Thursday, August 14, 2025

É PRECISO DE UM AMIGO PARA NAO SE ENLOUQUECER

 "É PRECISO UM AMIGO para não se enlouquecer,

para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, da saudade e das realizações, dos sonhos e da realidade.

Deve gostar de ruas desertas, das poças de água, das estradas molhadas, da beira da rua, da floresta depois da chuva e de deitar na relva.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque estamos juntos.

É preciso um amigo para parar de chorar.

Para não viver de frente para o passado,
em busca de memórias perdidas.

Que nos bata os ombro sorrindo ou chorando,
mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda estamos vivos”.

Vinícius de Moraes

Tuesday, August 12, 2025

AMAR

 Amar é urgente. Fazer o bem é urgente. Melhorar como pessoa é urgente. Ter mais empatia é urgente. Demonstrar afeto é urgente. Nossa passagem nesse planeta é frágil e rápida demais, mas a vida não é um sopro, é um lembrete: nós temos o agora. Não há tempo de guardar coisas boas, economizar o bem que pode ser feito e perder oportunidades de aproveitar o melhor de cada momento.

CRAQUES E ESQUADRÕES DO FUTEBOL

 Os 40 atletas pré-convocados para a Copa do Mundo de 1958, na Suécia

Goleiros – Gylmar (Corinthians), Castilho (Fluminense), Carlos Alberto (Portuguesa de Desportos) e Ernani (Bangu)
Defensores: Djalma Santos (Portuguesa de Desportos), De Sordi (São Paulo), Bellini (Vasco da Gama), Mauro (São Paulo), Orlando (Vasco da Gama), Zózimo (Bangu), Nilton Santos (Botafogo), Oreco (Corinthians), Olavo (Corinthians), Jadir (Flamengo), Cacá (Botafogo), Altair (Fluminense) e Riberto (São Paulo)
Meio-campistas: Zito (Santos), Dino Sani (São Paulo), Didi (Botafogo), Moacir (Flamengo), Formiga (Palmeiras), Roberto Belangero (Corinthians), Pampolini (Botafogo), Luisinho (Corinthians) e Zizinho (São Paulo)
Atacantes: Garrincha (Botafogo), Joel (Flamengo), Vavá (Vasco da Gama), Mazzola (Palmeiras), PELÉ (Santos), Dida (Flamengo), Zagalo (Flamengo), Pepe (Santos), Dorval (Santos), Sabará (Vasco da Gama), Pagão (Santos), Gino (São Paulo), Almir (Vasco da Gama) e Canhoteiro (São Paulo)
A despeito de terem sido muito cogitados, Julinho (Fiorentina) e Evaristo (Barcelona) não foram liberados por seus respectivos clubes. Dessa forma, ambos não puderam sequer constar dentre os 40 pré-convocados.
Na foto abaixo aparecem, escalados para um jogo-treino, Cacá, Canhoteiro e Almir que, posteriormente, seriam cortados da relação final dos 22.
Foram 21 jogadores de clubes de São Paulo:
7 do São Paulo: De Sordi, Mauro, Riberto, Dino Sani, Zizinho, Gino, Canhoteiro (observe-se que o Feola era o técnico do São Paulo).
5 do Santos: Zito, PELÉ, Pepe, Dorval, Pagão.
5 do Corinthians: Gylmar, Oreco, Olavo, RobertoBelangero, Luisinho.
2 da Port.de Desp.: Carlos Alberto, Djalma Santos
2 do Palmeiras: Formiga, Mazzola
e
19 jogadores de clubes do Rio de Janeiro:
5 do Flamengo: Jadir, Moacir, Joel, Dida, Zagalo
5 do Vasco da Gama: Bellini, Orlando, Vavá, Sabará, Almir
5 do Botafogo: Nilton Santos, Cacá, Didi, Pampolini, Garrincha
2 do Fluminense: Castilho, Altair
2 do Bangu: Ernani, Zózimo
Na relação final dos que viajaram para a Suécia, a composição da lista ficou dessa forma:
10 jogadores de clubes de São Paulo
3 do São Paulo: De Sordi, Mauro, Dino Sani.
3 do Santos: Zito, PELÉ, Pepe.
2 do Corinthians: Gylmar, Oreco.
1 da Port.de Desp.: Djalma Santos
1 do Palmeiras: Mazzola
e
12 jogadores de clubes do Rio de Janeiro:
4 do Flamengo: Moacir, Joel, Dida, Zagalo
3 do Vasco da Gama: Bellini, Orlando, Vavá
3 do Botafogo: Nilton Santos, Didi, Garrincha
1 do Fluminense: Castilho
1 do Bangu: Zózimo





