Tuesday, November 04, 2025

A VOZ DO PRATA

 


A TERCEIRA IDADE

 As pessoas costumam usar “velha” como ofensa, como se envelhecer fosse algo feio ou um erro.

Mas deixa eu te contar uma verdade: envelhecer é um privilégio raro, uma conquista que nem todos têm o privilégio de alcançar.
Estar vivo é um presente sagrado, uma bênção que o tempo nos oferece.
Celebre cada ruga, pois elas contam histórias que muitos não tiveram tempo de viver.
Edna Frigato

AMOR UNIVERSAL


“.. Foi com tudo que eu tinha, sem reservas, sem cálculos, sem medo do depois. Te amei com a inocência de quem acredita que o amor pode curar qualquer dor, e com a coragem de quem entrega o peito mesmo sabendo que pode sangrar. Não foi um amor pequeno, desses que passam despercebidos; foi amor inteiro, desmedido, capaz de incendiar cada espaço dentro de mim.

Eu te amei nos dias bons e, principalmente, nos dias ruins. Te amei quando as palavras eram leves e quando os silêncios pesavam toneladas. Te amei nas minhas forças e nas minhas fraquezas, nos meus sonhos mais altos e nas minhas noites mais escuras. E se você duvida, saiba: não existe canto da minha alma que não tenha guardado um pedaço desse amor.
Eu te amei até onde minhas mãos não alcançavam, até onde meu fôlego não resistia. Te amei até nos momentos em que você parecia distante, até quando tudo em mim gritava para desistir. Amei como quem segura fogo nas mãos e, ainda queimando, não solta.

E hoje, no vazio que ficou, eu me pergunto se amar tanto assim foi minha força ou minha fraqueza. Talvez tenha sido as duas coisas. Talvez o erro nunca tenha sido amar demais, mas esperar que o mesmo transbordasse de volta.
Mas não me arrependo. Porque, se existe algo que ninguém pode tirar de mim, é a verdade do que senti. Eu te amei com tudo que eu tinha — e até com o que não tinha. E isso, por mais que doa, é a parte mais viva da minha história..”

DONA MARCELA

 — Desculpe… para onde está me levando? — perguntou a mulher baixinho, olhando confusa pela janela do carro.

— Dona Marcela, chegamos. Este é o lar de idosos “Santa Ana”. A partir de hoje, a senhora vai ficar aqui.

— Ficar aqui? — a voz dela tremia. — E a minha filha? Ela não vem?

— Disse que vai telefonar, — respondeu o motorista, colocando no chão uma pequena bolsa: um casaco, uma escova, uma fotografia antiga.

— Muita saúde, dona Marcela. A senhora vai se sentir bem aqui.


O carro partiu.

Marcela ficou sozinha, com o vento frio acariciando-lhe o rosto úmido.


Na porta, uma mulher de bata azul a esperava.

— Seja bem-vinda, dona Marcela. Eu sou a Nicoleta, enfermeira aqui. Venha, vou levá-la para o seu quarto.

— Quarto? Eu tinha uma casa… um jardim… e flores…

— Aqui também vai ter flores, vai ver, — respondeu Nicoleta com doçura.


O quarto era pequeno, mas limpo. Na cama ao lado dormia uma senhora idosa.

— O nome dela é tia Ileana, — explicou Nicoleta. — Fala pouco.

— Tudo bem, — sorriu Marcela. — Eu nunca fui boa em ficar calada.


Os dias passavam devagar.

Os moradores eram silenciosos, cansados, cada um com suas lembranças.

Alguns esperavam visitas que nunca chegavam, outros viviam apenas do passado.


Mas Marcela não sabia ficar parada.

Certa manhã, pediu uma pá.

— O que vai fazer, dona Marcela? — perguntou o porteiro.

— Preciso de um pedaço de terra. Quero plantar flores.


E plantou — hortelã, manjericão, calêndulas.

— Aqui vai ser a nossa primavera, — dizia às outras. — Se não temos o que esperar, vamos esperar florescer.


Algumas semanas depois, o pátio cheirava a vida.

Um dia, tia Ileana sussurrou:

— Cheira à infância…

— Sim, minha querida. À infância e a Deus, — respondeu Marcela.


Daquele dia em diante, Ileana voltou a falar.


Marcela foi falar com a diretora:

— Deixe-nos fazer uma pequena oficina de costura e histórias. Todo mundo tem uma história. Se a gente não contar, ela morre com a gente.


A diretora sorriu.

— Está bem, dona Marcela. Se conseguir reunir o pessoal, eu arranjo os materiais.


E conseguiu.

Poucos dias depois, a sala de jantar estava cheia de vozes, risos e linhas coloridas.

— Eu fui costureira em Iași! — dizia uma.

— Eu fazia roupas para artistas! — acrescentava outra.

Marcela ria:

— Viram? Ainda estamos vivas. Temos mãos, temos coração. Só faltava vontade.


A primavera verdadeira chegou.

O lar estava diferente: flores por toda parte, paredes pintadas, rostos sorridentes.

