Thursday, May 25, 2006

PELA VIDA E PELA PAZ

Recentemente lendo um artigo da missionária budista Monja Coen sobre a paz, fiquei comovido com a frase da mesma “SE A PAZ NÃO COMEÇAR EM MIM, NÃO COMEÇARÁ”. A autora foi de uma felicidade a toda prova, já que o desafio não gera paz; e sim as atitudes de harmonia respeito e compaixão. Sempre fui muito atraído pelo tema “PAZ” por considerar o rancor, a vingança e a demonstração de força, o próprio exercício da violência ativa.
Normalmente quando escrevo, penso no silêncio, no amor, no cumprimento, na partilha. Vejo a vida como uma grande casa de família, com a percepção de que somos um corpo universal, que precisa viver em cooperação, de forma amistosa, justa, plena e digna. Fico torcendo para que mais pessoas descubram este pensamento e o coloquem em prática para solucionar conflitos, promover a inclusão social, curar chagas pessoais, compartilhar a vida, preservar a natureza, enfim; celebrar a vida, ou seja, sou um apaixonado pela ação interativa de unir e não de separar.
Como todo ser humano sinto a dor da fome das crianças de todo o mundo. Fico triste com a proliferação de armas mortíferas. A desunião me dói, e aí fico interrogando onde está a nossa capacidade de abrir corações, onde a nossa real força de ser gente, de se comover?
Perambulo mentalmente pelo sentido contrário e visualizo o fruto doce na boca da criança, o fim das guerras, povos unidos, a cura de doenças, a vitória sobre a dependência às drogas, a eficiência do sistema de saúde pública, a esperança na mudança, no desarmamento.
Elaboro uma vida sem inimigo, sem me iludir “dizendo ser bom e o outro mau”.
Está na hora do despertar com discernimento, excluindo a ganância, a raiva e a ignorância. A maioria de nós demora perceber o próprio envenenamento.
Então o que fazer? Orar, meditar e trabalhar. Construir e aprender uma nova maneira de ser, um convívio onde a cultura seja da paz. Aprendendo a cada instante. Voltando o olhar para dentro. Examinando-se. Criando pela união uma rede do bem, com intensa reflexão, reaprendendo a amar o próximo.

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