Monday, August 26, 2024

QUAL A NACIONALIDADE DE ADAO E EVA ?

MUITO BOA ESSA!*

Um alemão, um francês, um inglês e um brasileiro

apreciam o quadro de Adão e Eva no Paraíso. 

O alemão comenta:

- Olhem que perfeição de corpos:

Ela, esbelta e espigada;

Ele, com este corpo atlético, os músculos perfilados.

Devem ser alemães.

 Imediatamente, o francês contesta:

- Não acredito. É evidente o erotismo que se desprende

das figuras…

Ela, tão feminina…

Ele, tão masculino…

Sabem que em breve chegará a tentação…

Devem ser franceses.

Movendo negativamente a cabeça o inglês comenta:

- Que nada! Notem a serenidade dos seus rostos, a

delicadeza da pose, a sobriedade dos gestos. Só podem

ser ingleses.

Depois de alguns segundos mais de contemplação

silenciosa, o brasileiro declara:

- Não concordo. Olhem bem:

não têm roupa,

não têm sapatos,

não têm casa,

tão na merda…

Só têm uma única maçã para comer.

Mas não protestam, estão pensando em sacanagem 

pior ainda, acreditam que estão no Paraíso.

Só podem ser brasileiros e petistas.

Friday, August 23, 2024

ENERGIAS DO CORAÇÃO (verídico)

Existe uma história que aconteceu de fato com o criador do Pequeno Príncipe, o escritor francês Antoine de St. Exupéry. 

Poucas pessoas sabem que ele lutou na Guerra Civil Espanhola, quando foi capturado pelo inimigo e levado ao cárcere para ser executado no dia seguinte.

Nervoso, procurou em sua bolsa um cigarro... e achou um, mas suas mãos estavam tremendo tanto que ele não podia nem mesmo levá-lo à boca. Procurou fósforos, mas não tinha, porque os soldados haviam tirado-lhe todos. Ele olhou então para o carcereiro e arriscou: 

- "Por favor, usted tiene fosforo?"

O carcereiro olhou para ele e chegou perto para acender seu cigarro. Naquela fração de segundo, seus olhos se encontraram, e St. Exupéry sorriu - depois ele disse que não sabia por que sorriu, mas pode ser que quando se chega perto de outro ser humano seja difícil não sorrir.

Naquele instante, uma chama pulou no espaço entre o coração dos dois homens e então gerou um sorriso no rosto do carcereiro também. Ele acendeu o cigarro de St. Exupéry e ficou perto, olhando diretamente em seus olhos, continuando a sorrir. 

St. Exupéry também continuou sorrindo para ele, vendo-o agora como pessoa, e não como carcereiro. Parece que o carcereiro também começou a olhar St. Exupéry como pessoa, porque lhe perguntou: 

- "Você tem filhos?" 

- "Sim", St. Exupéry respondeu, e tirou da bolsa fotos de seus filhos. O carcereiro mostrou fotos de seus filhos também, e contou todos os seus planos e esperanças para o futuro deles. 

Os olhos de St. Exupéry se encheram de lágrimas quando disse que não tinha mais planos, porque ele jamais os veria de novo. Os olhos do carcereiro se encheram de lágrimas também. 

E de repente, sem nenhuma palavra, ele abriu a cela e guiou St. Exupéry para fora do cárcere, através das sinuosas ruas, para fora da cidade, e enfim o libertou. Sem nenhuma palavra, o carcereiro deu meia-volta e retornou por onde veio. 

St. Exupéry disse: - "Minha vida foi salva por um sorriso do coração".

O que foi aquela "chama" que pulou entre o coração desses dois homens? 

Isso tem sido tema de intensa pesquisa atualmente, na medida em que os cientistas estão se dando conta de que o coração não é meramente uma bomba mecânica, mas um sofisticado sistema para receber e processar informações. De fato, o coração envia mais mensagens ao cérebro que o cérebro envia ao coração. Como disse o filósofo francês Blaise Pascal: 

- "O coração tem razões que a própria razão desconhece". 

Estados emocionais negativos (como raiva ou frustração) geram ondas eletromagnéticas totalmente caóticas ao coração, como se estivéssemos pisando no acelerador e no freio simultaneamente. Esse estado de batimentos desordenados é chamado de "incoerência cardíaca" e está ligado a doença cardíaca, envelhecimento precoce, câncer e morte prematura. 

Em estados de amor ou gratidão, nosso batimento cardíaco torna-se "coerente". Isso diminui a secreção dos hormônios do estresse, reduz a depressão, hipertensão e insônia, melhora o sistema imunológico e aumenta a clareza mental. Essa é uma das razões pelas quais tem sido provado que as emoções positivas estão associadas à boa saúde física e mental - e à longevidade. Essa irradiação coerente do coração - essa "chama" de genuína afeição - pode afetar pessoas a uma distância de até 5 metros! 

Logo, na próxima vez em que estiver numa situação difícil, respire profundamente e irradie a energia de seu coração. Como o Pequeno Príncipe nos lembrou:

"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos. "

Antoine de Saint Exupèry

se vc leu até aqui, por um tempo seu sorriso salvou o meu coração.

