Thursday, August 19, 2021

O CÉREBRO DE UMA PESSOA IDOSA.

 Artigo interessante sobre o funcionamento dos cérebros sexagenários e setentões!


 O CÉREBRO DE UMA PESSOA IDOSA.  * 


 O diretor da Escola de Medicina da Universidade George Washington argumenta que o cérebro de uma pessoa idosa é muito mais prático do que normalmente se acredita.  Nessa idade, a interação dos hemisférios direito e esquerdo do cérebro torna-se harmoniosa, o que expande nossas possibilidades criativas.  É por isso que entre as pessoas com mais de 60 anos você pode encontrar muitas personalidades que acabaram de iniciar suas atividades criativas.


  Claro, o cérebro não é mais tão rápido como na juventude.  No entanto, ele ganha em flexibilidade.  Portanto, com a idade, temos mais probabilidade de tomar as decisões certas e menos expostos a emoções negativas.  O pico da atividade intelectual humana ocorre por volta dos 70 anos, quando o cérebro começa a funcionar com força total.


  Com o tempo, a quantidade de mielina aumenta no cérebro, uma substância que facilita a passagem rápida de sinais entre os neurônios.  Devido a isso, as habilidades intelectuais são aumentadas em 300% em relação à média.


 Também interessante é o fato de que após 60 anos, uma pessoa pode usar 2 hemisférios ao mesmo tempo.  Isso permite que você resolva problemas muito mais complexos.


  O professor Monchi Uri, da Universidade de Montreal, acredita que o cérebro do idoso escolhe o caminho que consome menos energia, elimina o desnecessário e deixa apenas as opções corretas para resolver o problema.  Foi realizado um estudo no qual participaram diferentes faixas etárias.  Os jovens ficavam muito confusos ao passar nos testes, enquanto aqueles com mais de 60 anos tomavam as decisões certas.


  Agora, vamos examinar as características do cérebro na idade de 60 a 80 anos.  Eles são realmente rosados.


 CARACTERÍSTICAS DO CÉREBRO DE UMA PESSOA IDOSA.


  1. Os neurônios no cérebro não morrem, como dizem todos ao seu redor.  As conexões entre eles simplesmente desaparecem se a pessoa não se envolver em trabalho mental.


  2. A distração e o esquecimento aparecem devido a uma superabundância de informações.  Portanto, não é necessário que você concentre toda a sua vida em ninharias desnecessárias.


  3. A partir dos 60 anos, uma pessoa, ao tomar decisões, não utiliza um hemisfério ao mesmo tempo, como os jovens, mas ambos.


 4. Conclusão: se uma pessoa leva um estilo de vida saudável, se move, tem uma atividade física viável e tem plena atividade mental, as habilidades intelectuais NÃO diminuem com a idade, elas só CRESCEM, atingindo um pico na idade de 80-90 anos.


  Portanto, não tenha medo da velhice.  Esforce-se para se desenvolver intelectualmente.  Aprenda novos trabalhos manuais, faça música, aprenda a tocar instrumentos musicais, pinte quadros!  Dança!  Interesse-se pela vida, encontre-se e comunique-se com amigos, faça planos para o futuro, viaje o melhor que puder.  Não se esqueça de ir a lojas, cafés, shows.  Não se cale sozinho, é destrutivo para qualquer pessoa.  Viva com o pensamento: todas as coisas boas ainda estão à minha frente!


 👀 Informações!


   Um grande estudo nos Estados Unidos descobriu que:


   ▪ A idade mais produtiva de uma pessoa é de 60 a 70 anos;

   ▪ O 2º estágio humano mais produtivo é a idade de 70 a 80 anos;

   ▪ 3º estágio mais produtivo - 50 e 60 anos.

   ▪ Antes disso, a pessoa ainda não atingiu o pico.

   ▪A idade média dos ganhadores do Nobel é 62 anos;

   ▪A idade média dos presidentes das 100 maiores empresas do mundo é de 63 anos;

   ▪ A idade média dos pastores nas 100 maiores igrejas dos Estados Unidos é 71;

   ▪ Isso confirma que os melhores e mais produtivos anos de uma pessoa estão entre 60 e 80 anos. 

   ▪Este estudo foi publicado por uma equipe de médicos e psicólogos do New England Journal of Medicine.

   ▪ Eles descobriram que aos 60 anos você atinge o pico de seu potencial emocional e mental, e isso continua até os anos 80.

