o Brasil acaba de alcançar.
A COLUNA DO CORONEL AMARAL VITORIOSA NA REVOLUÇÃO DE MIL NOVECENTOS E TRINTA, CHEGA A SÃO DOMINGOS DO PRATA.
A “Voz do Prata” de dezesseis de novembro de mil novecentos e trinta, publicava:
“De regresso da grande campanha cívica que teve como epílogo a derrocada do despotismo que havia substituído o regime constitucional brasileiro, chegou à cidade na tarde de quinta-feira o bravo oficial da milícia mineira, Coronel Octavio Campos do Amaral.
Com ele vieram cerca de cento e noventa praças e os valentes oficiais Capitães João Climaco, Astramiro Sant’ Anna, Roberto e Alberto Costa. Tenentes: Floricio, Annibal e Ernani. Drs. Justino e Severino.
Logo na entrada da cidade houve o primeiro sinal da aproximação das forças vitoriosas, dezenas de rojões subiram ao ar e, enquanto se providenciava para a acomodação dos oficiais e praças, o povo ia aos poucos se aglomerando nas proximidades do Hotel Philadelpho onde se hospedaram o Coronel Amaral e seu estado maior.
Às vinte e uma horas mais ou menos já grande massa popular enchia literalmente a rua e parte da Praça São Pedro, quando a banda de música local estacionou em frente ao Hotel homenageando o bravo cabo de guerra, seus oficiais e soldados.
Ali, à frente do povo, o Dr. Edelberto de Lellis, Presidente da Câmara, em nome do município, saudou o Coronel Amaral e seus invictos camaradas pelo grande feito de armas executado na gloriosa jornada através do vale do Rio Doce até a conquista do Estado do Espírito Santo, depois de desbaratado por completo toda a polícia capixaba e feito bater em vergonhosa fuga o Presidente do Estado.
O Coronel Amaral em longa e eloquente locução agradeceu aquela manifestação que lhe fazia o povo pratiano, fazendo uma narrativa empolgante de toda a luminosa trajetória de sua tropa pelo Estado do Espírito Santo que conquistou in totum o Rio de Janeiro e terminou erguendo vivas à Revolução triunfante, ao Brasil, ao povo mineiro e aos próceres do liberalismo nacional.
NOTA: Dois filhos do Dr. Edelberto, Nelson Lellis Ferreira e Edelberto Lellis Ferreira Filho, pegaram em armas para defender os ideais da Revolução de mil novecentos e trinta, como noticiou a “Voz do Prata”, edição de primeiro de janeiro de mil novecentos e trinta e um.
TRECHO EXTRAIDO DO LIVRO SÃO DOMINGOS DO PRATA BERÇO E ORIGEM, DE AUTORIA DO PRATIANO DR. EDELBERTO AUGUSTO GOMES LIMA, DISPONÍVEL NO GOOGLE NA GALERIA EDELBERTO.

HA 2.500 ANOS, OS ESTOICOS ENCONTRARAM A FELICIDADE E, ALGO QUE HOJE EVITAMOS: SER MEDÍOCRES

 Aristóteles e Marco Aurélio não buscavam dinheiro, fama e glória como sinônimos de sucesso, e talvez devêssemos resgatar esse pensamento o quanto antes.

Ficamos impressionados com o sucesso de pessoas como Bill Gates e Oprah Winfrey — ou melhor, com suas fortunas e até mesmo com o que decidem fazer com elas. Mas será que o sucesso é realmente a chave para a felicidade? 

Aristóteles e Marco Aurélio não almejavam riquezas extraordinárias. O que desejavam era alcançar a valiosa mediocridade — e esse pensamento talvez nunca tenha sido tão atraente quanto agora.

O que queremos dizer com sucesso em 2025

Embora o sucesso devesse ser um conceito pessoal, a RAE o define como o "resultado feliz de uma ação ou algo empreendido", ou seja, o desfecho satisfatório de uma iniciativa. Hoje em dia, sucesso é sinônimo de fama, dinheiro e produtividade. É isso que chamamos de cultura da correria: uma resposta direta ao medo do fracasso, alimentada por uma lógica de trabalho tóxica.



