Saturday, March 15, 2014

Meus cadernos

Primeira viagem do aço

                              O Brasil jamais fizera, até 1.967, qualquer exportação de aço. Todo ele, aqui produzido, era destinado ao consumo interno, juntamente com as tonelagens que importávamos dos Estados Unidos e de outros países. Neste ano, a USIMINAS resolveu quebrar a triste estatística e promover a primeira exportação de aço brasileiro. Seu destino era a Somisa, estatal argentina também ela produtora de aço, cuja usina se situava em San Nicolás, na margem do Rio da Prata.

                              E para celebrar o evento, que foi cantado em prosa e verso pelas classes produtoras brasileiras, a empresa promoveu uma visita de jornalistas, que chegariam a Buenos Aires abençoando a preciosa carga. A ideia do Dr. Amaro Lanari, presidente da empresa, foi desdobrada em uma programação muito bem elaborada.  Foram convidados vinte e cinco jornalistas e fotógrafos dos maiores órgãos de comunicação do país, incluindo professores e diretores de cursos superiores de jornalismo. Era uma equipe muito representativa de nossa informação. E quase na hora de embarcar o pessoal, entendeu a empresa de incluir mais um figurante, que representasse a Assembleia Legislativa do estado e sua Comissão recém-criada de Siderurgia e Mineração. Foi assim que a convite do Presidente Manoel Costa me vi envolvido naquela aventura acieira.

                              O programa era completo.. Começava com nossa visita às Minas da Cia Vale do Rio Doce, em Itabira, onde não só testemunhamos a extração mineral, o tratamento do produto e seu embarque naquela gigantesca composição com 173 vagões. Aí deixamos o ônibus e nos acomodamos confortavelmente no carro da diretoria, que foi plugado no “caboose”, último vagão da composição ferroviária. Trecho relativamente curto, que perlongava o Rio do Peixe e, em sequência, o nosso Rio Piracicaba, até o pátio da USIMINAS, em Ipatinga. Nada deixou de ser mostrado aos jornalistas, que perguntavam ao acompanhante da empresa cada detalhe operacional, iniciando pelo  “car dumper”,  que vira o vagão para esvazia-lo. Lá não faltou nada. A coqueria, a sinterização, os altos-fornos e aquelas cubas gigantescas, de dez toneladas de capacidade, lançando o gusa a mil e quatrocentos graus de temperatura dentro da aciaria.  Vimos os laboratórios, a correção composicional do produto e, por fim, o trabalho da laminação, brincando de jogar tênis com uma pequena bola de dez toneladas.  Para quem não havia tido, antes, a oportunidade de visitar uma usina siderúrgica, foi um impacto psicológico notável. A cada momento havia no ar uma expressão de admiração e surpresa, dita de uns para os outros, entre os visitantes. Assistimos, ainda, ao embarque do produto acabado na área ferroviária e desfrutamos de um lauto e generoso jantar, no velho Grande Hotel de Ipatinga.

                              Voltamos ao carro da diretoria, já engatado na composição ferroviária que levaria o produto ao porto e com as brumas da noite era só o estalar compassado das rodas nos trilhos e, em nosso vagão, a sinfonia dos companheiros no canto do truque, do 21 e do buraco. Até de madrugada.

                              Ficamos em Vitória vendo a carga dos navios. E para variar comendo tira-gosto de camarão. De muito camarão, que não deixou de produzir um bom estrago em alguns dos supimpas amantes do crustáceo.

                              Eram dois os navios contratados para a viagem. Um, bem novo, fabricado num estaleiro brasileiro, o “Pollux” e o outro uma navio sueco – ambos com a mesma capacidade de carga. Escolhi, por patriotismo, talvez, o navio brasileiro. Nele, estávamos treze jornalistas, eu e meu velho amigo Djalma de Azevedo, da USIMINAS, mas também companheiro da faculdade de direito. Fomos à noite para nossas cabines, já que nossa embarcação sairia às cinco horas da manhã- exatamente doze horas à frente do navio sueco.

                              Fui designado para viajar no camarote do empresário do navio. Era uma peça ampla, confortável e equipada com tudo para uma boa viagem. Não foi surpresa, quando no segundo dia no mar, chega o Humberto Motta, pedindo para acolhê-lo no largo sofá do camarote. O que ele realmente queria era sair lá de baixo, de um pequeno camarote ao lado do motor do navio, que espancava sua cabeça, impedindo-o de conciliar o sono. Depois dele vieram os outros companheiros que, com muito jeitinho, me solicitaram a mesa de jogo para fazerem suas rodadas de baralho. Assim, a viagem transcorreu entre celebrações lúdicas e etílicas de dia e à noite, sem faltar nas madrugadas. Aquilo só interrompia nos horários de refeição, que no navio cargueiro, em virtude do rodízio dos plantões da marinhagem, era servida a cada quatro horas. E, como o pessoal de bordo era majoritariamente do Nordeste, seis vezes por dia no refeitório geral era possível ter a indefectível carne de sol com farofa.

                              E mais cerveja, vinho e champanhe cujos estoques se esgotaram antes mesmo que a embarcação chegasse à foz do rio da Prata, onde tivemos mais um pernoite, já que os “práticos” que nos levariam rio acima até Buenos Aires, só trabalhavam até 16 horas.

