Se há algo que me incomoda bastante
é a ironia e a dissimulação, mas nada ganha do preconceito. Quando
jovem, tinha eu a inocente ilusão de que isto acabaria ou seria praticado por apenas alguns imbecis. Estamos no Sec. XXI e a nossa sociedade ainda
continua preconceituosa. Estes dias ouvi
e presenciei uma ação de preconceito contra os garis.
Senti-me entristecido pela
pobreza de espírito do autor, que certamente não conhece o termo dado a eles
pelo Prof. e Pesquisador Mario Cesar Ferreira ( da UNB-Instituto de
Psicologia): “ Operários do Meio Ambiente”.
A dignidade da pessoa está no ato
de trabalhar e alguns desavisados fazem uma absurda ligação entre o lixo com o coletor (o
Gari).
Este trabalhador é praticamente invisível
pela sociedade, não recebendo às vezes nem um “bom dia”.
As agruras da sociedade são
doentes, quantas vezes já se soube de um pai falando assim: “Estude, se não
quiser ser lixeiro”. Não estou criticando o pai, ele aprendeu isto com a sociedade.
Além do esforço físico do trabalhador tem o sofrimento psicológico de ser considerado de um estrato menor, por isso às vezes, alguns se entregam até ao alcoolismo.
Além do esforço físico do trabalhador tem o sofrimento psicológico de ser considerado de um estrato menor, por isso às vezes, alguns se entregam até ao alcoolismo.
Os idiotas de plantão não entendem
a importância da função ao contribuir para o asseio das ruas, sendo que estas ruas são poluídas, em grande parte, pelos
que frequentam as escolas e se consideram da elite.
Dependemos um dos outros de forma
direta ou indireta, nesta hostil e rotineira vida, então necessário se faz
lembrar que todo trabalhador merece respeito como ser humano e como profissional.
Nota : Ao ofensor anônimo ofereço minhas orações, no sentido de que ele possa crescer como ser humano, porque o perdão ele deverá pedir a Deus.
Nota : Ao ofensor anônimo ofereço minhas orações, no sentido de que ele possa crescer como ser humano, porque o perdão ele deverá pedir a Deus.