MINHA ALMA ESTÁ EM BRISA

  Mário de Andrade


Contei os meus anos e descobri que tenho menos tempo para viver a partir daqui, do que o que eu vivi até agora.

Eu me sinto como aquela criança que ganhou um pacote de doces; o primeiro comeu com prazer, mas quando percebeu que havia poucos, começou a saboreá-los profundamente.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis ​​em que são discutidos estatutos, regras, procedimentos e regulamentos internos, sabendo que nada será alcançado.

Não tenho mais tempo para apoiar pessoas absurdas que, apesar da idade cronológica, não cresceram.

O meu tempo é muito curto para discutir títulos. Eu quero a essência, a minha alma está com pressa... Sem muitos doces no pacote...

Quero viver ao lado de pessoas humanas, muito humanas. Que sabem rir dos seus erros. Que não ficam inchadas, com os seus triunfos. Que não se consideram eleitos antes do tempo. Que não ficam longe das suas responsabilidades. Que defendem a dignidade humana. E querem andar do lado da verdade e da honestidade.

O essencial é o que faz a vida

valer a pena.

Quero cercar-me de pessoas que sabem tocar os corações das pessoas...

Pessoas a quem os golpes da vida, ensinaram a crescer com toques suaves na alma

Sim... Estou com pressa... Estou com pressa para viver, com a intensidade que só a maturidade pode dar.

Eu pretendo não desperdiçar nenhum dos doces que eu tenha ou ganhe... Tenho a certeza de que eles serão mais requintados do que os que comi até agora.

O meu objetivo é chegar ao fim satisfeito e em paz com os meus entes queridos e com a minha consciência.

Nós temos duas vidas e a segunda começa quando se percebe que só se tem uma...


 

NÃO TOQUE EM PESSOAS COM MAIS DE 50 ANOS

 Eles não são apenas outra geração: eles são uma verdadeira espécie de sobreviventes.

Duros como o pão do dia, rápidos como os chinelos da avó jogados com precisão de boomerang. Aos cinco anos já “liam” o humor da mãe para o tilintar da panela; aos sete tinham um porta-chaves com instruções:
“Você encontra a comida na geladeira: aquece-a, mas não entornes. ”
Aos nove cozinharam o borsch sem receita; aos dez sabiam fechar a chave da água e fugir do cachorro do vizinho com um balde na cabeça.
Eles passavam o dia inteiro na rua, sem celular, com uma rota clara: barra de dominadas, rio e volta para casa à noite, com os joelhos cobertos de cicatrizes: o mapa das suas pequenas batalhas.
E eles sobreviveram.
Selaram os arranhões com saliva e folhas de pneu, e quando doeu, escutavam: "Se não ficou pendurado, é porque quase não dói. ”
Comiam pão com açúcar, bebiam do aspersor do jardim — um microbioma que invejaria qualquer iogurte — e não conheciam as alergias. E se tivessem, não diziam nada.
Eles sabem quinze truques para remover manchas de erva, gordura, sangue ou tinta, porque eles sempre tinham que voltar “presentáveis”.
E isso não é tudo. Eles passaram por:
– rádio para transístores,
– TV a preto e branco,
– gira-discos e vinis,
– magnetófones de bobinas e fitas,
– CD e Discman,
E agora eles carregam milhares de músicas no bolso... mas sentem falta do rangido de rebobinar cassetes com um lápis.
Com a carta de condução na mão, eles atravessaram o país em um carro velho sem hotéis, ar condicionado ou GPS. Apenas um atlas da estrada e uma sanduíche de ovo no porta-luvas. Eles chegavam sempre, sem o Google Tradutor, sorrindo.
Eles são a última geração que viveu sem internet, sem bateria sobresselente e sem a ansiedade de ficar sem carga.
Lembram-se do telefone fixo pendurado num cabo no corredor, livros de receitas em cadernos e não em aplicativos, e aniversários que apontavam... Ou costumavam esquecer.
Eles:
– consertam tudo com fita isolante, clipe ou alicate,
– tinham apenas um canal de TV e não se aborreciam,
– “folhavam” a lista telefônica, não um feed,
– eles acreditaram que uma chamada perdida significava “Estou bem, eu ligo de volta. ”
Eles são diferentes. Eles possuem um “asbesto emocional”, um sistema imunológico forjado na escassez e reflexos de ninja urbano.
Não toque em um cinquentão: ele já viu mais, viveu mais fundo e carregue no bolso um doce de hortelã mais velho que o seu filho.
Sobreviveu à infância sem cadeira de carro, sem capacete e sem protetor solar. Escola, sem laptop. Juventude, sem scroll infinito.
Não procure respostas no Google: confie no seu instinto.
E tem mais memórias do que as tuas fotos na nuvem.