                              O Comandante do navio, o veterano capitão Porciúncula, que às vezes nos afagava com um convite para acompanha-lo ao almoço, celebrava, diariamente, todos e cada um dos itens do regulamento e da tradição navais. Curioso foi constatar que ele, quarenta anos antes, comandara um ITA DO NORTE, que trouxera às Gerais, vindo do Piauí, a figura alegre e romanesca do Celius Áulicus, que estava conosco naquela viagem.
                              Preocupante no navio foi a questão de saúde. A bordo não havia médico, enfermagem e muito menos medicamento. Não havia talvez um único comprimido de Melhoral. Mas, antes de iniciar a viagem, eu passara em São Domingos do Prata e meu pai, médico cauteloso, que um dia fora convidado a ser médico de bordo numa linha francesa de vapores, colocou minha mala sobre a escrivaninha e começou a ocupar todos seus espaços disponíveis com amostra grátis para os mais variados acometimentos, que pudessem molestar na viagem.

                              Recordo-me de um dia em alto mar ter sido levado ao camarote do Afonso Celso Raso por alguns companheiros. Palavra que eu achei que ele ia morrer. Com aquela aparência – imaginei – ele seria uma baixa provável. Tinha uma mancha quase negra sob os olhos. E a esclera injetada de sangue, lembrava um filme de terror. A pele ictérica e seus cabelos, por sinal bem lisos, pareciam emplastrados de graxa. Ele só repetia uma frase: “eu quero morrer... eu quero morrer...”. Naquela altura devia já ter vomitado até a própria alma.

                              Peguei na mala um bom volume de amostras grátis e ajudado por alguns jornalistas começamos a ler e tentar interpretar o complexo e ininteligível palavreado das bulas. Foi assim que descobrimos antidepressivos e medicamentos para recuperação hepática. Foi o que lhe demos e pareceu ter dado certo, porque no dia seguinte o Afonso Celso, entre uma dose e outra de champanhe, estava de novo sentado na mesa de jogo.
                              Começamos a subir o rio da Prata, vendo a sinalização do canal navegável e ao chegar ao porto mais uma noite de plantão, decorrente do nosso tardio aportamento. Mas tudo valia como aprendizado da vida do navegante. A cada momento uma nova surpresa.

                              Mas surpresa de verdade tivemos ao desembarcar na manhã seguinte no “píer” de Buenos Aires. Imaginem quem se reuniu para nos dar as boas vindas. Foram exatamente os jornalistas que viajaram pelo navio sueco e haviam deixado o porto de Vitória doze horas atrás de nós. Mas como pode? Eles não passaram por nós. Não vimos hora alguma sua embarcação. E lá estavam eles, sorridentes e de braços abertos.

                              Na verdade, eles tinham sido vítimas de um incidente. Quando seu navio estava ao largo do porto do Rio de Janeiro, aproximadamente a duzentos quilômetros da costa, ocorreu uma explosão, que não só imobilizou a embarcação, mas, também, comprometeu todo o sistema elétrico de bordo, inclusive para efeito de comunicação com as autoridades portuárias e da eventual busca de socorro.

                              Ali ficaram eles. Paralisados e utilizando todos o seu respectivo colete salva vidas. Imagine-se aquela “troupe” iluminada à noite por lanternas e se preocupando já com a deterioração de alimentos congelados e, mais ainda, depois de trinta horas vendo a quebra da segurança psicológica de alguns.

                              O Leopoldo José de Oliveira, por exemplo, se agarrou com as duas mãos a uma trave metálica da estrutura do navio, de pé, imobilizado, olhos fixos no infinito, até que utilizassem as artes mágicas do Vinícius de Carvalho, da TV Itacolomy e da UFMG, que o hipnotizou com o que soltou a grade metálica e pode repousar.

                              No dia seguinte, horas tantas passadas, surge no horizonte um avião de nossa patrulha costeira. E o piloto sente logo que algo não ia bem. A duzentos quilômetros da costa, sem a tradicional esteira de espuma, tenta uma comunicação pelo rádio. Mas, para lembrar o poeta de Itabira, rádio não há mais... Baixando o aparelho, o piloto vê um marujo na torre do navio fazendo frenética sinalização de S.O.S. com as bandeiras nas mãos. Para tranquilidade do pessoal o avião faz uma longa curva e passa sobre a embarcação balançando as asas a dizer que demandaria por auxílio às autoridades marítimas.

                              Horas mais tarde comparece naquele ermo líquido um rebocador, que a todos coloca a salvo no porto do Rio. O que os jornalistas fizeram na imprensa da velha Capital foi uma verdadeira atoarda. A USIMINAS, agindo com rapidez, os coloca num voo internacional para Buenos Aires, onde gozaram merecido descanso.
                             
                              Foi o único incidente da primeira viagem do aço. Toda a programação se cumpriu na Argentina como previsto: entrevistas à televisão e jornais, visita à SOMISA, encontros com autoridades, “parrillas”, tudo mostrando que a boa iniciativa do Amaro Lanari viera para ficar. Tudo menos a realidade concreta de hoje, que vê nossa primeira exportadora de aço “em las manos de los Hermanos”.

                                                                          Paulino Cícero de Vasconcellos

Friday, March 14, 2014

Dedico a um alguém que de Deus recebeu uma nova chance, uma nova esperança. Não sei o que realmente sinto por tal pessoa, mas é algo forte, algo que transcende minha compreensão. Infelizmente ele não terá acesso tão logo a este verso, nem sei se um dia saberá que foi em sua homenagem, mas como dizia Vinicius de Moraes: que...
"Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."
(Soneto de Fidelidade)

Que Papai do Céu continue o abençoando sempre, que sua recuperação seja um sucesso e se já reluzia antes, que brilhe...brilhe muito mais agora. Um beijo grande.
Um dia sem querer
Veio com vento
Tocou meu peito
E tomou meu pensamento
Notícia grave
Fez-se meu maior tormento
Sopro da vida
Devolveu-me a esperança
De que um dia me ame
E me amando
Eu o ame
E nos amando
Sejamos um
Uno em sentimento.

