A Canção do Expedicionário é praticamente uma peça literária, uma vez que aborda o Brasil em sua diversidade cultural, geográfica, histórica e poética.
A letra envolve a cultura dos morros, do engenho no ciclo da cana de açúcar no Brasil Colonial, o ciclo do café que perdurou por mais de 100 anos (1800 a 1930), mantendo-se como a principal atividade econômica. Entra também no cenário das nossas praias litorâneas, escarpas, montes, nas encostas longínquas, na escavação de minas de ouro, diamantes, ferro e o pastoreio nos vales do sertão, bem como a região dos pampas ao extremo sul do país e dos seringais da Amazônia e do Acre, na exploração da borracha, e dos verdes mares bravios do livro Iracema do cearense José de Alencar.
Adota também uma visão romântica ao falar da casa branca, do luar do sertão e do amor ao mencionar "minha Maria". O lado religioso da Nossa Senhora Aparecida e da visão do Cristo venerado na figura do Senhor do Bonfim. Com leveza lembra a fauna e a flora brasileira ao falar do Jacarandá, do sabiá, do coqueiro e finalmente o sinal da Cruz, nossa gesto maior de religiosidade.
