Então chamado de Estrela Vermelha, time foi criado nos anos 50; anos mais tarde viria a se chamar Nacional Esporte Clube
Em meados da década de 50, um grupo de amigos pratianos resolve criar um time de futebol, o Estrela Vermelha. Entre eles podemos citar Márcio Antônio Domingues, o Marcinho de Inhô Gomes; Breno Domingues; Silvestre; José Marcio Monteiro Lima. Eles treinavam no Campo do Atlético, o Estádio do Lava Pés. Resolvem então construir o seu estádio. Conseguem a ajuda de alguns pratianos, entre eles Emílio Gomes Domingues, o Sô, e Miro, tio de Marcinho. O Campo começou a ser construído lá pelas bandas de onde Félix de Castro tinha um loteamento, as Ruas de Félix. O Prata lutava para perder a pecha de Cidade De Uma Só Rua (Cidade Linguiça). Os garotos recebem o apelido de papagaios, pois, viviam num lugar seco, e como dizem: papagaio não bebe água. A época da criação do time, década de 50, foi uma época em que o Brasil respirou os ventos da democracia, partidos livres, entre eles o Partido Comunista Brasileiro, cuja cor, sabemos, era o Vermelho. Com o Golpe de 1964 e a deposição de João Goulart, o vermelho sai de moda. Os garotos então são forçados a mudar o nome do time, que passou a se chamar Nacional Esporte Clube. Conseguiram construir o estádio e deram a ele o nome de Estádio Raimundo Evaristo, em homenagem a um dos incentivadores do time, que havia falecido.
Marcinho de Inhô Gomes disse que vai reunir os amigos para contar a história da criação do Nacional Esporte Clube, mas, se possível, gostaria que ele sanasse algumas dúvidas minhas: (1) Santos Bonfá e Raimundo Evaristo eram colaboradores? (2) O time chegou a se chamar Estrela do Vale? (3) Como conseguiram o terreno para fazer o Campo do Nacional, o Estádio Raimundo Evaristo. (4) A mudança do nome do time teve implicações com o fato do Partido Comunista ter sido considerado ilegal após o Golpe de 1964?
Roberto, desde o inicio do Estrela Vermelha, depois Nacional, o Sr Raimundo Evaristo, além de colaborador, foi um torcedor nato, raramente perdia um treino nosso. Foi um dos abnegados na construção do estádio, que leva o seu nome, por sinal. Justa a homenagem! O Santos Bonfá, grande amigo de todos nós, foi técnico do Estrela Vermelha e também do Nacional. Quanto à mudança de nome, Estrela Vermelha era na época 57-60, jornal periódico de Moscou, assim, para inscrever-se na liga Monlevadense ou Itabirana teve que trocar-se o nome para Estrela do Vale. Mas se não me falha a memória, antes foi Nacional, que também gerou polêmica, pois só a Seleção Brasileira poderia vestir a camisa verde e amarela! Sanada a questão, ficou o nome NACIONAL ESPORTE CLUBE, que tantas alegrias nos deu e permanece até hoje na lembrança de tantos torcedores saudosos de um timaço para uma época difícil. Quanto à aquisição do terreno para construção do estádio, falaremos disso em outra ocasião – disse Marcio Antônio Domingues.
Em pé: Breno; Peixinho; Sô Dito; Oliveira; Pedro Coura; Luiz Pingota. Agachados: Jesse; Manoel Rupiado; Tito do Sr Abdom; José Marcio e Marcinho. Técnico: Márcio Antônio Domingues, o Marcinho de Inhô Gomes ( O Nacional E.C. teve como seu primeiro Presidente : Nô Barbeiro )
