Tuesday, January 07, 2025

 

Conheça Hipólita Jacinta Teixeira de Melo

publicado: 23/03/2023 19h33, última modificação: 21/10/2024 11h03

AInconfidente

Nascida em Prados, em 1748, Hipólita Jacinta Teixeira de Melo foi a única mulher a participar de forma efetiva da conjuração mineira – o primeiro movimento anticolonial ocorrido no Brasil.

De personalidade forte, destemida e possuidora de grande intelectualidade, Hipólita ousou sair da esfera doméstica e reivindicou seu lugar de fala no meio político. Com isso, foi personagem de grande importância na Conjuração Mineira, ao colaborar para a comunicação entre os inconfidentes, além de financiar algumas das ações do movimento (já que detinha grande riqueza) e disponibilizar sua residência, a Fazenda Ponta do Morro, para encontros e reuniões dos mesmos.

Foi de sua autoria a carta dando notícia da prisão de Tiradentes e orientando os conjurados a iniciar o levante militar. Também escreveu vários avisos sigilosos, dentre os quais alertava seus companheiros sobre o fracasso do movimento e aconselhava o coronel Francisco de Paula Freire de Andrade a “montar uma reação, lá a partir do Serro”. E foi enfática: “quem não é capaz para as coisas, não se mete nelas”.

Infelizmente, apesar de seu grande esforço e disposição em resistir, a rebelião foi debelada e todos os líderes da conjuração foram presos, inclusive seu marido.

Hipólita não foi presa, mas o governo das minas da época, mandou apreender todos os seus bens. Esse fato mostra que a o governo reconhecia a presença dela na inconfidência só não era dito em público. Afinal, uma mulher coordenar uma revolta desse porte, era inadmissível (humilhante).

Vida pessoal

Ela fazia parte da elite de Vila Rica. Era filha de Clara Maria de Melo e Pedro Teixeira de Carvalho – grande fazendeiro da época. Diferentemente das mulheres do século XVIII, não se casou “nova”, conforme o costume (a regra) da época.

Seu matrimônio com Francisco Antônio de Oliveira Lopes ocorreu quando ela tinha 33 anos. Lopes foi oficial no Regimento de Cavalaria de Minas e deixou o regimento para casar-se com Hipólita e virar fazendeiro. As más línguas da época dizem que ele era tolo, mas, na verdade, acredita-se que essa característica lhe foi atribuída justamente por sua esposa ser quem foi, a inconfidente Hipólita Jacinta Teixeira de Melo.

Os dois não tiveram filhos, mas Hipólita adotou o bebê recém-nascido da irmã mais nova de Bárbara Eliodora, a Maria Inácia. A moça teve um filho muito nova e, para evitar escândalo, os familiares não quiseram assumir a criança. Neste contexto, como Bárbara e Hipólita eram amigas, provavelmente combinaram a adoção.

A inconfidente possuía uma fazenda, chamada Ponta do Morro, na qual a moça explorava cada pedacinho. Tinha plantações, cultivava espécies de plantas que encontrava na mata e andava a cavalo em todos os cantos, era uma boa amazonas. O tempo passou e o nome de Hipólita foi esquecido. Não há registros de como era sua fisionomia. Ela foi apagada da nossa história.


CAMOMILA NO OLHAR

 Vovó dizia que existem pessoas que carregam chá nos olhos.


Quando você as encontra, algo dentro de você silencia:
a respiração se acalma,
os pensamentos encontram descanso.
Depois de conhecê-las, até os seus sonhos se tornam mais leves,
como se até os sonhos começassem a sonhar melhor.
São pessoas que não têm medo da sua dor.
Elas enfrentam seus traumas como se fossem amigos antigos,
sabem onde colocar cada palavra,
como se as palavras fossem remédios e elas, curandeiras do silêncio.
Pessoas que aprenderam a caminhar sob o sol com tanta sabedoria,
que conseguem te guiar até os lugares mais belos do pôr do sol.
Vovó as chamava de “pessoas remédios”.
Aquelas que, só de existirem, já sabem curar.
~ Gio Evan

