Muita gente olha pra uma mulher de cabelo branco e enxerga o final. Eu olho e vejo o início de uma nova era.
Minha senhora, essas palavras são pra senhora mesmo. Não por acaso. É porque grande parte das mulheres que me acompanham já passou dos 60, já criou filho, já cuidou de neto, já enfrentou calada o que derrubaria muito marmanjo. Algumas já se aposentaram. Outras, nunca pararam. E todas, absolutamente todas, já escutaram que “nessa idade” a única tarefa que resta é esperar: esperar visita, esperar lembrança, esperar alguém lembrar que você existe.
Mas aqui, comigo, é diferente. Eu não vejo fim. Vejo um recomeço cheio de força e liberdade.
Eu enxergo uma mulher que já quebrou e colou os próprios pedaços. Que já calou a boca pra manter a paz, e hoje escolhe o silêncio só quando quer. Suas rugas não são sinais de idade, são tatuagens de guerra. São mapas de uma vida que foi vivida com coragem, entrega e dignidade.
É por isso que meu conteúdo tem cada vez mais o rosto de vocês. Porque enquanto o mundo quer empurrar as senhoras pro canto, eu puxo pra o centro do palco.
Enquanto muitos tentam apagar sua presença, eu acendo holofotes com palavras, com humor, com aquele toque provocante que só quem viveu de verdade entende.
A senhora ainda tem muito o que viver, ensinar, descobrir e principalmente: se permitir.
E se depender de mim, vai fazer tudo isso com batom vermelho, alma leve e um sorriso de quem sabe exatamente o valor que tem. E antes que alguém duvide. Mulher de 70+ também tem desejo, decisão e uma sede de vida que assusta novinha. E se fizer ploc ploc, faz com gosto, faz com alma e faz melhor. A diferença é que hoje ela não se exibe. Ela saboreia em silêncio. Porque aprendeu que o prazer verdadeiro mora naquilo que não precisa ser explicado pra ninguém.