Escondido atrás das moitas
No luar das madrugadas
Na escuridão do entardecer
Sobre a fumaça do cachimbo do Saci-Pererê
Algo nasce de um momento inesperado.

Fico enlouquecendo à noite inteira
Invisto nas desculpas esfarrapadas
Escondido quem sabe atrás do lixão
Algo nasce de um momento inesperado.

O que será que vai sair desse tudo
Uma vitamina ou uma loucura
Não sei ou sei lá!
Não posso parar porque mora ao meu lado
O amor inesperado.

PARA REJANE MARIA FERNANDES

SOU MUITO GRATO A DEUS POR TER ME DADO A CHANCE CONHECER PESSOAS QUE ME AJUDARAM NA VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL. TUDO QUE EU FIZER SERÁ POUCO PARA DEMONSTRAR A MINHA GRATIDÃO. A MINHA INSPIRAÇÃO HOJE É VC, A ANIVERSARIANTE DO DIA. CORAÇÕES GENEROSOS FOI O QUE DEUS COLOCOU EM MINHA VIDA. SÔ ONOFRE, MARIZA FONSECA E MARISA DOROTEA, ROMERO, REGINA, IVONETE, SERGINHO, PETRÔNIO FRAGUAS, BETH AMBRÓSIO, RITA ( ITABIRITO), EUNICE, SALOMÉ, EUSTÁQUIO, MARIA AMÉLIA, E TANTOS OUTROS QUE ESTOU CORRENDO O RISCO DE NÃO CITÁ-LOS MESMO SENDO IGUALMENTE MERECEDORES. FALEI TUDO ISTO PARA DIZER QUE VC É NOTA MIL, E A SUA FIDELIDADE E LEALDADE AOS AMIGOS É ALGO SÓLIDO COMO A NOSSA FÉ NO SENHOR. UM BEIJO NESTE IMENSO CORAÇÃO

A HISTÓRIA DE SANTA ISABEL



De: Jose Silvestre Pereira
Para: Os Conterrâneos de Santa Isabel (Distrito de Juiraçu)


 Revendo fotos postadas pela conterrânea Zara de Castro e outros, mostrando as antigas construções de Santa Isabel, despertou-me lembranças adormecidas da minha infância, naquele pequeno povoado, mas com grandes e inacreditáveis empreendedores, no comércio de lojas, bares,beneficiamento de café, arroz e milho. Empreendedores como os senhores Walfrido Perdigão, João Padeiro, Jair Perdigão, que movimentavam o comércio de tecidos e complementos. Pedro Padeiro com sua farmácia, Sr. Durães,Sr. Vicente (cunhado de Jair Perdigão), Sr. Gercino, Nonô de Faé, Sr. Geraldino que movimentavam outros tipos de comércio e o Sr. Zezinho de Tico com sua lanchonete. Dª Geninha,Agente de Correios, mantinha ainda uma pensão em sua residência. O Sr. Quinquim Pereira possuía uma bem montada máquina para beneficiar café e arroz movida hidraulicamente pelo pequeno riacho local. Sr. Zé Tavico que comerciava gado em toda região e com sua empatia conquistava a todos que o conheciam e ouviam seus “Causos” com alegria e gostosas risadas.
O Padre Agostinho, que além de Pároco, era grande atleta do Guarani F.C. (jogava com a batina presa na cintura) e movimentava as tardes de domingo com o jogo de futebol, previamente anunciado, após a missa. O campo enchia quando havia jogos regionais, amistosos, contra Macuco, Ilhéus, Gomes e Goiabal, sendo que contra este, era especial e sempre era marcado durante as férias dos estudantes que retornavam para visitas aos familiares. Estudantes estes sendo dois irmãos de Dedé de Paula: Nelson e José Silvério, dois filhos do Sr. Tavico: Odilon e Zequinha, três filhos de Luiz Pereira: Geraldo, Ivo e Silvestre, um filho do Sr. Gico: Sávio. Esses jogos eram sempre difíceis e o Guarani se impunha somando a juventude com os mais experientes como Dedé Tatá, Dudú Tavico, Zé Dolor, Zinho, Padre Agostinho e o excelente goleiro Mário de Beijo, davam muito trabalho aos adversários. Lembro-me ainda, que após o Padre Agostinho, veio o Padre Osvaldo, que com dinamismo movimentava as festas do Município. Dª Ita, vinha do Prata tocar harmonio e ensinava à Ambrósia, que viria ser sua substituta.

 Lembro-me ainda das tardes, quando vários fazendeiros regionais, chegavam em seus cavalos e se aglomeravam na sala do Sr. Luiz Pereira para ouvir “A Hora do Fazendeiro” da Rádio Inconfidência, pois somente o Sr. Luiz Pereira possuía gerador (pequena usina) de energia elétrica que também fornecia luz para a Igreja e para a casa de Da. Mariinha Padeiro, para fazer as hóstias. Enquanto isto, os meninos ficavam na rua em frente, brincando com os besouros e outros insetos que vinham de encontro à claridade da forte lâmpada na parte alta frontal do casarão. Pelo rádio, se ouvia Luiz Gonzaga com “Asa Branca” e “Mula Preta” que tocava nos intervalos das informações de interesse dos fazendeiros como: Sr. Nico Pimenta, Sr. Beijo, Sr. Nativo Rosa, Sr. Emílio Correia, Sr. Ozório Perdigão e outros cujo excesso de aniversários ,não me permitem recordar.

