Monday, July 14, 2008

A VIDA SOB PRESSÃO

O ser humano exerce vários papéis no dia-a-dia: o de cônjuge, filho(a), aluno(a), amigo(a), empregado(a). São diversas responsabilidades.

A pressão natural do mundo moderno e da competição pressiona a uns mais e outros menos. Cobra-se diploma do filho, bom comportamento, cuidar de alguém doente, resolver algum problema de um parente meio inconseqüente, prazos para pagar contas, tolerar a burocracia irracional existente no País.
Estes vários papéis nos aceleram causando ansiedade e inquietude.


Particularmente observo que quase sempre não faço o que desejo e tenho de fazer o que não quero. Isto faz de mim um estressado de carteirinha. As opiniões são de que a leitura e exercício físico ajudam a dormir melhor. Demoramos nove meses para nascer e depois queremos fazer mil coisas num mesmo minuto, velocidade extrema. Estamos esquecendo de respeitar os nossos limites, ou seja, nós mesmos nos pressionamos, para ser mais do que se pode ou precisa ser. Dá vontade de agir como crianças que não fazem nada sem prazer. Outra máxima contra a qual lutamos, é a de não abrir mão de algo que está nos perturbando. É o caso do ursinho faminto que morreu queimado porque não largou a panela quente, colada a seu corpo, na qual tentava alimentar-se.


Ainda não nos conscientizamos que os papéis sociais são rótulos. Eles foram feitos por causa da gente, não a gente por causa deles.


“Já nasceu o dentinho do nenê?”


“Ta engatinhando?”


“Já menstruou?”


“Ta namorando?”.”Casou?”


“Tem filho?”


E por aí a vida vem nos despedaçando em inúmeros papéis, ferindo a nossa integridade.


Socorro! Quero estar inteiro!