Thursday, August 22, 2024

O NOIVO ESCREVEU UM POEMA PARA NOIVA UM POUCO ANTES DO CASAMENTO

Que feliz sou, meu amor!
Domingo estaremos casados,
O café da manhã na cama,
Um bom sumo e pães torrados
Com ovos bem mexidinhos
Antes de ir pro trabalho
Tudo pronto bem cedinho
Pra ainda ires ao mercado
Depois regressas a casa
Rapidinho arrumas tudo
E corres pro teu trabalho
Para começares o teu turno
Tu sabes bem que, de noite
Gosto de jantar bem cedo
De te ver toda bonita
Com sorriso lerdo e querido
Pela noite mini-séries
Cineminhas dos baratos
E nada, nada de shoppings
Nem de restaurantes caros
E vais cozinhar pra mim
Comidinhas bem caseiras
Pois não sou dessas pessoas
Que só comem baboseiras...
Já pensaste minha querida
Que dias gloriosos?
Não te esqueças, meu amor
Que em breve seremos esposos!
Como resposta, a noiva escreveu um poema para o noivo:
Que sincero meu amor!
Que linguagem bem usada!
Esperas tanto de mim
Que me sinto intimidada
Não sei de ovos mexidos
Como tua mãe adorada,
Meu pão torrado se queima
De cozinha não sei nada!
Gosto muito de dormir
Até tarde, relaxar.
Pensa bem... ainda há tempo
A igreja não está paga
Eu devolvo o meu vestido
E tu o fraque de gala
E domingo bem cedinho
Em vez de andar aos "PAIS",
Ponho aviso no jornal
Com letras bem garrafais:
*HOMEM JOVEM E BONITO
PROCURA ESCRAVA BEM LERDA
PORQUE A EX-FUTURA ESPOSA
DECIDIU MANDÁ-LO À MERDA!*****
Desconheço o autor.

Tuesday, August 20, 2024

COMENTÁRIO DE SANDRA PUJOL

Se observamos com cuidado, podemos detectar a aparição de uma nova faixa social que não existia antes: pessoas que hoje têm entre sessenta e oitenta anos.


A esse grupo, pertence uma geração que expulsou da terminologia a palavra envelhecer, porque simplesmente não tem em seus planos atuais a possibilidade de fazê-lo.


É uma verdadeira novidade demográfica, semelhante ao surgimento  da adolescência; na época, que também era uma nova faixa social, que surgiu em meados do século XX para dar identidade a uma massa de crianças desabrochando, em corpos adultos, que não sabiam, até então, para onde ir ou como se vestir.


Este novo grupo humano, que hoje tem cerca de sessenta, setenta ou oitenta anos, levou uma vida razoavelmente satisfatória.


São homens e mulheres independentes que trabalharam durante muito tempo e conseguiram mudar o significado sombrio que tanta literatura latino-americana deu por décadas ao conceito de trabalho.


Longe dos tristes escritórios, muitos deles procuraram e encontraram, há muito tempo, a atividade que mais gostavam e na qual ganham a vida.


Supostamente é por isso que eles se sentem plenos; alguns nem sonham em se aposentar.


Aqueles que já se aposentaram desfrutam plenamente de seus dias, sem medo do ócio ou solidão, crescem internamente. 


Eles desfrutam do tempo livre,  porque depois de anos de trabalho, criação dos filhos, carências, esforços e eventos fortuitos, vale bem a pena contemplar o mar, a serra e o céu.


Mas algumas coisas já sabemos que, por exemplo, não são pessoas paradas no tempo; pessoas de sessenta, setenta ou oitenta, homens e mulheres, operam o computador como se tivessem feito isso durante toda a vida.


Eles escrevem e veem os filhos que estão longe e até esquecem o antigo telefone para entrar em contato com seus amigos para os quais escrevem e-mails ou mandam whatsapps.


Hoje, pessoas de 60, 70 ou 80 anos, como é seu costume, estão lançando uma idade que AINDA NÃO TEM NOME. 


Antes, os que tinham essa idade, eram velhos e hoje não são mais... 

Hoje, estão física e intelectualmente plenos, lembram-se da sua juventude , mas sem nostalgia, porque a juventude também é cheia de quedas e nostalgias e eles bem sabem disso.


Hoje, as pessoas de 60, 70 e 80 anos celebram o Sol (☀️) todas as manhãs e sorriem para si mesmas com muita frequência... 


Elas fazem planos para suas próprias vidas, não com as vidas dos demais.


Talvez, por algum motivo secreto que apenas os do século XXI conheçam e saberão, a juventude é carregada internamente.


A diferença entre uma criança e um adulto é, simplesmente, o preço de seus brinquedos.



Nota: 

Por favor, não guarde, passe adiante.

Sei que você  tem uma juventude acumulada, não importa se são 60s, 70s, 80s ou mais...


*A VIDA É PRA QUEM SABE VIVER!!!

Monday, August 12, 2024

IGREJA DE SÃO JOSÉ OPERÁRIO

 

No dia 25 de setembro de 1948, sendo Pio XII o Pontífice máximo da Igreja e Dom Helvécio Gomes de Oliveira o Arcebispo Metropolitano de Mariana, foi solenemente instalada a Paróquia de São José de Monlevade, exatamente três meses antes da promulgação da Lei Estadual nº 336, de 27 de dezembro de 1948, que criou o Distrito de João Monlevade.

