A História de Santa Ana e São Joaquim – Os Avós de Jesus
Muito antes de Maria dizer “sim” ao anjo Gabriel, Deus já preparava, em silêncio e amor, o caminho para a vinda do Salvador. E esse caminho começou no seio de um casal simples, piedoso e cheio de fé: Santa Ana e São Joaquim.
Joaquim era um homem justo e trabalhador, descendente do rei Davi. Ana, sua esposa, era doce, generosa e profundamente devota a Deus. Viviam na Galileia, provavelmente em Nazaré, e levavam uma vida simples, mas marcada por um sofrimento que os consumia: não tinham filhos.
Naquele tempo, a infertilidade era vista como uma vergonha, uma maldição. Ana era julgada, olhada com desprezo pelas outras mulheres, e muitas vezes chorava escondida. Já idosa, sabia que o tempo da maternidade havia passado… mas nunca deixou de confiar em Deus.
Joaquim, profundamente humilhado certa vez ao tentar oferecer sacrifícios no Templo, se retirou para o deserto e passou 40 dias em jejum e oração, pedindo um milagre. Ao mesmo tempo, Ana, em sua casa, também rezava, com o coração aberto, dizendo:
“Senhor, se me deres um filho, prometo que o consagrarei a Ti.”
Foi então que, segundo a tradição cristã, um anjo apareceu aos dois, anunciando que suas preces haviam sido ouvidas. Ana conceberia uma menina, e ela seria grandiosa diante do Senhor. E assim aconteceu: Ana engravidou milagrosamente, já em idade avançada.
A filha deste casal santo se chamaria Maria — a mulher escolhida por Deus para ser a Mãe do Salvador.
Desde pequena, Maria foi educada na fé, no silêncio e na confiança em Deus. Ana e Joaquim a consagraram ao Templo, onde ela cresceria em graça e sabedoria, até o dia em que também teria seu “sim” ao plano divino.


O exemplo que vem dos avós
Santa Ana e São Joaquim são mais do que os avós de Jesus. Eles representam:

A fé que não desiste com o tempo.

A oração que espera mesmo quando tudo parece impossível.

O amor que educa, forma e inspira.
Eles são modelo de esperança para os casais que sonham com filhos, e intercessores poderosos pelas famílias e pelos avós do mundo inteiro.

Observação:
A história de Ana e Joaquim vem de fontes antigas da tradição cristã, especialmente do "Protoevangelho de Tiago", um texto apócrifo respeitado pela Igreja por seu valor devocional. Embora não estejam nas Escrituras canônicas, sua devoção é tradicional e oficialmente reconhecida pela Igreja Católica.