Nos
meados do Século XVIII residia, na vizinha localidade de Santa Luzia, o português
Domingos Marques Afonso, que era casado com uma senhora, cujo nome não
conseguimos descobrir, com a qual teve alguns filhos, dos quais são conhecidos
os de nome Luís e Francisco.
Domingos enviuvou-se. Tinha um irmão de nome José Marques
Vila, a quem foi concedida uma sesmaria de terras, no Ribeirão da Prata,
comarca da Vila Nova da Rainha, isto é, Caeté.
Como José Marques Vila se tornasse demente, o seu irmão
Domingos, no intuito de manter a posse sobre estas terras, para ali se
transferiu, em 1770, ano em que requereu do Governador da Capitania, a
confirmação da referida sesmaria.
Ali contraiu segundas núpcias, com D. Ana Isidora,
conforme informações que colhemos de pessoas antigas. Deste matrimônio nasceu
mais um filho que tomou o nome de Manoel Marques Afonso.
Domingos Marques Afonso, erigiu, no Ribeirão da Prata uma
capela, sob a invocação de S. Domingos, santo do seu nome. A sua fazenda se povoou
e deu origem à atual cidade de São Domingos do Prata.
Os seus filhos Luís e Francisco (filhos de
Domingos Marques Afonso), não o acompanharam para o Ribeirão da Prata e
permaneceram, em Santa Luzia.
Francisco Marques Afonso deixou descendência que hoje se
encontra espalhada pelos vizinhos municípios de Sete Lagoas, Curvelo e
Paraopeba. Luís, seu irmão veio para as Jaboticatubas. Aqui contraiu núpcias com D. Inácia Maria do Espírito
Santo, filha de Antônio Raposo de Oliveira. Construiu a sua fazenda de Lages e
nela residiu com sua família.
Luís Marques Afonso (filho de Domingos Marques Afonso)
era amigo do Mestre de Campo, Inácio Corrêa Pamplona muito conhecido na
história antiga de Minas. Por indicação deste, foi incorporado à milícia criada
por D. João V, na qual recebeu o posto de alferes.
FONTE: A HISTORIA DE LEONIDAS MARQUES AFONSO - DO ARQUIVO DA CIDADE DE JABOTICATUBAS - MG
Anotação : Ailton Petronio de Castro