O povoado estava em festa. Era o último dia de um Tríduo Regional, programado pelo Capelão-Cura, Pe. Dr. José Higino de Freitas, em preparação ao V Congresso Eucarístico Nacional, prestigiado pela presença do Arcebispo Dom Helvécio Gomes de Oliveira. Naquele dia, terminada a Conferência, o Pe. Dr. José Alves Trindade, Secretário Geral do Arcebispado de Mariana, procedeu, do púlpito, à leitura do documento de ereção canônica da nova Paróquia. Nos termos do decreto, datado de 24 de setembro, o território da nova paróquia compreendia o núcleo populacional de João Monlevade, incluindo a chamada Vila Tanque e Baú, e os povoados de Carneirinhos e Jacuí de Cima (atual Cruzeiro Celeste). No mesmo dia, o Arcebispo anuncia e proclama o nome do primeiro Pároco: Pe. Dr. José Higino de Freitas.

Esse, o marco histórico, formal, oficial, testemunhado pelo Arcebispo, pelo jovem Pároco, por outros sacerdotes que aqui vieram para a solenidade, pelos Engenheiros Louis Jacques Ensch, Joseph Hein, Albert Sharlé e Geraldo Parreiras, Diretores da então Belgo-Mineira, e por uma parcela expressiva da população, já organizada em florescentes associações religiosas.

O cenário da solenidade era magnífico: “o Santuário de São José, construído em forma de V, verdadeira fortaleza sagrada, suspensa entre a folhagem da verdejante colina que domina as duas margens do Rio Piracicaba”, como se expressou o Pe. Pedro Sarneel, grande latinista, professor do Colégio do Caraça, autor dos versos latinos inscritos na pedra do altar, nos sinos e no nicho onde se encontra a esultura de Santo Elói. Concepção originalíssima do arquiteto Dr. Yaro Burian, a Matriz de São José, única do mundo em forma de V – de Vereda, Verdade e Vida – ganhava, na brancura de suas linhas arquitetônicas, recortadas no verde da vegetação, o status de sede da primeira paróquia operária do Vale do Aço.

A data, a festa, o marco histórico e o templo – ícone que se eternizaria como imagem-símbolo do futuro município de João Monlevade… E a história? Essa se vinha desenhando em outras veredas, construídas pelo ardor de uns tantos missionários que construíram com sua fé e seus trabalhos os fundamentos de uma cristandade já com dez anos de caminhada.

Poucos devem ser os monlevadenses que sabem da disputa acirrada que foi para se escolher o nome da Igreja Matriz, construída pela Belgo-Mineira ma década de 1940, sob a mata nativa, ali à Rua Tapajós. Na época, a Belgo havia contratado o arquiteto Yaro Burian, natural da Tchecoslováquia, para planejar a construção da cidade. Nasciam as ruas Siderúrgica, Beira-Rio, Cidade Alta, Aimorés, Tocantins, Tapajós, Tupis, Guarani, Tamoios, Tabajaras, Tieté e os bairros Vila Tanque, Jacuí, Pedreira. Junto à construção da cidade, e pela fé cristã dos primeiros moradores do antigo distrito e pioneiros da Usina de Monlevade, a empresa achava interessante a construção de uma Igreja. Afinal, toda cidade que se preza, tem a sua Igreja Católica, uma cadeia e uma praça. E até aquela época as missas eram celebradas pelo Padre Levi, de Rio Piracicaba, no gramado em frente à Fazenda Solar. Pode-se assim dizer que era como uma missa campal.

Pois bem, mas vamos voltar ao caso em pauta, que era a escolha do nome da Igreja. Inaugurada em 25 de setembro de 1948, projetada também por Yaro Burian em forma de “V”, de Vereda, Verdade e Vida. A construção teve início em 1942 e, em 1946 (dois anos antes da inauguração oficial), surgiu a polêmica para escolha do nome da Paróquia. Yaro Burian, católico praticante, era devoto de Santo Eloi, padroeiro de sua cidade natal, e decidiu requerer o nome do “conterrâneo” para batizar a Igreja. Por sua vez, o arcebispo de Mariana, Dom Helvécio, sugeriu o nome de Matriz Santa Bárbara. No entanto, após muita discussão, prevaleceu a voz do pároco do distrito de João Monlevade, Cônego Higino de Freitas que, objetivando prestar uma homenagem às famílias monlevadenses – que na sua grande maioria eram formadas de metalúrgicos -, apresentou como opção o nome de São José Operário. E ele saiu vitorioso.

No entanto, para agradar as partes, vem a explicação do motivo pelo qual há uma imagem de Santo Eloi nas escadarias da Igreja Matriz. Enquanto isso, a imagem de Santa Bárbara ocupou um lugar nos altares do templo, ficando São José em local de destaque, no hall da entrada principal. E a primeira festa do Padroeiro São José realizou-se no dia 19 de março de 1946, com uma grande missa, sendo também comemorado o Dia do Trabalhador.

Começava ali uma bonita história!