Thursday, July 10, 2025

Que frase fantástica!

Não estacione sua alma em espaços onde não cabem seus sonhos.

Jamais!!!

Jamais estacione sua alma, ela precisa de movimento.

Jamais estacione seus sonhos, eles precisam de liberdade.

Jamais estacione sua esperança, ela precisa de espaço.

Jamais estacione sua alegria, ela precisa de ação.

Jamais se estacione onde não te cabe, não se contenha, não se permita ser contido.

Somos alma em evolução, somos o caminho que ensina, somos a luz que sempre vence a escuridão.

Jamais estacione!

 

Dra Roberta França 

Medicina Geriátrica

Tuesday, July 08, 2025

AMADURECER

 

“Não toque em pessoas com mais de 50 anos. Estou a falar sério.

Eles não são apenas outra geração: eles são uma verdadeira espécie de sobreviventes.

Duros como o pão do dia, rápidos como os chinelos da avó jogados com precisão de boomerang. Aos cinco anos já “liam” o humor da mãe para o tilintar da panela; aos sete tinham um porta-chaves com instruções:

“Você encontra a comida na geladeira: aquece-a, mas não entornes. ”

Aos nove cozinharam o borsch sem receita; aos dez sabiam fechar a chave da água e fugir do cachorro do vizinho com um balde na cabeça.

Eles passavam o dia inteiro na rua, sem celular, com uma rota clara: barra de dominadas, rio e volta para casa à noite, com os joelhos cobertos de cicatrizes: o mapa das suas pequenas batalhas.

E eles sobreviveram.

Selaram os arranhões com saliva e folhas de pneu, e quando doeu, escutavam: "Se não ficou pendurado, é porque quase não dói. ”

Comiam pão com açúcar, bebiam do aspersor do jardim — um microbioma que invejaria qualquer iogurte — e não conheciam as alergias. E se tivessem, não diziam nada.

Eles sabem quinze truques para remover manchas de erva, gordura, sangue ou tinta, porque eles sempre tinham que voltar “presentáveis”.

E isso não é tudo. Eles passaram por:

– rádio para transístores,

– TV a preto e branco,

– gira-discos e vinis,

– magnetófones de bobinas e fitas,

– CD e Discman,

E agora eles carregam milhares de músicas no bolso... mas sentem falta do rangido de rebobinar cassetes com um lápis.

Com a carta de condução na mão, eles atravessaram o país em um carro velho sem hotéis, ar condicionado ou GPS. Apenas um atlas da estrada e uma sanduíche de ovo no porta-luvas. Eles chegavam sempre, sem o Google Tradutor, sorrindo.

Eles são a última geração que viveu sem internet, sem bateria sobresselente e sem a ansiedade de ficar sem carga.

Lembram-se do telefone fixo pendurado num cabo no corredor, livros de receitas em cadernos e não em aplicativos, e aniversários que apontavam... Ou costumavam esquecer.

Eles:

– consertam tudo com fita isolante, clipe ou alicate,

– tinham apenas um canal de TV e não se aborreciam,

– “folhavam” a lista telefônica, não um feed,

– eles acreditaram que uma chamada perdida significava “Estou bem, eu ligo de volta. ”

Eles são diferentes. Eles possuem um “asbesto emocional”, um sistema imunológico forjado na escassez e reflexos de ninja urbano.

Não toque em um cinquentão: ele já viu mais, viveu mais fundo e carregue no bolso um doce de hortelã mais velho que o seu filho.

Sobreviveu à infância sem cadeira de carro, sem capacete e sem protetor solar. Escola, sem laptop. Juventude, sem scroll infinito.

Não procure respostas no Google: confie no seu instinto.

E tem mais memórias do que as tuas fotos na nuvem.