CASOS, CAUSOS E ACASOS

DIAGNÓSTICO PRECISO

Dona Honorina era a quem todos recorriam nos momentos de doença de alguém naquele povoado, usava de chá, ervas manipuladas e orações na cura de "incômodos físicos".

Pois bem, Sa Dite, do alto de seus 90 anos,  andava meio tristonha, raramente saía de casa, dormia muito e cada vez conversava menos, sempre com o terço às mãos, balbuciando fragilmente suas orações.

As amigas de Sa Dite começaram a se preocupar, resolveram ir visitá-la. Dona Terezinha, Dona Gertrudes e Dona Cota, avisaram para Dona Honorina que gostariam que ela aparecesse lá para socorrer a amiga doente.

Assentaram-se ao lado da cama de "Sa Dite" e tentavam conversar animando a amiga, que apesar de tudo, continuava com os olhos semi-cerrados, numa espécie de cansaço misturado com indiferença.

Eis que chega Da. Honorina, que estava sendo tão aguardada pelas amigas. Ela chega, senta-se próximo à cama da doente, toma-lhe as mãos, confere com o dorso da sua mão se há febre, toma o pulso, suspira fundo, e solenemente proclama o diagnóstico:

"Gente, Sá Dite tá bem, ela tá é só com "caimbra nos oio".

Alívio geral...