GOSTARIA DE IMAGINAR UM INGLÊS, UM FRANCÊS OU UM TCHECOSLOVACO A TRADUZIR ISTO...: — ESTE TEXTO DE MAFALDA SARAIVA MOSTRA O QUÃO MARAVILHOSA É A NOSSA LÍNGUA:

 Antes de ir desta para melhor, vou dar com a língua nos dentes e lavar roupa suja. Com a faca e o queijo na mão, com uma perna às costas e de olhos fechados, vou sacudir a água do capote. Ainda tirei o cavalinho da chuva, tentei riscar este assunto do mapa, mas eu sou uma troca-tintas, uma vira casacas e vou voltar à vaca fria.

Andava eu a brincar aqui com os meus botões, a chorar sobre o leite derramado, com bicho carpinteiro e macaquinhos na cabeça, quando decidi procurar uma agulha no palheiro. Eu sei, eu não bato bem da bola, mas sentia-me pior que uma lesma e tinha uma pedra no sapato. O problema é que andava a bater com a cabeça nas paredes há algum tempo, com um aperto no coração e uma enorme vontade de arrancar cabelos.

Passei muitos dias com cara de caso e com a cabeça nas nuvens como uma barata tonta. Mas eu, que sou armada até aos dentes, arregacei as mangas e procurei o arquivo a eito. Acontece que uma vez em conversa com um amigo ele disse-me «Tiras-me do sério» e eu, sem papas na língua, respondi «Se te tiro do sério, deixo-te a rir, é isso?».

Ele, de trombas e com os azeites, gritou em plenos pulmões «Esquece Mafalda, escreves belissimamente mas não conheces nem 1/4 das expressões portuguesas.»

Só faltou trepar paredes. É preciso ter lata! O primeiro milho é dos pardais. Primeiro pensei ter posto a pata na poça, depois achei que ele tinha acordado com os pés de fora e que estava a fazer uma tempestade num copo d´água e trinta por uma linha. Fiz vista grossa, mas depressa disse Ó tio! Ó tio!

Abri-lhe o coração, o jogo e os olhos na esperança de acertar agulhas e pôr os pontos nos is. Não lhe ia prometer mundos e fundos nem pregar uma peta, eu estava mesmo a brincar. Era um trocadilho. Pão, pão, queijo, queijo. Rebeubéu, pardais ao ninho, fiquei com os pés para a cova, só me apeteceu pendurar as botas e mandá-lo pentear macacos, dar uma volta ao bilhar grande ou chatear o Camões.

Que balde de água fria! Caraças, levei a peito, aquela resposta era tão sem pés nem cabeça que fui aos arames. Eu sei que dou muitas calinadas, meto os pés pelas mãos e faço tudo à balda. Posso até ser uma cabeça de alho chocho e andar sempre com a cabeça nas nuvens mas não ia meter o rabo entre as pernas nem que a vaca tossisse.

Pus a cabeça em água e fiquei a pensar na morte da bezerra. Caí das nuvens e com paninhos quentes passei a conversa a pente fino, não fosse bater as botas. Percebi que ele tinha trocado alhos por bugalhos, apeteceu-me cortar-lhe as asas, mas estava de mãos atadas e baixei a bola. Engoli o sapo, agarrei com unhas e dentes, dei o braço a torcer e dei-lhe troco com o intuito de descalçar a bota.

Não gosto muito do vira o disco e toca o mesmo, mas isto já são muitos anos a virar frangos e pus as barbas de molho. Uma mão lava à outra e as duas lavam as orelhas, mas ele está-se nas tintas, à sombra da bananeira. Não deu uma mãozinha nem deixou-se comprar gato por lebre. Ficou com a pulga atrás da orelha, pôs-se a pau antes de estar feito ao bife.

Pus mãos à obra, tentei fazer um negócio da China e bati na mesma tecla. Dados lançados, cartas na mesa, coisas do arco da velha. Claro que dei com o nariz na porta, o gato comeu-lhe e língua e saiu com pés de lã. Água pela barba! Devia aproveitar a boleia antes de ficar para tia de pedra e cal onde Judas perdeu as botas.

É que isto pode estar giro e estar fixo, mas não me apetece segurar a vela com dor de corno e dor de cotovelo só porque não conheço 1/4 das expressões portuguesas.

MAFALDA SARAIVA

Foto: José Coelho/Lusa.

Partilhado por: «O SALOIO» – Mafra. | 25/01/2024.

 

ELZA SOARES

 

'Um dia descobri que cantava.

O meu filho mais velho João Carlos estava morrendo e eu já tinha perdido 2 filhos e não queria perder mais um.

Eu não tinha dinheiro pra cuidar do meu filho e ouvi no rádio que o programa do Ary Barroso de calouros Nota 5, estava com o prêmio acumulado. Não sei como, mas eu sabia que ia buscar esse prêmio!

Fiz a inscrição e me avisaram que eu precisava ir bonita. Mas eu não tinha roupa nem sapatos, não tinha nada! Então, eu peguei uma roupa da minha mãe, que pesava 60kg e vesti, só que eu pesava 32kg, já viu né? Ajustei com alfinetes. Tudo bem que agora é moda ne? Hoje até a Madonna usa, mas essa moda aí fui eu que comecei viu? Alfinetes na roupa é muito meu, é coisa de Elza!