Monday, January 06, 2025

 O Caso dos Irmãos Naves é um caso de erro judiciário que ocorreu em 1937, na cidade de Araguari, Minas Gerais, durante o Estado Novo: 

  • Os irmãos Sebastião e Joaquim Naves denunciaram à polícia o desaparecimento do seu sócio, com o dinheiro da venda de uma safra de arroz. 
  • O tenente que investigou o caso concluiu que os irmãos mataram o sócio para ficar com o dinheiro. 
  • Os irmãos foram torturados e obrigados a confessar o crime que não cometeram. 
  • Os irmãos foram condenados a 25 anos e 6 meses de reclusão, pena posteriormente reduzida para 16 anos. 
  • Após oito anos e três meses de prisão, os irmãos foram liberados em liberdade condicional, mas Joaquim faleceu logo em seguida. 
  • O irmão sobrevivente continuou a lutar para provar a inocência dos irmãos. 
  • Em 1952, a inocência dos irmãos foi reconhecida, 12 anos após as acusações. 
  • O Estado foi condenado a pagar uma indenização milionária à família dos irmãos Naves. 
O Caso dos Irmãos Naves é considerado um dos maiores erros judiciais da história do Brasil. A história inspirou um filme, uma peça de teatro e uma série de reportagens. 

TOLICES


 

O AMOR É INTEMPESTIVO

 Fizeram-nos acreditar que o amor é um evento único, um furacão que passa apenas uma vez, geralmente antes dos 30 anos.

Mas o que nunca nos contaram é que o amor não obedece relógios, não se dobra ao tempo, nem se precipita diante da espera.
O amor é intempestivo, nasce quando quer, onde menos esperamos, e cresce mesmo nas brechas mais improváveis.
Fizeram-nos crer que éramos metades — partes de uma laranja mutilada — à procura de outra metade para nos completar.
Mas a verdade é outra: nascemos inteiros.
Carregamos em nós luzes e sombras, forças e falhas.
E ninguém, absolutamente ninguém, deve carregar o peso de preencher nossas lacunas ou consertar nossas imperfeições.
O amor não é sobre dependência; é sobre soma.
Amar é encontro.
Encontro de dois inteiros, que crescem, que transbordam e que aprendem juntos.
Se, por sorte ou destino, caminharmos ao lado de almas generosas e luminosas, então o caminho se torna mais leve, o chão mais firme e os dias mais suaves.
Porque o amor verdadeiro não é prisão nem salvação.
É liberdade compartilhada.
É crescer juntos, sem perder a própria essência.
John Lennon

TALVEZ EU ESTEJA MUDANDO


A multidão me sufoca, e a soberba me cansa.
Parece que agora compreendo: melhor a solitude verdadeira do que a presença vazia.
Meu espírito, antes paciente, tornou-se seletivo.
Reconheço o valor de quem traz verdade nos olhos e aconchego no coração.
Não é egoísmo, mas um ato de autocuidado — a vontade de preservar a paz que cultivei em mim.
Aprendi que partir é coragem, não fraqueza, quando o ambiente rouba mais do que oferece.
Prefiro caminhar sozinha com serenidade a permanecer em lugares onde a alma não se encaixa.
Afinal, estar comigo é, muitas vezes, o melhor abrigo.
Sunshine Sunshine 🖋️

LIDANDO COM A VIDA

 "Passei tanto tempo da minha vida a ser o pilar — aquele que permanece firme enquanto tudo ao redor desmorona,

aquele que carrega o peso, mesmo quando ele parece insuportável.
Fiz da minha força uma armadura, e, com o tempo, quase esqueci como é ser suave, como é baixar a guarda.
Talvez por isso a gentileza toque tão profundamente.
Não porque eu precise ser salvo — sei lidar com os dias difíceis.
Mas porque, em um mundo onde a força parece uma obrigação,
ser tratado com ternura é um lembrete de que ser vulnerável não é fraqueza, mas liberdade.
Quando se está acostumado a carregar tanto,
os menores gestos de bondade são como um sussurro:
'Você pode descansar. Não precisa ser forte o tempo todo.'
E, às vezes, isso é tudo o que eu preciso para continuar."
A/D

Perguntas-me quantos anos tenho?

