Tuesday, January 07, 2025

 

Conheça Hipólita Jacinta Teixeira de Melo

publicado: 23/03/2023 19h33, última modificação: 21/10/2024 11h03

AInconfidente

Nascida em Prados, em 1748, Hipólita Jacinta Teixeira de Melo foi a única mulher a participar de forma efetiva da conjuração mineira – o primeiro movimento anticolonial ocorrido no Brasil.

De personalidade forte, destemida e possuidora de grande intelectualidade, Hipólita ousou sair da esfera doméstica e reivindicou seu lugar de fala no meio político. Com isso, foi personagem de grande importância na Conjuração Mineira, ao colaborar para a comunicação entre os inconfidentes, além de financiar algumas das ações do movimento (já que detinha grande riqueza) e disponibilizar sua residência, a Fazenda Ponta do Morro, para encontros e reuniões dos mesmos.

Foi de sua autoria a carta dando notícia da prisão de Tiradentes e orientando os conjurados a iniciar o levante militar. Também escreveu vários avisos sigilosos, dentre os quais alertava seus companheiros sobre o fracasso do movimento e aconselhava o coronel Francisco de Paula Freire de Andrade a “montar uma reação, lá a partir do Serro”. E foi enfática: “quem não é capaz para as coisas, não se mete nelas”.

Infelizmente, apesar de seu grande esforço e disposição em resistir, a rebelião foi debelada e todos os líderes da conjuração foram presos, inclusive seu marido.

Hipólita não foi presa, mas o governo das minas da época, mandou apreender todos os seus bens. Esse fato mostra que a o governo reconhecia a presença dela na inconfidência só não era dito em público. Afinal, uma mulher coordenar uma revolta desse porte, era inadmissível (humilhante).

Vida pessoal

Ela fazia parte da elite de Vila Rica. Era filha de Clara Maria de Melo e Pedro Teixeira de Carvalho – grande fazendeiro da época. Diferentemente das mulheres do século XVIII, não se casou “nova”, conforme o costume (a regra) da época.

Seu matrimônio com Francisco Antônio de Oliveira Lopes ocorreu quando ela tinha 33 anos. Lopes foi oficial no Regimento de Cavalaria de Minas e deixou o regimento para casar-se com Hipólita e virar fazendeiro. As más línguas da época dizem que ele era tolo, mas, na verdade, acredita-se que essa característica lhe foi atribuída justamente por sua esposa ser quem foi, a inconfidente Hipólita Jacinta Teixeira de Melo.

Os dois não tiveram filhos, mas Hipólita adotou o bebê recém-nascido da irmã mais nova de Bárbara Eliodora, a Maria Inácia. A moça teve um filho muito nova e, para evitar escândalo, os familiares não quiseram assumir a criança. Neste contexto, como Bárbara e Hipólita eram amigas, provavelmente combinaram a adoção.

A inconfidente possuía uma fazenda, chamada Ponta do Morro, na qual a moça explorava cada pedacinho. Tinha plantações, cultivava espécies de plantas que encontrava na mata e andava a cavalo em todos os cantos, era uma boa amazonas. O tempo passou e o nome de Hipólita foi esquecido. Não há registros de como era sua fisionomia. Ela foi apagada da nossa história.


CAMOMILA NO OLHAR

 Vovó dizia que existem pessoas que carregam chá nos olhos.


Quando você as encontra, algo dentro de você silencia:
a respiração se acalma,
os pensamentos encontram descanso.
Depois de conhecê-las, até os seus sonhos se tornam mais leves,
como se até os sonhos começassem a sonhar melhor.
São pessoas que não têm medo da sua dor.
Elas enfrentam seus traumas como se fossem amigos antigos,
sabem onde colocar cada palavra,
como se as palavras fossem remédios e elas, curandeiras do silêncio.
Pessoas que aprenderam a caminhar sob o sol com tanta sabedoria,
que conseguem te guiar até os lugares mais belos do pôr do sol.
Vovó as chamava de “pessoas remédios”.
Aquelas que, só de existirem, já sabem curar.
~ Gio Evan

