Thursday, September 11, 2025

“Melhor ela não me ver… não quero que sinta vergonha de mim.” 🌹

 Esse era o pensamento que atravessava o peito apertado de Seu Benício Cardoso naquela manhã tão cheia de significado. Encostado timidamente na última parede do auditório da Universidade Federal do Vale Verde, Benício fingia não existir — disfarçado entre sombras, como se quisesse ser parte dos tijolos, invisível mesmo num dia que deveria ser de festa.

Na mão, a rosa vermelha que escolhera ainda ao raiar do sol. Não havia terno, não havia gravata. Benício usava a velha camisa azul — a de domingos, dias de missa, dias de ir à feira. Era a peça mais nobre de seu guarda-roupa, mesmo já desbotada pela vida. O perfume dele era o da rua: sol, sorvete e trabalho honesto.
Ao redor, pais e mães desfilavam elegância: trajes finos, saltos altos, celulares reluzentes a registrar selfies cheias de orgulho. Riam, se abraçavam, trocavam histórias sobre como “meu filho ficou anos na Alemanha” ou “minha filha já fala três idiomas”. Era o mundo dos que chegam ao topo do morro sem nunca sujar os pés de barro.
Seu Benício, silencioso. Não sorriu nem exibiu, apenas olhou. Vinte e tantos anos de batalha empurrando o carrinho de geladinho pelas ladeiras quentes e frias de Santana do Ribeirão. Sempre com a paciência dos humildes, saindo antes do nascer do dia, voltando quando as ruas já estavam vazias; enfrentando tempestades, calor de rachar o asfalto, cansaço que fazia latejar os joelhos, tudo por ela: Estela Maria, a única filha, toda a sua razão de viver.
Desde os primeiros garranchos, desde o dia em que Estela soletrou a primeira palavra, Benício se via repetindo sempre, deitado ao lado da menina na rede:
— Você vai ser grande, minha filha… Vai voar longe.
E ela acreditava. Ele também, mesmo sem nunca demonstrar receio, mesmo quando a cidade inteira parecia feita de obstáculos, falta de dinheiro, contas vencidas, geladeira vazia ou livros inacessíveis.
Foram mais de dez anos estudando à luz fraca das velas. Muitas noites, a energia ia embora antes da esperança. Caderno emprestado, uniforme costurado pela vizinha, feirinha de usados pra arrumar um livro velho. Teve almoço que foi pão com goiabada, teve janta de sopa rala feita com resto de legumes doados no fim do dia.
Mas Benício nunca voltou pra casa de mãos vazias: era o homem do “Eu consigo”, do “Vai passar”, do sorriso mesmo com dor, da moeda guardada como se fosse ouro puro. Quando Estela trazia o boletim — só notas altas —, Benício estufava o peito, enxugava discretamente o suor, dava um beijo na testa dela e dizia baixinho:
— Isso é só o começo, meu bem. Só o começo…
O tempo, implacável, foi passando. Um passo de cada vez, como o carrinho de geladinho atravessando baixo do sol. A menina cresceu. Chegou o ensino médio, depois o cursinho — sempre por esforço próprio, sempre sem luxo, mas com garra de quem não aceita rasteira da vida. Quando Estela anunciou que passara para medicina na federal, Benício chorou escondido atrás da porta, sussurrando um obrigado a Deus.
O vestibular vencido, vieram mais batalhas: mensalidades de ônibus atrasadas, almoço que virava fruta na marmita, xerox paga com moeda contada. E lá estava Benício, empurrando seu carrinho, vendendo esperança em cada picolé. Nunca reclamava. Quando Estela ligava, mesmo com o cansaço explodindo, ele repetia:
— Os desafios fazem a vitória mais bonita, filha. Eleve sempre a cabeça.