Não sei!

Não me quero cansar a contá-los.

Pergunta ao meu destino.

Talvez ele saiba.

Sabes, nunca fui boa em números e, quando tentei contá-los, sempre me perdi.

Por isso, desisti.

Os anos ensinam-me, mas não me transformam.

Sim, parece que estou a ficar velha, mas isso não é um problema.

É um privilégio.

Tenho mais idade e também mais sabedoria.

Aprendi a fazer escolhas e a não ganhar ilusões.

Quero caminhar sempre com um sorriso e virar as costas às tristezas.

Autor desconhecido

Foto da Web para ilustrar o texto

APELIDO É PROIBIDO

 A estação ferroviária de Tabuí e toda a linha férrea estavam muito decadentes. Não só os trilhos, todos estragados, corroídos e bambos, como os próprios trens, em péssimas condições. A cidade fora escolhida para receber um bando de funcionários da rede ferroviária, vindos de várias cidades, para um treinamento de uma semana. E um dos técnicos que veio para as palestras, era um coreano que nunca viera ao Brasil e falava um português pra lá de sofrível.

Ao fim do segundo dia de cursos e palestras, o coreano já tava puto da vida e foi reclamar para o chefe do treinamento:

- Mim chateado funcionário todos...

- Mas o que houve para o senhor ficar chateado?

- Nome feio corocaro em eu...

- Nome feio? Um apelido, por acaso? Que apelido eles colocaram no senhor?

- Povo todo chamar eu Morróida... Não gostar...

- Mas que povinho miserável este, hein? Chamar o visitante, um homem ilustre, de Hemorróida! Que coisa!...

No início da palestra seguinte, o chefe foi enérgico e categórico.

- Fiquei sabendo que vocês estão chamando o nosso visitante de Hemorróida! Nunca mais façam isso. É muita baixaria... Vocês entenderam?

Todo mundo baixou a cabeça, parece que arrependidos, concordando com o chefe. Este voltou à carga:

- Vocês devem tratar os visitantes como gostariam de ser tratados. Ele tem um nome e deve ser chamado pelo nome!... Afinal, qual é mesmo o nome do senhor, meu amigo?

- Saissang Doku!...

Não houve quem não se desmanchasse em gargalhadas no salão, menos o Morróida, é claro."

EU TE DESEJO TEMPO

"Não te desejo um presente qualquer,

mas aquilo que muitos não têm: tempo.


Tempo para rir, para se alegrar,

para usar com sabedoria e obter o que quiser.


Tempo para trabalhar,

mas também para refletir.

Tempo não apenas para si,

mas para compartilhar com os outros.


Eu te desejo tempo,

não para pressa, mas para calma,

para que possa andar sem correr

e, ainda assim, sentir-se realizado.


Desejo-lhe tempo não só para viver,

mas para encontrar sentido em cada instante:

tempo para surpreender-se,

tempo para confiar e acreditar.


Tempo para tocar as estrelas,

crescer e amadurecer.

Tempo para ser você.


Eu te desejo tempo para amar,

não para o arrependimento, mas para a esperança.

Tempo para se encontrar consigo mesmo(a),

para viver cada dia como o presente único que é.


Tempo para perdoar e aceitar,

e para enxergar a beleza na jornada.


De coração, desejo-lhe tempo.

Tempo para a vida.

Tempo para a sua vida."


Elli Michler

PARA MINHA FAMÍLIA (SUPER EMOCIONADA) COM ADMIRAÇÃO E AMOR

Achei este texto de Victor Fernandes, que dedico a vocês:

Que seja um bom ano para os emocionados. Que não falte a coragem de sentir, de viver, de demonstrar. Que sobre empolgação, olhos brilhando, entusiasmo. Com a vida, com os sonhos, com os projetos, com as conexões saudáveis. Que só permaneça na vida dos emocionados as coisas que combinam com a essência, que fazem bem, que não julgam a forma de ser e de sentir. Que seja um bom ano para os emocionados. Que os dias, semanas e meses sejam preenchidos por emoções boas e também por paz. Equilíbrio, maturidade, direcionamento certo. Porque é mais um ano que os emocionados não vão abrir mão de serem o melhor que podem ser, de estar onde puderem ser incríveis, de irem para onde a emoção é bem-vinda. Porque a questão não é a emoção, é ser emocionado nos lugares que valem a pena.
Este é mais um ano pra mostrar isso na prática.
Irani Castro