Monday, August 11, 2025

O VELHO SILAS

 Um homem estava sentado na calçada, curvado, com as mãos escondendo o rosto e os ombros cobertos por um cobertor encardido.

Era um mendigo.
Ninguém sabia seu nome — só o chamavam de “velho Silas”.
A maioria passava por ele como se fosse parte da paisagem.
Mas naquela manhã fria, uma linda mulher parou na frente dele.
Vestia um vestido justo, que abraçava sua silhueta com elegância. Os saltos altos da mesma cor ecoavam firmeza a cada passo. Os cabelos longos dançavam com o vento da cidade, e um perfume discreto que parecia pertencer a outro mundo.
Silas levantou os olhos, desconfiado.
— Não tenho trocado — murmurou, tentando afastá-la com o olhar.
Ela sorriu. Um sorriso que não julgava.
— Eu não vim te dar trocado. Vim te oferecer um almoço.
Ele riu, sem humor:
— Ótimo. Depois do banquete que tive com o presidente, vou querer sobremesa também. Agora me deixa em paz.
Ela não se moveu.
Apenas estendeu a mão.
— Por favor. Só me acompanha.
Um guarda municipal que observava de longe se aproximou.
— Tudo certo aqui, senhora?
— Sim — respondeu ela, com firmeza doce. — Quero apenas levar este senhor para comer comigo.
O guarda a reconheceu.
— Tem certeza? Esse é o Silas. Vive por aqui há anos. Não é má pessoa, mas... é complicado.
Ela assentiu.
— Justamente por isso.
Contra sua própria vontade, Silas foi convencido.
Os três entraram juntos em um restaurante elegante, com janelas amplas e garçons alinhados.
O gerente veio imediatamente.
— Senhora, com todo respeito... esse homem... ele não pode... isso prejudica o ambiente.
Ela encarou o gerente com gentileza firme.
— Você conhece a empresa Allure & Co.?
Ele hesitou.
— Claro... é uma das nossas maiores clientes em eventos fechados.
— Pois bem. Eu sou Helena Diniz. Diretora executiva.
O rosto do gerente empalideceu.
— Me perdoe, eu não sabia...
Ela interrompeu com um leve aceno.
— Agora sabe. E espero que saiba mais uma coisa: humanidade não se mede pela aparência de quem entra, mas pela forma como somos tratados ao sair.
Sentaram-se à mesa.
O velho Silas continuava em silêncio, sem saber onde colocar as mãos.
Helena o olhou nos olhos.
— Você se lembra de mim?
Ele estreitou os olhos.
— Não… sua voz me soa familiar, mas…
Ela sorriu de novo.
— Vinte anos atrás, uma garota faminta entrou neste mesmo restaurante.
Estava encolhida num canto, tremendo de frio, e sem coragem de pedir nada.
Você era garçom aqui.
E foi o único que me viu.
Ele ficou imóvel.
— Você trouxe um prato escondido da cozinha.
Pagou com o que tinha de gorjeta.
E disse: "Hoje é por minha conta. Mas não se esqueça: só siga em frente."
Silas baixou os olhos.
Lentamente, lágrimas se formaram.
— Era você?
— Sim.
E agora sou eu quem está aqui… para lembrar que o bem que a gente faz, mesmo esquecido por nós, é lembrado por Deus.
Ela puxou um envelope da bolsa.
— Aqui tem um cartão. Vá até esse endereço.
Fale com o Sr. Murilo. Ele já está te esperando.
Tem um quarto arrumado, um banho quente e uma chance.
Silas chorava em silêncio.
— Por quê...? Por que você faria isso por mim?
Helena apertou sua mão com delicadeza.
— Porque você já fez por mim. E porque... eu não esqueci o gosto daquele prato nem a dignidade com que fui tratada.
Antes de sair, ela olhou para o guarda e disse:
— Obrigada por permitir que isso acontecesse.
Ele sorriu, emocionado:
— Senhora… quem agradece sou eu. Acabei de ver um milagre.
Criado e Adaptado por Rick Oli Reflexões

