Sou Matusalém se saudade for velhice.
Monday, January 30, 2012
JOSÉ DE CASTRO PERDIGÃO ( Nô Barbeiro - 1923/2004)
Agradecemos a direção do Hospital Nossa Senhora das Dores pela homenagem atribuida a nosso pai em 19 de março de 2011, quando obras de reformas foram inauguradas.
A Ala da Enfermaria recebeu o seu nome. Um tanto estranho um "barbeiro" ter seu nome ligado a uma ala de enfermagem. Explicamos:
Na decáda de 30, o Dr. Matheus assumiu o Hospital do Prata, alguns anos depois, nosso pai foi morar em frente ao Hospital.
A nossa Casa de Saúde não tinha enfermeiros a princípio, então o Dr. Matheus pedia ao Nô para ajudá-lo como voluntário. Assim ele aprendeu a medir pressão, fazer curativos e outras atividades de enfermagem, continuando depois comovoluntário da direção até 1993.
Vivenciou e participou da Instituição por quase 60 anos.
A Ala da Enfermaria recebeu o seu nome. Um tanto estranho um "barbeiro" ter seu nome ligado a uma ala de enfermagem. Explicamos:
Na decáda de 30, o Dr. Matheus assumiu o Hospital do Prata, alguns anos depois, nosso pai foi morar em frente ao Hospital.
A nossa Casa de Saúde não tinha enfermeiros a princípio, então o Dr. Matheus pedia ao Nô para ajudá-lo como voluntário. Assim ele aprendeu a medir pressão, fazer curativos e outras atividades de enfermagem, continuando depois comovoluntário da direção até 1993.
Vivenciou e participou da Instituição por quase 60 anos.
Nosso Abraço,
Imaculada, Vanderlei, Petrônio, João Bosco, Reinaldo, Gorett, Edmar e Leonor ( Filhos).
Imaculada, Vanderlei, Petrônio, João Bosco, Reinaldo, Gorett, Edmar e Leonor ( Filhos).
BODAS DE CORAL
Algumas vezes a vida é mais generosa e permite reconstruir o que se perdeu. Este é o seu tempo de presença em minha vida.
Friday, January 27, 2012
INDICAÇÃO POLÍTICA
Cargo de confiança é aquele em que a pessoa é indicada para fazer o que não sabe, não pode e não deve.
FRATERNIDADE
Somos todos irmãos. Na batalha da vida cuide também de quem está a seu lado, não deixe ninguém pra trás, protejam-se uns aos outros.
VELHO - NOVO
A grande diferença na vida está entre o que apenas está começando, com o que já está terminando.
O CONTROLE DA VIDA
O remo serve para impulsionar a canoa, a correnteza a impele; a gente apenas torce e se segura para não bater nas pedras ou entrar em um redemoinho.
FILOSOFANDO
Sinto-me atordoado por ter ultrapassado limites fixados na vida? Roteiro zero em originalidade, o velho e o novo em convivência tornou-se motivo de escárnio universal.
Mais importante ainda, há coisas que não precisam de opinião alheia para saber que são surreais e que não precisam existir.
Mais importante ainda, há coisas que não precisam de opinião alheia para saber que são surreais e que não precisam existir.
FILOSOFANDO
Quando há cheiro de ruína fumegante, não há futuro. Algumas coisas são injustas, como outras não conseguem perdão. Trata-se de mercadoria avariada.
Thursday, January 26, 2012
PEQUENO PRÍNCIPE
Se tu me cativas, precisaremos um do outro; serei único para ti no mundo e tu serás única para mim.
PENSAMENTO
Após anos de convivência com alguém, estamos mais ligados à presença do que à sua forma fisíca.
A VERDADE DA VIDA
Considero-me "gato escaldado", se não for, é porque a espécie está em extinção. Não posso me dar ao luxo de bancar o vilão.
CARTÃO DE ANIVERSÁRIO
Você já tem sessenta, tempo suficiente para ainda não saber das coisas; ou não prestar atenção!...
Tuesday, January 24, 2012
O AMOR
O amor não é pura satisfação sexual ou erótica.
Ele exige um tipo de confiança absoluta no outro; uma vez que vamos aceitar que este outro esteja totalmente presente em nossa própria vida, que nossa vida esteja ligada de maneira interna ao outro; isto nos prova que não é verdade que a competitividade, o ódio a violência, a rivalidade e a separação sejam a Lei do Mundo.