Saturday, January 04, 2025

VIDA PESSOAL

 MANTENHA SUA VIDA PESSOAL EM SIGILO, E NÃO PENSE QUE ALGUÉM O CONHECE, POIS O OUTRO SÓ SABE O QUE VOCÊ PERMITE QUE ELE SAIBA

NÃO PROIBA

 NAO PROIBA ALGUEM DE FAZER NADA, É NA LIBERDADE QUE VOCÊ CONHECE A LEALDADE, O CARÁTER, O AMOR...OU A FALTA DOS TRÊS...

Friday, January 03, 2025

CAMINHOS DO TEMPO

 

(Crônica criada e escrita por José Luiz Ricchetti)
um silêncio que chega com os anos, e ele não é feito apenas da ausência de ruídos, mas da transição suave entre o que éramos e o que nos tornamos. Aos 60, você começa a sentir a sutileza do distanciamento. A sala que antes pulsava com suas ideias agora parece cheia de vozes que não pedem mais sua opinião. Não é uma rejeição, é o ritmo da vida. É quando aprendemos que nossa contribuição não está no presente imediato, mas nos rastros que deixamos nos corações e mentes ao longo do caminho.
Aos 65, você percebe que o mundo corporativo, outrora tão vital, é um fluxo incessante. Ele segue, indiferente ao que você fez ou deixou de fazer. Não é uma derrota, é a libertação. Esse é o momento de olhar para si mesmo, despir-se do ego e vestir a serenidade. Não se trata mais de provar, mas de ensinar, de compartilhar, de ser mentor. A verdadeira realização não é a que se exibe, mas a que inspira.
Aos 70, a sociedade parece lhe esquecer, mas será mesmo? Talvez seja apenas um convite para reavaliar o que realmente importa. Os jovens não o reconhecerão pelo que você foi, e isso é uma bênção disfarçada: você pode agora ser apenas quem você é. Sem máscaras, sem títulos, apenas a essência. Os velhos amigos, aqueles que não perguntam “quem você era”, mas “como você está”, tornam-se joias preciosas, diamantes que brilham no crepúsculo da vida.
E então, aos 80 ou 90, é a família que, na sua correria, se afasta um pouco mais. Mas é aí que a sabedoria nos abraça com força. Entendemos que amor não é posse; é liberdade. Seus filhos, seus netos, seguem suas vidas, como você seguiu a sua. A distância física não diminui o afeto, mas ensina que o amor verdadeiro é generoso, não exigente.
Quando a Terra finalmente chamar por você, não há motivo para medo. É a última dança de um ciclo natural, o encerramento de um capítulo escrito com suor, lágrimas, risos e memórias. Mas o que fica, o que realmente nunca será eliminado, são as marcas que deixamos nas almas que tocamos.
Portanto, enquanto há fôlego, energia, enquanto o coração bate firme, viva intensamente. Abrace os encontros, ria alto, desfrute os prazeres simples e complexos da vida. Cultive suas amizades como quem cuida de um jardim. Porque, no final, o que resta não são as conquistas, nem os títulos, nem os aplausos. O que resta são os laços, os momentos partilhados, a luz que espalhamos.
Seja luz, seja presença, e você será eterno.
Dedico a todos que entendem que o tempo não apaga, mas apenas transforma.
José Luiz Ricchetti - 11/12/24

Saturday, December 21, 2024

GRATIDÃO

 O DR. BENJAMIN GOMES TORRES FOI O BALUARTE DEO ENSINO EM SÃO DOMINGOS PRATA. GRAÇAS A ELE PUDE FAZER O CURSO TÉCNICO EM CONTABILIDADE NO PRATA, ATIVIDADE QUE EXERCI POR 50 ANOS, DE CORAÇÃO, A ELE MINHA ETERNA GRATIDÃO.