JO SOARES

 Pouca gente conhece essa história. Mas ela está entre as mais comoventes já vividas por um dos maiores nomes da cultura brasileira. É uma história real. Uma daquelas que mexem com a gente por dentro. Que desafiam o ego, que escancaram a dor... mas também revelam o tamanho da alma.

Jô Soares perdeu sua mãe, Mercedes Leal Soares, de forma trágica. Ela tinha 70 anos quando foi atropelada por um táxi em um dia chuvoso.
O acidente aconteceu de maneira inesperada, como quase sempre acontece com as tragédias.
Ela foi socorrida imediatamente pelo próprio motorista, que ficou ao lado do marido dela — o pai de Jô — até o último segundo.
Mas, infelizmente, a fratura na base do crânio foi fatal. E Mercedes não resistiu.
Agora respira fundo.
Dez anos se passaram.
Jô estava em um aeroporto do Rio de Janeiro, no Santos Dumont. Pediu um táxi como faria qualquer pessoa.
Entrou no carro sem imaginar que aquele seria um dos encontros mais intensos e simbólicos da sua vida.
A corrida seguiu normalmente.
Mas, ao final, o motorista parou, virou-se para ele, com olhos cheios de lágrimas, e disse:
— “Senhor Jô... eu sou o homem que atropelou sua mãe.”
Silêncio.
O tempo deve ter parado por alguns segundos naquele carro.
O motorista então revelou que carregava aquele peso havia anos. Que desde aquele dia não conseguia mais dormir em paz.
Disse que só encontraria descanso verdadeiro quando pudesse olhar nos olhos de Jô e ouvir, da boca dele, que estava perdoado.
Agora imagine.
Imagine a dor contida naquele reencontro.
A culpa do motorista.
A saudade da mãe.
A surpresa de Jô.
E, mesmo assim, ele não hesitou.
Com a voz calma e o coração cheio de humanidade, Jô respondeu:
— “O perdão foi dado ali mesmo, naquele dia. Quando você socorreu minha mãe. Quando ficou com meu pai. Quando teve dignidade e humanidade diante do que aconteceu. Você não teve culpa. E eu já estou em paz com isso há muito tempo.”
Ambos começaram a chorar.
Ali, naquele carro parado, duas vidas foram tocadas pelo mistério do perdão.
Jô Soares contou essa história em 2015, durante uma entrevista ao jornalista Marcelo Bonfá.
E, com a serenidade de quem já compreendeu as coisas mais profundas da vida, ele concluiu:
— “O perdão é a coisa mais importante do mundo.”
Essa história nos desarma.
Ela nos lembra que há tragédias inevitáveis, dores que não têm explicação, feridas que a gente pensa que nunca vão cicatrizar.
Mas também nos lembra que, mesmo dentro dessas dores, existe espaço para a compaixão.
Para a empatia.
Para o perdão que liberta — a quem dá e a quem recebe.
Hoje, mais do que nunca, o Brasil precisa ouvir histórias assim.
Histórias reais.
Humanas.
Capazes de acender uma luz no meio da escuridão.
Se Jô Soares, com toda sua dor, foi capaz de perdoar o homem que tirou a vida de sua mãe...
O que nos impede de perdoar as pequenas mágoas do nosso cotidiano?

