Tuesday, November 26, 2013

CASOS, CAUSOS & ACASIS

SÔ BANICO

O Sô Banico, pacato Cidadão Pratiano, conforme cantaria o Skank;  foi, como poucos, um apaixonado por sua Terra natal. Vez ou outra, dava uma escapulida por outras bandas mas sempre voltava. Na época deste caso, ele já em "final de carreira" estava a toa na vida. Eu trabalhava na CEG em BH. A empresa, além da construção civil, mantinha uma exploração agro-pecuária na Fazenda de Rimes, em Naque. Por ser o Controller contábil/financeiro deste setor, notei que gastávamos muito com consertos das máquinas da fazenda, sugeri a contratação de um mecânico. Sugestão aceita,  pediram-me a indicação de um. Após procura vã, lembrei-me  de meu pai, que passou no testes e foi contratado. Apesar de nunca ter sido empregado, seu desempenho era elogiado, já nos primeiros dias. Trabalhava durante a semana e ia ao Prata passar o final da mesma. Após o primeiro  mês, ele esteve no escritório em BH para receber o seu, até então, inédito salário. Com a grana no bolso ele me fez uma confissão: "-A melhor coisa do mundo é ser empregado. Trabalhou... lá vem a grana." . Tomou o rumo da Rodoviária e caminhou pela Afonso Pena, com seu jeito muxuango de ser. Cerca de uma hora depois,  voltou  pedindo-me  dinheiro para comprar uma passagem para o Prata, contando que ele, inicialmente. havia perdido todo o seu salário. Porém, depois lembrou que ele "deu uma trombada" num cara, ao qual ele até pediu desculpas, e que deve ter enfiado a mão em seu bolso e levado seu dinheiro. Como ele, por suas palavras e exemplos nos comportamentos, sempre se preocupou em nos ensinar que a MALDADE HUMANA não existia, neste dia deve ter feito uma reciclagem em seus princípios.

POR SEU FILHO MAURO MORAIS