Assim, entre estudo, trens lotados e noites mal dormidas, chegaram os sete anos de luta. E agora era o tão aguardado dia: formatura da Estela Maria, Doutora formada, primeira médica da família Cardoso.
O auditório pulsava expectativa, palmas e sorrisos de dentes brancos, quando finalmente o nome ecoou:
— Estela Maria do Carmo Cardoso!
Ela subiu firme no palco, capa azul-marinho, chapéu de formatura — mas os olhos buscavam algo, alguém. Revirou cada fileira, cada canto, coração acelerado, expectativa como maré alta.
E então ela viu. Lá atrás, junto ao pilar, camisa azul já desbotada, rosa na mão, sorriso acanhado e lágrimas lutando pra não cair. Era ele. Seu Benício. Seu herói.
Estela conteve o choro, pegou o microfone com a voz do tamanho do auditório, e disse, decidida, em meio a um silêncio solene:
— Antes de qualquer festa, preciso agradecer quem me deu a chance de chegar aqui. Alguém que nunca desistiu, mesmo quando a vida mandava parar. Alguém que empurrou mais que um carrinho de sorvete: empurrou meus sonhos todos os dias.
E apontou, sem medo, para o fundo do auditório:
— Pai. Vem cá. Esse momento é nosso.
As pessoas se entreolharam. Os aplausos começaram tímidos, crescendo feito onda. Os olhos de Benício arregalaram, as pernas bambearam. Mas ele foi. Um passo, depois outro, atravessou o corredor como se, enfim, subisse a escadaria mais difícil de toda sua vida. Subiu ao palco, entre um mar de rostos emocionados, segurando a rosa que já era símbolo de tudo o que tinha guardado em segredo.
Estela desceu correndo, abraçou o pai apertado, e sussurrou, com a voz de quem nunca esqueceu o sacrifício:
— Obrigada, pai. Você foi luz quando tudo era escuro. Foi força quando eu só queria desistir. Foi amor do tipo que ergue gente, que não faz barulho, mas nunca falha. Obrigada por todos os livros, picolés, caronas, palavras e ombros… Obrigada por nunca duvidar de mim.
Ele chorou. Não era tristeza: era gratidão, era orgulho, era alívio. Eram vinte e tantos anos de luta e esperança derretendo em lágrimas puras, enquanto a plateia se levantava de pé.
No abraço, estavam todos os natais apertados, todas as contagens de moedas, todas as noites em que ele ficou na fila do hospital pra garantir uma consulta, todos os trocados guardados só pra comprar a passagem do ônibus que a levou para a universidade.
Estela ergueu o diploma enquanto lágrimas escorriam dos dois rostos:
— Esse título é nosso, pai. Nosso. Você me ensinou que o amor não precisa de terno. Precisa só de presença — e de coragem para sonhar junto.
Naquele momento, os aplausos preencheram o ar. Não de pena, mas de respeito, de reverência. A história daquele homem simples era, na verdade, o segredo da vitória de todos os filhos: a aposta silenciosa, o sustento invisível, o “eu acredito em você” sussurrado antes do sono. 💙
Benício desceu do palco, rosa nas mãos, costas eretas. Agora, não tinha vergonha. Era orgulho puro, estampado na face marcada.
A verdadeira herança não cabe no banco, no apartamento ou em viagens. É feita do suor que molha a camisa, dos sacrifícios ocultos no dia a dia, do amor simples que não cobra nada em troca. São pais heróis, mães incríveis, avós gigantes silenciosos.
Diplomas nascem com muito estudo — mas só florescem de verdade quando regados pelo suor e pelo coração de quem nunca parou de acreditar.
Em cada formatura há, por trás de um nome no palco, centenas de degraus silenciosamente escalados, abraços dados, lágrimas escondidas. E, no fundo, sempre há um Benício — com sua camisa desbotada e a coragem mais bonita do mundo. 🚶‍♂️🌹✨

