Sunday, October 24, 2010

CASOS, CAUSOS & ACASOS

APELIDOS

Já fui Toninho para a minha avó Leonor e Tia Nice. Marruquinho para Frei Thiago. Brigadeiro para Dona Yaya de Sr. Quinquim Braga(mãe de Jairo, Adailton e Neném), além de Totonho no futebol PARA O MEU AMIGO DE INFÂNCIA O LUIS QUICA PUPUZINHO - O MAIS NOVO APOSENTADO DA TURMA. Barbosinha (alusão a Rui Barbosa) no Seminário. Denver para o Verinho ( filho de Sô Zinho Drumond), Petrus, Pepê e Pê na juventude. Bispo para a minha mãe após ter sofrido o seu primeiro AVC e Tio Pet para os sobrinhos. Dá dicionário (fora quando gostava de citar O Imperador Romano César: "Quousque tandem abutere, Catilina, patientia nostra? - Aí fui Catilina por pouco tempo).

Em tempo : HOJE SOU PETRÔNIO DE NÔ BARBEIRO E ULTIMAMENTE TENHO NOTADO QUE SOU O PAI DO RENATO DO AGE OU O PAI DA ROBERTA DA DROGARIA SÃO BENTO.

Acho isto tão bonito, tão doméstico, tão familiar, porque o Prata é assim, diminui nossos nomes ou o atrelam a nossa profissão, ou ainda a localidade onde moramos . Exemplo : Paulinho Veterinário, Tadeu de Celita, Nenem de Jequeri, Helvécio do Barro  Preto, Geraldo Tindó , sem esquecer o Laércio Maciel, meu nobre amigo, e assim seguimos a nossa vida. O Dr. Paulino Cícero de Vasconellos, nosso politico mor também usa muda esta forma para se referir a seus conterrâneos, tanto que no assim me pronunciei na Câmara Municipal :

LANÇAMENTO DO LIVRO : “DE SÃO DOMINGOS DO PRATA A BRASÍLIA” PAULINO CÍCERO DE VASCONCELLOS - 2019

Nossos cumprimentos a todos os presentes!
 

Felizes ao recebê-lo em nosso convívio, demos graças ao Senhor Deus por tê-lo tido na vida de nossa cidade, como nosso expoente mor na vida pública de nosso País.
 

A sua história remete-nos antes de tudo ao Dr. Matheus, “o Juquita para a família”, e o operário do bem desta cidade e região.
 

No Prata, temos o costume de tratar as pessoas por indicação familiar, portanto doravante, o trataremos como o “Cício de Dr. Matheus”.
 

Assim, menino de 7 ou 8 anos o conheci, junto com os irmãos Paulo e Beto, que com os demais estudantes formavam um time, do qual era torcedor, lembro-me bem do Hilário de Dona Ita, Guido de Sô Zeca Diretor (o Aranha Negra em alusão ao Lev Yashim, goleiro da seleção Russa de 1958, que usava camisa preta) , os irmãos Célio e Haroldo do Sr. Juquita Mendes, Odilon de Tavico, Zé Paulo de Zinho Drumond, Antônio João de Sô Benjamim, Zué do Compadre Lúcio Monteiro, Pedro Roberto de Dr. Pedro Rolla, Zé Chico Nunes e outros.
 

Aos 12 anos, pendurei-me a uma janela da antiga casa de Sô Zinho Drumond, na Rua Capitão Dico que, à época, servia como Fórum, para assistir a sua primeira atuação em um júri.
 

No PTC, ouvia-o com o olhar em direção ao local onde hoje está o Bairro Julieta, sempre com uma oratória serena, mas emotiva e sincera, numa reunião do Lions, quando iniciava-se a luta para ligar o Prata à BR 262 na Piedade, momento em que reverencio os ex-Prefeitos Sô Inhô Gomes e Antônio Guido Rolla.
 

“Auriverde pendão da minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas de esperança ...” versos estes do poeta baiano Castro Alves.


Para descontrair, uma brincadeira : “fui a criança udenista mais pessedista, matheusista ou paulinista de nossa Cidade. Era como se ter alguém em quem se espelhar. Fui o nomeado oficialmente como o abridor de porteiras para o jeep ou a rural do Dr. Matheus, quando ele ia atender na zona rural; e, ainda ganhava umas pratas, com a recomendação dele: “ não compre picolé, tá frio e você tem bronquite”.
 

Neste momento relembro a Cristina, com quem estudei Letras e Direito, e pude ter a honra de tê-la como colega, uma saudosa amiga.
 

Participei como Vereador e Vice-Prefeito no Prata durante parte de seu período de vida pública atuante que deve compreender entre 1958 e 2002, deixo  mencionar vossas ações públicas porque vosso livro, com a participação do Edelberto do Neneco, Laércio de Sô Irineu, Dr. Fábio Americano, Dra. Suzana Laudares e Zé Maurício de Dr. Matheus contém estas informações.
 

Caro Cício de Dr. Matheus, fiz estes rápidos registros não apenas pelo homem público que continua a ser, mas pelo ser humano que o filho do “Juquita e da Da. Baíca” tornou-se, dando sua vida por esta região; e, é por tudo isso que hoje temos o coração pleno de gratidão.
 

Obrigado,
 

Petrônio de Nô Barbeiro