CUIDE-SE BEM
A reputação é algo de valor inestimável. Não dê chance a invenções e detalhes desnecessários.
Monday, January 23, 2012
Saturday, January 21, 2012
Friday, January 20, 2012
ATO DE ENTREGA
Entregar-se ao amor é um gesto de tão grande significado que importa em assumir que a existência do outro se converta em preocupação constante.
Monday, January 16, 2012
FILOSOFANDO
O problema do excesso de romantismo não é construir castelo na areia, mas sim querer morar nele.
EI ACORDE!,,,
Tem filho que fala muito grosso com os pais, para quem é cem por cento dependente. Pode ? . . .
Saturday, January 14, 2012
Friday, January 13, 2012
FALSO TESTEMUNHO
Dizem que no casamento não há privacidade porque se vive o tempo todo sob o olhar vigilante da testemunha de acusação.
Thursday, January 12, 2012
AOS FILHOS
A infantilização e a tirania são atitudes típicas de uma educação "sem limites". Filhos são criados para a vida, não se tornarão pessoas justas, honestas e equilibradas se não assumirem as suas responsabilidades. A maior herança, o maior legado é o preparo para o mundo. Sinto muito se não puder dizer "sim" sempre, mesmo porque na vida, você irá receber muitos "nãos".
Wednesday, January 11, 2012
CONFISSÃO EM SETEMBRO
Acho que não posso ser considerado um “tipo sorridente”. Sou ciente da minha justa parcela de sorte. Amo meus filhos e gosto do meu trabalho. Tenho um cotidiano que, como outros, sobrevive às dificuldades naturais, e é geralmente tranqüilo, embora não alcance a vivência de uma ligação completa, até pelas diferenças inerentes a cada ser humano.
Pode-se dizer que não fui uma criança inteiramente despreocupada, uma vez que tive responsabilidades precocemente, o que de certa forma inibe uma passagem satisfatória para a idade adulta.
Com uma temperatura emocional mais para um comportamento contido, digladio hoje com o chegar aos sessenta anos. A marcha para a mortalidade ocorre a qualquer ser humano ( ordem natural )uma vez que estamos sujeitos a estas sinalizações, e não é difícil sentir que aos poucos a cortina está se levantando para o ato final. Não há como evitar. Baixar o colesterol e vigiar outras mazelas juntam-se à perspectiva do declínio, mas o coração ainda não tem o indefinível fragmento da felicidade que vem se esquivando de mim há quase sessenta anos.
Tuesday, January 10, 2012
LIÇÃO DE CASA
É muito bom crescer cercado por uma pessoa que dedicou sua vida por algo maior do que Ele próprio. Abrace e agradeça ao seu Pai !
INUTILIDADE
É um grande mal, não o deixe apossar-se de você. Nada, nem ninguém, é mais pobre do que o sentimento de ser dispensável ou totalmente desnecessário.
Monday, January 09, 2012
CASOS, CAUSOS & ACASOS
UM ADEUS
Aprendemos desde crianças a respeitar os desígnios de DEUS, foi assim que fomos criados e é certamente esta nossa fé que poderá nos ajudar nestes momentos difíceis e inesperados. Perdemos o nosso querido tio Jadir. Fizemos questão de colocar uma coroa de flores para homenageá-lo com os dizeres: OBRIGADO PELO BOM EXEMPLO, SEUS SOBRINHOS. Porque na verdade foi isso que ele nos passou com toda a sua simplicidade e singeleza de levar a vida.
Quando jovem, como era tradição em nossa família, foi trabalhar como barbeiro no salão de meu pai. Nesta ocasião contava eu com meus quatro ou cinco anos de idade, e ele já rapaz de 21 anos, tido pelas moças da época como um moço bonito, o que lhe valeu o apelido de “artista”. Não sabemos muito bem explicar as razões, mas certo era que nós dois tínhamos uma cumplicidade amiga muito grande, que ultrapassava a condição de tio e sobrinho. Adormeci por inúmeras vezes em seu colo e pacientemente ele carregava-me pelas escadas da minha casa e me entregava para minha mãe. Eu gostava dele, tínhamos muito em comum, talvez a exagerada preocupação com a saúde nos tenha auferido o título de “os nervosos da família”. Gostávamos de futebol, foi ele quem me fez torcer pelo Atlético Mineiro e também foram muitas tardes de Domingo que eu corria, após o catecismo, para o campo do Lava-Pés para vê-lo atuar no gol do Clube Atlético Pratiano juntamente com seus irmãos Jarbas e Jair. Lembro-me bem de que se durante o jogo ele sofria um gol, e algum torcedor perto de mim o culpava, eu saia em sua defesa e ficava bravo, e como menino por vezes até chorava.