“CUIDADO AO SE CASAR COM A MULHER QUE QUER SER O HOMEM DA RELAÇÃO”

Vamos parar de fingir.

O casamento não é uma luta livre.

Não são dois capitães a comandar um navio.
Não é “a vez dele, a vez dela” ao leme.
Há uma só cabeça.
Uma só visão.
Um só líder.
E no momento em que você se casa com uma mulher que quer o seu papel você já se inscreveu para uma guerra.
*1. Ela vê a liderança como uma ameaça, não como um dom*
Para ela, a sua direção é “controladora”.
As suas decisões são “dominadoras”.
A sua correção é “abuso”.
Ela não consegue descansar sob uma liderança porque ainda está a lutar pelo trono.
*2. Ela quer os benefícios do seu papel sem o fardo*
Ela exigirá o seu nível de influência,
mas nunca o seu nível de responsabilidade.
Ela quer dar as ordens mas quando chega a hora de pagar o preço, de repente “você é o homem, resolva isso”.
*3. Ela transforma o casamento numa luta pelo poder*
Cada conversa torna-se uma competição.
Cada decisão torna-se um debate.
Cada vitória que você tem parece uma derrota para ela porque ela está a marcar pontos,
não a construir um legado.
*4. Ela irá corroer a sua masculinidade, uma discussão de cada vez*
Você começará a reter as suas opiniões.
Você começará a evitar o confronto.
Você deixará de liderar por completo apenas para manter a paz.
E no momento em que você parar de liderar?
Ela irá ressentir-se de você por ser “fraco”.
*5. Ela não procura um parceiro ela procura um oponente*
Uma verdadeira esposa é sua aliada.
Uma aspirante a homem é sua rival.
Ela desafiará a sua autoridade em frente aos seus filhos.
Ela minará as suas decisões em público.
Ela fará com que você se sinta um estranho na sua própria casa.
*Palavra final para os homens*
Se você se casar com uma mulher que quer ser o homem,
você perderá a sua paz,
o seu propósito, e, eventualmente o seu lugar na sua própria vida.
O casamento não são dois reis num só reino.
É um rei e uma rainha a construir juntos.
Portanto, escolha a mulher que conhece a sua coroa

Tuesday, September 09, 2025


 


 


 

Monday, August 25, 2025

BILL GATES

 Alguém perguntou ao homem mais rico do mundo, Bill Gates: "Há alguém mais rico do que você no mundo?"

Bill Gates respondeu: "Sim, há uma pessoa que é mais rica do que eu".
Depois contou uma história.
Foi durante o tempo em que eu não era rico nem famoso. Eu estava no aeroporto de Nova York quando vi um vendedor de jornais. Eu queria comprar um jornal, e ao tê-lo nas minhas mãos descobri que não tinha moedas suficientes. Então, deixei de lado a ideia de comprar e devolvi o jornal ao vendedor. Eu disse-lhe que não tinha a moedas.
O vendedor disse: "eu estou te dando isso de graça".
Diante da sua insistência, levei o jornal.
Casualmente, depois de 2 a 3 MESES, aterrizei no mesmo aeroporto e novamente me faltavam moedas para comprar um jornal. O vendedor ofereceu-me o jornal de graça novamente. Eu recusei e disse-lhe que não podia aceitá-lo porque nessa ocasião também não tinha nenhum tostão.
Ele disse: "você pode levá-lo, estou compartilhando isso dos meus ganhos, não estarei perdendo". peguei o jornal.
Depois de 19 anos eu me tornei famoso e conhecido pelas pessoas. De repente, lembrei-me desse vendedor. Comecei a procurá-lo e depois de aproximadamente 1 mês e meio de busca eu encontrei.
Eu perguntei a ele: " você me conhece?"
Ele disse: "Sim, você é Bill Gates".
Perguntei-lhe de novo: " Lembra-te uma vez que me deste o jornal grátis?"
O vendedor disse: "Sim, eu lembro-me, te dei duas vezes".
Eu disse-lhe :" eu quero pagar a ajuda que você me deu essas duas vezes. O que você quiser na sua vida, diga-me, eu dou ".
O vendedor disse: " Senhor Bill Gates, acredite que ao fazer isso não poderá igualar a minha ajuda?"
Eu perguntei por quê?"
Ele disse: " Eu te ajudei quando eu era um pobre vendedor de jornais e agora você está tentando me ajudar quando você se tornou o homem mais rico do mundo.
Como pode sua ajuda igualar a minha?"
Nesse dia, percebi que o vendedor de jornais era mais rico do que eu, porque ele não esperou se tornar rico para ajudar alguém.
As pessoas precisam entender que os verdadeiramente ricos são aqueles que possuem um coração rico, em vez de muito dinheiro. É realmente importante ter um coração rico para ajudar os outros.

"A NOIVA PEDIU PRA EXPULSAR A SOGRA"

 No meio da festa de casamento a noiva pediu para que a sua sogra saísse da mesa... E o noivo não acreditou naquilo.