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DR. BENJAMIN GOMES TORRES - POR SEU FILHO CRISTOVÃO TORRES

 

Numa homenagem a papai, estou transcrevendo uma frase do Padre Geraldo Barreto Trindade, pároco de São Domingos do Prata nos idos de 1950, que encontrei nos meus alfarrábios.

  https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjKIbbKkiilEGyPUeVeJGGvvrwU3csunr4-n2fSS9-lpXtS3-uz6TzHWhVSUrF13rT6wiJ-kvBDxGd807GFhA8I91niQVn-OYsOt33ym86Jcttl7K9KqwPlX8XOzCizsf9DpWF4DNJ_Ne7vMEheO7JxbhNBc2NtxM9LdgIUUQ17kJok6rcaerHsF2qY

Cartão escrito por Padre Geraldo Barreto Trindade(Pároco de Ponte Nova), datado de 1954, endereçado a Benjamim Torres, enaltecendo o seu trabalho para a implantação da Escola Técnica de Comércio em São Domingos do Prata



"Benjamin parece frágil, sendo magro e baixo, mas transmitiu tanta força para a realização do sonho grande de implantação do Ginásio Estadual Marques Afonso, que transcende a sua dimensão para se transformar em um símbolo da nossa cidade."   

 

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy4rWlB2wJ83uEnji1b9NdGTlkvet64WWuv1ZOa56Gqloc6F2WI7QixvnB9lev2mVbEGtHjGqdj3ncTbDb93SvyDWTvpFNgREGkHnPJieDi4X-fn64eBvhALQJ2s98EKQ2R3lm9UJ1DVU/s400/Scan14.jpg

Início da Construção do Colégio Marques Afonso

 

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Benjamim Torres, fundador do Colégio Marques Afonso, durante a construção, junto a seu filho Carlos e aos Trabalhadores da obra 

 

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A construção do Colégio Marques Afonso (levantando as paredes)

 

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O Colégio Marques Afonso, já concluído

 

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Benjamim Torres fazendo discurso de inauguração

do Colégio Marques Afonso

 

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Inauguração do Oratório do Colégio Marques Afonso

 

Benjamim Torres Junto aos Professores do Marques Afonso

Há de ressaltar, a plena e irrestrita colaboração dos professores, que trabalharam sem receber salários, trabalharam de graça por um bom tempo

 

Primeira Turma de Formandos do Colégio Marques Afonso

 

Como meu pai enfrentou a velhice

Desse homem conheço numerosos fatos notáveis, mas nada é mais digno de admiração do que a maneira como enfrentou a velhice.

Todas as pessoas desejam viver muito, mas, quando ficam velhas, algumas se lamentam muito.

Certa ocasião, perguntei a meu pai se desejava viver muito tempo, ele respondeu:

 

·                     nada tenho a reprovar em relação à velhice, os frutos dela são todas as lembranças que adquiri do passado;

·                     os velhos não devem se apegar, nem renunciar ao pouco de vida que lhe resta, porque ninguém é bastante velho para não viver vários anos a mais;

·                     saber distribuir o tempo é saber aproveitá-lo;

·                     as pessoas agradáveis suportam facilmente a velhice; o temperamento e a beleza estão em todas as idades;

·                     toda idade tem seu prazer e sua virtude. Não é a força nem a agilidade que marcam as grandes façanhas de um homem. O que importa é a maneira de pensar, a sabedoria, a humildade, o discernimento, a honestidade, a bondade e a verdade;

 

Portanto, meu Pai acreditava ser o ser humano a origem e o fim de todas as coisas na sociedade. Ele entendia que as pessoas, através do estudo e trabalho, buscam a sobrevivência e o crescimento da espécie.

Gostava de dizer: velho sim, velhaco jamais.

Enfatizava que chegou àquela idade tendo permanecido ativo, trabalhado sem descanso desde novo, sobretudo porque tinha perdído seus pais muito cedo, criado sua familia, participado do processo da construção do Colégio Marques Afonso e cultivado o caminho do bem.