 Análise Psicanalítica de um Poderoso em Rota de Colapso

Por Dom Léo Assis
Psicanalista e Bispo.
Muitos me perguntam: como explicar o comportamento de um homem que, mesmo sob severas sanções internacionais — como a Lei Magnitsky —, continua agindo como se nada tivesse acontecido? Vai a estádios, debocha com gestos obscenos, afronta o bom senso e o espírito de Justiça. Seria arrogância? Loucura? Uma estratégia? Hoje vamos entender tecnicamente.
Na psicanálise, não julgamos moralmente.
O que fazemos é compreender a estrutura interna que sustenta o comportamento.
No caso desse sujeito público, temos indícios claros de Transtorno de Personalidade Antissocial com traços psicopáticos e narcisistas malignos. Traduzindo: trata-se de alguém cuja mente opera sem empatia, sem culpa, com prazer em manipular e ferir.
🔹 H. Cleckley, psiquiatra pioneiro no estudo da psicopatia, dizia que o psicopata pode parecer encantador, cordial e até culto — mas por trás há um vácuo moral absoluto.
🔹 Robert Hare, criador da Escala de Psicopatia, mostra que esses sujeitos sabem fingir humanidade, mas não a sentem. É como um lobo vestido de juiz.
Exemplo real: o gesto do dedo do meio
Ao exibir publicamente o dedo do meio em um estádio, não estamos diante de um simples desabafo humano. Não. Ali há um símbolo psíquico profundo:
É o equivalente adulto a uma criança de 5 anos que grita "você não manda em mim", mas com o agravante de estar num corpo de 60 anos e à frente de instituições.
O gesto obsceno, diante de sanções internacionais, não é um erro. É uma tentativa desesperada de afirmar domínio sobre a narrativa.
É uma resposta psíquica à ameaça de castração simbólica: quando o ego percebe que está prestes a perder poder, visibilidade ou adoração, ele contra-ataca
com teatralidade.
Sociopatia e psicopatia: qual a diferença?
Psicopata é aquele que finge empatia. Calcula, manipula, parece frio e superior.
Sociopata, por sua vez, explode. Age com raiva, impulsividade, desprezo emocional pelas regras.
Esse sujeito público apresenta ambos os traços: o cálculo do psicopata (manipula a imprensa, usa narrativa), e os surtos do sociopata (faz gestos agressivos, desafia as autoridades com teatralidade).
Doença ou estratégia?
A pergunta que o leigo faz: "Ele está doente ou está sendo esperto?"
A resposta é: ambos. O sujeito com transtorno de personalidade antissocial usa o seu próprio distúrbio como ferramenta de poder. É como alguém que bebe veneno e convida os outros a brindar com ele.
Ele não é incoerente. Ele vive num mundo psíquico próprio, onde:
A verdade é o que ele diz que é.
A realidade não o atinge diretamente.
Os outros são instrumentos: ou servem, ou atrapalham.
Quais riscos ele corre?
Do ponto de vista clínico, esse tipo de estrutura mental está sempre em risco de
colapso narcisista. Isso acontece quando:
Perde poder de forma irreversível.
É exposto por quem ele não pode controlar.
É punido por algo que jamais esperava.
Nesse momento, ele pode:
Sofrer surtos de agressividade.
Entrar em estado de negação total.
Desenvolver doenças psicossomáticas graves: taquicardia, hipertensão, paranoia, insônia, alucinações, etc.
Um perfil que ameaça o corpo coletivo:
Quando alguém assim está no comando
de decisões, a sociedade corre risco. Porque o sofrimento alheio não o toca, e a Justiça é vista como obstáculo pessoal.
"Não há maior perigo do que um psicopata vestido de estadista." Dom Leo Assis

R E F L E T I N D O...