Tudo começou durante a cerimónia de casamento, depois de saírem a igreja junto com os convidados foram até ao salão da festa pra comemorarem este grande dia de felicidade dos noivos.
Durante a festa o homem chamou a sua mãe pra se assentar junto a sua mesa com a noiva. Mas isso irritou a esposa do rapaz, que não gostou aquilo, mudando logo o semblante do rosto
.
Assim então que a sogra sentou-se à mesa, a noiva apertou firme o braço do marido, o puxou perto dela e disse em seu ouvido:
- Porque que você faz isso aqui, que história é essa de você convidar a sua mãe pra sentar aqui na nossa mesa? Por favor dá um jeito pra ela ir em outra mesa, porque essa é só pra nós os dois.
...
O homem admirado e sem jeito exclamou:
- "O quê?... Não percebes que ela é minha mãe, o quê ela fez pra você? Sangue do meu sangue, eu tenho uma história com ela. Foi ao lado dela que eu vivi os melhores momentos da minha vida, e para mim é uma honra compartilhar este momento importante ao lado dela"
.
Sem confusão, a mulher não aceitou a explicação do marido e insistiu que o homem tirasse a sua mãe de lá
.
O homem sentiu-se desrespeitado e ofendido, levantou-se da mesa e foi ate ao palco, pediu que baixassem a música, pegou no microfone e com um rosto sério disse:
- Pessoal preciso da vossa antenção, eu estou colocando a minha mãe a venda, alguém está disposto em comprar ela? Alguma oferta?... Acontece que a minha amada esposa não a quer junto de nós, por isso decidi vender ela agora.
...
Os convidados todos confusos e em silêncio, o homem continuou:
- Pelo que parece ninguém aqui a quer comprar. OK... Então eu mesmo a comprarei. Querem saber o motivo? Ela é o meu primeiro amor, a pessoa mais importante da minha vida...
.
De seguida o homem pegou na sua mãe pelas mãos, e saiu da festa sem dizer mais nada.
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A noticia se espalhou em toda cidade e deixou todo mundo admirado com a sua atitude e coragem. E um empresário contou que viveu quase a mesma história, mas ele tomou outra atitude, ele abandonou a sua mãe pra se dedicar a sua mulher, que só o aruinou e o traiu com outro homem. E a sua mãe morreu com esse desgosto no coração.
.
- Moral: O Amor de uma mãe é algo infinito. É uma bênção de Deus. O amor de uma mãe é incondicional, único e capaz de superar qualquer outro sentimento aqui no mundo.
Não existe em qualquer parte do planeta, alguém que possa nos amar de tal forma, com tal intensidade, de maneira tão sincera e desinteressada assim como uma mãe.
"Aquele que é capaz de abandonar a sua mãe, ou de repente a desprezá-la, não merece ser chamado de filho"
Ter uma mãe é uma bênção. E lembre-se de estar sempre presente na vida da sua mãe enquanto ela está em vida.🙏🌻🍂🍃❤

AMOR AO PROXIMO

 Eu dava roupas para uma menina de dois ou três anos. Um dia, uma mulher me escreveu: dizia que estava em uma situação muito difícil, que a filha não tinha o que vestir, e perguntou se eu podia enviar-lhe as roupas pelo correio. No início, quis responder frieza — pensei: "Que se resolva sozinha, eu também tenho meus problemas". Mas então veio-me à cabeça uma dúvida: e se realmente a situação for tão difícil quanto conta? Finalmente arrumei as roupas e enviei-as sozinha.