 Como informações para os mais jovens, Santa Isabel tinha na década de 40/50 o Cinema do Sr. Walfrido Perdigão,a Farmácia do Sr. Pedro Padeiro, Desnatadeira de Leite do Sr. Walfrido Perdigão, Fábrica de Fogos de Artifícios do Sr. Zé Cândido, Cartório do Sr. Pedroca Perdigão, Agência de Correios e Pensão de Dª Geninha, um Mestre de Obras o Sr. Domingos Honorato, uma Máquina de Beneficiamento de Café e Arroz de Quinquim Pereira, Forjaria (ferreiro) para fabricar colheres de ferro, panelas, ferraduras e outros do Sr. Leandro Borges, um Caminhão do Sr. Quinquim, para transporte dos produtos do Município e passageiros em cima dos sacos de café para Ponte Nova. Havia também profissionais tropeiros para a época das chuvas como Tio Zizito e Sr. Faé.

 Nesse tempo havia também uma Banda de Música, cujo maestro nas horas de folga, era o farmacêutico Sr. Pedro Padeiro. Recordo-me ainda da Rua de Cima, Rua de Baixo,do Altinho e do Caminho “VEIACO”, que tem uma história, cuja origem do nome, mostra a pureza e o caráter do seu povo mais humilde.

 Assim recordo-me de Santa Isabel e de seus “Causos”, como exemplo o de um dos filhos do Sr. Jove, que descia a rua puxando um burro pelo cabresto e quando passava pela porta da farmácia do Sr. Pedro Padeiro(que era um inveterado gozador),este, perguntou-lhe: “Onde vão vocês dois”. A resposta foi imediata: “Buscar capim para nós três”.

Thursday, March 13, 2014



É O TEXTO QUE MUITA GENTE TINHA Q LER!!!


- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
...Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade. ..
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.

- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.
- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.

Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.
Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.


- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira..

Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da
Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático.. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

Democracia isso? Pense !

O famoso jeitinho brasileiro.
Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto.... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?
Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro.
Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro !?
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro.
Puxa, essa eu não vou nem comentar.
"A COBRA 

Um mestre do Oriente viu quando uma cobra estava morrendo queimada e decidiu tirá-la do fogo, mas quando o fez, a cobra o picou. Pela reação de dor, o mestre o soltou e o animal caiu de novo no fogo e estava se queimando de novo. O mestre tentou tirá-la novamente e novamente a cobra o picou. Alguém que estava observando se aproximou do mestre e lhe disse:
— Desculpe-me, mas você é teimoso! Não entende que todas as vezes que tentar tirá-la do fogo ela irá picá-lo?
O mestre respondeu:
— A natureza da cobra é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar.

Então, com a ajuda de um pedaço de ferro o mestre tirou a cobra do fogo e salvou sua vida.

Não mude sua natureza se alguém te faz algum mal, não perca sua essência; apenas tome precauções.
Alguns perseguem a felicidade, outros a criam.
Preocupe-se mais com sua consciência e também com a sua reputação. Pois a conciência é importante para a sua paz.E a reputação diz muito sobre o seu caráter...
Ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém. Essa é a verdadeira experiência da liberdade: Ter a coisa mais importante do mundo sem possui- la.

Wednesday, March 12, 2014



Mãe!!!

Só uma vez teu filho terá dois anos,
E o teu colo será a sua praia,
Filho único ou com manos,
Ele amará… andar ao redor de tua saia.

Só uma vez ele terá 4 anos,
E desejo ardente de brincar contigo,
Inúmeras quedas, inúmeros estragos,
E outras tantas vezes de castigo.

Só uma vez… ele 6 anos terá,
E tu prometes-lhe uma boneca ou uma bola,
Seu corpo assustado, logo pela manhã,
Primeiro dia de escola.

Só uma vez ele será adolescente,
Primeiro namoro, primeira briga,
Viverá uma mistura de triste e contente,
E nem sempre te verá como amiga.

Pela primeira vez será adulto,
O trabalho será o seu novo processo,
E tu, tipo ritual ou qualquer culto,
Rezas para que ele tenha o maior sucesso.

Só uma vez, assim se deseja,
Ele faça suas malas, abandone o seu ninho,
Para que de braço dado contigo na igreja,
Rume aos braços de outro amor, pra trilhar novo caminho.

Pela primeira vez terá um filho,
E tu, alegremente, serás avó,
E apesar do novo trilho,
Tu nunca o deixarás só.

Pela primeira vez serás mãe a dobrar,
Juntarás no teu coração… o amor de todos os corações,
E com tanto amor para dar,
Terás também o dobro das preocupações.

E um dia quando fores velhinha…recordarás…
Tudo o que te fez sorrir…sem qualquer preconceito,
Acenderás uma velinha…e dirás,
Posso partir… o meu “trabalho” está feito!

Ser mãe é:
Ser capaz de doar a própria vida.
Tirar seu agasalho para seu filho cobrir,
Por vezes chorar escondida,
Pois o importante... é ver seu filho sorrir.