 "Se eu pudesse viver a minha vida outra vez,

Eu teria ido para a cama para descansar quando me sentia doente em vez de fingir que a terra pararia se eu não estivesse no trabalho por um dia...
Eu teria queimado a vela rosa esculpida como uma rosa em vez de deixá-la derreter na despensa...
Eu teria falado menos e ouvido mais...
Teria convidado amigos para a mesa mesmo que o tapete tivesse mancha e o sofá precise ser limpo.
Eu teria comido pipocas no quarto "bom" e não teria me preocupado tanto com pó quando alguém queria acender uma fogueira na lareira.
Eu teria tirado tempo para ouvir meu avô contando histórias da sua juventude.
Eu nunca teria insistido em dirigir com os vidros do carro abertos num lindo dia de verão, só porque o meu cabelo estava recém penteado.
Eu estaria deitado no prado com a cabeça na relva.
Eu teria chorado e rido menos assistindo TV e mais assistindo a vida.
Mas, acima de tudo, para ter uma segunda chance na vida, eu valorizaria cada momento, eu olharia mesmo para ela... Eu viveria isso...
Eu não ficaria mais tão nervoso com coisas mesquinhas e mesquinhas...
Não se preocupe com quem não gosta de você, ou melhor, você não deve se importar com quem faz o quê...
Em vez disso, vamos valorizar os amigos que temos e as pessoas que nos amam...
E ao que fazemos todos os dias para melhorar nossa mente, corpo, alma, emoções. "

É MENTIRA ?

Se não fez aos quarenta, faça aos sessenta, aos setenta...
A única coisa que importa
é fazê-lo!
Minha avó sempre me disse, ela viveu até aos 97 anos:
-A vida melhora com o tempo.
Agora finalmente entendi o que ela quis dizer.
Vivemos num mundo que nos impõe prazos:
Casar dentro de uma certa idade,
fazer uma carreira dentro de um período...
Aposente-se quando já não tiver mais forças!
E se você pular estas fases?
Fazem-nos acreditar que o trem já partiu.
Mas sabe o que mais?
É mentira.
Os teus vinte anos estavam cheios de dúvidas...
Se quarenta esmagaram você com responsabilidades,
Dance, divirta-se aos sessenta em diante.
Se você não brilhava antes,
Faça valer agora.
A alegria não tem data de validade.
Sonhos não têm idade.
E nunca é tarde demais para recomeçar.
Então, desafie-se!
Use cores vivas.
Reserve esse voo.
Aprenda essa língua.
Comece de novo.
Por que você está atrasada?
É sempre melhor tarde do que nunca.
🖋Tilda Swinton

TUDO VAI PASSAR

 

Eles vão crescer e dispensar nosso colo.
Vai chegar a fase em que os amigos serão mais importantes que os pais.
Que nossas demonstrações de afeto serão consideradas um grande mico.
Que em vez de torcemos para que eles durmam, torceremos pra que cheguem logo em casa.
Que não se interessarão pelos velhos brinquedos.
Que o alvoroço na hora do almoço, dará lugar a calmaria.
Que os programas em família serão menos atrativos que o churrasco com a turma.
Que dirão coisas tão maduras que nosso coração irá se apertar.
Que começaremos a rezar com muito mais freqüência.
Que morreremos de saudade de nossos bebês crescidos.
Por isso...
Viva o agora.
Releve as birras.
Conte até 10.
Faça cosquinhas.
Conte histórias.
Dê abraços de urso.
Deite ao lado deles na cama.
Abrace-os quando tiverem medo.
Beije os machucados.
Solte pipa.
Brinque de boneca.
Faça gols.
Comemorem.
Divirtam-se.
Acorde cedo aos domingos pra aproveitar mais o dia.
Rezem juntos.
Estimule-os a cultivar amizades.
Faça bolos.
Carregue-os no colo.
Faça com que saibam o quanto são amados.
Passem o máximo de tempo juntos...
...assim quando eles decidirem partir para seus próprios voôs, você ainda terá tudo isso guardado no coração!"

BAUNILHA

 Em 1841, na ilha da Reunião, um jovem escravizado de apenas 12 anos, chamado Edmond Albius, transformou o mundo com duas ferramentas improváveis: sua curiosidade e seu polegar.