 

A construção do Colégio foi uma boa lembrança que carregava consigo. Sentia que ela tinha propiciado às pessoas, desde o mais humilde ao mais abastado, sentarem-se lado a lado e terem as mesmas oportunidades na vida.

Seu grande sonho e desafio foi diminuir as desigualdades através da educação. Acreditava que não há limites para os sonhos e não importa o tamanho do seu sonho, o importante é acreditar.

Ele dizia que a razão que o motivou a lutar pelo colégio naquela época foi ter observado que muitos pais não tinham condições financeiras de manterem seus filhos estudando fora do prata.

Sua alegria foi muito grande ao perceber que, depois de construído, dentre os primeiros alunos matriculados no colégio havia não só pessoas do Prata, mas também de cidades vizinhas.

Fazia questão de ressaltar que tinha aprendido com sua esposa Auxiliadora, minha mãe, que o que fazemos de graça recebemos em graça.

Meu pai exerceu seu ofício(odontólogo) com profissionalismo, dedicação, amor e respeito aos clientes. 

 

As lembranças das coisas boas que realizou o confortaram muito na velhice. Dizia que seus cabelos brancos e suas rugas eram a recompensa de um passado exemplar que teve e concluía afirmando:

"assim como o bom vinho, as boas ações que praticamos no passado não azedam com o passar do tempo; Deus nos fornece, aqui na terra, um hotel provisório e não um domicilio definitivo".

 

Essas são as lembranças que tenho do meu Pai, Benjamim Torres. Guardo com muito carinho a imagem de um homem bom que se sentia muito bem em fazer o bem, que lutou muito para o bem da coletividade, que nos deixou muito orgulhosos com seus gestos, e soube envelhecer com sabedoria, embora tenha partido, continua vivo em meu coração.

 

Cristóvão Martins Torres

 

O Amor foi muito forte e mudou seus planos

Reza a lenda de família que Benjamim Torres, após um estágio como dentista em Ponte Nova, decidiu desempenhar sua profissão, para o qual havia estudado, na região do Vale do Aço.

Era uma área próspera, o que seria benéfico ao seu desenvolvimento profissional.

Ele não podia imaginar, no entanto, que sua história estava prestes a mudar; a caminho do Vale do Aço, passando por Nova Era, Benjamim foi surpreendido por uma tempestade, na estrada que levava a fazenda da vargem.

A tempestade foi tão intensa e forte, que acabou levando a ponte de madeira que servia de passagem, impedindo a viagem, pelo menos, temporariamente.

Ele foi até a sede da fazenda da vargem, onde foi recebido por Tineco, dono da fazenda, pediu a ele se poderia passar a noite na sede, já que não tinha como seguir viagem, seguir com seus planos.

O fazendeiro aceitou com bom gosto, e, durante a hospedagem, Benjamim acabou conhecendo a filha do fazendeiro, Maria Auxiliadora.

Benjamim, então, mudou seus planos.

Resolveu se casar e formar família com Maria Auxiliadora, desistindo dos planos de ir para o Vale do Aço..

Resolveu se estabelecer em uma cidade próxima, onde abriu um consultório de dentista.

Profissional dedicado, o pedido de casamento foi aceito prontamente por Tineco.

Foram morar no Prata, formaram família e realizaram seus sonhos.

No Prata viveram por cinquenta anos, tiveram cinco filhos e foram felizes juntos.

 

Cristóvão Martins Torres

 

 

 

 

 

 

 

Benjamim Torres fez da Odontologia um Sacerdócio em São Domingos do Prata, durante 53 anos de trabalho ininterrupto, atendeu os seus Clientes neste Consultório, que está fechado desde 1979, quando do encerramento das atividades profissionais do odontólogo.

