A
palavra "bellum" (do latim) significa "guerra". Dela surgiram em português as palavras: bélico, belicosidade e beligerante, todas
com sentido de conflito (ou seja, guerra).
Introduzido
este termo, vou seguindo o meu caminho, ciente de que o pouco que construí não é
passível de ser roubado, o medo de perder é frágil. Nada tenho a trocar, pois
vivo para aprender. Vender, muito menos, nada me pertence, tudo me foi
emprestado. Ando viajando com a mente, acompanhado de boas lembranças. Conhecer
gente é o meu lema. Desejo deixar um pouco de generosidade e nada de
comportamento belicoso, sou da paz.
Feitas
estas considerações lembrei-me de ter lido a respeito de Santa Mônica (tida
como padroeira dos pais e mãe de Santo Agostinho) que nos provou com sua vida
que realmente tudo pode ser mudado pela força da oração pois o marido era
violento, rude e pagão. Como se não bastasse o filho mais velho, Agostinho, era
dado a vícios, orgias e desrespeito para com o próximo, embora muito
inteligente e com uma inquieta busca pela verdade, envolvendo-se sempre em
muitas mentiras e meias verdades. A mãe Mônica nunca desistiu do filho e por
Ele orou por vinte anos, o que resultou em sua conversão, tornando-se Bispo e
Doutor da Igreja.
De
certa forma este fato guarda certa relação com o hoje, pois a opção
pela oração é pouco praticada neste mundo corrido e competitivo. A tenacidade
da busca e o silêncio são bons companheiros. Há que se considerar que quando
nos tornamos pais não recebemos uma “bula” de como fazer o melhor quanto a
educação dos filhos, nem estudar em Harvard é garantia de acerto. Não há dúvida
de que cada pessoa é única, e podemos até achar que não estamos fazendo o
melhor, e pode ser verdade. Recriminar sempre não é a solução, silenciar-se
pode ser importante, assim como elogiar quando o filho merecer, e agradecer a
Deus.
Sabemos
que é impossível controlar tudo a nossa volta, mesmo porque respeitar o outro é
necessário.
Tentar
impor ao outro o pensamento da gente é uma ação constante do ser humano, por isso
discussões sobre religião, política e futebol na maioria das vezes são inócuas.
Se alguém nos machuca, dê-se um tempo e busque perdoar. Partir para o confronto
é buscar “guerra”, aliás, já temos guerras demais, todas fruto da ganância, da
ambição e do poder. Terrorismo não combina com religiosidade.
Feitas
estas considerações lembramos-nos de alguns pensadores e filósofos como o suíço
Jean Jacques Rousseau, Locke e tantos outros com teorias como: “o homem é bom,
a sociedade é que o corrompe”, ou “a tendência do homem é para o mal, Ele está
sempre tentando subjugar o outro, como os animais na cadeia alimentar pela sua
sobrevivência ".
Outro
fato interessante é que a gente quer sempre estar certo, ter razão, daí a nossa
dificuldade em ouvir e analisar outras proposições, evitando-se valer da
opressão.
O
ser humano é passível de erro, onde Ele estiver estará também a possibilidade
do errar. A imperfeição é característica humana, portanto procurar o(s)
culpado(s) de um erro não resolve. O que é importante é o que fazemos com o que
nos acontece, com o que vem para nós. O passado não pode ser mudado, “seria
serrar serragem”, o que importa é o que é ideal para o presente, tendo em vista um futuro
melhor. Nosso comportamento tem dupla capacidade, podemos contaminar o nosso
próximo para o mal, mas podemos fazê-lo também para o bem.
Por
fim, se os problemas pudessem ser resolvidos pela violência, gritos e chutes,
com licença da expressão o ideal seria aplicar “a filosofia da porrada”, o
grande lutador Maguila poderia ter sido o Presidente da República ou o Anderson
Silva, lutador de UFC. Só que hoje você joga o seu adversário ao chão,
encosta-o às cordas, vence-o, mas amanhã aparecerá outro para lutar com você, , o
que obrigará a usar a violência novamente.
Concluindo,
o que resolve é a sabedoria, a educação e o diálogo. Aproveito para contar um
fato que ocorreu comigo vindo de Divinópolis, num fusca mais velho quando fui
interceptado por um policial fiscalizador, que após verificar tudo;
deu-me o sinal de que estava tudo bem, porém repentinamente voltou-se e
disse-me:
-“Esqueci-me de olhar o extintor de incêndio!”.
Verificado, foi constatado que estava vencido.
Então, disse-me ele:
-“Esqueci-me de olhar o extintor de incêndio!”.
Verificado, foi constatado que estava vencido.
Então, disse-me ele:
- "E agora? "
Respondi-lhe:
-" Por favor, faça a multa, estou errado e devo ser punido".
Ele
então, um pouco surpreso, falou-me assim:
- " Interessante, esperava que você pronunciasse a famosa frase: “Quebra um galho
aí”.
Disse-lhe:
- " De jeito algum, contra fato não há argumentos ".
Neste
momento ele passou os olhos pelo banco traseiro do carro e viu códigos, livros
e pastas e perguntou-me de onde eu estava vindo.
- Respondi-lhe
que vinha de Divinópolis, onde estudava Direito.
Ele
então acrescentou:
- "Então você tem conhecimento das leis? "
Respondi:
- "Sim, por isso admiti meu erro imediatamente e não posso compactuar com meus próprios erros ".
Então
Ele disse-me:
- "Por seu modo de agir corretamente e de forma
educada, pode ir e reabasteça o extintor logo que chegar em sua Cidade."
educada, pode ir e reabasteça o extintor logo que chegar em sua Cidade."
- "Obrigado", respondi-lhe.
Conclusão:
Temos que ser humildes e admitir nossos equívocos e não tentar subornar o outro, usando desculpas inaceitáveis.
***
Agora
um pouco de humor: “Seria como tentar explicar o batom na cueca, os 7 a 1 para
Alemanha contra o Brasil na copa de 2014 ou os 51 milhões em dinheiro
encontrados num apartamento em Salvador – BA.