O FANATISMO

Antes conheçamos a mensagem de Aristóteles : "in medio stat virtus" ( A virtude está no meio).

Qualquer tipo de fanatismo causa mal-estar, quer seja na política, na religião ou no esporte, porque demonstra falta de equilíbrio. O fanatismo exarcebado é motivo para ações violentas e provocadoras. Este sentimento é cego, não enxerga de forma lúcida, abdica da lógica e parte para a irracionalidade. No campo da política tem muito mais negatividade quando praticado por líderes que adquirem relevância, em geral figuras que posam de salvadores da pátria. Este comportamento beira à patologia pois não aceitam ser contrariados. O fanatismo esportivo é um barril de pólvora, sempre em iminente perigo.

A maturidade já nos ensinou que qualquer tipo de fanatismo é certamente obsessivo e intolerante, uma adesão cega, com fervor excessivo, tão extremado que pode aproximar-se da paranóia e do delírio.

Com o tempo aprendemos que o equilíbrio, a sensatez, o intermédio deve pautar o nosso comportamento, evitando a adoração, a idolatria e a obstinação facciosa.

Feitas estas ponderações considerei fazer as seguintes observaçoes : 

Aos meus filhos, 

Não se tornem fanáticos por nada, apenas defendam o ponto de vista de vocês, sem paixões exacerbadas. Evitem discussões sobre futebol, política e religião, apenas exercitem o que lhes fizer bem. Tenham bom senso, discernimento e sejam éticos, nada vale mais do que uma consciência tranquila. Ah! E não se esqueçam : "generosidade e gratidão" são virtudes essenciais na vida.