Os franceses haviam levado a planta da baunilha do México para as colônias no Oceano Índico. Mas enfrentavam um impasse: sem os insetos polinizadores nativos do México, as flores murchavam antes de produzir vagens. Agricultores e botânicos tentaram de tudo — e falharam.
Até que Edmond descobriu o impossível.
Com um pequeno galho ou um fio de capim, ele abriu o opérculo da flor e uniu manualmente as partes masculina e feminina. A polinização artificial funcionou. Era um gesto simples, rápido e genial — algo que os especialistas da época não conseguiram fazer.
A partir daí, a produção de baunilha explodiu. A ilha da Reunião virou centro de cultivo, seguida por Madagascar, que ainda hoje lidera o mercado mundial — usando o método criado por Edmond.
Mas para o garoto que revolucionou a agricultura, não houve glória. Nem dinheiro. Nem justiça. Edmond Albius morreu pobre e esquecido.
Hoje, lembramos seu nome.
Porque um menino escravizado, sem escola nem liberdade, revelou o segredo da orquídea-baunilha e deixou sua marca em cada sorvete, cada bolo, cada perfume.

EU ADORO A MATURIDADE FEMININA

 Muita gente olha pra uma mulher de cabelo branco e enxerga o final. Eu olho e vejo o início de uma nova era.

Minha senhora, essas palavras são pra senhora mesmo. Não por acaso. É porque grande parte das mulheres que me acompanham já passou dos 60, já criou filho, já cuidou de neto, já enfrentou calada o que derrubaria muito marmanjo. Algumas já se aposentaram. Outras, nunca pararam. E todas, absolutamente todas, já escutaram que “nessa idade” a única tarefa que resta é esperar: esperar visita, esperar lembrança, esperar alguém lembrar que você existe.
Mas aqui, comigo, é diferente. Eu não vejo fim. Vejo um recomeço cheio de força e liberdade.
Eu enxergo uma mulher que já quebrou e colou os próprios pedaços. Que já calou a boca pra manter a paz, e hoje escolhe o silêncio só quando quer. Suas rugas não são sinais de idade, são tatuagens de guerra. São mapas de uma vida que foi vivida com coragem, entrega e dignidade.
É por isso que meu conteúdo tem cada vez mais o rosto de vocês. Porque enquanto o mundo quer empurrar as senhoras pro canto, eu puxo pra o centro do palco.
Enquanto muitos tentam apagar sua presença, eu acendo holofotes com palavras, com humor, com aquele toque provocante que só quem viveu de verdade entende.
A senhora ainda tem muito o que viver, ensinar, descobrir e principalmente: se permitir.
E se depender de mim, vai fazer tudo isso com batom vermelho, alma leve e um sorriso de quem sabe exatamente o valor que tem. E antes que alguém duvide. Mulher de 70+ também tem desejo, decisão e uma sede de vida que assusta novinha. E se fizer ploc ploc, faz com gosto, faz com alma e faz melhor. A diferença é que hoje ela não se exibe. Ela saboreia em silêncio. Porque aprendeu que o prazer verdadeiro mora naquilo que não precisa ser explicado pra ninguém.