Na sua juventude gostava de dançar, jogar futebol, namorar, nunca deixando de trabalhar e cumprir com as suas obrigações. Para a sua felicidade conheceu Maria José, filha do nosso querido Nonô Juca Martins, e aos trinta e três anos com ela se casou. No casamento foi um homem feliz, complementado pelos filhos Jadimar e Jaimara. Sempre me dizia, em nossas conversas íntimas, que não foram poucas, que se eu me casasse e tivesse como esposa uma pessoa como a MARIA, “a Maria minha”, como ele a ela se referia, eu seria muito feliz. Quase sempre me dizia frases que agora teimam em voltar à mente. “É Petrônio, ai de mim se não fosse a Maria. Ela é muito boa. É uma mãe para mim”. Estas frases me emocionavam e me faziam ser grato à Maria. Primeiro porque ele era um tio do qual eu muito gostava e, como eu sabia da sua fragilidade íntima, ficava feliz por saber que a sua esposa era seu grande apoio. Mas, não era apenas isto, ele era meu amigo, trabalhávamos próximos um ao outro, e ele acompanhava a minha vida e me incentivava, principalmente quando resolvi estudar Direito, já com quase quarenta anos, enfrentando duas ou até três viagens por semana a Divinópolis para frequentar a Faculdade; ele foi decisivo: “vá em frente, não desanime, o estudo é importante”, dizia e até lamentava-se de não ter tido esta oportunidade.
Por diversas ocasiões demonstrou-me ele a sua consideração e confiança, e sempre que achava necessário a mim recorria para ajudá-lo a pensar e a decidir sobre algum assunto. Nas duas vezes em que participei de campanhas políticas como candidato a Vereador e a Vice-Prefeito, esteve a meu lado e se alguém aventurava-se em alguma crítica contra mim, o que, aliás, é muito comum em época de eleições, ele não aceitava e encerrava o assunto, demonstrando a sua insatisfação. Essa era a minha convivência com o meu TIO JADIR, testemunhada por minha mãe que sempre me dizia que: “desde menino, você era muito agarrado a ele”. Agora, o imprevisto, o quase inevitável e o perdemos ainda relativamente novo.
Em minhas orações supliquei a Deus que desse a ele a chance de voltar para casa, não foi possível, não sei qual a avaliação de Deus: se minhas orações ainda foram poucas ou se Ele estava precisando de alguém bom, humilde, de caráter, para lá do céu, emitir mensagens que nos ensinem a valorizar a família, a amar mais ainda nossos filhos, a ter respeito pelos mais simples e humildes. A mim particularmente, ele já confidenciara a sua grande preocupação com os filhos em sua falta e especialmente com a “sua Maria”, o seu grande e único amor, quase uma devoção. Por isso, tio, neste último adeus terreno eu lhe prometo que nós, falo aqui em nome de nossa família, irmãos, sobrinhos e sobrinhas, continuaremos a amar sua esposa e seus filhos, como uma forma de manter acesa aquela chama de amor que você sempre teve e tem por eles dentro de seu coração.
Com muita saudade, seu sobrinho PETRÔNIO.
Aprendemos desde crianças a respeitar os desígnios de DEUS, foi assim que fomos criados e é certamente esta nossa fé que poderá nos ajudar nestes momentos difíceis e inesperados. Perdemos o nosso querido tio Jadir. Fizemos questão de colocar uma coroa de flores para homenageá-lo com os dizeres: OBRIGADO PELO BOM EXEMPLO, SEUS SOBRINHOS. Porque na verdade foi isso que ele nos passou com toda a sua simplicidade e singeleza de levar a vida.