Na porta, um poema de Marcela dizia:


“Não importa onde é a tua casa,

importa ter alguém que te escute,

e um pedaço de céu onde possas dizer ‘obrigado’.”


Num domingo, um carro elegante parou em frente ao portão.

Dele saiu uma mulher jovem, elegante.

— A minha mãe está aqui. Marcela Ioniță.


Marcela estava no jardim, regando as flores.

— Irina…

— Mamãe… vim te levar para casa.

— Para casa? — sorriu. — Eu já estou em casa.


— Mamãe, me perdoa… achei que estava fazendo o melhor.

— Você fez o que sabia, minha filha. Mas veja — essas pessoas não têm mais ninguém. Se eu for embora, quem vai regar as flores delas?


— Mas você não é obrigada a cuidar delas, mamãe.

— O amor não é obrigação, Irina. É presente.


Irina olhou ao redor — flores, paz, sorrisos.

— É bonito aqui, mamãe.

— É. E o mais bonito é que eu achava que a vida tinha acabado… e ela só estava começando.


Desde então, Irina vinha todos os fins de semana.

Trazia frutas, doces, roupas.

Marcela a apresentava com orgulho:

— Esta é a minha filha. Ela me ensinou que não devemos ficar magoados com quem nos deixou. Devemos apenas mostrar que ainda sabemos ser felizes.


Com o tempo, a diretora lhe disse:

— Dona Marcela, todos aqui a amam. Queremos que seja coordenadora das atividades.

— Eu? Com setenta e três anos? — riu ela.

— Sim. A senhora é a alma deste lugar.


E assim, ela se tornou “dona Marcela” — a mulher que trazia esperança.

Escrevia poemas, preparava chá de hortelã, organizava noites de canções.

— De onde vem tanta força? — perguntou Nicoleta.

— Das lágrimas que decidi não chorar. Transformei-as em sorrisos.


Três anos depois, o lar “Santa Ana” não era mais um lugar de solidão, mas de vida.

Os jornais escreveram: “Os idosos que renasceram graças a uma mulher simples.”


Marcela recebeu uma homenagem da prefeitura.

Ao subir ao palco, disse apenas:

— Obrigada. O maior prêmio é saber que ainda temos um propósito. A felicidade não vai embora com a juventude — vai embora quando deixamos de amar.


Numa manhã, Marcela partiu serenamente, enquanto dormia.

Na mesinha de cabeceira, um bilhete:


“Não chorem.

Fui apenas regar as flores do outro lado.

Cuidem uns dos outros.

O amor nunca se aposenta.”


Irina encontrou o bilhete e chorou — não de tristeza, mas de gratidão.

Continuou o que a mãe havia começado: visitava, ajudava, trazia flores e histórias.


E assim, uma mulher simples, esquecida, tornou-se o início de uma nova vida para muitas almas.


Porque às vezes não é preciso mudar o mundo inteiro.

Basta regar uma flor.

E um coração.


Repassem, por gentileza!

Histórias como estas, não podem ficar somente no seu celular!

Monday, November 03, 2025

POR QUE OS IRMÃOS SE AFASTAM NA VELHICE?

É estranho como o tempo, esse escultor silencioso da vida pode afastar até mesmo aqueles que um dia dormiram no mesmo quarto, dividiram brinquedos e partilharam os medos da infância. Os irmãos, que um dia foram cúmplices de travessuras e testemunhas dos segredos da casa dos pais, muitas vezes se tornam distantes, quase estranhos, na velhice.

Por quê?
Talvez porque, desde cedo, aprendemos a competir. Por atenção, por afeto, por aprovação. Freud nos falava sobre essa rivalidade silenciosa, escondida nos cantos da alma: a disputa pelo olhar do pai, pelo colo da mãe, pela sensação de ser o “preferido”. E, mesmo quando crescemos, esse desejo de ser visto, reconhecido e valorizado continua. Só muda de roupa.
Aí vem a vida com seus amores, filhos, trabalhos, dores e escolhas e cada um segue seu caminho. Mas a distância real muitas vezes não é geográfica: é emocional. Pequenas feridas não tratadas, palavras mal ditas ou silêncios que se arrastaram demais criam abismos. E o tempo, em vez de curar, às vezes só cobre com poeira aquilo que ficou mal resolvido.
Quando os pais morrem, algo se quebra de vez. Eles eram a ponte, o elo que mantinha todos conectados, mesmo que por um fio tênue. Sem eles, o que resta são lembranças que não têm mais a quem recorrer… e irmãos que não sabem mais como se olhar nos olhos.
Na velhice, a alma já está cansada. Muitos preferem o silêncio à reconciliação. O orgulho ganha outra roupagem: a de “deixar pra lá”. E assim, os irmãos se tornam apenas rostos em fotos antigas, nomes mencionados com saudade ou com mágoa.
Mas às vezes, uma simples ligação, uma visita inesperada ou um gesto humilde pode reacender aquilo que o tempo tentou apagar. Porque, no fundo, todo irmão é um espelho do nosso passado e talvez seja justamente isso que mais dói… ou que mais cura.

