Quando algo me machuca, venho para o meu canto e ponho-me a escrever. É minha forma de protestar e purificar-me internamente.
Os fatos que vêm acontecendo mostram que o mundo está carente de respeito. Recuso-me a conviver com a corrupção, com o fanatismo, seja ele religioso, político ou esportivo. As palavras egoísmo, intolerância, vaidade, impaciência, discriminação e preconceito poderiam até ser retiradas do dicionário, substituídas pela palavra RESPEITO ou pelo primeiro mandamento: “AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO”.
Confesso-me ingênuo, pensava eu, que com o passar do tempo o homem chegaria a um estágio de compreensão da vida que nós viveríamos um mundo de sorrisos e leveza.
Infelizmente não. O que estamos vendo?
Crescimento da vaidade, ditadores insanos, amor ao dinheiro e ao poder, além de um individualismo exacerbado.
Quando li a declaração de Abdullah Kurdi, que ao fugir da guerra e da fome, perdeu sua família no mar, a quinhentos metros da praia, dizer : “meus filhos escorregavam de minhas mãos”, e mais tarde o pequeno Aylan Kurdi, de apenas três anos, foi encontrado morto na praia. Simplesmente chorei.
E foi assim que o Pastor Marcelo Gualberto traçou um paralelo ao chamar a atenção das famílias. Pais tentando salvar os filhos das drogas, da gravidez na adolescência, da violência, da mentira e de tantos outros vícios.
Temos que lutar usando a arma da oração, da verdade, do respeito, estabelecer limites para as palavras e atitudes, conversar com os filhos (sobretudo ouvi-los mais), mostrar que o dinheiro é para a nossa sobrevivência e não para dourar nossa ganância. vivendo a generosidade e o bem querer, pois estes são exemplos que arrastam.
Quando nos tornamos pais não recebemos uma receita ou “vide bula” para educarmos nossos filhos e isto transforma-se em um processo contínuo de aprendizagem que devemos lapidar e depois transmitir aos nossos filhos.
Nós, pais, não temos outra alternativa a não ser fazer-se “bom exemplo” para os filhos e sobretudo mostrar o valor da família, olhar para eles com carinho, com amor e com leveza, mas certos de que “não se deve dizer ‘sim’, quando tivermos que dizer ‘não’; mas que não deve dizer ‘não’, quando pudermos dizer ‘sim’”.
E, finalmente, lembrando: Fiquem sempre com Deus.