 

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Feitos para a comunidade pratiana se orgulhar

Recentemente, por uma fonte confiável, ficamos sabendo que o Ginásio Marques Afonso foi o décimo segundo ginásio estadual instalado no Estado de Minas Gerais. A notícia revela um fato, por mim desconhecido, que merece destaque no conjunto de circunstâncias que marcaram a instalação do nosso ginásio. Na década de 1950, mesmo com todas suas carências, o Prata se viu envolvido com o sonho de conseguir um ginásio estadual para a cidade. Um dos símbolos  desse movimento, Benjamim Torres, com a sua obstinação pela ideia, foi aos poucos contagiando as pessoas  e  acabou conseguindo uma mobilização  de forças atuantes na cidade para esse objetivo. Naquela época, ginásio estadual era coisa rara em Minas . O governo instalava poucas unidades por ano e priorizava as cidades com mais densidade populacional e econômica  do Estado. Não havia como furar a fila da hierarquia definida , porque era grande a disputa das cidades para ter o seu ginásio, uma vez que, por toda parte, a maioria dos jovens estava financeiramente impedida de fazer o curso secundário, disponível apenas em alguns colégios tradicionais, de propriedade privada, com pagamento de anuidade, e localizados fora de suas residências. Com tanta competição na área política, a única alternativa viável passou a ser idealizar um projeto para implantar o ginásio de forma diferente do que se adota hoje. Assim, a Secretaria de Educação delineou o que se pode chamar de " caminho das pedras", definindo como exigências que a cidade implantasse uma escola municipal de curso médio, como precursora do ginásio estadual, e construísse às suas expensas o prédio para o ginásio funcionar. Com isso, caberia ao governo apenas fazer a transformação de um estabelecimento de ensino em outro do mesmo nível, sem que houvesse constrangimentos com relação à hierarquia no meio político estadual.. Para conduzir os trabalhos previstos nesse pesado desafio, foi criada uma Fundação, de fé pública, denominada Sociedade Beneficente de Cultura, a quem se atribuiu as funções de coordenação dos trabalhos comunitários e a articulação dos contatos com o órgão do Estado. A primeira medida adotada pela Sociedade Beneficente de Cultura foi  instituir, no ano de 1954, a Escola Técnica de Comércio Pratiana, a qual funcionou no prédio do Grupo Escolar Cônego João Pio, em horário noturno, com a plena e irrestrita colaboração de professores, que trabalharam sem receber salários. Simultaneamente ao funcionamento da escola, a Sociedade Beneficente dava  início à construção do prédio onde deveria funcionar o ginásio estadual, quando criado. O prédio foi construído com dinheiro de doações  do povo e de amigos da nossa cidade. Depois de concluído, o prédio foi doado ao Estado ,  cumprindo-se , dessa forma, com muita dedicação e trabalho, as exigências fixadas pela Secretaria de Educação. Em 1956, foi assinado o ato de criação do Ginásio Estadual  Marques Afonso, e o Prata, brilhantemente passou à  frente de mais de quatrocentas outras cidades de Minas Gerais no objetivo de ter o seu ginásio. Os alunos matriculados no curso básico da Escola Técnica foram absorvidos pelo ginásio estadual, mediante prova de avaliação acompanhada pelo Ministério de Educação, retratando a correção e a seriedade dos procedimentos  nesta fase inicial do curso secundário. A Escola Técnica de Comércio Pratiana funcionou ainda por um bom período, após a inauguração do ginásio, porém, com o curso técnico, ampliando a possibilidade de formação de alunos no curso médio complementar ao secundário. Só admitindo algo como um sopro divino, presente nas grandes obras, e outro tanto do trabalho de pessoas com paixões intensas, é possível explicar essa história notável  da Sociedade Beneficente de Cultura, com o pensamento único de deixar um legado duradouro para os jovens pratianos. O prédio, hoje utilizado como grupo escolar, deve ser conservado como um marco histórico, pela sua importância na criação do Ginásio Marques Afonso. Pelo pouco aqui revelado, dá para se ver que há muitas  histórias ligadas ao nosso ginásio esperando para serem contadas, e  que ajudariam a formar a memória da cidade.

