Comprei um sitizinho lá pras bandas do Chapadão.
Fiz cerca nova na divisa molhando de suor a camisa.
Arame liso de ponta a ponta de aroeira os mourão.
De cedro tratado fiz na chegada um Porteirão.
Fiz uma casa de alvenaria toda de varanda cercada.
Lugar onde fico de tardezinha observando a passarada.
São bandos de canários, sabiás e diversas rolinhas.
Fiz uma horta grande toda cercada de bambu.
Enrigada com a água da biquinha, que desce lá da serra e passa na porta da cozinha.
Fiz uma tulha grande para as traias de lida poder guarda.
Um puxadinho do lado para o tacho e pilão.
Mandei fazer de argola niquelada cabeçada é peiteira que uso no burrão.
No passo picado quando ergo o braço ele estica o paço acompanhando o compaço do meu coração.
Fiz um jardim na chegada para a casa enfeitar.
Forno e fogão a lenha para na comida minha cabocla capricha.
E pró lado de baixo da casa fiz com muito prazer um tanque de pesca que dá gosto de ver.
E seu um dia você quiser me visitar com carinho recebo você.
O endereço é muito fácil, é seguir estrada acompanhando a natureza.
Lá na baixada vai ouvir o canto alegre de um bem-te-vi as margens da represa.
Ande mais um pouquinho, minha casa está por trás da mata depois da curva do caminho.