   ▪ Portanto, se você tem 60, 70 ou 80 anos, você está no melhor nível de sua vida.


   FONTE: New England Journal of Medicine.


 Passe esta informação para sua família e amigos de 60, 70 e 80 anos de idade para que eles possam se orgulhar de sua idade.


 Enviado por Álvaro  Falcáo  (Septuagenário)

Friday, August 13, 2021

ANEXO - EDELBERTO AUGUSTO GOMES LIMA

OUTRAS FONTES SURGIRAM EM RELAÇÃO A INTERPRETAÇÃO QUE CONFERI À SESMARIA DE 1758 CONCEDIDA A DOMINGOS MARQUES (E NÃO A DOMINGOS MARQUES AFONSO), ESCRITA NAS PÁGINAS 14 E 15, DE MEU LIVRO "São Domingos do Prata: as origens do povoado, da capela, do cemitério e da descoberta do Rio da Prata."


CITAÇÃO DE LUIZ PRISCO DE BRAGA TRANSCRITA NA PÁGINA 39 do meu livro acima mencionado.

Conhecem-se duas cartas sesmarias; uma datada de 6 de novembro de 1758, concedendo a DOMINGOS MARQUES e a outra de 23 de novembro de 1771, requerida por José Marques Vilas e concedida a Domingos Marques Afonso.

Diz ainda Luiz Prisco quanto a localização da sesmaria de 1758:

"(...) meia légua de terra em quadra no Ribeirão da Prata, freguesia de Catas Altas, acima da cachoei…

Em terceiro lugar, há menção a Domingos Marques e não a Domingos Marques Afonso, o que parece indicar tratar-se de duas pessoas distintas. (.....)

Finalmente, o RIO PRATA tem a sua nascente em São Domingos do Prata perto de Dom Silvério, passa pelo centro da cidade e tem a sua foz na Fazenda da Vargem, em Nova Era.

Ali ele desagua no Rio Piracicaba, que por sua vez tem a sua foz na região de Ipatinga, quando deságua no Rio Doce.

Portanto, o trajeto é totalmente diferente da região de Catas Altas e Caeté (Vila Nova da Rainha).

Assim, na minha visão, somente a sesmaria concedida em 1771 a José Marques Vilas, através do seu curador Domingos Marques Afonso, é que se localizava em território pratiano, como procuro demonstrar a seguir..."


NOVAS INFORMAÇÕES:


TRECHOS EXTRAÍDOS DO LIVRO "SÃO DOMINGOS DO PRATA E SUAS FAMÍLIAS...", DE AUTORIA DE CARLA VIEIRA LINHARES MAIA (dezembro/2020).

(A partir de agora, sempre ao referir-me a autora, será sobre o livro acima de sua autoria)

No final da página 90 e início da 91, afirma que o sobrenome AFONSO teria sido adotado, quando de sua chegada ao Brasil, por Domingos Marques Afonso para se diferenciar de inúmeros DOMINGOS MARQUES que existiam.

Na página 81, há a seguinte afirmativa da autora, demonstrando que as sesmarias não eram concedidas aleatoriamente. Havia normatização.

"Por leitura deste documento se observa claramente a existência de uma normatização para concessão de uma sesmaria em conformidade com as ordens régias de 15 de abril de 1738 e 11 de março de 1754. Dentre elas a existência de regras e condições para demarcação de terras."

Usavam como instrumento de medida a légua (cada légua tinha 6 quilômetros) e para demarcação os acidentes geográficos, morros, cursos d'aguas, etc. É necessário ressaltar que em todas as documentações oficiais, seja naquela época, seja na atual, não há espaço entre as frases e parágrafos e qualquer erro era corrigido por uma ressalva, digo, etc., o que não ocorreu na sesmaria de 1758.

A própria autora reconhece em seu livro a existência de outros Domingos Marques na região. Assim, é dificil acreditar que Domingos Marques na sesmaria de 1758, seja Domingos Marques Afonso.

Ademais, como demonstrei acima, do ponto de vista geográfico, a de 1758, ficava muito distante do território de São Domingos do Prata, lembrando que meia légua perfaz somente três quilômetros.


OUTRAS CONSIDERAÇÕES.

Já na página 47, menciona a referida autora:

"Primeiros registros de sesmarias.

