Monday, July 18, 2022

INTRODUÇÃO

A história é dinâmica. À medida que avançamos nas pesquisas, novas descobertas surgem, trazendo fatos até então desconhecidos ou esclarecendo outros.

Em meus livros procurei espalhar as notícias relativas a um mesmo tema. 

Isto se torna quase em um desafio, por obrigar a quem tem interesse em maiores informações sobre a matéria, juntar as notícias esparsas em um só bloco.

Nesse livro, faço o contrário. Junto todas as notícias dispersas sobre o hospital Nossa Senhora das Dores publicadas em meus livros, e as acumulo na presente obra.
    Contudo, com o acréscimo de documentos históricos, quase centenários, envolvendo o hospital Nossa Senhora das Dores, que estavam esquecidos na escuridão do tempo.
    Ademais, compilo também tudo o que Luiz Prisco de Braga e frei Thiago Santiago publicaram em seus livros sobre o hospital.
    Nessa quadra, gostaria de agradecer a algumas pessoas. Primeiramente, a Laércio Álvares Maciel, pratiano bastante atuante na reconstrução da história de sua terra natal.
    Muito me tem ajudado desde quando, a partir de 2010, passei a pesquisar diuturnamente sobre a história antiga de São Domingos do Prata, além da de Sabará.
    Neste período produzi 25 livros, sendo 22 sobre o meu torrão natal e três sobre Sabará, terra adotiva da qual me tornei, com muita honra, cidadão honorário.
    Laércio Álvares Maciel por uma destas felizes interferências do destino, tornou-se, em 2022, Provedor do Hospital Nossa Senhora das Dores de São Domingos do Prata, e neste cargo de tamanha magnanimidade, responsabilidade e dificuldades mil, pediu fosse organizado o arquivo do hospital.
    Nesta pesquisa, documentos de grande valor histórico vieram à tona e ele, gentilmente, cedeu-me cópias com a sugestão para escrever um livro contando a história do hospital, sugestão esta atendida com grande prazer.
    Há diversos documentos, todos de grande valia, relacionados à fundação e história do hospital Nossa Senhora das Dores, publicados na presente obra.
    Outra cidadã, a quem agradeço, chama-se Elaine Costa Braga, carioca casada com um pratiano, ao tornar-se minha amiga virtual, embora fisicamente separados por quilômetros e quilômetros de distância, ela no interior do Estado de São Paulo e eu em Belo Horizonte, também muito me ajudou na elaboração do atual livro.
    E não foi a primeira vez. Anteriormente, trouxe grandes revelações sobre a história de São Domingos do Prata, fruto de suas pesquisas, generosamente repartida comigo.
    Foi ela quem descobriu, me cedeu e autorizou a publicação dos nomes dos ascendentes, em Portugal, de Domingos Marques Afonso e José Marques Villas, os quais publiquei na 3ª edição do meu livro “Comentário as sesmarias de 1758 e 1771 – curatela, testamento e inventário envolvendo Domingos Marques Afonso e seu irmão.”
    Depois por, sempre com boa vontade, aprimorar e tornar legíveis todos os documentos publicados neste livro, já esgarçados pelo tempo.
    Agradeceria ainda ao Roberto Fortunato e José Maurício de Vasconcellos por cederem fotos de seus arquivos para serem publicados neste livro.
    Por sua vez, em relação a José Maurício de Vasconcellos, quero me redimir. Foi ele quem me cedeu, generosamente, o discurso de seu pai por ocasião da inauguração do novo prédio do Hospital Nossa Senhora das Dores. Já o havia publicado anteriormente, mas esqueci de conceder-lhe o crédito, o que faço agora.
     No sumário a seguir e no índice alfabético no final, o leitor poderá ter uma visão da sequência das matérias expostas no livro e dos nomes dos principais personagens.
    A propósito, os nomes de alguns dos pratianos envolvidos diretamente na história, sempre os cito em letra garrafal.
    Como eu mesmo pesquiso, digito e reviso os meus livros, há possibilidade de alguma revisão passar despercebida, eis que quando é o próprio autor, ele usa, ao fazê-la, o que já está armazenado em sua mente, e não com os olhos.
    Por entender de uma veracidade absoluta a citação abaixo, em idioma original e de autor desconhecido, a reproduzo:

“Los que no estudian la historia están
condenados a repetila.
y los que la estudian están condenados
a ver como la historia se repete por culpa
de los que no la estudian.”

    Embora fuja do tema principal do livro, tomo a liberdade de trazer à baila, por ter sido um acontecimento marcante, a minha manifestação no dia em que tomei posse, como membro efetivo, do conceituado e centenário Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (IHGMG), realizada no dia 28.05.2022.
    Porém, por estar fora do contexto, nenhum dos nomes citados na manifestação, faz parte do índice alfabético.
    Nela, além do patrono por mim escolhido, cito passagens da história de Sabará e São Domingos do Prata.
    Finalmente, um axioma de minha autoria, publicado na capa do livro “A história do legislativo de São Domingos do Prata – 1890 a 1962.”
    A história é o passado retornando à superfície, o que permanece na escuridão do tempo, se perde na eternidade.