Tuesday, March 11, 2014

GRANDE ZÉ - 23.03.2014

Ø Zé Luiz – Concluiu o Bacharelado em  Direito, UNILESTE/MG. Zé faz-me lembrar a música " Bom Rapaz" da época da "Jovem Guarda". Possui grande religiosidade. Trabalha habitualmente com o intuito de apoiar jovens, direcionando-os à vida sadia, em padrões cristãos. Mente aberta, não busca ser o melhor nem o pior, pelo seu espiritualismo respeita o outro e procura sempre acrescentar algo de útil ao próximo. Advoga no Prata.

JOSÉ LUIZ - 23 DE MARÇO DE 2014

Meu caro sobrinho Zé.
Você sabe como me sinto alegre  por esta  primavera. Espero que o Senhor Jesus seja seu companheiro em seus sonhos. Fico muito feliz, a cada crescimento de um filho, sobrinho ou amigo, agradeço ao Senhor, pois sem Ele não somos nada. Só podemos, com Ele ao nosso lado, e nisto você causa-me grande orgulho, pois admiro seu comportamento e seu bom exemplo como ser humano. 
Lembro-me que chorei um pouco na sua formatura, foi apenas porque queria que seus avós tivessem vivos, todos eles, para sentirem-se felizes por você, como este seu velho tio se sentiu.
Que Jesus Cristo tome conta de você e guie sempre seus passos para o bem.


Em 23-03-2014

POEMA

Moça bela na janela.
Piscadela.
Linda donzela.
Ainda me lembro dela,
debruçada naquela janela.
Não falei com ela,
apenas voltei para casa 
e fiz um poema pra ela.

VISÃO DO DIA

Um velho de bengala.
A menina pulando "amarelinha".
Cheiro de comida na vizinha.
Meninos atrás da bola.
Um cão circula  pela rua.
Um mendigo vagueia pela cidade.
Um gato preto passa correndo.
Uma ambulância acelera com o alerta ligado.
Uma borboleta me acompanha.
Barulho do mar.
Milho cozido na espiga.
Final das férias de verão.

Sunday, March 09, 2014

10 de MARÇO DE 2014

? Guilherme – Formado em Administração de Empresas pela UNILESTE/MG, 2008. Tem bom gosto, faz o que é uma das melhores coisas da vida ; nAMORar. Consciente do que pretende para si, trabalha na ARCELOR MITTAL de Timóteo. Sério, honesto no meio profissional, demonstra mergulhar de cabeça em seus propósitos. Namora ????. Cruzeirense bruto, mas nos damos bem - risos. PARABÉNS
Querido Deus,
Até agora o meu dia foi bom:
não fiz fofoca, não perdi a paciência, não fui gananciosa, sarcástica, rabugenta, chata e nem irônica.
Controlei minha TPM, não reclamei, não praguejei, não gritei, nem tive ataques de ciúmes.
Não comi chocolate.
Também não fiz débitos em meu cartão de crédito e nem dei cheques pré-datados.
Mas peço a sua proteção, Senhor, pois estou para levantar da cama a qualquer momento...
Amém!

10 MARÇO DE 2014

Ø Marcus – Formado em Farmácia Industrial pela UFMG, Pós-Graduado em Gestão Industrial Farmacêutica, trabalha na Funed juntamente com a esposa Thaís. Alegre, meio gozador, se fosse Cruzeirense, eu e o mano Vanderlei estávamos no mato sem cachorro. Nao tem em seu nome o Perdigão do Vovô Nô, mas o seu modo lembra a fama de brincalhão que caracteriza o sobrenome "Perdigão".( CAMPEÃO MINEIRO DE 2010/12/13 PELO GALO e Libertadores da América de 2013). parabéns.
Sobre o carnaval eu estou pensando....
Há 18 anos passo o carnaval aqui na nossa São Domingos do Prata.
O que não muda em 18 anos??? Muita coisa! Principalmente as pessoas mudam e muitas melhoram!!!!
O carnaval foi ótimo, feriado extenso... cidade movimentada... turistas.... bagunça....musica alta...funk....e daí?? Carnaval é isso, não é não???
Bacana demais ver talentos do Prata fazendo a festa...a exemplo do meu querido ex aluno Adilson Afesan... as delicias do paraíso...alunas da nossa escola a beleza deIndianara Ribeiro.... ah... e o Bloco do sujo...tem melhor gente?? tem não!!! se eu tivesse ritmo eu estaria lá.... Vcs contagiam todos Reinaldo Assis....
Não fui todos os dias na rua, porque tinha outros programas, como inumeras outras pessoas que puderam viajar, sitiar...ou sei lá o que!!!
Falhas se existiram, que sirvam de exemplo para que não se repitam...
Falhas tbem mudam...vi muitas nesses 18 anos... e nem por isso, deixei de rir, divertir, sorrir, ser feliz nos períodos carnavalescos!!!
Agora...se não estamos bem conosco...será dificil algo externo nos agradar!!
Ontem, fui na cia da minha amiga Cida Ribeiro...conhecer a matinê....nos informamos sobre os personagens...fantasias... porque ano que vem Maria Tereza estará lá com as bençãos de Deus, porque é aqui que nó moramos e é aqui que vamos contribuir para que as festas sejam cada dia melhores...independente de quem organiza!!!

Saturday, March 08, 2014

MARCAS DE BATOM NO BANHEIRO

Numa escola pública estava ocorrendo uma situação inusitada: meninas de 12 anos que usavam batom, todos os dias beijavam o espelho para remover o excesso de batom.
O diretor andava bastante aborrecido, porque o zelador tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia. Mas, como sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de batom...
Um dia o diretor juntou o bando de meninas no banheiro e explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam. Fez uma palestra de uma hora.
No dia seguinte as marcas de batom no banheiro reapareceram...
No outro dia, o diretor juntou o bando de meninas e o zelador no banheiro, e pediu ao zelador para demonstrar a dificuldade do trabalho. O zelador imediatamente pegou um pano, molhou no vaso sanitário e passou no espelho.
Nunca mais apareceram marcas no espelho!

