Este templo religioso que domina a cidade pela elevação em que se acha edificado, pela brancura de suas paredes e altura de seu campanário, com o regulador publico, edificado há cerca de 50 annos, em substituição a outro que se demolio, se acha em ruína, merecendo especial attenção do catholico povo desta terra para a sua prompta reedificação, porque mais ou menos dias teremos o desgosto de velo desabar e ruir por terra, tal o estado precário em que se encontra.
O nosso virtuoso vigário, Revmo. P.e. Antonio de Barros vendo a eminencia do perigo que o ameaça tem tratado do assumpto apellando para o povo e já nomeou commissão que, examinando o edifício, apresentou o respectivo laudo fazendo o orçamento dos concertos de medidas urgentes. (.............................
Talvez fosse conveniente a reorganisação da Irmandade do Rosario, que relevantes serviços tem prestado a respeito. Como se sabe, com a sua organisação e auxilio do povo, no tempo do vigário Revmo. P.e. Pedro Domingues, de saudosa memória, dentro de pouco tempo fizeram-se alli grandes melhoramentos como compra de patrimônio, limpeza e bençam da Capella, cerca de cemitério respectivo etc., serviços em que não se gastou pouco dinheiro.
Hoje que os tempos estão mudados havendo muito mais numerário do que out’rora, com boa vontade dentro em pouco, poderemos ver aquelle templo adquerir o esplendor necessário que lhe devemos dar (.................).”
Frei Thiago, em seu livro “São Domingos do Prata Subsídios para a História”, á pág.49, escreveu: “A história da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, cujo titulo primitivo foi NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS PRETOS, começa no dia 13 de junho de 1820, data da Provisão da Cúria de Mariana, para a construção da mesma, dando motivo para o crescimento do Arraial. Foi por muitos anos uma construção modesta. Por volta de 1880 o Vigário Pe. Antônio Cordeiro Abrantes a demoliu para iniciar a construção de outra maior, aquela que lá está.
Tal inicio se deu no ano de 1883, mas o Pe. Cordeiro não chegou a concluí-la. Seu sucessor, o Padre Pedro Domingues Gomes deu um passo avante, também sem concluí-la, mas realizando a benção solene da parte onde já podia ser celebrada a Santa Missa, (.........)”.
