O URBANISMO NECESSÁRIO

Lendo o Jornal A Notícia de João Monlevade, deparei-me com um excelente artigo do editor Erivelton Braz - fundador da Rotha Assessoria em Comunicação, sempre com excelentes e objetivos textos.

No artigo "Carros não compram em lojas" ele faz importantes comentários, certamente fruto de observações diárias.

Em princípio, acentua a importância de termos melhores passeios para a circulação das pessoas, isto porque deve-se valorizar mais o pedestre em centros tipicamente comerciais. Entretanto, em quase todas as cidades da região o que se vê são passeios quebrados, esburacados e estreitos. Na verdade quando se discute sobre trânsito as pessoas pensam apenas nos veículos.

A nossa população de idosos hoje é bem maior, são pessoas que caminham pela cidade, fazem compras; no entanto ainda não mereceram dos urbanistas melhores condições para se locomoverem pelas ruas.

O autor elenca uma série de situações extremamente comuns, apesar de inadequadas: topes altos na calçada, acessos a garagem invadindo a rua, árvores plantadas de forma errônea; além do detalhe de que os comerciantes deviam lavar ou varrer em frente às suas lojas antes das 8 horas da manhã, e não quando as pessoas já estão transitando.

E o excesso de placas publicitárias nas calçadas? Os deficientes físicos, visuais, as senhoras com carrinhos de bebês, os idosos são os principais prejudicados.

Uma observação interessante é que em algumas cidades os  comerciantes apoderam-se das vagas em frente ao próprio comércio, e nem se dão conta de que estão tomando o lugar de seus clientes.

Calçadas mais amplas dão mais vida ao centro de uma cidade, criam a oportunidade de se parar frente às vitrines e humanizam o cotidiano da vida, pois como seres humanos, precisamos viver e conviver bem.

Achei excelente a reflexão do autor, que bom seria se os gestores municipais lessem o artigo deste inteligente articulista do Jornal A Notícia - João Monlevade.