Já passou um ano. Uma tarde recebi um pacote.
Fiquei um pouco olhando para ele na mesa da cozinha, com a tesoura na mão. Era uma caixa castanha, enrolada em fita adesiva. O remetente parecia vagamente familiar. E de repente lembrei-me: sim, era a mesma mulher para quem tinha enviado a roupa de criança.
A caixa era leve, mas algo estava tocando dentro dela. Cortei a fita com cuidado, abri a tampa... e fiquei sem ar.
Não havia roupas nem brinquedos lá dentro. Havia um monte de desenhos infantis perfeitamente arrumados, flores silvestres secas e, acima de tudo, uma carta juntamente com vários potes de geleia de framboesa e groselha preta.
Sentei-me na cadeira e desdobrei a folha escrita com uma caligrafia irregular:
«Olá. Não sei se se lembra de mim. Há um ano você me enviou roupas para minha filha. Foi a primeira ajuda que recebi de uma pessoa totalmente desconhecida. Nessa época, vivíamos em uma casa fria, sem dinheiro nem para o básico, e minha menina estava sempre com roupas velhas e gastas. Quando o pacote dele chegou, estava pulando de alegria, e eu também, não vou negar. Experimentando os vestidos em frente ao espelho e ria muito.
As coisas estão um pouco melhores agora. Encontrei um emprego, meu marido voltou de uma viagem e a vida está começando a estabilizar. Minha filha cresceu. Quero retribuir pelo menos uma parte do carinho que ele nos deu. Na caixa encontrará seus desenhos; ela mesma disse: "Mãe, isto é para a senhora que me deu vestidos". Colhemos as flores juntas, para que eu guarde de lembrança. E da minha parte, alguns potes de geleia caseira das amoras e framboesas do nosso jardim. Espero que em algum dia chuvoso de outono tome um chá e se lembre de nós».
Li a carta várias vezes. Meus olhos encheram de lágrimas. Senti uma mistura estranha de gratidão, pudor e alegria tranquila.
Lembrei-me daquele dia, um ano atrás. Eu também estava cansada e sobrecarregada. Meu marido viajava muito em trabalho, eu ficava sozinha com a criança, exausta e mal humorada. Em casa acumulavam sacos de roupa, caixas no armazém. Publiquei um anúncio em um grupo do Facebook: "Dou-o". Recebi dezenas de mensagens: algumas sem sequer uma saudação, outras exigentes, outras tentando negociar, embora tudo fosse grátis.
E de repente apareceu aquela mensagem: "Por favor, estou em apuros, poderia enviá-la por correio? ».
Minha primeira reação foi de irritação. Pelo correio! Isso significava ir aos correios, esperar fila, pagar do meu bolso. Por que eu tinha que fazer isso?
Mas então lembrei-me como, quando estava grávida, também pedi roupas emprestadas porque não íamos chegar ao fim do mês. Lembrei-me das vezes que meu marido demorava a cobrar e nós parecíamos negras. E pensei: E se ele realmente precisar?
Juntei um pacote: casacos, vestidos, meias, um casaco. Paguei 5 euros pelo envio. Não era muito, mas naquele momento eu senti. E depois esqueci-me do assunto.
Até esse dia, um ano depois.
Peguei nas minhas mãos os desenhos. Num aparecia uma casinha torta, com um sol enorme lá em cima e uma menina de vestido verde junto aos pais. Noutro, uma árvore cheia de maçãs desenhadas com tanta força que o lápis tinha quebrado. No terceiro, um céu azul pintado até quebrar o papel.
Fiquei olhando. Isso era memória, parte de uma vida confiada a mim.
Então eu senti a necessidade de responder.
Na carta havia endereço, correio e telefone. Hesitei um pouco, mas no final mandei uma mensagem curta:
«Recebi o seu pacote. Muito obrigado. Foi uma surpresa muito emocionante».
A resposta não demorou.
«Que alegria! Tinha medo que ele se perdesse. Eu disse para minha filha e ela pulou de felicidade: "A senhora recebeu! ”».
Assim começou nossa correspondência.
Ela chamava-se Maria. Vivia em Gijón, trabalhava numa farmácia. O marido dela era motorista de camionista. A menina se chamava Lucia e tinha acabado de começar na creche. Maria escrevia de forma simples, sem reclamações, mas nas entrelinhas se adivinhava o cansaço. Às vezes, dizia-me: "Meu marido está atrasado, estou sozinha com a menina, custa". Ou: “Eles fecharam a creche por quarentena e eu tenho que ir trabalhar”.
E pouco a pouco entre nós se estendeu um fio invisível. Uma desconhecida que de repente se tornou próxima. Nunca nos tínhamos visto, mas partilhávamos coisas que às vezes nem as amigas se contam.
Passaram seis meses. Na primavera decidi viajar com meu filho para o norte, de férias junto ao mar. E percebi que não estava tão longe de Gijón.
Escrevi-lhe: Estarei perto da tua cidade, queres que nos encontremos? ».
Demorou a responder, e no final disse: Não sei... estou um pouco envergonhado».
Encorajei-a: "Só um café, não sou uma estranha".
E ele aceitou.
Encontramo-nos num pequeno café no centro. Eu estava nervosa, como num encontro. Sentei-me perto da janela. Meu coração batia forte.
A porta abriu-se e lá estava ela: baixinha, magra, com o cabelo preso em um rabo de cavalo. Tinha um saco de peluche que se destacava. De mãos dadas trazia uma menina de 4 anos com um vestido rosa e olhos enormes.
- És tu? — perguntou Maria sorrindo.
- Sim, - respondi eu.
E nos abraçamos como velhas amigas.
Lucia me estendeu o peluche:
—Es para ti.
- Obrigado, querida. - Eu disse-lhe animada.
Sentamo-nos, tomamos chá e conversamos. No início com timidez, depois com naturalidade. Maria falou-me do seu trabalho, eu do meu. As meninas logo começaram a brincar em volta das mesas.
Em um momento eu percebi: isso era um milagre. Há um ano, tinha enviado um pacote quase aleatório. E agora estava lá, com uma pessoa que se tornou importante para mim.
Desde aquele encontro que mantemos contato. Às vezes mandamos pequenos presentes um ao outro: eu mando livros para a Lucia, ela me manda potes de geleia caseira.
E o mais incrível é que minha vida mudou. Estou com menos cansaço, menos irritação. Aprendi a gostar dos pequenos detalhes.
Tudo porque um dia decidi não ignorar aquela mensagem.
Hoje, dois anos depois da primeira caixa, ainda guardo os desenhos e as flores secas. Às vezes tiro-os e olho para eles. E eu sempre penso: há tanta indiferença no mundo... mas basta estender uma mão uma vez, e esse gesto volta multiplicado.
Estamos unidos por fios invisíveis. E um pequeno ato pode mudar a vida de alguém. Às vezes, até mesmo a sua. ❤️

