Tema: A Espontaneidade
AMIZADE
Devemos ter amigos mais velhos, e também
amigos crianças. A maturidade é pródiga em prudência e sabedoria; e a criança
em alegria e espontaneidade.
É normal que dentro do nosso papel social, a
expectativa que as outras pessoas têm de nós, o controle que queremos exercer
sobre os outros provoquem a perda de nossa espontaneidade.
A
VIDA
A vida é livre, solta e natural. A
naturalidade é a base de toda pessoa feliz. Com o passar do tempo, a educação
tende a reprimir nossos sentimentos e emoções; tornando-nos pessoas
premeditadas. Neste estado de mutação a imagem
que o outro faz de nós torna-se mais importante do que o prazer corporal; é também quando
gastamos imensa energia, não para ser o que somos, mas para parecer ser o que
os outros esperam de nós.
MEDO/REJEIÇÃO
Toda repressão começa com o medo do
que os outros vão pensar e das conseqüências decorridas disso (rejeição).
Aí a representação ocupa o lugar da vida.
Passamos a atores desempenhando os
mais diversos papeis sociais (pai, mãe, chefe, rico, pobre, homem, mulher,
professor, marido, esposa e daí por diante).
Para nos adequarmos a estas diversas
situações sociais, somos naturalmente obrigados a reprimir sentimentos,
sacrificando o desenvolvimento natural e o fluir harmonioso da nossa vivencia
corporal; tão necessários a nossa felicidade.
Desejamos sempre parecer fortes,
onipotentes, superiores, quase deuses; porem deparamo-nos a todo momento com as
características irremediavelmente inerentes ao ser humano, que é a fragilidade,
a imperfeição, e a possibilidade sempre presente de errar.
A imagem idealizada dos filhos
quanto aos pais, dos maridos quanto às esposas, das mulheres quanto aos homens
é de uma pessoa “forte”, capaz de carregar o mundo nos ombros, que dão conta de
tudo e de todos, uns heróis.
- “Homem não chora”.
- “Seja forte, meu filho”.
- “Você está parecendo uma
mulherzinha”.
-“Moça tem de ser recatada, dar-se
ao respeito”.
-“Pense bem, você é casada”.
A sociedade está pois, altamente
ligada à venda da imagem.
LEMBRAR
QUE:
Antes de todos os papeis sociais
desempenhados, somo SERES HUMANOS.
O grande psicólogo Frederick Pearls,
costuma preceder suas sessões de terapia com a leitura do seguinte texto: “Eu sou eu e você é você. Eu faço as minhas
coisas e você faz as suas. Não estou neste mundo para viver de acordo com suas
expectativas e nem você esta neste mundo para viver de acordo com as minhas. Eu
sou eu e você é você. Se nos encontrarmos assim, será lindo, maravilhoso, é o
amor Se não, o que eu posso fazer? A vitalidade humana e a fluência gostosa da
vida acontecem quando as nossas energias emocionais são claramente expressas.
Ter consciência de nossas emoções, quaisquer que sejam elas, consentir
humildemente nelas e expressa-las da nossa maneira é o primeiro passo para relações
espontâneas, naturais e amorosas. Amor e intimidade estão juntos O formalismo
distancia. Há momentos para a formalidade na nossa vida social, mas precisamos
de muitos momentos sem amarras, sem proteções, sem estarmos prevenidos. A vida
é para ser vivida e não para ser representada. Ser livre é assumir inteiramente
nossos choros, nossas tristezas, nossas raivas e, sobretudo, nosso amor”.