No pé coloquei uma sandália que a gente chamava de “mamãe tô na merda”, e fui!

Quando me chamaram, levantei e entrei no palco do auditório. O auditório tava lotado, todo mundo começou a rir alto debochando de mim

Seu Ary me chamou e perguntou:

_ O que você veio fazer aqui?

_ Eu vim Cantar!

_ Me diz uma coisa, de que planeta você veio?

_ Do mesmo planeta seu Seu Ary.

_ E qual é o meu planeta?

_ PLANETA FOME!

Ali, todo mundo que estava rindo viu que a coisa era séria e sentaram bem quietinhos.

Cantei a música Lama.

O Gongo não soou e eu ganhei, levei o prêmio e meu filho está vivo até hoje, graças a Deus!

De lá pra cá, sempre levo comigo um Alfinete.

Naquela época eu achava que se tivesse alimentos pros meus filhos, não teria mais fome. O tempo passou e eu continuei com fome, fome de cultura, de dignidade, de educação, de igualdade e muito mais, percebo que a fome só muda de cara, mas não tem fim.

Há sempre um vazio que a gente não consegue preencher e talvez seja essa mesma a razão da nossa existência.'

Elza Soares (1930-2022)


 

JUDEU RUSSO

 Um judeu russo foi autorizado a viajar para Israel. No aeroporto de Moscou, funcionários encontraram uma estátua de Lenin dentro de sua bagagem.

 -"O que é isso?"  perguntou o funcionário.

 - "Ele é o camarada Lenin, que lançou as bases do socialismo e criou o futuro próspero do povo russo. Eu o levo comigo como uma memória permanente de nosso herói.

 O oficial deixou-o passar sem problemas e com alguma admiração pelo seu patriotismo.

 ==============

 No aeroporto de Tel Aviv, perguntaram-lhe:

 - O que é isso?

 - Responde: é Lenin, o filho da puta bastardo que lançou as bases do socialismo que me fez deixar a Rússia.  Trago esta estátua para poder cuspir nela todos os dias da minha vida.

 O oficial israelense o deixou passar sem mais perguntas.

 ================

 Ao se instalar em sua nova casa, colocou a estátua no meio da sala e convidou todos os amigos para jantar.

 Um deles, apontando para a estátua, perguntou: "Quem é esse?"

 Respondeu: - "são dez quilos de ouro maciço que eu trouxe da Rússia sem pagar imposto..."


  NOTA : A política é a capacidade de dizer a mesma merda, de uma maneira diferente, para enganar diferentes otários, que não enxergam além de seu fanatismo...

Tuesday, August 06, 2024

SILENCIO

APRENDA A NÃO PUBLICAR UMA VIAGEM ATÉ CHEGAR AO SEU DESTINO. A NÃO CONTAR UM PLANO ATÉ QUE ELE SE CUMPRA. APRENDA A PROTEGER A SUA ENERGIA, POIS NEM TODOS SE ALEGRAM COM AS SUAS CONQUISTAS.

TUDO PASSA

Tudo vai passar.

Eles vão crescer e dispensar nosso colo.

Vai chegar a fase em que os amigos serão mais importantes que os pais.

Que nossas demonstrações de afeto serão consideradas um grande mico.

Que em vez de torcemos para que eles durmam, torceremos pra que cheguem logo em casa.

Que não se interessarão pelos velhos brinquedos.

Que o alvoroço na hora do almoço, dará lugar a calmaria.

Que os programas em família serão menos atrativos que o churrasco com a turma.

Que dirão coisas tão maduras que nosso coração irá se apertar.

Que começaremos a rezar com muito mais freqüência.

Que morreremos de saudade de nossos bebês crescidos.

Por isso...

Viva o agora.

Releve as birras.

Conte até 10.

Faça cosquinhas.

Conte histórias.

Dê abraços de urso.

Deite ao lado deles na cama.

Abrace-os quando tiverem medo.

Beije os machucados.

Solte pipa.

Brinque de boneca.

Faça gols.

Comemorem.

Divirtam-se.

Acorde cedo aos domingos pra aproveitar mais o dia.

Rezem juntos.

Estimule-os a cultivar amizades.

Faça bolos.

Carregue-os no colo.

Faça com que saibam o quanto são amados.

Passem o máximo de tempo juntos...

...assim quando eles decidirem partir para seus próprios voôs, você ainda terá tudo isso guardado no coração!"



SE

 "Se eu pudesse viver a minha vida outra vez,

Eu teria ido para a cama para descansar quando me sentia doente em vez de fingir que a terra pararia se eu não estivesse no trabalho por um dia...

Eu teria queimado a vela rosa esculpida como uma rosa em vez de deixá-la derreter na despensa...

Eu teria falado menos e ouvido mais...

Teria convidado amigos para a mesa mesmo que o tapete tivesse mancha e o sofá precise ser limpo.

Eu teria comido pipocas no quarto "bom" e não teria me preocupado tanto com pó quando alguém queria acender uma fogueira na lareira.

Eu teria tirado tempo para ouvir meu avô contando histórias da sua juventude.

Eu nunca teria insistido em dirigir com os vidros do carro abertos num lindo dia de verão, só porque o meu cabelo estava recém penteado e arranjado.

Eu estaria deitado no prado com a cabeça na relva.