60 ANOS

 Se você já chegou aos sessenta… pense com carinho nisso:

Você não está mais no ponto de partida. Já percorreu uma longa estrada. Guardou, economizou, abdicou, sonhou por muitos. Fez mais do que devia, e por muitos anos esqueceu de si. Agora, não é mais hora de guardar como se a vida estivesse apenas começando.
Porque muitas vezes, quem acaba aproveitando tudo aquilo que você poupou… são outros. Gente que nem sempre entende o valor do que foi conquistado. Genros, noras, até pessoas que jamais suaram ao seu lado.
Você já trabalhou o suficiente.
Agora é tempo de colher. De viver com leveza. De sorrir mais, e se preocupar menos.
Não é preciso exagerar, mas também não se prive. O que você merece agora é tranquilidade com alegria.
Seus filhos e netos são, sim, bênçãos da vida. Mas isso não significa que você tenha que carregar o mundo nas costas por eles. Visite. Abrace. Ame. Mas preserve seu espaço. Sua casa. Seu silêncio. Seu tempo. Sua paz.
Peça ajuda quando precisar. Diminua o peso. E se cerque de pessoas da sua idade, que entendem o valor de uma boa conversa, de um café tranquilo, de um dia sem pressa.
Amar não é carregar. Amar é confiar.
Você já deu tudo de mais precioso: tempo, energia, noites mal dormidas, orações silenciosas. Agora é hora de deixá-los viver. É hora de deixá-los voar.
Você não precisa mais sustentar ninguém. Agora, é você quem precisa de cuidado.
Cuide do seu corpo com carinho. Caminhe um pouco, alimente-se bem, compre o que te faz feliz — sem culpa. E viva. Viva com vontade.
Pare de se angustiar com o que não pode controlar. A vida passa num piscar de olhos. E se tem algo que realmente importa agora… é a paz de espírito.
Se alguém ousar dizer que “você não faz mais nada da vida”, sorria. Porque quem viveu tanto quanto você, não precisa provar mais nada a ninguém.
Não deixe que as dores ou doenças tomem o centro do seu palco. Todos temos algo que incomoda, mas não alimente isso. Fale mais sobre o que te faz bem. Respire ar puro. Veja o céu. Sinta o sol.
Fale com Deus. Agradeça. Confie.
Você chegou até aqui… com erros, com acertos, mas chegou.
E isso, só isso, já é um milagre que merece ser celebrado todos os dias.
O que importa agora não é o que falta.
É o que já foi vivido.
É quem você se tornou.
E é a paz — consigo, com sua história…
E com Deus. ✨
🖋DA
Foto da Web

REFLETINDO COM Narriman Richert Psicanalista

 A saudade é um eco que não se cala,

um silêncio cheio de memórias,
um abraço que ficou no ar,
um sorriso guardado na lembrança.
Ela chega suave, mas pesa fundo,
invade os dias sem pedir licença,
faz da noite mais longa,
e do coração um viajante sem destino.
Saudade é presença disfarçada de ausência,
é sentir alguém mesmo sem tocar,
é ter o peito cheio de vazio,
e ainda assim transbordar.
É dor que afaga,
é amor que não morre,
é tempo que passa devagar demais
quando a alma insiste em ficar no ontem.
...E no meio desse sentir sem fim,
a saudade se torna poesia:
metade dor, metade ternura,
um eterno lembrar de quem fez morada em mim..