1. 1754-sesmaria em nome de Domingos Marques e outros.

2. 1758 sesmaria em nome de Domingos Marques Afonso no Ribeirão da Prata, sitas em terras abaixo de uma cacheira.......

3. 1771 sesmaria de Joseph Marques Afonso concedida em nome de seu irmão Domingos Marques Afonso, devido a sua condição de "demência" ......."

No livro de Luiz Prisco de Braga há a citação de duas sesmarias (as de números 2 e 3 acima, mas a 3, em nome de José Marques Vilas.

Já na página acima citada, cita-se três. (1754, 1758 e 1771).

A sesmaria de 1754, que a autora acima também atribui a Domingos Marques Afonso, ela a transcreve, na integra, nas páginas 69/73 de seu livro, mas dela extraio apenas os trechos que considero essenciais:

"Ao (..) Governador interino da Capitania de Minas Gerais (..). Faço saber aos que esta carta de sesmaria virem que tendo requerido (the) representar por sua petição DOMINGOS MARQUES, morador na Freguesia de Catas Altas, que junto ao Ribeirão da (Barra?) do Prata, acima de uma cachoeira desagua (7) em um córrego que ficara a mão direita em Termo da Vila Nova da Rainha, Comarca do Rio das Velhas

(.....) Hei por bem fazer mercè como como por verba faço de conceder em nome de Majestade e de DOMINGOS MARQUES, por sesmaria de meia légua de terra em quadra com as devidas confrontações acima mencionadas (......)

Seguem as terras de dita passagem como determina a Nova Ordem (...) de 11 de Março de 1754 (...).

(Letra garrafal por iniciativa minha).

Já Luiz Prisco de Braga faz uma leitura um pouco diferente, mas do ponto de vista geográfico, reforça também a minha interpretação.

Diz Luiz Prisco: "(...) meia légua de terra em quadra no Ribeirão da Prata, freguesia de Catas Altas, acima da cachoeira de um córrego à mão direita do referido ribeirão, municipio de Vila Nova da Rainha, comarca do Rio das Velhas (...).

Quem pertencia a comarca do Rio das Velhas na época (que tinha sede em Sabará), era Caeté e não Catas Altas.

A autora não declara em sua leitura que o Ribeirão Prata ficava na freguesia de Catas Altas e sim que Domingos Marques ali residia.

Declara ainda a autora que o córrego desaguava no município de Vila Nova da Rainha (Caeté). Por sua vez, Luiz Prisco diz que o ribeirão Prata e não o córrego, ficava no municipio de Caeté.

Nas páginas 73/76, a autora transcreve, na integra, a sesmaria de 1771, a que foi requerida por José Marques Vilas e concedida a Domingos Marques Afonso na qualidade de curador do irmão.

O nome mencionado no texto foi o de José Marques Vilas e não Joseph Marques Afonso. OBSERVAÇÃO: Na realidade, a citação da data de 11 de março de 1754, não se referia, penso seu, a da concessão da sesmaria a DOMINGOS MARQUES, mas sim a uma Provisão da Coroa portuguesa determinando:

"Reservar área para uso de passageiros nos casos em que a gleba fosse cortada por estrada pública que cortasse rio caudaloso e necessitasse o uso de barca. Tal área deveria ser preservada em ambas as margens e, em um dos lados, mais meia légua em quadro para a comodidade dos transeuntes e de quem arrendasse a passagem"

(In Nelson Nozoe. "Aplicação da legislação sesmaria em território brasileiro"). Nesse sentido, embora não contenha a data da concessão, suponho tenham sido duas, as de 1758 e 1771, como diz Luiz Prisco de Braga.

RIBEIRÃO DA PRATA NA REGIÃO DE TAQUARAÇU E NOVA UNIÃO (Ex- José de Melo), SÃO EX- DISTRITOS DE CAETE. Existe, na região acima um RIBEIRÃO DA PRATA, mas que desagua no atual município de Raposos, ex-distrito de Sabará.

No internet, consta o seguinte trecho:

"...O Ribeirão da Prata é uma ótima opção para quem deseja sair da rotina das cidades e que está em busca de um momento de descanso e de encontro com a natureza.

As aguas do curso d'agua nascem na Serra do Gandarela e deságua no Rio das Velhas, no município de Raposos, situado a aproximadamente 30 km da capital mineira..."