Eu teria chorado e rido menos assistindo TV e mais assistindo a vida.

Mas, acima de tudo, para ter uma segunda chance na vida, eu valorizaria cada momento, eu olharia mesmo para ela... Eu viveria isso...

Eu não ficaria mais tão nervoso com coisas mesquinhas e mesquinhas...

Não se preocupe com quem não gosta de você, ou melhor, você não deve se importar com quem faz o quê...

Em vez disso, vamos valorizar os amigos que temos e as pessoas que nos amam...

E ao que fazemos todos os dias para melhorar nossa mente, corpo, alma, emoções. "

Escrito por Erma Bombeck 1979.

Monday, August 05, 2024

 Tudo vai passar.

Eles vão crescer e dispensar nosso colo.
Vai chegar a fase em que os amigos serão mais importantes que os pais.
Que nossas demonstrações de afeto serão consideradas um grande mico.
Que em vez de torcemos para que eles durmam, torceremos pra que cheguem logo em casa.
Que não se interessarão pelos velhos brinquedos.
Que o alvoroço na hora do almoço, dará lugar a calmaria.
Que os programas em família serão menos atrativos que o churrasco com a turma.
Que dirão coisas tão maduras que nosso coração irá se apertar.
Que começaremos a rezar com muito mais freqüência.
Que morreremos de saudade de nossos bebês crescidos.
Por isso...
Viva o agora.
Releve as birras.
Conte até 10.
Faça cosquinhas.
Conte histórias.
Dê abraços de urso.
Deite ao lado deles na cama.
Abrace-os quando tiverem medo.
Beije os machucados.
Solte pipa.
Brinque de boneca.
Faça gols.
Comemorem.
Divirtam-se.
Acorde cedo aos domingos pra aproveitar mais o dia.
Rezem juntos.
Estimule-os a cultivar amizades.
Faça bolos.
Carregue-os no colo.
Faça com que saibam o quanto são amados.
Passem o máximo de tempo juntos...
...assim quando eles decidirem partir para seus próprios voôs, você ainda terá tudo isso guardado no coração!"

ADVOGADOS

 Os advogados nunca devem fazer uma pergunta a uma avó se não estiverem preparados para a resposta.

Durante um julgamento em uma pequena cidade, o advogado acusador chamou sua primeira testemunha, uma mulher idosa, para o stand.

 O advogado se aproxima e, para verificar seu estado mental, ele pergunta:

- Sra. Antônia, sabe quem eu sou?

 Ela, com a calma que os anos dão, respondeu:

- Sim, dr. Vargas. Eu o conheço desde criança, e francamente, lhe digo que você acabou sendo uma grande decepção para os seus pais . Você  sempre mente, acha que sabe de tudo, é muito arrogante, abusivo, trai sua esposa e, pior de tudo, é que manipula as pessoas, você acha que é o melhor de todos quando na verdade não é ninguém. Sim senhor, eu o conheço muito bem.

 Um pesado silêncio invadiu a sala... O advogado ficou perplexo, sem saber exatamente o que fazer. Reagindo depois de um momento, ele apontou para a sala e perguntou à velha:

- A Sra. conhece o advogado de defesa?

 Novamente e com a mesma calma, ela respondeu:

- Claro que conheço o dr. Carvalho, desde criança. A mãe dele, que ficou viúva recentemente, também não se orgulha dele; ele se parece muito com você, além de ser um escroque, trapaceiro e corrupto. Desde menino ele era fraco e, para sua infelicidade, tem problemas com a bebida, com meia dúzia de tragos o degenerado cai. Ele não pode ter um relacionamento normal com ninguém e, junto com você,  são os piores advogados da região, sem contar que ele trai a esposa com três mulheres, uma das quais é sua esposa. Sim senhor, eu conheço o Sr. Carvalho.

O advogado de defesa quase caiu morto.

Então, o juiz chama os dois advogados para irem a banca e diz:

- _Se algum de vocês, filhos da put@, perguntar a esta velha se ela me conhece, eu mando prender os dois!

Friday, August 02, 2024

 A ORIGEM DO PARQUE 

FLORESTAL DO RIO DOCE.
(DIONÍSIO–MARLIÉRIA–TIMÓTEO–
SÃO DOMINGOS DO PRATA).
                                  