Quando jovem, como era tradição em nossa família, foi trabalhar como barbeiro no salão de meu pai. Nesta ocasião contava eu com meus quatro ou cinco anos de idade, e ele já rapaz de 21 anos, tido pelas moças da época como um moço bonito, o que lhe valeu o apelido de “artista”. Não sabemos muito bem explicar as razões, mas certo era que nós dois tínhamos uma cumplicidade amiga muito grande, que ultrapassava a condição de tio e sobrinho. Adormeci por inúmeras vezes em seu colo e pacientemente ele carregava-me pelas escadas da minha casa e me entregava para minha mãe. Eu gostava dele, tínhamos muito em comum, talvez a exagerada preocupação com a saúde nos tenha auferido o título de “os nervosos da família”. Gostávamos de futebol, foi ele quem me fez torcer pelo Atlético Mineiro e também foram muitas tardes de Domingo que eu corria, após o catecismo, para o campo do Lava-Pés para vê-lo atuar no gol do Clube Atlético Pratiano juntamente com seus irmãos Jarbas e Jair. Lembro-me bem de que se durante o jogo ele sofria um gol, e algum torcedor perto de mim o culpava, eu saia em sua defesa e ficava bravo, e como menino por vezes até chorava.
Na sua juventude gostava de dançar, jogar futebol, namorar, nunca deixando de trabalhar e cumprir com as suas obrigações. Para a sua felicidade conheceu Maria José, filha do nosso querido Nonô Juca Martins, e aos trinta e três anos com ela se casou. No casamento foi um homem feliz, complementado pelos filhos Jadimar e Jaimara. Sempre me dizia, em nossas conversas íntimas, que não foram poucas, que se eu me casasse e tivesse como esposa uma pessoa como a MARIA, “a Maria minha”, como ele a ela se referia, eu seria muito feliz. Quase sempre me dizia frases que agora teimam em voltar à mente. “É Petrônio, ai de mim se não fosse a Maria. Ela é muito boa. É uma mãe para mim”. Estas frases me emocionavam e me faziam ser grato à Maria. Primeiro porque ele era um tio do qual eu muito gostava e, como eu sabia da sua fragilidade íntima, ficava feliz por saber que a sua esposa era seu grande apoio. Mas, não era apenas isto, ele era meu amigo, trabalhávamos próximos um ao outro, e ele acompanhava a minha vida e me incentivava, principalmente quando resolvi estudar Direito, já com quase quarenta anos, enfrentando duas ou até três viagens por semana a Divinópolis para frequentar a Faculdade; ele foi decisivo: “vá em frente, não desanime, o estudo é importante”, dizia e até lamentava-se de não ter tido esta oportunidade.
Por diversas ocasiões demonstrou-me ele a sua consideração e confiança, e sempre que achava necessário a mim recorria para ajudá-lo a pensar e a decidir sobre algum assunto. Nas duas vezes em que participei de campanhas políticas como candidato a Vereador e a Vice-Prefeito, esteve a meu lado e se alguém aventurava-se em alguma crítica contra mim, o que, aliás, é muito comum em época de eleições, ele não aceitava e encerrava o assunto, demonstrando a sua insatisfação. Essa era a minha convivência com o meu TIO JADIR, testemunhada por minha mãe que sempre me dizia que: “desde menino, você era muito agarrado a ele”. Agora, o imprevisto, o quase inevitável e o perdemos ainda relativamente novo.
Em minhas orações supliquei a Deus que desse a ele a chance de voltar para casa, não foi possível, não sei qual a avaliação de Deus: se minhas orações ainda foram poucas ou se Ele estava precisando de alguém bom, humilde, de caráter, para lá do céu, emitir mensagens que nos ensinem a valorizar a família, a amar mais ainda nossos filhos, a ter respeito pelos mais simples e humildes. A mim particularmente, ele já confidenciara a sua grande preocupação com os filhos em sua falta e especialmente com a “sua Maria”, o seu grande e único amor, quase uma devoção. Por isso, tio, neste último adeus terreno eu lhe prometo que nós, falo aqui em nome de nossa família, irmãos, sobrinhos e sobrinhas, continuaremos a amar sua esposa e seus filhos, como uma forma de manter acesa aquela chama de amor que você sempre teve e tem por eles dentro de seu coração.
Com muita saudade, seu sobrinho PETRÔNIO.
HOMENAGEM A UM AMIGO
Normalmente nós, seres humanos, temos a faculdade de homenagear as pessoas após a sua morte. Infelizmente ou felizmente meu coração exige que eu me exponha aos olhos de nossa comunidade para lembrar uma pessoa que partiu de nosso convívio e que deixou, pelo menos para mim, um exemplo de vida. Estou falando do Bené de Euclides. O Bené do Ilhéus como nós o tratávamos. Todos nós temos nossas fraquezas, a minha foi não querer tê-lo visto morto. Opção minha já que não me senti suficientemente forte para fazê-lo. Digo isto, pois considero-me uma pessoa muito feliz, uma vez que tive e tenho oportunidade de conviver ainda com meus pais, embora tenha perdido uma pessoa que considero viva em minha alma, pela abnegação de mãe, avó e, sobretudo como sogra, circunstância que muitos nem sempre consideram.