Portanto, além de se comprovar que o nome não è privilégio do nosso, esse Ribeirão da Prata, afluente do Rio das Velhas (o nosso é do Rio Piracicaba) está mais próximo da leitura feita na sesmaria, do que o Ribeirão Prata que banha o território de São Domingos do Prata.

Pelo mapa a seguir (no original ele é colorido) pode-se ver que as leituras da autora e de Luiz Prisco de Braga estavam parcialmente corretas. Ha um RIBEIRÃO DA PRATA na região de Vila Nova da Rainha (Caeté), porém é outro e não o que banha o municipio de São Domingos do Prata, cujo percurso fica a léguas de distància.

Portanto, só pode ser o Ribeirão da Prata mencionado pela autora e Luiz Prisco. Contudo, como se demonstra mais adiante, Caete, Nova União e Taquaracu fazem parte da BACIA DO RIO DAS VELHAS, mas não são por ele banhados.


CONCLUSÕES.


No livro da autora também inexiste transcrição de sesmaria requerida por Domingos Marques Afonso, em 1758.

A transcrita em sua obra, como o fez Luiz Prisco de Braga, foi a concedida a DOMINGOS MARQUES.

A leitura que a autora faz da sesmaria, embora tanto ela quanto Luiz Prisco afirmem ser para Domingos Marques Afonso, diverge em alguns aspectos: Na de Luiz Prisco ele cita Ribeirão Prata e já a autora insere depois de ribeirão e antes do Prata, a palavra entre paréntesis "BARRA?",

A autora não declara, em sua leitura, que o Ribeirão Prata ficava na freguesia de Catas Altas e sim que Domingos Marques all residia.

Declara ainda a autora que o córrego (e não o Ribeirão) desaguava no municipio de Vila Nova da Rainha (Caeté), além de colocar entre parèntesis e interrogando, a palavra BARRA. Por sua vez, Luiz Prisco diz que o ribeirão Prata e não o corrego, ficava no municipio de Caete, RIO DAS VELHAS-CAETE-TAQUARACU-NOVA UNIÃO.

Na página 69 de seu livro, a autora faz a seguinte leitura da sesmaria de 1758: "(...) na qual é concedida a DOMINGOS MARQUES meia legua de terra em quadra do RIBEIRÃO DA PRATA, freguesia de Catas Altas, acima da cachoeira de um córrego à mão direita do referido RIO DAS VELHAS..." (Letra garrafal por iniciativa minha).


Por sua vez Luiz Prisco fez a seguinte leitura:

 "(...) meia légua de terra em quadra no Ribeirão da Prata, freguesia de Catas Altas, acima da cachoeira de um córrego à mão direita do referido ribeirão, município de Vila Nova da Rainha, comarca do Rio das Velhas (...).

Luiz Prisco, em lugar de Rio das Velhas menciona Comarca do Rio das Velhas.

Se considerarmos acertada a leitura da autora, fica reforçada a minha interpretação de que o perimetro da sesmaria de 1758, não se situava em território de São Domingos do Prata.

Tanto Taquaraçu, como Caeté fazem parte da BACIA do rio das Velhas por possuirem cursos d'água que desaguam no rio das Velhas. Rio Taquaraçu e Sabará respectivamente (Em Caeté há o córrego Caeté que vai desaguar no Rio Sabará e este por sua vez tem a sua foz no Rio das Velhas no municipio de Sabará).

Portanto, as leituras estão, a meu juizo, parcialmente corretas, eis que na região de Vila Nova da Rainha, comarca do Rio das Velhas, (que tinha sede em Sabará) existia um RIBEIRÃO DA PRATA, mas não era o mesmo a banhar São Domingos do Prata.

Por sua vez o córrego Caeté desaguava (e desagua) no município de Vila Nova da Rainha (hoje Caeté), que por sua vez desagua no Rio Sabará.

Ainda que parcialmente corretas, tanto as leituras da autora e a de Luiz Prisco de Braga, esbarram, a meu juízo, em duas barreiras: a distância de meia légua entre Caeté, Catas Altas e o território pratiano, além do nome do favorecido pela sesmaria: DOMINGOS MARQUES.

Isto posto, reafirmo a minha interpretação, respeitando as em contrário, de que a sesmaria de 1758 não foi concedida a Domingos Marques Afonso e sim a Domingos Marques, talvez (é bem provável), parente do fundador do município de São Domingos do Prata.