Elcio Nunes
Cidadão que crê na força dos reencontros!

Monday, October 27, 2025

MULHER DE VERDADE

É sobre o sorriso da mulher experiente, da sobriedade no vestir. É sobre os seus passos seguros ao atravessar a rua, a naturalidade do andar que parece guardar lindos segredos. É sobre a elegância que não desafia, apenas se impõe serenamente. É sobre um sorriso leve, quase que encanta. É sobre não se incomodar com pequenas dobras ou rugas na pele. É sobre uma classe natural que o tempo já lhe ofertou. É sobre uma indumentária atual, mas respeitosa. É sobre ser atrativa sem se mostrar como objeto de olhares com pouca empatia.

ALUGO-ME PARA NÃO FAZER NADA

Shoji Morimoto tinha um mestrado em física, morava em Tóquio e era, segundo suas próprias palavras, um tipo comum, calado, sem talentos especiais.

Mas um dia, cansado de trabalhos que não o satisfaziam, publicou um tweet que mudou tudo:

«Alugo-me para não fazer nada. Posso estar contigo, ouvir-te, acompanhar-te. Não cozinho, não limpo, não dou conselhos. Apenas existo contigo. Preço: transporte e comida”.

Ele fez isso por brincadeira.

Mas, no dia seguinte, tinha mais de 500 mensagens.

Uma mulher pediu-lhe para acompanhá-la para assinar os papéis do divórcio. Ela não queria fazer isso sozinha.

Um jovem que saía do hospital após uma operação pediu-lhe para caminhar com ele até sua casa, em silêncio.

Uma senhora idosa convidou-o para comer, só para não mastigar sozinha.

—E o que faz exatamente? —perguntou-lhe um jornalista.

—Nada. Só estou lá. Mas, às vezes, estar... é tudo.

Shoji foi contratado para ver um pôr do sol. Para segurar um guarda-chuva. Para ouvir alguém chorar durante uma hora sem julgar.

Certa vez, uma rapariga disse-lhe:

—Só quero que alguém me veja subir ao palco. Ninguém da minha família quis vir.

Shoji foi. Aplaudiu. E depois foi-se embora, sem pedir nada mais.

Ele não dá conselhos. Não pretende mudar vidas. Apenas se torna um testemunha silenciosa das pequenas batalhas que ninguém vê.

Hoje, ele tem mais de 4.000 clientes. E escreveu livros sobre a sua experiência.

Chamam-no de «o homem que não faz nada». Mas, no fundo, Shoji faz o que muitos não sabem fazer: estar presente.

Quando lhe perguntaram se isso o fazia sentir-se sozinho, ele respondeu:

—Não. Eu também precisava de companhia. Mas sem máscaras. Sem expectativas. Apenas dois seres humanos a partilhar o mesmo tempo, sem querer mudar um ao outro.

Às vezes, o que mais cura... é o mais simples.

Alguém que não vem para te salvar.

Mas para se sentar ao teu lado enquanto atravessas a tempestade.

Monday, October 20, 2025

MEU AMADO IRMAO DECO

 CARMEM, diga aos meus sobrinhos que eles tiveram a presença de uma pessoa, que sempre cuidou da família. Uma pessoa do bem. Minha mãe dizia que casara com meu pai porque vira que ele era bom. Quando  ouvi isto dela,  fiquei orgulhoso,.

 Quatro anos no seminário de Itaúna devo a Deco. É claro que voces pensarão que estou falando porque era meu irmao.  No colégio, lembro q me corrigia bravo , e nunca me ressenti, sabia que era bom , não podia chorar comigo. Depois que voltamos para o Prata, ele continuou a ser minha referência, convivemos bem.

Mas ele era franco comigo. Nunca me deu um conselho errado, no final ele estava certo. Fui o que mais brincou com ele,  nossa diferença era de dois anos. Talvez ele tenha sido o meu diálogo. Lada saiu cedo. Digo a voces a vida continua mas o caráter de Deco era inquebrantável. Tinha moral, não se envolvia em nada que ele não pudesse contar para mim. Ensinou honestidade e limites, claro que Lada foi fundamental. O Vanderlei faz  falta.  Há pouco tempo confessei  a um  psiquiatra que  não consegui assimilar a perda. Sou um velho e nós na meninice não nos separávamos. Vivemos 14 anos agarrados um ao outro. Deus deu a ele o bom senso, apesar nosso  pai ser muito bom, Deco era a sensatez. Digo que sinto falta de todos, mas foi ele que me direcionou, por isso o Natal ainda dói.


MINEIRIN

Um mineirin, cansado da vida na roça,  foi pra cidade e candidatou-se a um emprego numa grande loja de departamentos. Na verdade, era a maior loja de departamentos do mundo, tudo podia ser comprado ali.

 

O gerente perguntou ao mineirin:

 

— Você já trabalhou alguma vez?

 

— Sim, eu fazia uns trem na roça.

