Thursday, February 16, 2017

UM PRATIANO VIP


Quando "eu era criança pequena lá em São Domingos do  Prata", uns caras me chamavam de Getúlio, porque eu era baixinho e gordo. Não gostava, porém foi um ' bullying ' positivo porque, em vista disso, montei uma barra lá em casa e passei a fazer muitos exercícios físicos, ganhando músculos; aos 17 anos a namorada me chamava de Richard Burton,  pois, generosa, dizia que eu era a cara dele; já casado, na praia de Ipanema com a família, uma senhora insistia com a Dalva qu' eu era o Reginaldo Faria e queria um autógrafo; de certa feita uma amiga da Dalva, chegando do Rio, informou-lhe ter visto lá um filme,  que ela tinha que assistir pois o ator era minha cara, "sem tirar nem por". O filme era Indiana Jones.. e o ator Harrison Ford; o meu cunhado Célio não cansava de me chamar de Zico pois, segundo ele, eu era sósia do craque rubro negro; o meu genro, na Irlanda, me disse ao telefone, que nunca viu tantos Sô Mauro, como lá; numa fase em que o presidente norte americano estava na berlinda, subia a Av. Álvares Cabral dirigindo e, parado no sinal da Espirito Santo, um flanelinha veio até perto do carro, me olhou e saiu corrente apontando o dedo em minha direção aos berros: "É o Bush, é o Bush, é o Bush!" - e não é que o meu bombeiro, há anos me chama com este nome; a minha sobrinha Carla em visita recente a minha casa, disse, em determinado momento enquanto eu contava um caso: "- Tio o senhor às vezes tem um jeitão do Donald Trump... Ah! não com essa eu decreto, a quem possa interessar: A partir desta data não quero mais ser VIP pra ninguém. Serei VIP somente pra mim mesmo, o que "tá bom dimais pra daná".