Impende ainda considerar que, geograficamente, a sesmaria ficava a dezen de léguas do território pratiano.


ARGUMENTO DEFINITIVO EMBORA ACESSÓRIO EM FACE DOS ACIMA APRESENTADOS.

Em 1758, DOMINGOS MARQUES residia em Catas Altas, enquanto Domingos Marques Afonso, segundo Luiz Prisco, estava perdido mas norestas pratianas. E bem provável, inclusive, que Domingos Marques Afonso e seu irmão tenham si mudado posteriormente para Catas Altas, por influència de Domingos Marques. Em todos os documentos oficiais, seja os apresentados por frei Thiago Santiago (reproduzidos em meu livro acima citado), bem como os da autora, todos envolvendo José Marques Vilas (transcritos no livro da autora) aparecem o nome completo de Domingos Marques Afonso.

Ademais, no primeiro documento oficial trazido à baila, Domingos Marques Afonso somente aparece como morador de Catas Altas em 1768, enquanto DOMINGOS MARQUES là ja residia em 1758, mesmo ano em que Domingos Marques Afonso deixou para a posteridade uma prova de estar, naquele momento, em terras pratianas.

Embora a inscrição na árvore fosse uma prova irrefutável, a autora, em que pese não ter feito ligação direta, nas páginas 130, final e 131 publicou:

"Curiosamente, consta na história desta cidade (Lagoa Dourada) a lenda de um certo capitão Marques, morador da região, que se perdendo na mata e temendo a morte fez uma promessa a seu santo de devoção de erigir uma capela para patrimônio, sendo esta a origem do arraial, atual cidade."

Os bandeirantes paulistas que desbravaram o território mineiro, eram supersticiosos, de pouca instrução, crentes, católicos e tementes a Deus.

Ao explorarem e penetrarem em territórios virgens, cheios de perigos, imensas e densas florestas inexploradas, não é de se estranhar que alguns deles tenham tido (ou previam) dificuldades em sairem dos labirintos em que se meteram, neste sentido era normal (até porque tinham muito ouro), que prometessem a ereção de uma capela ao santo de devoção e/ ou fizessem outra espécie de promessa.

Na minha infância, por volta de 1952/1953, morando em Coronel Fabriciano, ouvia relatos de caçadores que se perdiam nas matas da região, Obviamente, faziam algum tipo de promessa se conseguissem chegar a algum curso d'água para retornarem ao ponto de partida.

Essa possibilidade era bem real e não lenda, sendo que no caso de Domingos Marques Afonso ele nos legou provas materiais, quais sejam: a inscrição na árvore, com data de 1758, além da escritura de doação do terreno para construção da capela. Alguns pensam que a inscrição na árvore seria uma lenda contada por Luiz Prisco, por ser impossível ela durar cem anos, quando teria sido descoberta.

Bem, eu já penso ter ela existido, perdurado no tempo e foi a razão dele e seu irmão José Marques Vilas terem doado o terreno para construção da capela.

Duvidar da durabilidade da escrita após cem anos, seria o mesmo que fazê-lo em relação as gravações em rochas (inscrições rupestres), feitas há milhares de anos atrás e encontradas até os dias de hoje, inclusive às centenas, em Minas Gerais e outros locais e países.


Belo Horizonte, 04 de janeiro de 2021.


Edelberto Augusto Gomes Lima.

Monday, August 09, 2021

BENTITO AQUELE QUE:

 BENTITO AQUELE QUE:

ADMIRA, MAS NÃO INVEJA;

SEGUE, MAS NÃO IMITA;

ELOGIA, MAS NÃO BAJULA, 

LIDERA, MAS NÃO MANIPULA.

HOMENAGEM AOS PAIS

 Homenagem aos Pais, achei legal. 

O pai meu

O pai seu

O pai nosso

Todos os pais.

Os que estão no Céu

Os pais da Terra

Os de paz, os de guerra

O pai que assumiu

O pai que sumiu

O pai que voltou

O pai que você nunca viu

O pai que é cego, o que vê demais

O pai que é mãe, a mãe que é pai

O pai que lê jornal, o pai que não lê nada

O pai brigão, o pai que conta piada

O pai que a gente ajuda, o pai que dá mesada

O pai elegante, o pai de camisa cavada

O pai viajante, o pai que não sai.

Em nome do seu,

Do meu, de todos.

