Sempre achei minha mãe uma mulher diferente. Sabia que havia perdido os pais aos doze anos e sentia nela um certo espírito de combate, de conquista.
Observei que ela não era daquelas confeteiras, que habitualmente as mulheres o são, também não era de enfeitar mesas, ao tricô só aderiu bem mais tarde; ou seja, além de não ser submissa, era a tração (força) determinante de nossa família.
Sempre teve a sabedoria da vida, observava muito. Na verdade não era fácil envolvê-la ou dela ocultar algo.
O que ela nos falava vinha de uma severa racionalidade, também boa conselheira em assuntos profissionais o que somava-se ao sexto sentido feminino.
Da. Analita não era de fugir, de se esconder, sempre foi forte no trabalho e nas normas familiares, pois tinha muitos filhos para cuidar e tantas contas a pagar.
A gente agradece muito por ter tido a senhora como MÃE.