Conheci Bené de Euclides quando fui por ele procurado profissionalmente. A partir desse momento tive a grata felicidade de poder aprender o que significa a verdadeira amizade de um ser humano para com outro. Talvez nesta época, ainda com meus saudosos vinte anos não sabia o que era a vida, uma vez que o homem aos vinte é incendiário e aos quarenta torna-se bombeiro. Desde, então, passei, a saber, o que era um amigo. Todas as vezes que com ele conversei, aprendi algo, aquilo que só aprende com o passar dos anos, ou seja, a magia da serenidade, nunca da intransigência, sobretudo o bem maior que o ser humano tem que é a família. E como o Bené sabia disto mais do que todos! Quando o visitei em Ilhéus junto com meus filhos, não pensei que ele nos faltaria de forma tão rápida, mais os desígnios da vida são imprevisíveis, por isso senti muito mais do que normalmente acontece quando perdemos alguém. Não desejo fazer apologia de uma pessoa que partiu, mas acho que, em nome da comunidade de Ilhéus e do Prata, posso agradecer a Deus por ter nos dado à alegria de ter convivido com Bené e deixar para a sua viúva e para seus filhos uma palavra do fundo do coração: a vida de Bené foi um sacerdócio de amizade, de lealdade, de amor aos filhos e de muita sinceridade para com os amigos. Muito obrigado Bené por você ter existido. Valeu a pena ter sido seu amigo e seu aluno na escola da vida. Descanse em paz!
Conheci Bené de Euclides quando fui por ele procurado profissionalmente. A partir desse momento tive a grata felicidade de poder aprender o que significa a verdadeira amizade de um ser humano para com outro. Talvez nesta época, ainda com meus saudosos vinte anos não sabia o que era a vida, uma vez que o homem aos vinte é incendiário e aos quarenta torna-se bombeiro. Desde, então, passei, a saber, o que era um amigo. Todas as vezes que com ele conversei, aprendi algo, aquilo que só aprende com o passar dos anos, ou seja, a magia da serenidade, nunca da intransigência, sobretudo o bem maior que o ser humano tem que é a família. E como o Bené sabia disto mais do que todos! Quando o visitei em Ilhéus junto com meus filhos, não pensei que ele nos faltaria de forma tão rápida, mais os desígnios da vida são imprevisíveis, por isso senti muito mais do que normalmente acontece quando perdemos alguém. Não desejo fazer apologia de uma pessoa que partiu, mas acho que, em nome da comunidade de Ilhéus e do Prata, posso agradecer a Deus por ter nos dado à alegria de ter convivido com Bené e deixar para a sua viúva e para seus filhos uma palavra do fundo do coração: a vida de Bené foi um sacerdócio de amizade, de lealdade, de amor aos filhos e de muita sinceridade para com os amigos. Muito obrigado Bené por você ter existido. Valeu a pena ter sido seu amigo e seu aluno na escola da vida. Descanse em paz!
ORAÇÃO À NOSSA MÃE - CENTENÁRIO DE DA. CELITA EM 13 DE MAIO DE 2020.
Nós pratianos, tivemos no dia 9 de março de 1997 uma grande perda; Dª Celita ( Glicéria de Paula Magalhães ) deixou nosso convívio para em companhia de nosso Pai Celestial continuar a sua missão de bondade e carinho para com todos que a rodeavam.
Celita era irmã de Guilherme Magalhães ( Sô Guilherme alfaiate, que foi casado com Da. Rita Drumond ). A Da. Celita foi casada com Elisandro Rosa de Lima. São filhos, o Sandro, O Tadeu e o Agostinho.
A Da. Celita teve como irmãos de criação a Da. Ruth de Sô Manoel Vermelho ( um primor de ser humano ) e o Quequé ( Zé de Paula, também alfaiate, além de, segundo meu pai, um senhor médio volante do Pratiano).