Em nome do pai.


Feliz DIA DOS PAIS !!!!

 A gente nunca sabe o que se passa na cabeça do outro. Quando se está fora do caos é fácil encontrar inúmeras soluções, mas na prática não é bem assim. Pare de julgar a dor que vc não sente, não tente diminuir histórias que vc sequer viveu. Respeite a vida do próximo. Precisamos de mais empatia.

Seja amor, não seja dor.

5 COISAS ANTIGAS QUE SÃO BOAS

Existem cinco coisas antigas que são boas:

• Pessoas sábias e idosas.

• Os velhos amigos para conversar.

• A velha lenha para aquecer.

• Velhos vinhos para beber.

• Os livros antigos para ler.


Émile A. Faguet

O segredo de uma boa velhice não é outra coisa senão um pacto honrado com a solidão


Gabriel Garcia Marques

Envelhecer é como escalar uma grande montanha: enquanto escala, as forças diminuem, mas o olhar é mais livre, a visão mais ampla e mais serena.


Ingmar Bergman

Os primeiros quarenta anos de vida nos dão o texto; os próximos trinta, o comentário.


Arthur Schopenhauer

Os velhos desconfiam dos jovens porque já foram jovens.


William Shakespeare

O jovem conhece as regras, mas o velho conhece as exceções.

 

Oliver Wendell Holmes

Na juventude aprendemos, na velhice entendemos. 


Marie von Ebner Eschenbach

A maturidade do homem é ter recuperado a serenidade com a qual brincávamos quando éramos crianças.


Frederich Nietzsche

O velho não pode fazer o que um jovem faz; mas faz melhor. 


Cícero

Leva dois anos para aprender a falar e sessenta para aprender a calar a boca. 


Ernest Hemingway

As árvores mais antigas dão os frutos mais doces.

 

Provérbio alemão

Se na sua família não tem um velho, adote um


Proverbio Milenar Chinês

A velhice tira o que herdamos e nos dá o que merecemos.                                   

                                                                           


Thursday, August 05, 2021

 


Tuesday, August 03, 2021

Chico Buarque define solidão...


Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto e circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...
SOLIDÃO é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.
Francisco Buarque de Holanda (Poeta, compositor e cantor)

Wednesday, July 28, 2021

URGÊNCIA

 Agora me falta o tempo.

Por minha culpa, somente.

Deixei de mandar recados

De escrever, de revelar,

De falar do meu amor,

De fazer meus versos toscos,

De cantar de dizer.

Agora, o tempo é pouco...

A culpa é de quem deixou

De cantar de madrugada

Pra chorar ao escurecer.


Fonte: Vida em Poesias - Autora: Célia Baptista de Oliveira.

UMA MÃO LAVA A OUTRA...

 Uma mão lava outra, as duas o rosto ,proverbio árabe  antigo .  Em crises e dinheiro curto, sempre são comum o sistema de barganha !  A tempos atrás lá na ponte funda tinha o Simão que morava perto do seu cunhado e compadre Geraldo.   Sempre pedia as coisas para o Geraldo emprestado ,muitas das vezes esquecia de devolver !  Geraldo jurou pra si mesmo que jamais emprestaria algo para o compadre Simão e ainda alertou a família . Olha ,o simão só vem a nós , se formos a ele ele escorrega, chega ,agora será na base da desculpa .   Assim como ele faz comigo !  Mal acabou de falar lá vem o simão ! Compadre ,tenho que ir lá em Araújos levar arroz para limpar , mim empresa carroça com o burro ?  He compadre ,até que poderia ,mais o burro fugiu do pasto e foi la pros altos  e sumiu no mato ,tem muitos dias que nem o vemos ! Vem pra dentro tomar um café ! Sentaram a mesa e começarão a contar causos e foi que o burrão da um relincho bem na porta da cozinha ! Simão já interroga o Geraldo !  Mais compadre ,como se o burro pode estar longe se eu escutei ele urrando aqui agora ? Geraldo retruca ! Quem é o senhor  ,que acredita mais numa urrada de burro ,do que na conversa do seu próprio compadre ?

 






 


Tuesday, July 27, 2021

RELEMBRAR

Hoje é dia de relembrar,

de homenagear

Alguém que veio pra marcar

Marcou presença

Marcou com sua essência

Com sua ligeira impaciência.

