Tuesday, October 23, 2018

NOME DADO AO LUGAR

O paulista Capitão-mór João dos Reis Cabral, no dia 29 de Setembro de 1713, descobriu terrenos auríferos a que deu o nome de São Miguel, em memória do grande Arcanjo, cuja festa a Igreja Católica celebra naquele dia.

Fazendo excursões, desceu o Piracicaba que serpenteava no meio de imensa floresta virgem, chegando a uma nascente povoação, fundada por um outro paulista - Antônio Dias - que do Rio Dôce, subindo o Piracicaba, alí descobriu ouro, metal bastante cobiçado pelos aventureiros dos tempos coloniais.

Estabelecendo as comunicações entre as duas nascentes povoações - são Miguel e Antônio Dias, - quem as fazia tinha de atravessar um rio, afluente, margem direita do Piracicaba, cujas águas, caindo em catadupa, pareciam prata, devido à brancura das mesmas, tornando-se ainda mais distintas ao entrarem no Piracicaba, que tinha suas águas terrosas, devido à mineração em suas cabeceiras.

É esta a origem do nome do rio que banha a cidade, não se podendo admitir que provenha, como muitos pensam, do precioso metal que, porventura tenha sido descoberto aqui qual o do lendário Robério Dias, ficando para sempre escondido no seio da terra, sem que haja sido feita memória nem indício que a justifique; nem tão pouco aceitar a hipótese de ser o nome "PRATA" derivado de certo peixe de igual nome que houve em suas águas pois não se conhece tal espécie e nem noticias do mesmo, nos passados tempos.

Os antigos escreviam "São Domingos da Prata", isto é, da água prata e não do peixe prata, já que o determinativo "a" contraído, sendo do gênero feminino, só podia determinar "água" e não "peixe", pondo-se fóra de dúvida ser o nome "PRATA" derivado do metal em aprêço.

Posteriormente passou-se a denominar "SÃO DOMINGOS DO PRATA", isto é : do rio "Prata".