Thursday, August 23, 2012

CASOS & CAUSOS

BRASA NO TURÍBULO 

A sacristia da velha Igreja Matriz tinha um teto muito baixo (falo daquilo que hoje a gente se refere o "pé direito").
Nós, coroinhas, pouco antes da Benção do Santíssimo, à noite, íamos correndo ao Hotel Semião , onde Cizinha colova brasa em nossas turíbulos e a gente voltava para a Igreja pelo adro e sentava incenso no "bicho" e na hora da benção, era campainha tocando alto e muita fumaça de incenso.
Pois bem, eramos muitos coroinhas, tanto que tinha até escala de revezamento, feita por Da. Nilza.
Uma noite, nós éramos vários na sacristia aguardando a hora da benção; e o Geraldo Catiara querendo mostrar  que não deixaria cair uma pequena brasa sequer eque  um acólito mais experiente do que nós outros, desejoso de demonstrar sua perícia com o turíbulo, baixou  a tampa superior do mesmo, levando-a de encontro à parte fixa (inferior) e resolver girá-lo em circulo com o braço estendido; só que ele esqueceu-se de que o teto era baixo, resultado: o turíbulo bateu no teto e espalhou brasa por toda sacristia, quase queimando os paramentos do Pe. Antônio; que assustou-se e nos deu uma espinafrada geral.

Duvidou? Pergunte ao falecido Djalma Sacristão. 

CASOS & CAUSOS

ANTÔNIO MOITA

Núncio de Expedito Sô Leandro estava sentado em uma mesa no Bar Semião. Chega o "Antônio Moita" e pede para ele pagar-lhe uma pinga; o Núncio reluta porque o Moitão já tava bem chapado; por fim cede,  e paga a pinga. Pouco depois, vem o "Moitão" querendo outra cachaça; não consegue,  e meio bravo entende de sair para a rua,  meio doido,  sem olhar e chingando, e aí tromba na lateral de um ônibus que estava estacionando na frente de Bar,  e estatela no chão com a testa sangrando.
O motorista desce apavorado e vai socorrê-lo; o atropelado olha para ele  e diz:
"Cê tá doido Sô,  que matá Moitão?"
No outro dia lá estava o Antônio Moitão no Bar Semião a filar as suas pingas e bão de côco.

CASOS & CAUSOS

O NEGÓCIO DO FUSCA

Na porta do escritório do João Gato havia uma turma conversando. Bolostroco chega e pergunta para o João Gato:
   - "Esse fusca é seu?"
   O João respondeu que sim.
   - "Cê vende ele?"
   Vendo.
   - " Tá com a documentação toda certinha?"
   Claro Bolostroco, você acha que eu vou andar com carro enrolado?
   - " Cê quer quanto nele?"
   Seis mil reais.
   - " No cobre cê pega cinco?"
   Posso pensar..., respondeu João Gato.
   - " Pensa aí, que vou no Banco, pegar o dinheiro e trago procê. Enquanto isso, me arranja cinquenta centavos pra eu tomar 'uma'  ali".

   Duvidou?: Pergunte ao Baiano Marceneiro.

Wednesday, August 22, 2012



CASOS & CAUSOS

Ironia Santa

Ano de 1963 na Escola Estadual "Marques Afonso" o regime era severo, e não havia como não ser, havia uma turma de gozadores da pesada, e o Diretor, Pe. José Martins, tinha de jogar duro.
Uma manhã o Diretor resolve entrar na sala da turma que mais aprontava, o chamado "III EXÉRCITO", segundo o Professor Guido Motta.
O Padre Diretor deu uma esculhambação geral na turma, que atônita ouvia o rigoroso puxão de orelhas, o que o deixou vermelho e bastante alterado, e quando ele concluiu o sermão e ia saindo; levanta-se o Omar de Nilo, e seriamente diz:
"E louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!..."
O Padre Martins volta-se e não tendo outra alternativa, responde:
"Para Sempre seja louvado!"

Obs.: Os risos foram contidos.

CASOS & CAUSOS -

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A Fuga  do Asilo

Nem só de passado vivem os "Causos", a gente ouve muitos e presencia poucos, esse caso eu estava presente, então não me contaram, fui co-protagonista.
O Carlos Banico precisou de ir ao Asilo, que é justamente em frente à minha casa. Havia entrado uma funcionária nova para o Abrigo, uma senhora muito paciente , já de meia idade e que ainda não conhecia todos os internos. Pois bem, quando o "Carlos" estava saindo do Asilo pelo portão, a dona correu para fechá-lo achando que era um interno que estava fugindo ou querendo sair para a rua.
Não fosse a pronta intervenção minha e do Mané Garantido, ele estaria lá até hoje.

CASOS & CAUSOS -

A Elegância do Zé Paletó

Em meados da década de 60, salvo engano , havia um Senhor que andava pelas ruas do Prata, sem fazer nada e que por gostar de andar sempre vestido com um paletó, logrou o apelido de "Zé Paletó".
Ora as crianças mexiam com ele, ora os adultos faziam brincadeiras que o irritavam e, assim, prosseguia ele a sua aventura errante de perambular.
Contou-me meu pai, que num domingo a noite saia do Bar Semião junto com o Zé Recreio, quando viu uma aglomeração de gente;  alguns policiais tentavam prender o "Zé Paletó" que antes estivera relutante, já estava mais calmo e dizia aos policiais:
"Tudo bem, eu até vou preso, mas não quero que amassem meu paletó de jeito nenhum... Por favor!..."
Não houve jeito, até os soldados acabaram atendendo a exigência do preso. 

CASOS & CAUSOS -

Meu Tio Avô Luis

Quando eu era criança um tio avô ia muito a nossa casa. Ele era "solteirão" e havia sofrido um derrame que lhe trouxera uma surdez parcial.
Eu era um viciado em ouvir futebol, e o estava fazendo quando o meu tio chegou; neste exato momento o locutor estava informando o quarteto de um dos times do campeonato paulista, com todo galhardia:
"Passarinho, Maritaca, Teia e Pio".
E meu tio meio sem entender, pergunta-me: "De quem são estes passarinhos que o moço tá falando?"
Em tom   mais alto de voz, respondi:
"Não tio Luís, esta é a linha atacante do XV de Novembro de Piracicaba - de São Paulo".
Acho que ele morreu sem entender!...

CASOS & CAUSOS


O Famoso Barzinho 

Era tardinha, o Geraldo Jacaré chega no Barzinho do Sô Zé Isquerado e pede "uma pinga para jantar". Bebe e fica tenteando por ali. Daí a pouco, pede outra e mais outra. Quando volta a pedir, o Sô Zé do Isquerado perde a paciência:

"Ah não, cê já tomou umas cinco, não pagou e nem foi jantar!..."

E o Jacaré calmamente :

" Então me dá uma pra tomar banho!..."

Duvidou? - Pergunte ao João Gato.



Tuesday, August 21, 2012