Thursday, August 21, 2025


 

OBEDIENCIA

 — Não vai, filho. Não é um bom lugar… e ainda por cima com essa gente.

😰
— Já sou grande, mãe! Não vai acontecer nada! 😤
— Só te digo isso porque te amo, não porque quero te controlar... 💕
— DEIXA EU VIVER MINHA VIDA! 🔥
E ele foi.
Você já sentiu aquela angústia de mãe que corrói por dentro? 😭
Naquela noite, ela não pregou os olhos. Cada barulho fazia o coração disparar como tambor de guerra. Cada minuto sem mensagem apertava o peito como um punho invisível. O relógio zombava dela: 1h... 2h... 3h...
E aí que você se pergunta: será que existe dor maior que a de uma mãe esperando? 💭
3h27 da madrugada.
TRIM TRIM 📞
Era a polícia.
"Senhora, encontramos seu filho..."
O mundo desabou. As pernas viraram gelatina. O ar sumiu dos pulmões.
Tinham encontrado seu filho caído numa calçada fria.
Sem carteira 💸
Sem celular 📱
Espancado 🤕
Bêbado 🍺
E SOZINHO... completamente sozinho 😢
Onde estavam aqueles "amigos" incríveis? Aqueles que eram tão importantes que valiam uma briga com a mãe? 🤔
Sumiram como fumaça. 💨
Ela saiu correndo descalça, de pijama, com o coração explodindo no peito. Chegou no hospital com as mãos tremendo, os olhos queimando de lágrimas contidas.
Lá estava ele: rosto inchado como um boxeador derrotado, olhar cabisbaixo, alma despedaçada.
— Desculpa, mãe... — sussurrou, com a voz quebrada em mil pedaços. 😭
E sabe o que ela fez?
NÃO gritou "EU TE AVISEI!" 🚫
NÃO disse "VOCÊ MERECEU!" 🚫
NÃO humilhou na hora da dor... 🚫
Ela apenas o ABRAÇOU. 🤗
Não perguntou como. Não julgou o porquê. Só chorou. Chorou a dor dele, a própria dor, a dor de todas as mães do mundo.
E ele entendeu TUDO. 💡
Não com gritos que machucam.
Nem com castigos que revoltam.
Mas com a lição mais brutal e eficaz: a da VIDA. ⚡
Porque ser mãe, às vezes, é fazer o impossível:
Não é trancar o filho numa redoma de vidro. 🏠
Nem impedir que ele tropece. 🚫
Nem proteger a qualquer custo como uma leoa ferida... 🦁
Às vezes… é fazer o mais DOLOROSO de tudo:
SOLTAR. 💔
E deixar que a vida ensine com tapas o que o amor não conseguiu ensinar com carinhos.
A REVIRAVOLTA que ninguém esperava: 🌪️
Seis meses depois, esse mesmo filho que gritou "DEIXA EU VIVER MINHA VIDA!" estava cuidando da mãe gripada, fazendo sopinha e pedindo desculpas todos os dias.
Porque a vida tem dessa ironia cruel: às vezes o tapa que mais acorda... vem dela mesma. E dói como o inferno. Mas educa melhor que mil sermões. 🎯
Quando um filho não quer ouvir, não adianta gritar até ficar rouco. É melhor que ele se machuque com a porta ABERTA do que te odeie por deixá-lo preso dentro de uma gaiola dourada.
A pergunta que não quer calar: Quantas vezes você já julgou uma mãe por "soltar demais" o filho... sem saber que ela estava fazendo a coisa mais difícil do mundo? 🤯
Às vezes, o amor verdadeiro não protege.
Às vezes, o amor verdadeiro... liberta. 💫
E você? Conseguiria ter essa coragem