Friday, August 21, 2015

CASOS, CAUSOS E ACASOS


O Vocabulário Requintado do Moita

            O Antônio Moita era um sujeito diferente. Ora se comportava  calmo como um monge, ora xingava “céus e terra”, pronunciando palavras em sua maioria indecifráveis. Na década de 60, os irmãos José Silvério e Chico de Zinho tinham um posto de gasolina na Rua Gabriel Passos (quase esquina com a rua que dá acesso ao Bairro Boa Vista).

            Pois bem, como se sabe o Moita morava na Rua das Taquaras (hoje José Luiz de Castro). Certa manhã vem Ele no seu ritual diário subindo para o centro da cidade, e perto do posto de gasolina alguém mexeu com Ele, que não gostou e vociferou palavrões a vontade, bravo mesmo. O Verinho de Zinho (à época dono  desse mencionado posto de gasolina), disse para Ele :

-“Que isso Antônio ? Que boca suja, feio falar estes palavrões e você não para de xingar !”

            E o Antônio Moita, que tinha por hábito tentar formular frases de efeito, respondeu :

-“Que isso ' Silivério ' minha boca é um  túmulo de defunto indigente anônimo !" .
            Não houve quem não risse ...