Moral da história: Há professores e há educadores...
Comunicar é sempre um desafio!
Às vezes, precisamos usar métodos diferentes para alcançar certos resultados.
Por quê?
•Porque a bondade que nunca repreende não é bondade: é passividade.
•Porque a paciência que nunca se esgota não é paciência: é subserviência.
•Porque a serenidade que nunca se desmancha não é serenidade: é indiferença.
•Porque a tolerância que nunca replica não é tolerância: é imbecilidade.

"O saber a gente aprende com os mestres e os livros.
A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes. "

Friday, March 07, 2014



Para Alex, com carinho

Quem me acompanha por aqui sabe que não tenho, por hábito, tratar de minha vida privada nem de minha intimidade. Concentro-me em debateridéias e fatos, sobretudo os ligados ao meu trabalho ou ao meu consumo cultural. Mas hoje vou abrir uma exceção...

Talvez seja a proximidade do aniversário de 40 anos, talvez seja o acúmulo de sentimentos não processados devido ao trabalho árduo dos últimos três anos, mas a verdade é que ando à flor da pele...

Hoje tive uma crise de choro ao ouvir, vinda da lanchonete da esquina, a música "No dia em que eu saí de casa". A letra descreve quase que em detalhes um episódio de minha vida (e, por isso mesmo, as lembranças de minha mãe foram tão inevitáveis quanto as lágrimas):

"No dia em que saí de casa, minha mãe me disse 'filho, vem cá'; passou a mão em meus cabelos; olhou em meus olhos e começou falar: 'por onde você for, eu sigo com meu pensamento sempre, onde estiver; em minhas orações, eu vou pedir a Deus que ilumine os passos seus'.

Eu sei que ela nunca compreendeu os meus motivos de sair de lá, mas ela sabe que, depois que cresce, o filho vira passarinho e quer voar. Eu bem queria continuar ali, mas o destino quis me contrariar... E o olhar de minha mãe na porta, eu deixei chorando a me abençoar!

A minha mãe, naquele dia, me falou do mundo como ele é; parece que ela conhecia cada pedra que eu iria por o pé. E sempre ao lado do meu pai, da pequena cidade, ela jamais saiu... Ela me disse assim: 'meu filho, vá com Deus que este mundo inteiro é seu!".

Depois de ouvir essa música, ainda sentado ao computador para concluir uns textos, li a matéria de O Globo com a história completa do garotinho Alex, morto a pancadas pelo próprio pai para que "tomasse jeito de homem". Alex, natural de Mossoró, RN, fora enviado, pela mãe, ao Rio de Janeiro para viver com o pai, desempregado e envolvido com o tráfico de drogas, porque ela, mãe de outros três filhos (também criados por terceiros), poderia perder a guarda de Alex por não enviá-lo à escola, já que não tinha meios para tal.

Olhei a foto do enterro de Alex e meu coração se apertou ao perceber que não havia quase ninguém lá... Sozinha, aquela semente indefesa esmagada violentamente por sua natural exuberância, não tinha ninguém por ela na despedida dessa vida que lhe foi tão injusta.

Meu coração se partiu e não pude controlar os soluços de choro. Por um instante, vi-me naquele caixão, sem futuro...

Semelhante a Alex, quando criança, eu também não tinha "jeito de homem"; gosta de brincar com as meninas, de roda; de desenhar no chão com palitos de fósforo riscados e pegava, escondido, as bonecas de plástico baratas de minhas primas; semelhante a Alex, eu gostava de cantar e dançar e essa minha diferença me tornava alvo de injúrias e insultos desde que me entendo por gente. Cresci sob apelidos grosseiros e arremedos feitos pelos de fora. Naquela miséria em que eu vivia na infância, trabalhando desde os dez anos de idade nas ruas, o meu "jeitinho" me fazia vulnerável... e eu sabia disso ou, ao menos, intuía; por isso, dediquei-me aos estudos e ao exercício da minha inteligência. Busquei ser um menino admirável na escola e na Igreja para que meus pais não tivessem desculpas para me bater por aquilo que eu não podia mudar em mim. Nem minha mãe amada nem meu pai que já se foi me espancaram por eu ser diferente, mas, ante os insultos e as injúrias de que eu era vítima, ambos me pressionavam com olhares e cobranças e meu pai, em particular, com um distanciamento.

Minha estratégia de sobrevivência deu certo, em casa e na escola. Transformei-me num adolescente inteligente e admirado. No movimento pastoral, aprendi a me levantar contra as injustiças (inclusive contra aquelas de que eu era vítima); aprendi o que era a homossexualidade e que havia outros iguais a mim, o que me levou a passar da vergonha para o orgulho do que era. Cursei, depois de um disputado vestibular, um dos mais cobiçados colégios técnicos da Bahia. E virei orgulho de meus pais, irmãos e de todos os meus familiares e vizinhos que me insultaram. Tanto que, no dia em que saí de casa de vez, rumo a Salvador, os olhos de minha mãe amada diziam: "Meu filho, vá com Deus que esse mundo inteiro é seu". E é!