Porque logo se rendia

E o sorriso fluía,

com uma certa dificuldade, eu diria

Mas era com o coração que ele mais sorria

Sério, carrancudo 

Talvez fosse um escudo

Somos meio assim

Contudo estamos nos permitindo relaxar.

Amar, sempre nos amamos 

E nos últimos tempos estamos nos expondo mais

Estamos a de amor falar

E creio que não tive a oportunidade de expressar

ao meu irmão Vanderlei

o quanto eu o amei

O quanto lhe sou grato

O quanto vai fazer falta a sua companhia

Pra tomar uma cerveja

Pra tirar fotos de você

e lutar pra você aparecer sorrindo

Você é lindo, sorrindo ou não

Você viverá eternamente em nossa coração.

Esteja bem!

Esteja em paz!

Aqui a gente segue a caminhada

Não sabemos quando finda a estrada

Mas enquanto isso minha gente amada,

vamos sorrir, louvar e agradecer

por ter tido a alegria de com Vanderlei conviver.

Um abraço nosso irmão

Estamos aqui unimos em oração

E depois da prece, do choro e da emoção,

Uma cervejinha pra aliviar o coração.

Saúde Vanderlei!

Te amamos sem nenhum senão. ❤️❤️❤️

Autor: Edmar de Castro

RESSIFNIFICAR

Às vezes, o momento é tão difícil, que manter-se em pé torna-se dificílimo...

Mas recomeçar sempre é possível - e reerguer-se pode ser uma das melhores sensações que alguém pode ter!

Não digo que seja fácil, não é. Mas é possível!

É preciso alimentar a noção de que sempre há novo dia, uma nova oportunidade, um novo momento - não como os que já passaram, mas diferentes e, ainda assim, repletos de novos caminhos e de aprendizados.

 


Tuesday, July 20, 2021

CAPÍTULO V - DA HIGIENE DOS ESTABELECIMENTOS

Art.52 - Os hotéis, restaurantes, bares, cafés, botequins e estabelecimentos congêneres deverão observar o seguinte:

I - Lavagem de louça e talhares deverão fazer-se em água corrente, não sendo permitida sob qualquer hipótese a lavagem em baldes, tonéis ou vasilhames;

II - A higienização da louça e talheres deverá ser feita com água fervente ou com a utilização de detergentes.

III - Os guardanapos e toalhas serão descartáveis;

IV - Os açucareiros serão do tipo que permitam a retirada do açúcar sem o levantamento da tampa;

V - A louça e os talheres deverão ser guardados em armários com portas e ventilados, não podendo ficar expostos à poeira e moscas.

Art.53 - Os estabelecimentos a que se refere o artigo anterior são obrigados a manter empregados ou garçons limpos, convenientemente trajados de preferência uniformizados.

Art.54 - Nos salões de barbeiros e cabeleireiros é obrigatório o uso de toalhas e golas individuais.

Parágrafo Único - Os oficiais ou empregados usarão durante o trabalho roupas apropriadas, rigorosamente limpas.

Art.55 - Nos hospitais, casas de saúde e maternidade além de disposições gerais deste Código, que lhes forem aplicáveis é obrigatória;

I - A existência de uma lavanderia, a água quente com instalação completa de desinfecção;

II - A existência de depósito apropriado para roupa servida;

III - A instalação de necrotérios, de acordo com o artigo 56 deste código.

IV - A Instalação de uma vasilha com no mínimo três peças, destinadas respectivamente a depósito de gêneros, a preparo de comida e a distribuição, lavagem e esterilização de louças e utensílios, devendo as peças ter pisos e paredes revestidas de ladrilhos até a altura mínima de dois metros.

Art.56 - A instalação dos necrotérios e capelas mortuárias serão feitas em prédios isolados, distante no mínimo vinte metros das habitações vizinhas e situados de maneira que o interior não seja devassado ou descortinado.

Art.57 - As cocheiras e estábulos existentes na cidade, vilas e povoados do Município deverão além de observância de outras disposições deste Código, que lhes forem aplicadas, obedecer ao seguinte:

I - Possuir muros divisórios com três metros de altura mínima, separando-as dos terrenos limítrofes;

II - Conservar as distâncias mínimas de dois metros e meio entre a construção e divisa do lote;

III - Possuir sarjetas de revestimentos impermeáveis para águas residenciais e sarjetas de contorno para as águas das chuvas.