Particularmente, tinha por ela um apreço que ultrapassava a uma simples consideração. Através de meus pais, fiquei sabendo que ela, quando do casamento deles, testemunhara a um no civil e a outro no religioso, única forma encontrada para que não houvesse um certo ciúme, já que ambos a consideravam como grande amiga. Cresci como amigo de seus filhos, torcia pelo Vasco junto com o Sandro, o que nos custava umas discussões com o Tadeu, já flamenguista quando ainda usava chupeta. O Agostinho quando se casou, fui o motorista que conduziu o Juiz de Paz ao Cartório, juntamente com meu irmão João Bosco (João Gato), que foi seu testemunha no ato civil.
Como se vê, não há família no Prata que não tenha uma boa recordação de Dª Celita. Assim como não há jovem que não lhe fez confidência, rapazes ou moças que tomaram alguns puxões de orelha quando ela achava necessário. Com ela não havia cerimônia, conseguia falar com a gente de uma maneira que nos fazia meditar e sentir nela a presença da mãe que todos queremos ter.
Muitos alunos de outras cidades que estudavam no Prata tornavam-se seus filhos adotivos. Frequentavam sua casa e achavam sempre um biscoito e um café para recebê-los. Muitos destes, hoje, são engenheiros, médicos, advogados e professores, mas aprenderam com Dª Celita o que as faculdades não conseguem ensinar: amor, bondade e carinho. Com ela não havia distinção, preocupava-se com a amiga, lavadeira de profissão, que não conseguia terminar sua casa de morada. Condoía-se quando via que um pai de família, pobre lutador, excedera-se na bebida e subia a rua cambaleando ou até mesmo entregara-se ao sono etílico em cima de algum passeio. Por tudo isto é que desejamos deixar uma mensagem ao Sandro, Tadeu, Agostinho e também aos netos: vocês não devem lamentar, a mãe e a avó de vocês foi daquelas pessoas que só vieram ao mundo para ajudar e fazer o bem. Nós, filhos desta terra, tivemos dela aquilo que não se paga com moeda e nem se compra no supermercado da esquina:
“Tivemos o amor em sua real e verdadeira acepção”.
Não posso deixar de registar que Ela teve três filhos homens, mas que na vida dela, houve uma pessoa que foi para Ela como uma filha, a Sylvia Teixeira, que aqui veio morar como estudante, filha do Sr. José Teixera ( ex-prefeito de Dom Silvério e irmão do Sr, Prudentino do Correio )
Que nos doa a saudade dela, mas que seu exemplo nos sirva de caminho para educarmos bem nossos filhos e netos. Ela não queria mais do que isto!
Mesmo que caia esta lágrima que teima em rolar, eu agradeço a Deus por ter tido a felicidade de com ela ter convivido.
Celita era irmã de Guilherme Magalhães ( Sô Guilherme alfaiate, que foi casado com Da. Rita Drumond ). A Da. Celita foi casada com Elisandro Rosa de Lima. São filhos, o Sandro, O Tadeu e o Agostinho.
A Da. Celita teve como irmãos de criação a Da. Ruth de Sô Manoel Vermelho ( um primor de ser humano ) e o Quequé ( Zé de Paula, também alfaiate, além de, segundo meu pai, um senhor médio volante do Pratiano).
Particularmente, tinha por ela um apreço que ultrapassava a uma simples consideração. Através de meus pais, fiquei sabendo que ela, quando do casamento deles, testemunhara a um no civil e a outro no religioso, única forma encontrada para que não houvesse um certo ciúme, já que ambos a consideravam como grande amiga. Cresci como amigo de seus filhos, torcia pelo Vasco junto com o Sandro, o que nos custava umas discussões com o Tadeu, já flamenguista quando ainda usava chupeta. O Agostinho quando se casou, fui o motorista que conduziu o Juiz de Paz ao Cartório, juntamente com meu irmão João Bosco (João Gato), que foi seu testemunha no ato civil.
Como se vê, não há família no Prata que não tenha uma boa recordação de Dª Celita. Assim como não há jovem que não lhe fez confidência, rapazes ou moças que tomaram alguns puxões de orelha quando ela achava necessário. Com ela não havia cerimônia, conseguia falar com a gente de uma maneira que nos fazia meditar e sentir nela a presença da mãe que todos queremos ter.
