Saturday, May 26, 2012

ESTRADA DE FERRO - SAO DOMINGOS DO PRATA

ESTRADA DE FERRO – EM 1944, AINDA A REIVINDICÁVAMOS.
JORNAL ‘ A VOZ DO PRATA’ DE 26 DE MARÇO DE 1944.


“O leader da imprensa mineira ‘O Estado de Minas”, em seu artigo editorial de 21 do corrente, destaca o auspiciosissimo fato de, no trecho da Central do Brasil compreendido entre Santa Barbara e São Bento, terem sido assentados trilhos brasileiros, fabricados nas Usinas de Monlevade, que distam de nossa cidade apenas 24 kilometros, e ligadas a nós por notável rodovia.


Esse fato, se alegra a todos os brasileiros, pois é a única fabrica de trilhos de toda a America do Sul, vem recender em nós, nossas acalentadas esperanças de mais de meio século, de termos a nossa via férrea, seja ela Leopoldina, Central ou Vitoria.


Quando de todos os recantos do Brasil surgem as mais animadas esperanças de que os trilhos de Monlevade ligarão o Paiz de norte a sul, levando ás mais longínquas comunas o progresso e a civilisação, nós, que felizmente temos esta, mas nos falta o progresso que só chega com os apitos das locomotivas, não poderemos permanecer indiferentes por mais tempo, já que estamos tão pertos da fabrica do progresso.


Levantêmos as nossas estatísticas e mostremos a potencia que somos. Façamos um apelo aos Governos da União e do Estado, sobre a necessidade da ligação ferroviária da Leopoldina com a Central e Vitoria em Nova Era, fazendo-lhes ver a facilidade para o transporte dos trilhos.


De Dom Silverio a Nova Era o trecho é de apenas 70 quilts., quando no norte do Estado, é feita a ligação de Montes Claros á Baia, com milhar de quilômetros. Peçamos o auxilio de elementos que gosam de influencia nas altas rodas oficiais, e o da Belgo Mineira, a fabricante dos almejados trilhos, que já deu mostras de querer nos bem, construindo para o nosso município uma rodovia, sem favor, um das melhores do Estado.


Trabalhêmos muito, com muita união, e talvez consigamos tornar em realidade o nosso mais lindo sonho: termos a nossa estrada de ferro”.


(texto no original).


IMPÕE-SE A LIGAÇÃO FERROVIARIA DO “VALE DO RIO DOCE” COM A ESTRADA DE FERRO LEOPOLDINA EM DOM SILVERIO.


JORNAL ‘ A VOZ DO PRATA’ DE 9 DE STEMBRO DE 1945.


‘A Voz do Prata” com o titulo acima, em letras garrafais, publicou o discurso do então candidato à Presidente da República, General Eurico Gaspar Dutra, efetuado em Belo Horizonte.


Vou retranscrever a seguir, apenas o trecho que nos interessa e o comentário do jornal sobre o mesmo.


“ (...............). ‘No vale do Rio Doce, devem proseguir as obras de remodelação da Vitoria a Minas, até que esta grande via esteja apta á exportação de grandes massas de minério.
É mister, porem, que ampliemos o plano desta ferrovia, de modo que a portentosa corda potamica do rio Doce se torne o escoadouro de outras riquezas e que se prolongue até Belo Horizonte, articulando-se com as outras vias ferreas que servem ao hinterland.
‘E, completando a articulação do vale do rio Doce com a estrada de ferro Bahia a Minas, IMPÕE-SE a ligação de Governador Valadares com Teofilo Otoni e, em DOM SILVERIO, com a Estrada de Ferro Leopoldina.’


(......................). “ Na execução do Plano Rodoviario Nacional alem da ligação Rio Bahia, IMPÕE-SE a construção da transversal CENTRO OESTE do Plano Rodoviario que, partindo de Vitória e passando por Belo Horizonte e Triangulo Mineiro, se prolongará através do sul de Goiaz, até a velha capital de Mato Grosso.


Esses dois ulltimos problemas constituem o velho sonho do município de São Domingos do Prata, que, de quando em quando, se agita com a esperança (.........................).
Ninguem ignora que estas duas realizações, o prolongamento da Leopoldina de Dom Silverio, ou o da Vitoria a Minas para Dom Silverio, e a construção da estrada do paralelo 20 que ligará Belo Horizonte a Vitoria, cruzando o nosso município em diagonaes, constituirão as maiores alavancas propulsoras do nosso progresso e, mesmo da nossa zona, fazendo de São Domingos do Prata, que já é rico por tudo o que contem, um dos municípios mais importantes do Estado. (...................).”