Mas eu e outros poucos que escapamos dos destinos imperfeitos ainda somos exceções. A regra é ser expulso de casa ou fugir como meio de sobreviver; é descer ao inferno da exclusão social e da falta de oportunidades; ou ter o futuro abortado pela violência doméstica, como aconteceu com o pequeno Alex...

Hoje eu quis, do fundo de meu coração, ter encontrado Alex antes de sua morte violenta e trazê-lo para preto de mim; quis voltar o tempo e livrá-lo da miséria em Mossoró e das mãos de seu algoz; de chamá-lo de "filho"; olhar em seus olhos e dizer "Por onde você for, eu te seguirei com meu pensamento pra te proteger"; quis apresentá-lo à minha mãe para que ela dissesse, a ele, "seu pai era igual a você quando criança e hoje eu tenho muito orgulho dele"...

Não deu, Alex. O destino nos contrariou: não nos quis juntos. Mas, em minhas orações, eu vou pedir a Deus, se é que ele existe mesmo, que ilumine sua alma...
De Jose Silvestre Pereira Silvestre
Para os conterrâneos de Sta Isabel

SANTA ISABEL

Vendo fotos postadas pela conterrânea Zara de Castro e outros, mostrando as antigas construções de Santa Isabel, despertou-me lembranças adormecidas da minha infância naquele pequeno povoado, mas com grandes e inacreditáveis empreendedores no comércio de lojas, bares e beneficiamento de café, arroz e milho. Empreendedores como Srs. Walfrido Perdigão, João Padeiro, Jair Perdigão, que movimentavam o comércio de tecidos e complementos. Pedro Padeiro com sua farmácia, Sr. Durães ,Sr. Vicente (cunhado de Jair Perdigão), Sr. Gercino, Nonô de Faé, Sr. Geraldino que movimentavam outros tipos de comercio e o Sr. Zezinho de Tico com sua lanchonete. Dª Geninha agente de correios e mantinha ainda uma pensão em sua residência. Sr. Quinquim Pereira que possuía uma bem montada máquina para beneficiar café, arroz movida hidraulicamente pelo pequeno riacho local. Sr. Zé Tavico que comerciava gado em toda região e com sua empatia conquistava á todos que o conhecia e ouvia seus causos com alegria e gostosas risadas.
O Padre Agostinho, que além de Pároco era grande atleta do Guarani FC (jogava com batina presa na cintura) e movimentava as tardes de domingo com o jogo de futebol, previamente anunciado, após a missa. O campo enchia quando tinha jogos regionais, amistosos, contra Macuco, Ilhéus, Gomes e Goiabal, sendo que contra este, era especial e sempre era marcado durante as férias dos estudantes que retornavam para visitas aos familiares. Estudantes estes sendo dois irmãos de Dedé de Paula: Nelson e J. Silvério, dois filhos do Sr. Tavico: Odilon e Zequinha, 03 filhos de Luiz Pereira: Geraldo, Ivo e Silvestre, 01 filho do Sr. Gico: Sávio. Esses jogos eram sempre difíceis e o Guarani se impunha somando a juventude com os mais experientes como Dedè Tatá, Dudu Tavico, Zé Dolor, Zinho, Padre Agostinho e o excelente goleiro Mário de Beijo, davam muito trabalho aos adversários. Lembro-me ainda, que após o Padre Agostinho, veio o Padre Osvaldo, que com dinamismo movimentava as festas do município. Dª Ita, vinha do Prata tocar piano e ensinava à Ambrósia, que viria ser sua substituta.
Lembro-me ainda das tardes, quando vários fazendeiros regionais, chegavam em seus cavalos e se aglomeravam na sala do Sr. Luiz Pereira para ouvir a Hora do fazendeiro da rádio Inconfidência, pois somente o Sr. Luiz Pereira possuía gerador (pequena usina) de energia elétrica que também fornecia luz para a Igreja e à casa de D. Mariinha Padeiro, para fazer as hóstias. Enquanto isto, os meninos ficavam na rua em frente, brincando com os besouros e outros insetos que vinham de encontro à claridade da forte lâmpada na parte alta frontal do casarão. Pelo rádio, se ouvia Luiz Gonzaga com “Asa Branca” e “Mula Preta” que tocava nos intervalos das informações de interesse dos fazendeiros como: Sr. Nico Pimenta, Sr. Beijo, Sr. Nativo Rosa, Sr. Emílio Correia, Sr. Ozório Perdigão e outros cujo excesso de aniversários ,não me permitem recordar.
Como informações para os mais jovens, Santa Isabel tinha na década de 40∕50: Cinema do Sr. Walfrido Perdigão, farmácia do Sr. Pedro Padeiro, desnatadeira de leite do Sr. Walfrido Perdigão ,Fábrica de fogos de Artifícios do Sr. Zé Cândido, Cartório do Sr. Pedroca Perdigão, Agência de correios e pensão de Dª Geninha, Um mestre de obra Sr. Domingos Honorato, Uma máquina de beneficiamento de café e arroz de Quinquim Pereira ,Forjaria (ferreiro) para fabricar colheres de ferro, panelas, ferraduras e outros do Sr. Leandro Borges, 01 caminhão do Sr. Quinquim, para transporte dos produtos do município e passageiros em cima dos sacos de café para Ponte Nova. Profissionais tropeiros para época das chuvas como Tio Zizito e Sr. Faé.
Em tempo: tinha também uma banda de música, cujo maestro nas horas de folga, era o farmacêutico Sr. Pedro Padeiro. Me recordo ainda da rua de cima, rua de baixo,do altinho, e do caminho “VEIACO”, que tem uma história, cuja origem do nome, mostra a pureza e o caráter do seu povo mais humilde. Assim me recordo de Santa Isabel e de seus”, causos”, como ex: um dos filhos do Sr. Jovem, descia a rua puxando um burro pelo cabresto e quando passava pela porta da farmácia do sr. Pedro Padeiro(gozador),este, perguntou: “onde vão vocês dois. A resposta foi imediata: buscar capim para nós três.