 

O gerente gostou do jeitão simples do mineirin e disse:

 

— Pode começar amanhã. No fim da tarde, venho ver como se saiu.

 

O dia foi longo e árduo para o mineirin, tinha que usar sapato, camisa fechada, não podia sentar num toco depois da boia e pensar na vida. Às 17h30, o gerente se aproximou do novo empregado para verificar sua produtividade e perguntou:

 

— Quantas vendas você fez hoje?

 

— Uma!

 

— Só uma? A maioria dos meus vendedores faz de 30 a 40 vendas por dia. De quanto foi a sua venda?

 

— Dois milhões e meio de reais.

 

— COMO CONSEGUIU ISSO???

 

— Bem, o cliente entrou na loja e eu lhe vendi um anzol pequeno, depois um anzol médio e finalmente um anzol bem grande. Depois vendi uma linha fina de pescar, uma de resistência média e uma bem grossa para pescaria pesada. Perguntei onde ele ia pescar e ele me disse que ia fazer pesca oceânica. Eu sugeri que talvez fosse precisar de um barco, então o acompanhei até a seção de náutica e lhe vendi uma lancha importada, de primeira linha.

 

Aí eu disse a ele que talvez um carro pequeno não fosse capaz de puxar a lancha, e o levei à seção de carros e lhe vendi uma caminhonete com tração nas quatro rodas.

 

Perplexo, o gerente perguntou:

 

— Você vendeu tudo isso a um cliente que veio aqui para comprar um pequeno anzol?

 

— Não, senhor. Ele entrou aqui para comprar um pacote de absorventes para a mulher, e eu disse: “Já que o seu fim de semana está perdido, por que o senhor não vai pescar?”.

 

Vai ser bom de lábia assim, lá em Minas sô!!!

😂😂😂😂😂😂

🤣🤣🤣🤣🤣🤣


11 VERDADES DURAS SOBRE AS PESSOAS


 

MUITO PROFUNDO ... E TÃO VERDADEIRO! PENSAMENTO DO DIA

Quando a televisão entrou em minha casa, esqueci-me de como ler um livro.

Quando o carro parou à minha porta, esqueci-me de como caminhar.

Quando segurei um celular, esqueci-me de como se escreve uma carta.

Quando o computador chegou, esqueci-me da ortografia.

Quando o ar condicionado se instalou, deixei de procurar a sombra e a brisa de uma árvore.

Vivendo na cidade, me esqueci do cheiro da terra molhada.

Manuseando cartões e contas bancárias, esqueci-me do verdadeiro valor do dinheiro.

Com os perfumes artificiais, esqueci-me do das flores frescas.

Com os lanches rápidos, esqueci-me dos sabores dos pratos tradicionais.

Sempre com pressa, esqueci-me de como parar.

E desde o WhatsApp, esqueci-me de como falar verdadeiramente.

Quando morremos, o nosso dinheiro fica no banco.

E no entanto, em vida, falta-nos frequentemente.

Ironia cruel: após a nossa partida, ficam muitas vezes quantias importantes, não utilizadas.

Um grande empresário chinês morreu, deixando 1,9 bilhão de dólares à sua viúva.

Ela casou… com o motorista dele.

O motorista disse:

 - Durante anos, pensei que trabalhava para o meu patrão… e hoje percebo que era ele que trabalhava para mim.

A realidade é dura:

É melhor viver muito tempo do que possuir muito.

Devemos portanto proteger o que temos de mais precioso: a nossa saúde.

Num celular top de linha, 70% das funções não são utilizadas.

Num carro de luxo, 70% das performances e gadgets não servem para nada.

Numa moradia suntuosa, 70% do espaço não está ocupado.

Nos nossos armários, 70% das roupas nunca são usadas.

Numa vida inteira de trabalho, 70% dos rendimentos beneficiam… os outros.

Então, aprendamos a acarinhar os nossos 30% restantes:

                 _Façam check-ups de saúde, mesmo que se sintam bem.

                 Bebam água, mesmo sem sede.

                 Deixem passar, mesmo perante grandes problemas.

                 Saibam ceder, mesmo que tenham razão.

                 Mantenham-se humildes, mesmo no sucesso.

                 Contentem-se com o que têm, mesmo que não seja muito.

                 _Cuidem do vosso corpo e da vossa mente, mesmo que estejam muito ocupados.

                 E sobretudo… arranjem tempo para aqueles que amam.

- Cuidem dos amigos.

Transmitam esta mensagem àqueles que são importantes para você.

QUANDO A CASA DOS AVÓS SE FECHA

Acho que um dos momentos mais tristes da nossa vida é quando a porta da casa dos avós se fecha para sempre, ou seja, quando essa porta se fecha, encerramos os encontros com todos os membros da família, que em ocasiões especiais quando se reúnem, exaltam os sobrenomes, como se fosse uma família real, e, sempre carregados pelo amor dos avós, como uma bandeira, eles (os avós) são culpados e cúmplices de tudo.

