Monday, January 09, 2012

ORAÇÃO À NOSSA MÃE - CENTENÁRIO DE DA. CELITA EM 13 DE MAIO DE 2020.

Nós pratianos, tivemos no dia 9 de março de 1997 uma grande perda; Dª Celita  ( Glicéria de Paula Magalhães ) deixou nosso convívio para em companhia de nosso Pai Celestial continuar a sua missão de bondade e carinho para com todos que a rodeavam.

Celita era irmã de Guilherme Magalhães ( Sô Guilherme alfaiate, que foi casado com Da. Rita Drumond ). A Da. Celita foi casada com Elisandro Rosa de Lima. São filhos, o Sandro, O Tadeu e o Agostinho.

A Da. Celita teve como irmãos de criação a Da. Ruth de Sô Manoel Vermelho ( um primor de ser humano ) e o Quequé ( Zé de Paula, também alfaiate, além de, segundo meu pai,  um senhor médio volante do Pratiano).

Particularmente, tinha por ela um apreço que ultrapassava a uma simples consideração. Através de meus pais, fiquei sabendo que ela, quando do casamento deles, testemunhara a um no civil e a outro no religioso, única forma encontrada para que não houvesse um certo ciúme, já que ambos a consideravam como grande amiga. Cresci como amigo de seus filhos, torcia pelo Vasco junto com o Sandro, o que nos custava umas discussões com o Tadeu, já flamenguista quando ainda usava chupeta. O Agostinho quando se casou, fui o motorista que conduziu o Juiz de Paz ao Cartório, juntamente com meu irmão João Bosco (João Gato), que foi seu testemunha no ato civil.


Como se vê, não há família no Prata que não tenha uma boa recordação de Dª Celita. Assim como não há jovem que não lhe fez confidência, rapazes ou moças que tomaram alguns puxões de orelha quando ela achava necessário. Com ela não havia cerimônia, conseguia falar com a gente de uma maneira que nos fazia meditar e sentir nela a presença da mãe que todos queremos ter.


Muitos alunos de outras cidades que estudavam no Prata tornavam-se seus filhos adotivos. Frequentavam sua casa e achavam sempre um biscoito e um café para recebê-los. Muitos destes, hoje, são engenheiros, médicos, advogados e professores, mas aprenderam com Dª Celita o que as faculdades não conseguem ensinar: amor, bondade e carinho. Com ela não havia distinção, preocupava-se com a amiga, lavadeira de profissão, que não conseguia terminar sua casa de morada. Condoía-se quando via que um pai de família, pobre lutador, excedera-se na bebida e subia a rua cambaleando ou até mesmo entregara-se ao sono etílico em cima de algum passeio. Por tudo isto é que desejamos deixar uma mensagem ao Sandro, Tadeu, Agostinho e também aos netos: vocês não devem lamentar, a mãe e a avó de vocês foi daquelas pessoas que só vieram ao mundo para ajudar e fazer o bem. Nós, filhos desta terra, tivemos dela aquilo que não se paga com moeda e nem se compra no supermercado da esquina:
“Tivemos o amor em sua real e verdadeira acepção”.


Não posso deixar de registar  que Ela teve três filhos homens, mas que na vida dela, houve uma pessoa que foi para Ela como uma filha, a Sylvia Teixeira, que aqui veio morar como estudante, filha do Sr. José Teixera  ( ex-prefeito de Dom Silvério e irmão do Sr, Prudentino do Correio )

Que nos doa a saudade dela, mas que seu exemplo nos sirva de caminho para educarmos bem nossos filhos e netos. Ela não queria mais do que isto!
Mesmo que caia esta lágrima que teima em rolar, eu agradeço a Deus por ter tido a felicidade de com ela ter convivido.