Tuesday, August 11, 2020

DIVÓRCIO - MUDANÇA DE CONCEITO

O fim de uma convivência como casal não é o fim da família. Pais continuam pais, condição que o amor faz persistir. Conflitos são para ser dirimidos e não para serem objeto de conflitos eternos. As partes do divórcio tem que manter o respeito um pelo outro e a comunicação não deve ser interrompida. Se há reclamações entre as partes, há também muito a agradecer um ao outro pelo período em que estiveram juntos e se apoiaram.


Temos a cultura de que um ex sempre torce para que o outro se "lasque", como se a infelicidade alheia fosse garantia do bem estar de alguém.


Por qual razão, nós, pais, também não podemos evitar de envergonhar os filhos?


Sempre consideramos a gratidão e o perdão, sem guardar rancor ou ressentimento de alguém, mesmo porque nós temos a mania de achar que o outro é sempre "o culpado", sem analisar também os seus próprios equívocos. Não existe necessidade de procurar o "culpado" no fim de um relacionamento, existe a necessidade de entender que todos temos nossas particularidades.


A continuidade do vínculo familiar é algo que não se desfaz, mesmo porque não existe ex-pai ou ex-mãe.


Já era hora de mudarmos o conceito de que o divórcio pressupõe inimizade, ao contrário, por causa dele os pais devem até estar mais atentos aos filhos. Filho é filho, não importa que idade tenha. Outro dia, o meu filho nos disse que muita coisa ele deixou de fazer entre os 13 e os 17 anos porque tinha medo de envergonhar-nos como pais. Achei muito bom ouvir isso, Ele não pensou apenas nele, pensou em nós também.


É preciso que tenhamos mais maturidade para lidarmos com estas situações e entender que nossas atitudes são de nosso exclusivo domínio e responsabilidade.


Então que se viva o perdão e se mantenha a família como célula mater de nossa sociedade.