Namoro antigo era no sofá da sala, supervisionado pelos pais. Ajudava muito se a sogra fosse afeita ao uso de tamancos. Com horário para estar em casa e os irmãos eram meio "espiões" nomeados pelos pais. Beijo na boca era raro e bem escondido, a moça podia ficar falada.
Nos clubes as moças de vestido rodado esperavam ser convidadas para uma "dança".
Época de um tempo mais lento e romântico. Tempo em que todos deveriam se casar e quem não o fizesse era visto com certa reserva.
A diferença é que hoje as pessoas namoram, ficando; o que certamente faz com que o sexo acabe por tomar o lugar do afeto.
Ao contrário de antigamente, tudo é mais rápido, dizem "a fila anda"; ou seja a quantidade venceu a qualidade. Hoje também, ninguém se obriga a manter-se num relacionamento, não estando bem.
Com o tempo a virgindade deixou de ser tabu e a repressão familiar diminuiu.
Impossível negar que o namoro ficou superficial, com menos responsabilidades, perspectivas e consistência. Também não se pode negar que o namoro de antigamente havia mais consideração de "um" para com o "outro".
Finalizamos, analisando que com o advento das doenças transmissíveis, da individualidade e do direito de decidir o que é bom para si sem nenhum sentimento de culpa, surgiu uma nova modalidade de comportamento, que são aquelas pessoas que levam muito bem a vida sozinhos, solteira, feliz com romances ocasionais, feliz sem nenhum; o que pode ou não ser resultado de um certo temor em se envolver ou até uma falta de habilidade para se relacionar.
Fonte de Pesquisa :Dr. Sergio Savian