Monday, January 06, 2025

 O Caso dos Irmãos Naves é um caso de erro judiciário que ocorreu em 1937, na cidade de Araguari, Minas Gerais, durante o Estado Novo: 

  • Os irmãos Sebastião e Joaquim Naves denunciaram à polícia o desaparecimento do seu sócio, com o dinheiro da venda de uma safra de arroz. 
  • O tenente que investigou o caso concluiu que os irmãos mataram o sócio para ficar com o dinheiro. 
  • Os irmãos foram torturados e obrigados a confessar o crime que não cometeram. 
  • Os irmãos foram condenados a 25 anos e 6 meses de reclusão, pena posteriormente reduzida para 16 anos. 
  • Após oito anos e três meses de prisão, os irmãos foram liberados em liberdade condicional, mas Joaquim faleceu logo em seguida. 
  • O irmão sobrevivente continuou a lutar para provar a inocência dos irmãos. 
  • Em 1952, a inocência dos irmãos foi reconhecida, 12 anos após as acusações. 
  • O Estado foi condenado a pagar uma indenização milionária à família dos irmãos Naves. 
O Caso dos Irmãos Naves é considerado um dos maiores erros judiciais da história do Brasil. A história inspirou um filme, uma peça de teatro e uma série de reportagens. 

TOLICES


 

O AMOR É INTEMPESTIVO

 Fizeram-nos acreditar que o amor é um evento único, um furacão que passa apenas uma vez, geralmente antes dos 30 anos.

Mas o que nunca nos contaram é que o amor não obedece relógios, não se dobra ao tempo, nem se precipita diante da espera.
O amor é intempestivo, nasce quando quer, onde menos esperamos, e cresce mesmo nas brechas mais improváveis.
Fizeram-nos crer que éramos metades — partes de uma laranja mutilada — à procura de outra metade para nos completar.
Mas a verdade é outra: nascemos inteiros.
Carregamos em nós luzes e sombras, forças e falhas.
E ninguém, absolutamente ninguém, deve carregar o peso de preencher nossas lacunas ou consertar nossas imperfeições.
O amor não é sobre dependência; é sobre soma.
Amar é encontro.
Encontro de dois inteiros, que crescem, que transbordam e que aprendem juntos.
Se, por sorte ou destino, caminharmos ao lado de almas generosas e luminosas, então o caminho se torna mais leve, o chão mais firme e os dias mais suaves.
Porque o amor verdadeiro não é prisão nem salvação.
É liberdade compartilhada.
É crescer juntos, sem perder a própria essência.
John Lennon

TALVEZ EU ESTEJA MUDANDO


A multidão me sufoca, e a soberba me cansa.
Parece que agora compreendo: melhor a solitude verdadeira do que a presença vazia.
Meu espírito, antes paciente, tornou-se seletivo.
Reconheço o valor de quem traz verdade nos olhos e aconchego no coração.
Não é egoísmo, mas um ato de autocuidado — a vontade de preservar a paz que cultivei em mim.
Aprendi que partir é coragem, não fraqueza, quando o ambiente rouba mais do que oferece.
Prefiro caminhar sozinha com serenidade a permanecer em lugares onde a alma não se encaixa.
Afinal, estar comigo é, muitas vezes, o melhor abrigo.
Sunshine Sunshine 🖋️

LIDANDO COM A VIDA

 "Passei tanto tempo da minha vida a ser o pilar — aquele que permanece firme enquanto tudo ao redor desmorona,

aquele que carrega o peso, mesmo quando ele parece insuportável.
Fiz da minha força uma armadura, e, com o tempo, quase esqueci como é ser suave, como é baixar a guarda.
Talvez por isso a gentileza toque tão profundamente.
Não porque eu precise ser salvo — sei lidar com os dias difíceis.
Mas porque, em um mundo onde a força parece uma obrigação,
ser tratado com ternura é um lembrete de que ser vulnerável não é fraqueza, mas liberdade.
Quando se está acostumado a carregar tanto,
os menores gestos de bondade são como um sussurro:
'Você pode descansar. Não precisa ser forte o tempo todo.'
E, às vezes, isso é tudo o que eu preciso para continuar."
A/D

Perguntas-me quantos anos tenho?