 

Cristóvão Martins Torres

 

Tentando entender a morte

O nascimento e a morte são as fronteiras da vida, com as quais temos de conviver. A aceitação da transitoriedade da condição humana ajuda a aliviar o sofrimento que a ideia da morte costuma trazer. Pode-se sonhar com o aumento da expectativa da vida, mas não se pode mudar o fato de que tudo vai acabar um dia, mesmo com os avanços da medicina moderna, e ainda que o maior desejo do homem seja a imortalidade. Pesquisas demonstram que pessoas com forte grau de envolvimento religioso, independentemente da crença, têm menos medo da morte. A fé ajuda a superar a ansiedade em relação à nossa finitude. Se há uma vida que se segue à morte, existiria então uma continuidade do espirito. A visão espiritual da morte nos dá alivio para enfrentá-la, mas também implica em desapego ás coisas materiais, e a ilusão de eterna beleza e jovialidade, comuns nos dias de hoje, acabam gerando mais tristeza e sofrimento com o fim inevitável de nossa existência. Um filósofo alemão pediu pelo menos um médico para acompanhar o seu enterro e que o seu caixão tivesse  as laterais abertas. Explicou que pretendia mostrar que o médico nada pode fazer quando a morte chega, e que as aberturas laterais permitiriam chamar atenção de que o morto segue de mãos vazias, nada levando consigo. Santo Agostinho escreveu a seguinte reflexão sobre a morte: Siga em frente, a vida continua. A  morte não é nada. É somente uma passagem de uma dimensão para outra. Eu estou, agora em uma outra vida , não podem atormentar essa minha passagem com tristeza e lágrimas. Vocês são vocês. Estão vivos , a vida não pode parar. O que eu era para vocês continuo sendo. A vida significa tudo que ela sempre significou, o fio não foi cortado. Fala-me como sempre falaste. Dá-me o nome que sempre me deste. Não quero tristeza, não quero lágrimas, quero orações. 

 

Cristóvão Martins Torres

 

 

 

 

 

Auxiliadora Torres: Minha Querida Mãe

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Há muito tempo venho querendo escrever uma crônica sobre minha Mãe, Auxiliadora Torres, mais conhecida (sobretudo em São Domingos do Prata) como Dona Dodora. Porém, quando começo a escrever sou tomado por uma emoção tão grande que chega a ser difícil terminar o texto.

Filha de Fazendeiros, criada na Fazenda da Vargem, minha Mãe foi e continua sendo muito querida em São domingos do Prata, sobretudo pelas boas ações que praticou. Mulher muito espiritualizada e de muita fé, pensava sempre no próximo. Dona Dodora não só acreditava no mandamento maior do Cristianismo, o do amor a Deus e ao próximo, como também e sobretudo o aplicava em sua prática cotidiana. Por isso, todos nós da família ficamos muito felizes pelo fato de, em São Domingos do Prata, ela ser lembrada com tanto amor ainda hoje.

Para mim, que sou seu filho, permanecem o amor e a saudade eternos de minha querida Mãe!

 

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A escola do Amor

Aprendi com meu pai, desde cedo, a perceber que na intimidade do cotidiano e da sociedade é que se desenrola a busca de um futuro melhor.
Que a sociedade é cercada de fatos políticos, econômicos, sociais, religiosos e educacionais.
Que no seio da família, a criança recebe tarefas simples, compatíveis com sua idade, onde ela aprende a alcançar resultados, principalmente, durante a infância onde estão sempre abertas a aprenderem.
É aí que começam a aprender seus direitos e deveres, e a desenvolver a autodisciplina.
Criado na escola do amor, do dever e da responsabilidade, ela absorva as crenças e valores, indispensáveis para uma vida adulta.
Se bem criada, teve berço, na fase adulta está assegurada a sua sobrevivência.
Uma vez construída a base da sobrevivência, pode pensar na construção do conhecimento.
Acreditava que a base de todo processo da vida, passa pela família e pela educação, sendo a instrução um ato de educação, doação e amor.
Que a sociedade oferece inúmeras oportunidades para o jovem que recebeu a educação certa.
Quando ele atinge a vida adulta, a fase produtiva, esta preparado para trabalhar com disciplina.
Num mundo que perdeu a estabilidade, a capacidade de pensar, parece ser a ferramenta certa que permite a comunicação com o futuro e a sobrevivência.
O recado tá dado meu pai, espero que não seja em vão, ou será que precisam escutar a sua voz.

Cristóvão Martins Torres