Tuesday, January 25, 2022

MATURIDADE

Uma hora ela chega, pode demorar ou não, mas como a análise é sumamente pessoal, já bateu à porta.

Com o tempo a gente, vai percebendo que a idade chegou e que a nossa responsabilidade aumenta, mesmo porque não podemos mais tomar atitudes impensadas, ou porque já somos pais ou avós.

Eu não estou me referindo apenas a relacionamentos, mas também a atividades comerciais, profissionais; enfim, do dia a dia.

Havendo advogado por um período, evidentemente trabalhei com os divórcios, portanto com o sentimento de meu próximo, e no caso em pauta percebia uma dificuldade em aceitar a missão profissional, por motivos vários, inclusive religiosos.

O prefixo "di " que aparece em divórcio, dilema, divisão, traz consigo o sentido de separação e sendo divorciado já esclareço que no meu pensamento, procurar culpados é totalmente desnecessário e tão inútil como colocar bolsos em pijamas. Eu sempre admiti que não fui cuidadoso para evitar o meu, e debito totalmente a responsabilidade a mim, que era maduro, havia cursado três faculdades, tinha por obrigação ter sido mais sereno e menos egoísta.

Visto isso, , lembro-me que de certa, em uma entrevista, numa rádio da região , fui inquirido sobre o que achava do DIVÓRCIO, a pergunta a queima roupa foi : " vc acha o divorcio ruim ou bom ? até achei que os termos da pergunta não foram muito adequados, mas a minha obrigação era responder, então eu disse : nem um, nem outro, E DIFICIL.

Nunca fui radical ou fanático, herdei do meu pai esta serenidade de se dar um tempo para amadurecimento das questões. Ele me dizia : " se você não sabe o que fazer não faca nada". . E desta forma nas questões profissionais a respeito, eu, de caso pensado, dava um tempo para reflexão ao casal, principalmente se havia filhos menores.
Outro tema que incluo é que totalmente desnecessário um ex -casal ficar se digladiando sobre minúcias ou questões financeiras, ou ainda ficar depreciando um ao outro na presença dos filhos . Para que ?

Com a chegada da maturidade, concluí que não podemos ficar machucando outras pessoas de forma irresponsável, é bom analisar bem porque onde estiver o ser humano, estará também a possibilidade do equivoco.

Concluo dizendo que não devemos venerar aquilo ou aquele que você não conhece bem, afinal prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

Finalmente, confesso que embora seja a opção fruto de consenso e talvez a opção menos traumática para todos, nunca me senti confortável face aos ensinamentos de minha mãe, da minha catequista (saudosa Ivone de Sô Irineu), da minha querida Tia Nilza, com a qual sempre convivi e com ela muito do pouco que aprendi, devo a Ela.