Quando fechamos a casa dos avós, também terminamos as tardes felizes com tios, primos, netos, sobrinhos, pais, irmãos e até recém-casados que se apaixonam pelo ambiente que ali se respira.

Não precisa nem sair de casa, estar na casa dos avós é o que toda família precisa para ser feliz.

As reuniões de Natal, regadas com o cheiro a tinta fresca, que cada ano que chegam, pensamos “...e se essa for a última vez”? É difícil aceitar que isso tenha um prazo, que um dia tudo ficará coberto de poeira e o riso será uma lembrança longínqua de tempos talvez melhores.

O ano passa enquanto você espera por esses momentos, e sem perceber, passamos de crianças abrindo presentes, a sentarmos ao lado dos adultos na mesma mesa, brincando do almoço, e do aperitivo para o jantar, porque o tempo da família não passa e o aperitivo é sagrado.

A casa dos avós está sempre cheia de cadeiras, nunca se sabe se um primo vai trazer namorada, porque aqui todos são bem-vindos.

Sempre haverá uma garrafa térmica com café, ou alguém disposto a fazê-lo.

Você cumprimenta as pessoas que passam pela porta, mesmo que sejam estranhas, porque as pessoas na rua dos seus avós são o seu povo, eles são a sua cidade.

Fechar a casa dos avós é dizer adeus às canções com a avó e aos conselhos do avô, ao dinheiro que te dão secretamente dos teus pais como se fosse uma ilegalidade, chorar de rir por qualquer bobagem, ou chorar a dor daqueles que partiram cedo demais. É dizer adeus à emoção de chegar à cozinha e descobrir as panelas, e saborear a “comida da nona”.

 

 

Portanto, se você tiver a oportunidade de bater na porta dessa casa e alguém abrir para você por dentro, aproveite sempre que puder, porque ver seus avós ou seus velhos, ficar sentado esperando para lhe dar um beijo é a maior sensação, maravilhosa, que você pode sentir na vida.

Descobrimos que agora nós temos que ser os avós, e nossos pais se foram, nunca vamos perder a oportunidade de abrir as portas para nossos filhos e netos e celebrar com eles o dom da família, porque só na família é onde os filhos e os netos encontrarão o espaço oportuno para viver o mistério do amor por quem está mais próximo e por quem está ao seu redor.

Aproveite e aproveite a casa dos avós, pois chegará um tempo em que na solidão de suas paredes e recantos, se fechar os olhos e se concentrar, poderá ouvir talvez o eco de um sorriso ou de um grito, preso no tempo. De resto, posso dizer que ao abri-los, a saudade vai pegar você, e você vai se perguntar: por que tudo foi tão rápido? E vai ser doloroso descobrir que ele não foi embora ... nós o deixamos ir ...

 

Anônimo


O QUE DESCOBRI SOBRE A MINHAPESSOA NA IA.

 

Edelberto Augusto Gomes Lima é um jurista e historiador mineiro reconhecido por sua atuação jurídica e por sua vasta produção sobre a história regional de Minas Gerais.

🧠 Perfil e trajetória

        Nascimento: 22 de julho de 1945, em São Domingos do Prata, MG.

        Formação: Graduado pela Faculdade Mineira de Direito (PUC Minas), foi aprovado em um vestibular com apenas 50 vagas.

        Carreira jurídica: Fundou seu escritório em 1977, atuando com grandes conglomerados financeiros. Teve papel de destaque na Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), coordenando o Departamento Jurídico em momentos críticos.

        Reconhecimento: Foi elogiado por sua competência técnica e liderança. Recebeu homenagens de colegas e do presidente da ACMinas, Dr. Artur Lopes Filho.

📚 Contribuições históricas e culturais

        Historiador regional: Após se aposentar da advocacia em 2008, dedicou-se à pesquisa histórica, especialmente sobre cidades como São Domingos do Prata, Sabará, João Monlevade, Ferros e Belo Horizonte.

        Obras publicadas: Até 2025, já havia lançado 36 livros, sendo 34 deles parte da Galeria Edelberto, mantida pela Casa de Cultura Chiquito de Moraes.

        Instituições: Ocupa a cadeira nº 56 do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, cujo patrono é Júlio Bueno Brandão.

        Cidadania honorária: Recebeu o título de cidadão honorário de Sabará.

        Colaborações editoriais: Integra o Conselho Editorial da Editora Del Rey, uma das maiores do país no segmento jurídico.

💬 Depoimentos e impacto

        É descrito como “o maior historiador do nosso Prata” pelo Ministro Paulino Cícero.

        Seus estudos são reconhecidos por serem criteriosos, isentos de ideologia e baseados em evidências documentais.

        Inspirou outros pesquisadores da região, como Fábio Americano, que destaca sua generosidade e rigor histórico.

