Tuesday, December 07, 2021

MUITO OBRIGADO, CLUBE ATLETICO MINEIRO, O BOM "GALO DE BRIGA"! - MARCELO MELO

 Muito Obrigado, Clube Atlético Mineiro, o bom “galo de Briga”!

Tudo saiu na hora certa, mesmo que tenha demorado 50 anos. Poderíamos estar comemorando o hexa-campeonato brasileiro, ou talvez o hepta, não fosse o Clube Atlético Mineiro ter sido tantas vezes prejudicado pelas arbitragens, como ocorreram nas finais de 1977, contra o São Paulo; em 1980, contra o Flamengo; e em 1999, contra o Corínthians; e mesmo nas semifinais de 1985, contra o Coritiba; e sem contar no Campeonato de pontos corridos de 2012, onde fizeram de tudo – e conseguiram - para prejudicar o Galo e beneficiar o Fluminense. Mas isto são águas passadas, porque ser Atleticano faz parte para viver esta história!
Eu tinha 12 anos de idade quando o Galo conquistou o 1º Campeonato Brasileiro disputado no Brasil, em 1971, naquela tarde de domingo, em 19 de dezembro daquele ano, em jogo disputado no Maracanã contra o Botafogo e aquele cruzamento de Humberto Ramos e a cabeçada de Dario balançando as redes. Era o gol do título! Naquele 1º Brasileiro, a final foi uma triangular, onde ainda estava o São Paulo. No 1º jogo, disputado no Mineirão, o Atlético derrotou a equipe paulista por 1 a 0, com um golaço do lateral Oldair, de falta. O São Paulo ainda havia goleado o Botafogo no Morumbi, por 4 a 1; a depois, na última partida, Galo fez 1 a 0 no time Bota e sagrou-se o 1º Campeão Brasileiro!
Mas este ano veio, exatamente 50 anos depois! E, como disse no início, no momento certo! O Bi-Campeonato Brasileiro para o Galo jamais poderia ter vindo no ano passado, quando bateu na trave. Por quê? Porque tínhamos como técnico aquele arrogante do argentino chamado Sampaoli, que se achava acima do bem e do mal. Um camarada que proibiu o ex-jogador Éder Aleixo de entrar no CT do Galo em dia de treinos. Um camarada que se achava dono da instituição centenária chamada Clube Atlético Mineiro. Felizmente, o Galo ganhou o Bi sob o comando do técnico Cuca, um sujeito com a cara do Galo, identificado com o clube e com a torcida, e que nos deu a 1ª Copa Libertadores, em 2013, assim como o saudoso e Mestre Telê Santana, técnico do Galo em 1971! E este ano tinha público; tinha a Massa nas arquibancadas, o que não teve ano passado! Por isto, afirmo, ganhamos o Bi na hora certa!
E nesta jogo festivo de ontem contra o Bragantino, em mais uma vitótia do Glorioso, a Diretoria do Atlético fez o que muitos clubes não sabem fazer, como disse ontem no ESPNBrasil o ex-jogador e agora comentarista, Zé Elias: valorizar sua história e seus ex-jogadores, como foi para ficar marcado para sempre aquela cena emocionante ao ver Dario entrar com o Troféu do Campeão Brasileiro de 2021 dentro do Mineirão. E as homenagens prestadas ao ex-craques Reinaldo e aos grandes ex-jogadores que fizeram sua história no Galo, como Éder, Luizinho, Paulo Izidoro, Alves e outros. Foi realmente um dia, este 5 de dezembro de 2021, para ser marcado como “O Dia do Galo”! E a esta Torcida Maravilhosa, que sempre apoiou o time e não desistiu jamais, acreditando sempre, mesmo 50 anos à espera de um novo título Brasileiro, deixo as palavras do grande cronista esportivo, saudoso Armando Nogueira, em um crônica que escreveu sobre a Massa: “Torcidas, as haverá mais numerosas (Flamengo) ou mais conhecidas por sua grandeza (Corinthians), mas nenhum séquito futebolístico brasileiro se compara ao do Clube Atlético Mineiro em mística apaixonada, em anedotário heróico, em poesia acumulada ao longo dos anos. ‘A Massa’, como é simplesmente conhecida não só em Minas Gerais, mas em todo o país, compartilha a honra de deixar-se conhecer com um substantivo ou adjetivo comum transformado em nome próprio, inconfundível”.
E assim como ontem no Mineirão, onde os torcedores também homenagearam entes queridos que não puderam ver o Glorioso Clube Atlético Mineiro ser Bi-Campeão Brasileiro, através de fotografias espalhadas pelas arquibancadas, presto aqui minha homenagem, “in memória”, ao meu avô José Batista de Oliveira, o “Zé Cara Santa”, maquinista da Central do Brasil; e ao meu Tio “Dedé”, motorista da linha de ônibus Horto/General Carneiro, em BH, os mais apaixonados e fiéis torcedores atleticanos que já conheci e que me fizeram ter paixão e amor pelo Galo das Geraes! Meu muito obrigado!

AUTOR: MARCELO MELO