*Edelberto A. Gomes Lima.
Em junho de 1935, o bispo DOM HELVÉCIO GOMES DE OLIVEIRA celebrou uma missa na então LAGOA NOVA, que ficava em uma região assim descrita em meu livro “A HISTÓRIA QUE SÃO DOMINGOS DO PRATA NÃO CONHECEU”:
“... é de um encanto maravilhoso, às margens da Lagoa Nova que constitui verdadeiro lago cercado poeticamente de frondosas florestas virgens, onde o espírito humano se extasia na contemplação mística das belezas naturais, diante do soberbo espetáculo que nos oferece em todo o seu esplendor tropical.
Dom Helvécio Gomes de Oliveira
Desde antes dessa época, como noticiado em meu livro acima (páginas 129/130/131), Dom Helvécio já vinha mantendo entendimentos com os governos da União e do Estado para a criação ali de um HORTO FLORESTAL E DE UM GRANDE PARQUE NACIONAL.
Em face do pioneirismo e visão de Dom Helvécio, em 18 de julho de 1935, o Prefeito de São Domingos do Prata, em cujas terras ficavam essa imensa área, Dr. EDELBERTO DE LELLIS FERREIRA, assinou o Decreto municipal de nº 117, dando o nome de DOM HELVÉCIO GOMES DE OLIVEIRA, à Lagoa Nova que, a partir desta data, passou a ser conhecida popularmente como a LAGOA DO BISPO.
Dr. Edelberto aproveitou a solenidade do dia 21 de julho de 1935, em que Dom Helvécio, às margens da então chamada Lagoa Nova, lançava a pedra fundamental da futura capela de Nossa Senhora da Saúde, para comunicar a Dom Helvécio a assinatura do Decreto.
Nessa solenidade, Dr. Edelberto fez de improviso, antecedendo ao de Dom Helvécio, um pronunciamento do qual extraio apenas esse trecho:
“(......) salientando que a figura de D. Helvécio, naquele momento histórico, trocando o conforto de seu Palácio arquiepiscopal pela descomodidade daquelas inóspitas plagas, avultava à consideração e aos olhos de todos, colocando-se, assim, num paralelo honroso com José de Anchieta – o esplêndido evangelizador das nossas selvas nos primeiros tempos do Brasil Colônia.
Depois de dizer que a quimera (sonho) de ontem e a esperança de hoje seria a realidade de amanhã, terminou valendo-se da sublimidade da religião para o fecho de seu pronunciamento…” Leu em seguida os dizeres do Decreto acima mencionado.
Manoel Martins Gomes Lima
Após marchas e contramarchas, em 1944, no mandato do então Prefeito, farmacêutico MANOEL MARTINS GOMES LIMA (Neneco), foi criado oficialmente o PARQUE FLORESTAL DO RIO DOCE, em uma extensa área cercada de florestas virgens, riquíssima fauna e flora, etc., que já pertencera, em sua totalidade, ao município de São Domingos do Prata, através do Decreto-Lei estadual de nº 119, de 14.07.1944, sancionado pelo governador Benedito Valadares.

Edelberto de Lellis Ferreira
AS FLORESTAS DA REGIÃO NA VISÃO DO DR. EDELBERTO DE LELLIS FERREIRA.
Quando Deputado estadual, representando a região do leste de minas e a terra em que residia, São Domingos do Prata, teve oportunidade, em um pronunciamento feito na Assembleia Legislativa mineira, de dizer o seguinte sobre a “região constituída pelo vasto triângulo compreendido entre as margens dos rios Doce e Piracicaba...”:
“...........através de floretas colossais, mais frondosas e mais luxuriantes talvez do que as clássicas florestas amazônicas, tão decantadas pelos naturalistas e pelos nossos economistas, para só falar de uma região fertilíssima, verdadeira terra da promissão…”
O Parque Florestal do Rio Doce possui 40 lagos, sendo que o único aberto à visitação pública é o do Bispo, com quase 7 quilômetros de extensão e até 32,5 metros de profundidade, além de 700 ha de espelho d’água. Os seus lagos ficam a 20 metros acima do nível do Rio Doce, não tendo suas águas sido afetadas pelo desastre da Samarco.
A área total do parque é de 35.000 ha e fica a 300 metros de altitude, subtraída dos então distritos de Marliéria e Dionísio (hoje prósperos municípios), na época pertencentes ao município de São Domingos do Prata, podendo incluir também a do município de Timóteo, cujo território, quando se iniciou a demarcação alguns meses após a solenidade acima, ainda pertencia a São Domingos do Prata.

 HELVÉCIO ROSEMBURG INICIOU SUA CARREIRA COMO JUIZ MUNICIPAL EM SÃO DOMINGOS DO PRATA E FALECEU COMO DESEMBARGADOR DO TJMG.

WILSON VEADO INICIOU SUA CARREIRA COMO ADVOGADO EM SÃO DOMINGOS DO PRATA, FOI PRESIDENTE DO IHGMG E FALECEU COMO DESEMBARGADOR DO TJMG.


 O JORNAL “A VOZ DO PRATA”, DE SÃO DOMINGOS DO PRATA, EM SUA EDIÇÃO DO DIA 14.06.1935, DAVA A SEGUINTE NOTÍCIA: 


“Já se acha entre nós e em exercício do honroso cargo de Juiz Municipal deste termo o ilustre coestaduano dr. Helvécio Rosemburg, recentemente nomeado pelo Governador do Estado......” 


NOTA: Na edição do dia 10 de maio de 1936, o periódico acima, noticiava a sua nomeação para juiz de Direito da comarca de Minas Novas e as saudades que deixava junto aos habitantes da cidade. 


Já na edição de 27 de setembro de 1938, o mesmo jornal “A Voz do Prata”, noticiava que ele havia sido promovido da comarca de Minas Nova, para a de Guaranésia no sul de Minas Gerais. 


FONTE: Lima – Edelberto Augusto Gomes – “A história que São Domingos do Prata não conheceu.” – Edição própria, Livro disponível no geogle, na Galeria Edelberto.