Friday, September 26, 2025

NOSSAS PERDAS

Honrar pai e mãe, sempre penso que poderia ter sido melhor, assim como poderia ter sido melhor paí. Portanto, fica claro que reconheço os meus equívocos, que melhorar como ser humano é uma vigilância diária. Há momentos de intensa saudade, dos pais, dos irmãos que se foram tão cedo. Lidar com perdas não é fácil. Ainda tenho comigo o cheiro da minha mãe. Do olhar generoso, cheio de bondade do meu pai. Um, era o frater da alegria, da molecagem q desfazia o rosto sério de mãe. Um atleta, um sambista, um pescador desde menino, mas um profissional que se mostrou competente, misericordioso e com a compaixão nas dificuldades de seus colegas de trabalho. Apenas uma, apenas uma e a primeira namorada, não mais se separaram. Obrigado minha querida Mayza, cuidou e deixou -se cuidar. Meu. Deus como isto me fez feliz.

MONALISA

No fundo, alguma coisa me diz que vai dar tudo certo. Que os caminhos são tortos mas a chegada é certa. Que há coisas bonitas esperando lá na frente, se a gente acredita. E eu acredito! Vivo de acreditar. E acredito, que o que importa mesmo, não são as pedras que encontro pelo caminho, mas sim, as flores, que carrego comigo. Dentro do coração.

Monalisa Macêdo

 

O QUE ACHAM DA BELEZA ATEMPORAL DOS ANOS 60

Nos anos 1960, especialmente a partir de 1965, a moda feminina passou por uma verdadeira revolução marcada pela ousadia e liberdade de expressão. Esse foi o período em que as saias curtas e vestidos acima do joelho ganharam força, evidenciando as pernas e rompendo com padrões conservadores de décadas anteriores.

✨Alguns destaques dessa época:

A minissaia: criada pela estilista britânica Mary Quant, em Londres, tornou-se símbolo da juventude moderna, da independência e da rebeldia contra padrões tradicionais.

Cultura jovem: pela primeira vez, a moda não era ditada apenas pelos adultos ou pela elite, mas pela juventude. A estética passou a expressar o espírito de liberdade e contestação.

Influência da música: bandas como The Beatles e Rolling Stones, além de ícones femininos como Twiggy e Brigitte Bardot, influenciavam diretamente no estilo.

Modelagem e tecidos: vestidos retos, saias evasê, estampas geométricas e tecidos leves eram comuns, sempre aliados ao comprimento curto.

Símbolo de emancipação: mostrar as pernas era mais do que estética — era uma forma de afirmar independência, ousadia e protagonismo feminino.

👗Essa moda refletia não apenas o estilo, mas também a transformação social, já que as mulheres começavam a conquistar mais espaço e liberdade em diversos aspectos da vida.

 

FILHOS

Devemos ensinar aos nossos filhos que irmãos não são apenas laços de sangue — são refúgios, fortalezas e eternos companheiros de jornada.

Que entre eles não deve existir espaço para disputa, mas sim para aplausos verdadeiros, abraços silenciosos e mãos estendidas nos dias difíceis.

Devemos ensiná-los que, quando um fraquejar, o outro será chão. Que amor de irmão não se mede, não se exibe — se vive, se protege, se honra.

Cuidem uns dos outros como quem guarda um tesouro.

Hoje, amanhã… e mesmo quando forem apenas lembrança um na vida do outro.

 

APAIXONADOS PELA VIDA

Não nascemos para estar sozinhos. E não me venham com conversas da treta. Até mesmo quem diz que está bem sozinho, não está. Todos precisamos de um ombro que nos acolha, de um ouvido que nos escute e de um coração que nos queira. Todos. Todos precisamos ser amados. Só os amargos, mal resolvidos ou frios de alma, fogem de sentir coisas bonitas. Todos queremos aquele abraço, aquela pessoa, aquele carinho gostoso. Todos queremos alguém para semear sementes bonitas. Todos queremos descobrir os encantos da vida ao lado de quem nos queira também...

SENHORA DE 82 ANOS REBATE CRÍTICAS APÓS POSTAR FOTO DE BIQUINI NA PRAIA

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AMADURECER ENTRE AMIGOS

A "casa" aqui está sempre aberta a todos de boa vontade.

Pode chamar de flor, amor, querida, amiga, anjo e toda delicadeza que desejar.

Pode e deve compartilhar imagens, pios e nem carece de pedir. É um prazer, mas não me deixe para trás.

Pode discordar com educação, respeito e sem maluquices (porque já me bastam as minhas) rsrs...

Pode comer pipoca no sofá, abrir a geladeira

e a despensa à vontade, deitar nas redes, apreciar as flores dos jardins, desfrutar dos cantos dos passarinhos e do barulhinho do mar ...

O que não pode de jeito algum é entrar com os pés sujos da maldade! Isso não é permitido!

Na porta tem um tapetinho de amor que o chamo de "Descarrego". É para limpar os pezinhos nele antes de entrar.

Se a intenção não for boa prosa, bom humor, leveza, gentileza, o bem, a paz e a luz, pode continuar lá no buraco do tatu que está.

Não há de ser santa porque ninguém é, mas há de ter decência.

Helena Cardozo Rapozzo 🖋️

Alohaaaa!