SANTA ANA E SAO JOAQUIM

 A História de Santa Ana e São Joaquim – Os Avós de Jesus

Muito antes de Maria dizer “sim” ao anjo Gabriel, Deus já preparava, em silêncio e amor, o caminho para a vinda do Salvador. E esse caminho começou no seio de um casal simples, piedoso e cheio de fé: Santa Ana e São Joaquim.
Joaquim era um homem justo e trabalhador, descendente do rei Davi. Ana, sua esposa, era doce, generosa e profundamente devota a Deus. Viviam na Galileia, provavelmente em Nazaré, e levavam uma vida simples, mas marcada por um sofrimento que os consumia: não tinham filhos.
Naquele tempo, a infertilidade era vista como uma vergonha, uma maldição. Ana era julgada, olhada com desprezo pelas outras mulheres, e muitas vezes chorava escondida. Já idosa, sabia que o tempo da maternidade havia passado… mas nunca deixou de confiar em Deus.
Joaquim, profundamente humilhado certa vez ao tentar oferecer sacrifícios no Templo, se retirou para o deserto e passou 40 dias em jejum e oração, pedindo um milagre. Ao mesmo tempo, Ana, em sua casa, também rezava, com o coração aberto, dizendo:
“Senhor, se me deres um filho, prometo que o consagrarei a Ti.”
Foi então que, segundo a tradição cristã, um anjo apareceu aos dois, anunciando que suas preces haviam sido ouvidas. Ana conceberia uma menina, e ela seria grandiosa diante do Senhor. E assim aconteceu: Ana engravidou milagrosamente, já em idade avançada.
A filha deste casal santo se chamaria Maria — a mulher escolhida por Deus para ser a Mãe do Salvador.
Desde pequena, Maria foi educada na fé, no silêncio e na confiança em Deus. Ana e Joaquim a consagraram ao Templo, onde ela cresceria em graça e sabedoria, até o dia em que também teria seu “sim” ao plano divino.
👵👴
O exemplo que vem dos avós
Santa Ana e São Joaquim são mais do que os avós de Jesus. Eles representam:
🌱
A fé que não desiste com o tempo.
🙏
A oração que espera mesmo quando tudo parece impossível.
💞
O amor que educa, forma e inspira.
Eles são modelo de esperança para os casais que sonham com filhos, e intercessores poderosos pelas famílias e pelos avós do mundo inteiro.
✨
Observação:
A história de Ana e Joaquim vem de fontes antigas da tradição cristã, especialmente do "Protoevangelho de Tiago", um texto apócrifo respeitado pela Igreja por seu valor devocional. Embora não estejam nas Escrituras canônicas, sua devoção é tradicional e oficialmente reconhecida pela Igreja Católica.

DONA ELZA

 Dona Elza, 82 anos, caminhava todos os dias até a pracinha da cidade com um banquinho de madeira e um envelope amarelado nas mãos. Sentava-se sempre ao lado de um velho poste de luz e ficava ali por horas, olhando o movimento das ruas e conversando com as pessoas que passavam.

Alguns achavam que ela apenas gostava de tomar ar fresco. Outros diziam que ela esperava por alguém. Mas ninguém nunca soube ao certo.
Crianças brincavam por ali e perguntavam:
— "Vó Elza, por que a senhora sempre senta nesse mesmo lugar?"
Ela sorria, colocava a mão no envelope e respondia:
— "Porque foi aqui que ele prometeu voltar."
A história era antiga. Nos anos 60, Elza se apaixonou por Miguel, um jovem alfaiate que sonhava em mudar de vida e viajar o país. Antes de partir, ele prometeu:
— "Quando eu voltar, vou te entregar esta aliança. Espere por mim neste mesmo poste."
Miguel partiu, mas nunca mais deu notícias. Diziam que ele havia morrido num acidente de ônibus. Mas o corpo nunca foi encontrado. E Elza, com o coração cheio de amor e fé, guardou a carta que ele deixou e passou os últimos 60 anos voltando ao mesmo lugar, todos os dias.
Um dia, já ao entardecer, um carro preto parou em frente à praça. Um senhor de chapéu desceu devagar, com uma bengala em uma das mãos e um pequeno estojo na outra.
Olhou em volta… e a viu.
— “Elza?” — disse, com a voz embargada.
Ela demorou alguns segundos para entender. Depois, os olhos se encheram de lágrimas. Era Miguel. Ele sobreviveu ao acidente, mas ficou internado por anos sem memória. Recuperou parte dela recentemente, e com ajuda da filha de um enfermeiro que viu a velha carta no bolso do paletó, reencontrou o nome da cidade.
Dona Elza se levantou com dificuldade. Miguel ajoelhou com esforço diante dela e abriu o estojo. A aliança estava ali.
— “Demorei, eu sei. Mas eu voltei.”
Naquele dia, a praça inteira parou. A cidade chorou com eles. E o poste, que para muitos era só um pedaço de concreto, se tornou símbolo de fidelidade, esperança e amor que nem o tempo, nem o esquecimento conseguiram apagar.