Thursday, July 13, 2006

OS RISCOS

Cada vez que falo, eu me arrisco. Não importa o que acontecerá. O mundo continua. Passei a observar isto pelo abraço. Ninguém é grande ou pequeno demais para um abraço. Todo mundo gosta de um abraço. Todo mundo precisa de um abraço. Isso muda nosso metabolismo.

Quero pensar no seguinte: “Rir é arriscar a parecer tolo”. Bem e daí? Os tolos se divertem muito. “Chorar é arriscar a parecer sentimental”. Claro que eu sou sentimental. Adoro isso! As lágrimas podem ajudar. “Procurar o outro é arriscar-se a se envolver”. Eu quero me envolver.


“Expor idéias e sonhos diante do povo é arriscar-se a ser chamado de ingênuo”.


“Amar é arriscar-se a não ser amado”. Não amo para ser amado. O amor não tem em sua finalidade principal o egoísmo ou apenas a satisfação pessoal.


“Esperar é arriscar-se ao desespero e experimentar é arriscar-se ao fracasso”. Mas os riscos têm de ser corridos, pois o maior risco na vida é não arriscar nada. A pessoa que não arrisca nada, não faz nada, não tem nada, não é nada e não se torna coisa alguma. Pode evitar o sofrimento e a tristeza, mas não pode aprender, sentir, modificar-se, crescer, amar e viver. Acorrentado por suas certezas torna-se um escravo. Foi privado do direito de sua liberdade. Somente a pessoa que arrisca é verdadeiramente livre. Experimente e veja o que acontece.

(Texto interpretativo do livro “Vivendo, Amando e Aprendendo”, de Leo Buscaglia)