O
Vocabulário Requintado do Moita
O
Antônio Moita era um sujeito diferente. Ora se comportava calmo como um
monge, ora xingava “céus e terra”, pronunciando palavras em sua
maioria indecifráveis. Na década de 60, os irmãos José Silvério e Chico de
Zinho tinham um posto de gasolina na Rua Gabriel Passos (quase esquina com a
rua que dá acesso ao Bairro Boa Vista).
Pois
bem, como se sabe o Moita morava na Rua das Taquaras (hoje José Luiz de
Castro). Certa manhã vem Ele no seu ritual diário subindo para o centro da
cidade, e perto do posto de gasolina alguém mexeu com Ele, que não gostou e
vociferou palavrões a vontade, bravo mesmo. O Verinho de Zinho (à época dono desse
mencionado posto de gasolina), disse para Ele :
-“Que isso Antônio ? Que boca
suja, feio falar estes palavrões e você não para de xingar !”
E o
Antônio Moita, que tinha por hábito tentar formular frases de efeito, respondeu :
-“Que isso ' Silivério ' minha boca é um túmulo de defunto indigente anônimo !" .
Não
houve quem não risse ...