Muitos alunos de outras cidades que estudavam no Prata tornavam-se seus filhos adotivos. Frequentavam sua casa e achavam sempre um biscoito e um café para recebê-los. Muitos destes, hoje, são engenheiros, médicos, advogados e professores, mas aprenderam com Dª Celita o que as faculdades não conseguem ensinar: amor, bondade e carinho. Com ela não havia distinção, preocupava-se com a amiga, lavadeira de profissão, que não conseguia terminar sua casa de morada. Condoía-se quando via que um pai de família, pobre lutador, excedera-se na bebida e subia a rua cambaleando ou até mesmo entregara-se ao sono etílico em cima de algum passeio. Por tudo isto é que desejamos deixar uma mensagem ao Sandro, Tadeu, Agostinho e também aos netos: vocês não devem lamentar, a mãe e a avó de vocês foi daquelas pessoas que só vieram ao mundo para ajudar e fazer o bem. Nós, filhos desta terra, tivemos dela aquilo que não se paga com moeda e nem se compra no supermercado da esquina:
“Tivemos o amor em sua real e verdadeira acepção”.
Não posso deixar de registar que Ela teve três filhos homens, mas que na vida dela, houve uma pessoa que foi para Ela como uma filha, a Sylvia Teixeira, que aqui veio morar como estudante, filha do Sr. José Teixera ( ex-prefeito de Dom Silvério e irmão do Sr, Prudentino do Correio )
Que nos doa a saudade dela, mas que seu exemplo nos sirva de caminho para educarmos bem nossos filhos e netos. Ela não queria mais do que isto!
Mesmo que caia esta lágrima que teima em rolar, eu agradeço a Deus por ter tido a felicidade de com ela ter convivido.
VIDA NORMAL
Nascemos e morremos, e no espaço entre uma coisa e outra, nós estudamos, trabalhamos, casamos, temos filhos, praticamos exercícios e às vezes até emagrecemos.
A DEMOCRACIA DO VOTO
Alguns políticos estão em retorno à idade Média, utilizando a ameaça de perseguição futura, caso eleitos, como instrumento de tortura, ou seja aterrorizador e paranóico, completamente divorciados da democracia.
AO TELEFONE
Médico: Tenho más e péssimas notíciais. Qual quer ouvir primeiro?
Paciente: As péssimas.
Médico: Você tem 24h de vida.
Paciente: E as más?
Médicos: Era pra eu ter lhe avisado ontem.
Paciente: As péssimas.
Médico: Você tem 24h de vida.
Paciente: E as más?
Médicos: Era pra eu ter lhe avisado ontem.
ATLÉTICO MINEIRO
Explicação para a derrota do Galo por 6x1 para o Cruzeiro ao final do Brasileirão 2011: Os jogadores haviam se concentrado na Praia de Porto de Galinhas.
Sunday, January 08, 2012
CASOS & CAUSOS
SEM PROTESTO
É um rapaz aparentemente forte. Pés grossos. Unhas pretas. Sorriso vago e falho. Corpo inchado. Cabelos russos de ciscos brancos. Desce pela rua vertical da cidade em passos largos, peito estufado, cabeça erguida. Olhando sem ver. Assim é o preto sem nome, muito querido em minha terra. As seis da manhã já está pelas ruas. Se alguém o cumprimenta, responde às vezes com um sinal de tinindo, ou com expressões desconexas, como “já tomei meia garrafa hoje”. Perambular é a sua atividade diária, razão pela qual seus pés são grossos e resistentes. Sem ser partidário da filosofia existencialista, é oposicionista ao banho que lhe tiraria o sujo das unhas. Falta-lhe um incisivo por ter aberto garrafas de pinga à força. Por saborear excessivamente as caninhas com um genuíno estalido de língua, tornou-se inchado. Indiferente lhe é dormir pelos quintais, ruas ou paióis, por isso sua cabeça está sempre impregnada de painas. Nunca se sabe seu destino; para ele, descer, ou subir as ruas dá no mesmo. Está sempre apressado para o compromisso com o nada. Como todos, tem seu gingado de corpo e muito original. Ao perguntarem seu nome, responde tão mal pronunciado que é necessário inventar uma cadeia silábica para se conseguir reproduzir o som lingüístico, talvez uma pretensão a nome difícil, ou mesmo estrangeiro, quem sabe inglês? É um eterno alienado, vive por viver, chora e ri como todos, sente dores, gosta do por do sol, sofre gozações e humilhações, e nem por isso nunca o ouvi protestar contra o destino que lhe cumpre cumprir.