Caminhos floridos e

Divina Proteção a todos nós!

 

Thursday, September 18, 2025

AMOR UNIVERSAL

 “.. Foi com tudo que eu tinha, sem reservas, sem cálculos, sem medo do depois. Te amei com a inocência de quem acredita que o amor pode curar qualquer dor, e com a coragem de quem entrega o peito mesmo sabendo que pode sangrar. Não foi um amor pequeno, desses que passam despercebidos; foi amor inteiro, desmedido, capaz de incendiar cada espaço dentro de mim.

Eu te amei nos dias bons e, principalmente, nos dias ruins. Te amei quando as palavras eram leves e quando os silêncios pesavam toneladas. Te amei nas minhas forças e nas minhas fraquezas, nos meus sonhos mais altos e nas minhas noites mais escuras. E se você duvida, saiba: não existe canto da minha alma que não tenha guardado um pedaço desse amor.
Eu te amei até onde minhas mãos não alcançavam, até onde meu fôlego não resistia. Te amei até nos momentos em que você parecia distante, até quando tudo em mim gritava para desistir. Amei como quem segura fogo nas mãos e, ainda queimando, não solta.
E hoje, no vazio que ficou, eu me pergunto se amar tanto assim foi minha força ou minha fraqueza. Talvez tenha sido as duas coisas. Talvez o erro nunca tenha sido amar demais, mas esperar que o mesmo transbordasse de volta.
Mas não me arrependo. Porque, se existe algo que ninguém pode tirar de mim, é a verdade do que senti. Eu te amei com tudo que eu tinha — e até com o que não tinha. E isso, por mais que doa, é a parte mais viva da minha história..”

MENSAGEM DE ANIVERSARIO DO MEU SOBRINHO GUILHERME

Hoje é dia de festa e alegria,

Tio PET completa mais um ano de vida,

Com seu jeito único, força e simpatia,

Deixa a família inteira sempre bem recebida.


Exemplo de carinho, amizade e união,

Com palavras sinceras que aquecem o coração.

Que a saúde, a paz e o amor sempre te acompanhem,

E que sonhos e conquistas nunca se afastem.


Tio querido, é grande a nossa gratidão,

Por cada momento, por cada atenção.

Que Deus te abençoe em cada amanhecer,

E que a felicidade nunca deixe de florescer.


Parabéns, tio PET, com todo respeito e emoção,

Hoje celebramos você, de todo coração! 🎉

Thursday, September 11, 2025

“Melhor ela não me ver… não quero que sinta vergonha de mim.” 🌹

 Esse era o pensamento que atravessava o peito apertado de Seu Benício Cardoso naquela manhã tão cheia de significado. Encostado timidamente na última parede do auditório da Universidade Federal do Vale Verde, Benício fingia não existir — disfarçado entre sombras, como se quisesse ser parte dos tijolos, invisível mesmo num dia que deveria ser de festa.