NOTA: SÃO DOMINGOS DO PRATA LEGOU AO TJMG TRÊS DESEMBARGADORES, NATURAIS DO MUNICÍPIO (JOSÉ DE ASSIS SANTIAGO, EDELBERTO LELLIS SANTIAGO E SÉRGIO LELLIS SANTIAGO, ESSE FOI TAMBÉM PRESIDENTE DO TJMG), ALÉM DE MAIS TRÊS QUE POR LÁ PASSARAM QUANDO AINDA ADVOGADOS, CASOS DO DR. ALONSO STARLING, WULSON VEADO, EX-PRESIDENTE DO IHGMG E DO PRÓPRIO DR. ROSEMBURG.

 Romance na terceira idade  -  só rindo!!


 Só podia ser do Veríssimo!


Na semana passada estava entrando num banco para ver se tinha restado algum trocado, até o dia da "viúva" (INSS) fazer o depósito. Foi quando uma linda garota de uns quarenta anos, minissaia, entrou na fila dos caixas, imediatamente saí da fila dos idosos e também entrei na mesma fila.

Em pouco tempo ela olhou para trás e sorrindo disse:

- Porque o senhor não utiliza a fila dos idosos?

Você sabe para que lugar eu tive vontade de mandá-la, não é?

Porém, mantive a calma e usei toda minha experiência. Puxei papo e resolvi inventar, para impressionar. Falei das minhas "experiências como comandante de navio de cruzeiro" Semana passada havia lido um livro sobre um comandante de navio de turismo. Sabia tudo a respeito.

- Uau! O senhor foi comandante de transatlântico?

- Só por vinte e dois anos.

- Respondi expressando uma certa indiferença pelos anos de trabalho, mas sentindo que tinha capturado a presa, era só abater e comer.

- Nossa!!!! E com essa sua pinta o senhor deveria, certamente, agradar muito o público feminino, nas noites de jantar com o comandante.

Boquiaberto só pude responder:

- Hã? - distraído que estava de olho fixo no decote da jovem, que exibia, exuberantemente, seus lindos seios.

Ela me pegou no flagra. Eu sem graça, e ela não fez por menos!

- O senhor ficou vermelho! Ficou até mais bonito. Aliás, o senhor deveria fazer um teste na televisão.

Eu estava perplexo e apavorado, depois dos sessenta, isto acontece uma só vez antes da morte. Aquele avião pronto para decolar e eu sem condições nem mesmo de efetuar o check in. Sim, não sabia ao certo quanto teria na conta corrente...

Quanto estaria custando um Viagra?

... Onde poderia arrumar duzentão, até o dia do depósito da "viúva"?

... Quanto estariam cobrando um apê no motel?

Será que se chamar um táxi pega bem? Comecei a suar frio.

- Eu, artista de televisão?

- Sim! O senhor lembra aquele famoso galã dos anos cinqüenta, que minha avó me mostrou na revista "Rainha do Rádio". Ela tem verdadeira paixão por essas revistas. Adorava Marlene, Emilinha Borba... Deus nos livre de alguém mexer nas suas revistas. Ela guarda a sete chaves, com o maior carinho. O senhor é saudosista também?

- Sim! Mas, você ta me gozando. Galã dos anos cinqüenta?

- Verdade... Não me lembro bem o nome, só sei que ele fazia filmes para o cinema, era muito famoso. Ma.. Mário, não era. Era alguma coisa como... Ah sim, tinha dois “Z” no nome.

- Mário Gomezz (apelei)?

- Não, não era este o nome.  Ahhh lembrei... Mazzaropi? Isto Mazzaropi! Mazzaropi era um galã, não era?

Nesta hora minha auto-estima fez um buraco no chão e foi parar na terra do sol nascente.

Pô, quando ela disse que eu parecia galã dos anos cinqüenta, pensei num Paulo Gracindo, Paulo Autran, ou algum Antonio Fagundes da vida. Mas, Mazzaropi? ...PQP! Mas, até aí tudo bem, para pegar aquele avião eu ia de Mazzaropi mesmo.

O meu fabuloso programa da tarde só veio a acabar, quando ela incautamente, derrubou um livro que tinha na mão. Eu, como um verdadeiro cavalheiro, inventei de abaixar para apanhá-lo. Só que esqueci as recomendações do meu ortopedista sobre minhas artroses e artrites, que quando eu me abaixasse, o fizesse de uma forma bem vagarosa.

Enquanto o livro descia, eu mais que depressa, inventei de pegá-lo na altura dos joelhos desnudos da jovem. Só escutei a frase dela:

-Uau! Que reflexo - você parece um garotão!"

Ouvi esta frase, e mais dois sons. Um som abafado da região da minha coluna que travou no ato, e o som estridente de um prolongado peido, que além de sinalizar a frouxidão do rabo, lembrou-me da intensa dor na coluna. E quem disse que eu conseguia endireitar o corpo, nem chamando o Carvalhão.

Arcado, tentava me endireitar e peidava. Tentava, e novamente peidava. Pô, o pior, que há pouco tinha almoçado num restaurante alemão. Imagina o odor?

A jovem vendo que a situação não reverteria, tirou os dois dedos que apertavam suas narinas, apanhou o celular e discou para o SAMU. Fim de um provável romance...

Você tá rindo por que não foi com você!


Veríssimo