FINAL SILENCIOSO

Nos relacionamentos o amor costuma acabar em silêncio. O desequilíbrio predomina em toda tentativa de diálogo. Quando se fala em reconciliação o arrepio é geral. Interessante que quando uma das partes se mostra mais calma, a outra exaspera-se ainda mais.

O abismo já é grande, o convívio desagradável e o silêncio profundo aumenta a angústia. Vão perdendo a vontade de conversar e ouvir o outro. A admiração um pelo outro caiu a zero. Não há mais disposição para o reencontro. O machucado passageiro passa a dor sem cura.

Não há mais saudades, lembranças, bons momentos, nem pensar.

Nestes momentos um tenta apressar o fim,e o outro, retardar. O contrato partido já foi pelo ralo. esperam inadivertidamene uma sentença que dê razão a um ou a outro,   como se para separar, a justiça tivesse que decidir quem é o responsável pelo fim do amor. Impossível.

Fonte : A Vida Não é Justa - Andréa Pachá