Não sei!

Não me quero cansar a contá-los.

Pergunta ao meu destino.

Talvez ele saiba.

Sabes, nunca fui boa em números e, quando tentei contá-los, sempre me perdi.

Por isso, desisti.

Os anos ensinam-me, mas não me transformam.

Sim, parece que estou a ficar velha, mas isso não é um problema.

É um privilégio.

Tenho mais idade e também mais sabedoria.

Aprendi a fazer escolhas e a não ganhar ilusões.

Quero caminhar sempre com um sorriso e virar as costas às tristezas.

Autor desconhecido

Foto da Web para ilustrar o texto

APELIDO É PROIBIDO

 A estação ferroviária de Tabuí e toda a linha férrea estavam muito decadentes. Não só os trilhos, todos estragados, corroídos e bambos, como os próprios trens, em péssimas condições. A cidade fora escolhida para receber um bando de funcionários da rede ferroviária, vindos de várias cidades, para um treinamento de uma semana. E um dos técnicos que veio para as palestras, era um coreano que nunca viera ao Brasil e falava um português pra lá de sofrível.

Ao fim do segundo dia de cursos e palestras, o coreano já tava puto da vida e foi reclamar para o chefe do treinamento:

- Mim chateado funcionário todos...

- Mas o que houve para o senhor ficar chateado?

- Nome feio corocaro em eu...

- Nome feio? Um apelido, por acaso? Que apelido eles colocaram no senhor?

- Povo todo chamar eu Morróida... Não gostar...

- Mas que povinho miserável este, hein? Chamar o visitante, um homem ilustre, de Hemorróida! Que coisa!...

No início da palestra seguinte, o chefe foi enérgico e categórico.

- Fiquei sabendo que vocês estão chamando o nosso visitante de Hemorróida! Nunca mais façam isso. É muita baixaria... Vocês entenderam?

Todo mundo baixou a cabeça, parece que arrependidos, concordando com o chefe. Este voltou à carga:

- Vocês devem tratar os visitantes como gostariam de ser tratados. Ele tem um nome e deve ser chamado pelo nome!... Afinal, qual é mesmo o nome do senhor, meu amigo?

- Saissang Doku!...

Não houve quem não se desmanchasse em gargalhadas no salão, menos o Morróida, é claro."

EU TE DESEJO TEMPO

"Não te desejo um presente qualquer,

mas aquilo que muitos não têm: tempo.


Tempo para rir, para se alegrar,

para usar com sabedoria e obter o que quiser.


Tempo para trabalhar,

mas também para refletir.

Tempo não apenas para si,

mas para compartilhar com os outros.


Eu te desejo tempo,

não para pressa, mas para calma,

para que possa andar sem correr

e, ainda assim, sentir-se realizado.


Desejo-lhe tempo não só para viver,

mas para encontrar sentido em cada instante:

tempo para surpreender-se,

tempo para confiar e acreditar.


Tempo para tocar as estrelas,

crescer e amadurecer.

Tempo para ser você.


Eu te desejo tempo para amar,

não para o arrependimento, mas para a esperança.

Tempo para se encontrar consigo mesmo(a),

para viver cada dia como o presente único que é.


Tempo para perdoar e aceitar,

e para enxergar a beleza na jornada.


De coração, desejo-lhe tempo.

Tempo para a vida.

Tempo para a sua vida."


