Monday, May 07, 2018

Homenagem ao Dr. Guido Fontgalland Martins Motta


Estou sempre a cobrar de mim umas palavras em homenagem ao Prof. Guido Mota ou Sô Guido (na intimidade).


Algumas pessoas são merecedoras de nosso reconhecimento por serem imprescindíveis  em nossa comunidade. Lembro-me agora que tive dificuldades em homenagear ao Dr. Matheus, Dr. Paulino Cícero, a Profa. Maria Auxiliadora Perdigão e a também Profa. Nilza Rolla Perdigão, devido aos incontáveis atributos dessas pessoas, temeroso de falhas na enumeração dos mesmos.


Mas vamos lá ao amigo Guido Motta, Motta com dois “tês” ou com um não muda o exemplo dado pelo nosso homenageado.


Quando estudante revezava no gol do time dos estudantes com Hilário Correa, e usava a camisa de goleiro de cor preta, que me fazia lembrar o grande goleiro da seleção russa da década de 50 e 60, de nome Lev Ivanovich Yashin, apelidado de o “Aranha Negra”. Neste time de estudantes da década de 50, brilhavam Paulino Cícero, seus irmãos Paulão, Chico (ou Beto), Zé Chico Nunes, Antônio João de Sô Benjamim, Zé Paulo de Zinho Drumond, Josué Monteiro, Odilon de Tavico, Pedro Roberto Rolla, Haroldo e Célio de Sô Juquita Mendes e Pedrinho de Sô Marinho Mendes.


Bacharelado e Pós-graduado  em Bioquímica pela Universidade Federal de Ouro Preto retornou a nossa Terra. 


Uma dúvida :



Eu não sei se escrevo Guido, Sô Guido, Prof. Guido ou Dr. Guido Fontgalland Martins Mota ou nosso querido Mestre, mas sei que foi Vereador, Prefeito, mas sobretudo uma referência regional como Professor de Física, Química, Biologia; aliás poderia lecionar qualquer matéria, principalmente História e Filosofia, um verdadeiro Mestre (o filho do Prof. Zeca e Da Nazinha ). Fui aluno dele, um dos piores claro, não era minha praia, depois fui seu colega como professor na Escola Estadual Marques Afonso.


Antoine Galland foi um escritor francês especialista em manuscritos antigos, outro Galland foi um general alemão.


Falar do Guido (agora com certa liberdade de tratamento) é falar de educação, humanismo e saúde.
Como educador foi e ainda é um incentivador dos estudantes, tendo sempre uma relação de afetividade com seus alunos, prezando sempre pela autonomia do educando. Como humanista valorizou a essência do ser humano. Sua preocupação com o conhecimento beirava à generosidade e foi ardoroso defensor da humanização de cultura. Na área da saúde foi Bioquímico do Hospital Nossa Senhora das Dores seguramente por cinquenta anos e seu Diretor .


Como Prefeito valorizou a arte e incentivou-a dando todo apoio, além de atuar como um agente defensor da sustentabilidade ambiental. Exerceu seu mandato de forma serena, com uma administração onde valorizou a competência e a qualidade do cidadão sempre agindo com bom senso e de forma consensual com o povo de nossa Terra.


Quanto ao ser humano, uma pessoa humilde, (pudera filho do Prof. Zeca e da Da. Nazinha), prestativo e sobretudo pratiano da gema, tanto que  ao formar-se fez a opção por retornar à cidade natal, sendo o primeiro profissional em  Análises Clínicas de nossa Cidade e adjacências.


Esteve presente em todas atividades de nosso Município que incluíam melhorias para a Cidade, sempre imprescindível nos setores de Saúde e Educação. Recordo-me que quando fui vice-prefeito, o então Prefeito Dr. Antônio Roberto Lopes de Carvalho, convocou-nos para uma reunião que foi realizada na residência do casal João Bosco e Luiza Rolla, com o objetivo de analisar um substituto para a Profa. Maria Auxiliadora Perdigão, Diretora da Escola Estadual Marques Afonso, que acabara de receber a publicação de sua aposentadoria. Lembro-me que nesta reunião ,sugeri ao DD. Prefeito a indicação do Prof. Guido Mota para a Diretoria da Escola, e os Professores Suzana Rolla Guerra, Amália Rolla Braga e o Prof. Arthur Fernando Furtado Gomes para Vice-Diretores. A idéia foi unanimemente aceita e um ofício indicativo foi enviado à Secretaria Estadual da Educação do Estado. Lembramos que à época, não existia eleição para Diretores Escolares.


Pessoa de inteligência rara que continua a brindar-nos com sua criatividade e insuperável senso de cidadania.


Espero que meu abraço seja uma mensagem de todos nós, que tivemos e temos a felicidade de usufruir de uma convivência tão benéfica.


Em tempo: Em 1963 cursávamos a 3ª série ginasial (nomenclatura usada à época). Era Diretor da Escola o Pe. José Martins Teixeira, pessoa de imensa cultura e um disciplinador nato.  O Prof. Guido Mota apelidou a nossa turma (classe apenas masculina) de III exército. O oficialato era composto por Sebastião Albeny, Verinho de Zinho Drumond, João Braz, Clidinho Drumond e Sininho irmão de Bolão. Como Sargento de instrução e treinamento atuava Chico de Zinho. Os demais, João Lana, Adão Azevedo, Ronio de Zé Pintinho, Elcio de Guta, Ilo Lana, Derly de Vicente Deró, Palmyos de Nezinho Gomes, Chico de Da. Ica, Agnaldo de Camilo, Robledo Morais, Geraldo Ferreira, Nivaldo Mosqueira, Aroldo de Tó, Bruno Guimarães, Valfrido Perdigão e eu, entre outros. No meu caso era soldado raso, pois havia saído do internato há pouco tempo e não possuía a criatividade dos demais.

Era uma turma quase indomável... risos.

Aproveito para registrar que foram nossos professores: Dr. Sergio Lellis Santiago, Egydio Zanetti, Dr. Bernardo Mascarenhas Cançado, Dr. Joaquim Gomes Lima, Dr. Luiz Gonzaga Lima (Zaga), Profa. Conceição Santiago, Profa. Da. Filinha (Francês), Prof. Tacinho, Prof. Arthur Fernando Furtado Gomes, salvo alguma falha deste autor. A eles nossos eternos agradecimentos pela dedicação e paciência que tiveram conosco, já que o III Exército era uma turma de gozadores, brincalhões, humoristas diferente dos demais, segundo sempre lembra o Prof. Guido.