Thursday, March 06, 2014

VIDA

Uma vez eu me perdi, mas depois eu me achei.

Wednesday, March 05, 2014

NO REFÚGIO DA MINHA IMAGINAÇÃO

Um ar leve, céu claro, janelas azuis, uma música ao longe, campos verdejantes, goteiras na cozinha, flores em alegre florescer, sombras no quintal, córregos em eterno caminhar.

FILOOFANDO

Em tudo que é ruim, sempre existe algo de bom... e em tudo que é bom, há sempre algo de ruim.

OBSERVE

Quem fala muito tem medo de escutar.

AMIGO

Quero chorar o seu choro, quero sorrir seu sorriso, muito obrigado por você existir.

REFLETINDO

O pensamento é como o tempo, não fica parado.

Monday, March 03, 2014

Eu não faço a menor idéia de como esperar você me querer. porque se eu esperar, talvez eu não te queira mais.
ETERNIDADE





O que eu tenho não me pertence,
embora faça parte de mim.
Tudo o que sou me foi um dia emprestado
pelo Criador para que eu possa dividir
com aqueles que entram na minha vida.

Ninguém cruza nosso caminho por acaso e
nós não entramos na vida de alguém
sem nenhuma razão.
Há muito o que dar e o que receber;
há muito o que aprender,
com experiências boas ou negativas.

É isso... tente ver as coisas negativas
que acontecem com você como algo
que aconteceu por uma razão precisa.
E não se lamente pelo ocorrido;
além de não servir de nada reclamar,
isso vai te vendar os olhos
para continuar seu caminho.

Quando não conseguimos tirar da cabeça
que alguém nos feriu,
estamos somente reavivando a ferida,
tornando-a muitas vezes bem maior
do que era no início.
Nem sempre as pessoas
nos ferem voluntariamente.

Muitas vezes somos nós que nos sentimos feridos
e a pessoa nem mesmo percebeu;
e nos sentimos decepcionados
porque aquela pessoa não correspondeu
às nossas expectativas.
Às nossas expectativas!!!

E sabemos lá quais eram as suas expectativas?
Nos decepcionamos e decepcionamos.
Mas, claro, é bem mais fácil pensar
nas coisas que nos atingem.
Quando alguém te disser
que te magoou sem intenção, acredite nela!

Vai te fazer bem. Assim, talvez,
ela poderá entender quando você,
sinceramente, disser que "foi sem querer".
Dê de você mesmo o quanto puder!
Sabe, quando você se for,
a única coisa que vai deixar
é a lembrança do que fez aqui.

Seja bom, tente dar sempre o primeiro passo,
nunca negue uma ajuda ao seu alcance,
perdoe e dê de você mesmo.
Seja uma bênção!
Deus não vem em pessoa para abençoar,
Ele usa os que estão aqui dispostos
a cumprir essa missão.

Todos nós podemos ser Anjos.
A eternidade está nas mãos de todos nós.
Viva de maneira que quando você se for,
muito de você ainda fique naqueles que
tiveram a boa ventura de te encontrar.

(Autoria: Letícia Thompson)

Sunday, March 02, 2014

DEUS ESTÁ NO CONTROLE

Se tudo na vida fosse só alegria,as pessoas não dariam valor a felicidade.  As vezes e preciso chorar para sabe o quanto é  bom 

sorrir,é  preciso sentir saudades para saber o quanto gostamos de alguém.  Quando não temos tudo, descobrimos que  o nada tem 

um certo valor. A vida é um antes, um durante e um depois. Por isso, viva o hoje, esqueça o ontem e deixe Deus decidir o amanha, 

porque quando Deus está no controle, nada dá errado. 



FILOSOFIA DO NADISMO

A gente, às vezes, se afoba e se abafa desnecessariamente. Eu vou é cantar

VAMOS MUDAR A FISIONOMIA DO PRATA

A NATUREZA SE RENOVA À CADA DIA..MAS LEVOU ANOS PARA ATINGIR O ESTÁGIO EM QUE HOJE A VEMOS. VAMOS
SUGERIR MELHORAS NO VISUAL DA CIDADE,  O DIREITO DE NOSSOS FILHOS DESFRUTAREM DO QUE NOSSOS AVÓS NOS DEIXARAM... OS PRATIANOS NÃO PODEM   VER FLORES E  PRAÇAS   APENAS EM FOTOS E CARTÕES POSTAIS ...

ALIÁS, ESTE É UM TEMA  QUE DEVERIA SER DEFENDIDO NA CÂMARA PELOS VEREADORES. CABE AO REPRESENTANTE DO POVO SUGERIR AO EXECUTIVO, E NÃO APENAS RECLAMAR  SEM  APRESENTAR UMA AGENDA POSITIVA DE SUGESTÕES. A CRÍTICA É MAIS FÁCIL DO QUE PEGAR PARA FAZER, SUGERIR; TANTO QUE GERALMENTE OS MAIORES CRÍTICOS SÃO OS QUE NADA CONSTRUÍRAM DE POSITIVO.

Saturday, March 01, 2014

Jamais prive uma pessoa de esperança, pode ser que ela só tenha isso.