Um brinde ao que se deu certo
e também ao que não deu.
Ao riso que foi aberto
e aquele que se escondeu.
À quem está sempre perto
e a quem nunca apareceu.
À quem vivia em deserto
mas mesmo assim floresceu.
À quem de luz foi coberto
quando tudo era só breu.
À quem pensado-se esperto
nada ganhou, só perdeu.
E um grande brinde à vida
às vezes dura, sofrida,
mas que a alma agradecida
sabe que tudo valeu...
Jenário de Fátima