Na mão, a rosa vermelha que escolhera ainda ao raiar do sol. Não havia terno, não havia gravata. Benício usava a velha camisa azul — a de domingos, dias de missa, dias de ir à feira. Era a peça mais nobre de seu guarda-roupa, mesmo já desbotada pela vida. O perfume dele era o da rua: sol, sorvete e trabalho honesto.
Ao redor, pais e mães desfilavam elegância: trajes finos, saltos altos, celulares reluzentes a registrar selfies cheias de orgulho. Riam, se abraçavam, trocavam histórias sobre como “meu filho ficou anos na Alemanha” ou “minha filha já fala três idiomas”. Era o mundo dos que chegam ao topo do morro sem nunca sujar os pés de barro.
Seu Benício, silencioso. Não sorriu nem exibiu, apenas olhou. Vinte e tantos anos de batalha empurrando o carrinho de geladinho pelas ladeiras quentes e frias de Santana do Ribeirão. Sempre com a paciência dos humildes, saindo antes do nascer do dia, voltando quando as ruas já estavam vazias; enfrentando tempestades, calor de rachar o asfalto, cansaço que fazia latejar os joelhos, tudo por ela: Estela Maria, a única filha, toda a sua razão de viver.
Desde os primeiros garranchos, desde o dia em que Estela soletrou a primeira palavra, Benício se via repetindo sempre, deitado ao lado da menina na rede:
— Você vai ser grande, minha filha… Vai voar longe.
E ela acreditava. Ele também, mesmo sem nunca demonstrar receio, mesmo quando a cidade inteira parecia feita de obstáculos, falta de dinheiro, contas vencidas, geladeira vazia ou livros inacessíveis.
Foram mais de dez anos estudando à luz fraca das velas. Muitas noites, a energia ia embora antes da esperança. Caderno emprestado, uniforme costurado pela vizinha, feirinha de usados pra arrumar um livro velho. Teve almoço que foi pão com goiabada, teve janta de sopa rala feita com resto de legumes doados no fim do dia.
Mas Benício nunca voltou pra casa de mãos vazias: era o homem do “Eu consigo”, do “Vai passar”, do sorriso mesmo com dor, da moeda guardada como se fosse ouro puro. Quando Estela trazia o boletim — só notas altas —, Benício estufava o peito, enxugava discretamente o suor, dava um beijo na testa dela e dizia baixinho:
— Isso é só o começo, meu bem. Só o começo…
O tempo, implacável, foi passando. Um passo de cada vez, como o carrinho de geladinho atravessando baixo do sol. A menina cresceu. Chegou o ensino médio, depois o cursinho — sempre por esforço próprio, sempre sem luxo, mas com garra de quem não aceita rasteira da vida. Quando Estela anunciou que passara para medicina na federal, Benício chorou escondido atrás da porta, sussurrando um obrigado a Deus.
O vestibular vencido, vieram mais batalhas: mensalidades de ônibus atrasadas, almoço que virava fruta na marmita, xerox paga com moeda contada. E lá estava Benício, empurrando seu carrinho, vendendo esperança em cada picolé. Nunca reclamava. Quando Estela ligava, mesmo com o cansaço explodindo, ele repetia:
— Os desafios fazem a vitória mais bonita, filha. Eleve sempre a cabeça.
Assim, entre estudo, trens lotados e noites mal dormidas, chegaram os sete anos de luta. E agora era o tão aguardado dia: formatura da Estela Maria, Doutora formada, primeira médica da família Cardoso.
O auditório pulsava expectativa, palmas e sorrisos de dentes brancos, quando finalmente o nome ecoou:
— Estela Maria do Carmo Cardoso!
Ela subiu firme no palco, capa azul-marinho, chapéu de formatura — mas os olhos buscavam algo, alguém. Revirou cada fileira, cada canto, coração acelerado, expectativa como maré alta.
E então ela viu. Lá atrás, junto ao pilar, camisa azul já desbotada, rosa na mão, sorriso acanhado e lágrimas lutando pra não cair. Era ele. Seu Benício. Seu herói.
Estela conteve o choro, pegou o microfone com a voz do tamanho do auditório, e disse, decidida, em meio a um silêncio solene:
— Antes de qualquer festa, preciso agradecer quem me deu a chance de chegar aqui. Alguém que nunca desistiu, mesmo quando a vida mandava parar. Alguém que empurrou mais que um carrinho de sorvete: empurrou meus sonhos todos os dias.
E apontou, sem medo, para o fundo do auditório:
— Pai. Vem cá. Esse momento é nosso.
As pessoas se entreolharam. Os aplausos começaram tímidos, crescendo feito onda. Os olhos de Benício arregalaram, as pernas bambearam. Mas ele foi. Um passo, depois outro, atravessou o corredor como se, enfim, subisse a escadaria mais difícil de toda sua vida. Subiu ao palco, entre um mar de rostos emocionados, segurando a rosa que já era símbolo de tudo o que tinha guardado em segredo.
Estela desceu correndo, abraçou o pai apertado, e sussurrou, com a voz de quem nunca esqueceu o sacrifício:
— Obrigada, pai. Você foi luz quando tudo era escuro. Foi força quando eu só queria desistir. Foi amor do tipo que ergue gente, que não faz barulho, mas nunca falha. Obrigada por todos os livros, picolés, caronas, palavras e ombros… Obrigada por nunca duvidar de mim.
Ele chorou. Não era tristeza: era gratidão, era orgulho, era alívio. Eram vinte e tantos anos de luta e esperança derretendo em lágrimas puras, enquanto a plateia se levantava de pé.
No abraço, estavam todos os natais apertados, todas as contagens de moedas, todas as noites em que ele ficou na fila do hospital pra garantir uma consulta, todos os trocados guardados só pra comprar a passagem do ônibus que a levou para a universidade.
Estela ergueu o diploma enquanto lágrimas escorriam dos dois rostos:
— Esse título é nosso, pai. Nosso. Você me ensinou que o amor não precisa de terno. Precisa só de presença — e de coragem para sonhar junto.
Naquele momento, os aplausos preencheram o ar. Não de pena, mas de respeito, de reverência. A história daquele homem simples era, na verdade, o segredo da vitória de todos os filhos: a aposta silenciosa, o sustento invisível, o “eu acredito em você” sussurrado antes do sono. 💙
Benício desceu do palco, rosa nas mãos, costas eretas. Agora, não tinha vergonha. Era orgulho puro, estampado na face marcada.
A verdadeira herança não cabe no banco, no apartamento ou em viagens. É feita do suor que molha a camisa, dos sacrifícios ocultos no dia a dia, do amor simples que não cobra nada em troca. São pais heróis, mães incríveis, avós gigantes silenciosos.
Diplomas nascem com muito estudo — mas só florescem de verdade quando regados pelo suor e pelo coração de quem nunca parou de acreditar.
Em cada formatura há, por trás de um nome no palco, centenas de degraus silenciosamente escalados, abraços dados, lágrimas escondidas. E, no fundo, sempre há um Benício — com sua camisa desbotada e a coragem mais bonita do mundo. 🚶‍♂️🌹✨