Elli Michler

PARA MINHA FAMÍLIA (SUPER EMOCIONADA) COM ADMIRAÇÃO E AMOR

Achei este texto de Victor Fernandes, que dedico a vocês:

Que seja um bom ano para os emocionados. Que não falte a coragem de sentir, de viver, de demonstrar. Que sobre empolgação, olhos brilhando, entusiasmo. Com a vida, com os sonhos, com os projetos, com as conexões saudáveis. Que só permaneça na vida dos emocionados as coisas que combinam com a essência, que fazem bem, que não julgam a forma de ser e de sentir. Que seja um bom ano para os emocionados. Que os dias, semanas e meses sejam preenchidos por emoções boas e também por paz. Equilíbrio, maturidade, direcionamento certo. Porque é mais um ano que os emocionados não vão abrir mão de serem o melhor que podem ser, de estar onde puderem ser incríveis, de irem para onde a emoção é bem-vinda. Porque a questão não é a emoção, é ser emocionado nos lugares que valem a pena.
Este é mais um ano pra mostrar isso na prática.
Irani Castro

Saturday, January 04, 2025

VIDA PESSOAL

 MANTENHA SUA VIDA PESSOAL EM SIGILO, E NÃO PENSE QUE ALGUÉM O CONHECE, POIS O OUTRO SÓ SABE O QUE VOCÊ PERMITE QUE ELE SAIBA

NÃO PROIBA

 NAO PROIBA ALGUEM DE FAZER NADA, É NA LIBERDADE QUE VOCÊ CONHECE A LEALDADE, O CARÁTER, O AMOR...OU A FALTA DOS TRÊS...

Friday, January 03, 2025

CAMINHOS DO TEMPO

 

(Crônica criada e escrita por José Luiz Ricchetti)
um silêncio que chega com os anos, e ele não é feito apenas da ausência de ruídos, mas da transição suave entre o que éramos e o que nos tornamos. Aos 60, você começa a sentir a sutileza do distanciamento. A sala que antes pulsava com suas ideias agora parece cheia de vozes que não pedem mais sua opinião. Não é uma rejeição, é o ritmo da vida. É quando aprendemos que nossa contribuição não está no presente imediato, mas nos rastros que deixamos nos corações e mentes ao longo do caminho.
Aos 65, você percebe que o mundo corporativo, outrora tão vital, é um fluxo incessante. Ele segue, indiferente ao que você fez ou deixou de fazer. Não é uma derrota, é a libertação. Esse é o momento de olhar para si mesmo, despir-se do ego e vestir a serenidade. Não se trata mais de provar, mas de ensinar, de compartilhar, de ser mentor. A verdadeira realização não é a que se exibe, mas a que inspira.
Aos 70, a sociedade parece lhe esquecer, mas será mesmo? Talvez seja apenas um convite para reavaliar o que realmente importa. Os jovens não o reconhecerão pelo que você foi, e isso é uma bênção disfarçada: você pode agora ser apenas quem você é. Sem máscaras, sem títulos, apenas a essência. Os velhos amigos, aqueles que não perguntam “quem você era”, mas “como você está”, tornam-se joias preciosas, diamantes que brilham no crepúsculo da vida.
E então, aos 80 ou 90, é a família que, na sua correria, se afasta um pouco mais. Mas é aí que a sabedoria nos abraça com força. Entendemos que amor não é posse; é liberdade. Seus filhos, seus netos, seguem suas vidas, como você seguiu a sua. A distância física não diminui o afeto, mas ensina que o amor verdadeiro é generoso, não exigente.
Quando a Terra finalmente chamar por você, não há motivo para medo. É a última dança de um ciclo natural, o encerramento de um capítulo escrito com suor, lágrimas, risos e memórias. Mas o que fica, o que realmente nunca será eliminado, são as marcas que deixamos nas almas que tocamos.
Portanto, enquanto há fôlego, energia, enquanto o coração bate firme, viva intensamente. Abrace os encontros, ria alto, desfrute os prazeres simples e complexos da vida. Cultive suas amizades como quem cuida de um jardim. Porque, no final, o que resta não são as conquistas, nem os títulos, nem os aplausos. O que resta são os laços, os momentos partilhados, a luz que espalhamos.
Seja luz, seja presença, e você será eterno.
Dedico a todos que entendem que o tempo não apaga, mas apenas transforma.
José Luiz Ricchetti - 11/12/24