Edição: Novembro/1973 ( Este texto foi escrito em 1973, hoje o nosso protagonista é totalmente diferente, meu amigo de coração, e diz aos outros que é meu amigo desde 1920 - ano que nem o meu pai havia nascido )
É um rapaz aparentemente forte. Pés grossos. Unhas pretas. Sorriso vago e falho. Corpo inchado. Cabelos russos de ciscos brancos. Desce pela rua vertical da cidade em passos largos, peito estufado, cabeça erguida. Olhando sem ver. Assim é o preto sem nome, muito querido em minha terra. As seis da manhã já está pelas ruas. Se alguém o cumprimenta, responde às vezes com um sinal de tinindo, ou com expressões desconexas, como “já tomei meia garrafa hoje”. Perambular é a sua atividade diária, razão pela qual seus pés são grossos e resistentes. Sem ser partidário da filosofia existencialista, é oposicionista ao banho que lhe tiraria o sujo das unhas. Falta-lhe um incisivo por ter aberto garrafas de pinga à força. Por saborear excessivamente as caninhas com um genuíno estalido de língua, tornou-se inchado. Indiferente lhe é dormir pelos quintais, ruas ou paióis, por isso sua cabeça está sempre impregnada de painas. Nunca se sabe seu destino; para ele, descer, ou subir as ruas dá no mesmo. Está sempre apressado para o compromisso com o nada. Como todos, tem seu gingado de corpo e muito original. Ao perguntarem seu nome, responde tão mal pronunciado que é necessário inventar uma cadeia silábica para se conseguir reproduzir o som lingüístico, talvez uma pretensão a nome difícil, ou mesmo estrangeiro, quem sabe inglês? É um eterno alienado, vive por viver, chora e ri como todos, sente dores, gosta do por do sol, sofre gozações e humilhações, e nem por isso nunca o ouvi protestar contra o destino que lhe cumpre cumprir.
Edição: Novembro/1973 ( Este texto foi escrito em 1973, hoje o nosso protagonista é totalmente diferente, meu amigo de coração, e diz aos outros que é meu amigo desde 1920 - ano que nem o meu pai havia nascido )
MENOR ABANDONADO
Sempre temos colocado a nossa opinião a respeito do Menor Abandonado.Defendemos a tese de que os maiores é que são abandonadores. Dentro desta linha de pensamentos chegamos às famílias. O alvo da reorganização social deve ser a família. Os menores de rua são órfãos de pais, mas de pais vivos. As soluções a serem encontradas devem buscar o menor para o seio da família. Por estas razões é que nos batemos pela educação.
Importa refletir que educação é diferente de instrução, então não adianta pensar que a escola poderá desempenhar o papel da família ou até substituí-la. Puro engano. Nós precisamos resgatar a ética, a religiosidade e a moral como fundamentos essenciais na formação da criança. Quem aprende a respeitar o próximo não mata, rouba ou estupra.
Portanto, é preciso que tenhamos muito cuidado com os modernos conceitos sociais.
Importa refletir que educação é diferente de instrução, então não adianta pensar que a escola poderá desempenhar o papel da família ou até substituí-la. Puro engano. Nós precisamos resgatar a ética, a religiosidade e a moral como fundamentos essenciais na formação da criança. Quem aprende a respeitar o próximo não mata, rouba ou estupra.
Portanto, é preciso que tenhamos muito cuidado com os modernos conceitos sociais.
O ENCONTRO
Eu vi um menino correndo, jogando futebol, transpirando inocência, rezando para São Domingos ajudar na prova de Aritmética, na poesia da Língua Pátria.
Eu vi meu mundo mudando crescendo o menino, lições aprendendo, o difícil Francês, a incômoda Matemática, a seriedade da Religião, o rosto sisudo do Superior.
Eu vi meu mundo mudando, meu corpo crescendo, a vergonha chegando, a timidez aumentando; o primeiro olhar... um calor no meu rosto.
Eu vi meu mundo mudando, o trabalho chegando, o dinheiro faltando, o problema encarando, de frente, de lado; ora chorando, ora sorrindo; rapaz me tornei.
Eu vi meu mundo mudando, o amor foi chegando, o problema aumentando, a ânsia falando com o balanço do mar, trazendo incerteza, abrindo ferida dentro de mim.
Eu vi meu mundo mudando, o tempo passando, tingindo de branco os já ralos cabelos, o querer aumentando, a saudade doendo, solidão reclamando e encontro você...
Friday, January 06, 2012
Tuesday, January 03, 2012
NÃO SE REVOLTE
Quando as perdas são muitas e doloridas, então tem-se mais motivos para valorizar quem está a seu lado.
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Monday, January 02, 2012
IGREJA CATÓLICA
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