IV - Possuir depósito para estrume, à prova de insetos e com a capacidade para receber a produção de vinte e quatro horas a qual deve ser diariamente removida para a zona rural.

V - Possuir depósito para forragem, isolado de partes destinadas aos animais e devidamente vedado ao resto;

VI - Manter completa separação entre os possíveis compartimentos para os empregados e a parte destinadas aos animais;

VII - Obedecer a um recuo de pelo menos vinte metros de alinhamento do logradouro.

Art.58 - Na infração de qualquer disposição deste capítulo, será imposta a multa correspondente ao valor de 40%(quarenta por cento) do valor da

Unidade Padrão Fiscal -UPF/SDP.


FONTE: LEI Nº 229/90 - CODIGO DE POSTURAS DO MUNICÍPIO DE SÃO DOMINGOS DO PRATA

Monday, July 19, 2021

CARPE DIEM

Disse o Tempo sabiamente para aquele homem que queria saber o que era mais importante;
o passado que já havia criado o presente, ou o futuro que poderia ser transformado pelo presente.
O Tempo, sábio pela própria existência respondeu calmamente:
- Não há outro tempo que não seja o agora.
O passado foi escrito num determinado "agora" e não pode ser modificado.
O futuro é intangível, haja visto que pode não existir para quem o deseja.
Resta ao homem agradecer cada vez que acorda, e focar todo o seu poder no momento atual.
A noite pode chegar para o mundo e para ele não...
Só a ação de hoje pode criar um novo tempo.
Por isso, o sábio vigia os pensamentos e não deixa que eles viagem para o passado que pode trazer dor,
e nem para o futuro que pode alimentar falsas esperanças.
Cuide de ficar neste momento com todos os sentidos ativados.
Assim, o dia lhe parecerá um doce presente.
Embrulhado em lindos laços de fitas dedicado a alguém tão especial:
- Você!!!
(...)

ANCESTRAIS...

Para nascer precisamos de:

2 Pais

4 Avós

8 Bisavós

16 Trisavós

32 Tetravós

64 Pentavós

128 Hexavós

256 Heptavós

512 Oitavós

1024 Eneavós

2048 Decavós

Apenas o total das 11 últimas gerações, foram necessários 4.094 ANCESTRAIS, tudo isso em aproximadamente 300 anos antes de eu ou você nascermos!

Pare um momento e pense...

- De onde eles vieram?

- Quantas lutas já lutaram?

- Por quanta fome já passaram?

- Quantas guerras já viveram?

- Quantas vicissitudes sobreviveram os nossos antepassados?

Por outro lado, quanto amor, força, alegrias e estímulos nos legaram?

Quanto da sua força para sobreviver, cada um deles tiveram e deixaram dentro de nós para que hoje estejamos vivos.

Só existimos graças a tudo o que cada um deles passou.

É nosso dever honrar nossos antepassados!

Friday, July 16, 2021

O QUE VOCÊ GANHA ORANDO A DEUS REGULARMENTE?

Certa vez perguntaram a um cidadão: - O que você ganha orando a Deus regularmente?

ELE RESPONDEU:
"Geralmente não ganho nada, mas sim, perco coisas.”
E ele citou tudo o que perdeu orando a Deus regularmente:
1. 🙏🏻Perdi a minha raiva.
2. 🙏🏻Perdi o orgulho.
3. 🙏🏻Perdi a ganância.
4. 🙏🏻Perdi a inveja.
5. 🙏🏻Perdi a luxúria.
6. 🙏🏻Perdi o egoísmo.
7. 🙏🏻Perdi o prazer de mentir.
8. 🙏🏻Perdi o gosto pelo pecado.
9. 🙏🏻Perdi os desejos da carne.
10. 🙏🏻Perdi a impaciência, o desespero e o desânimo .

Às vezes, oramos não para ganhar algo, mas sim, para perder coisas que não nos permitem crescer espiritualmente.
A Oração Educa, fortalece e cura!
Amém!

Monday, July 12, 2021


 

Friday, July 09, 2021

A FILA DO ABRAÇO

“Quando os soldados americanos chegaram em um campo de concentração na Europa durante a Segunda Guerra, eles ficaram chocados com as cenas vivenciadas. Conta-se que um soldado ao chegar na ala das crianças chamou os colegas e decidiram dar alimentos para todos. As crianças estavam morrendo de fome. Formou-se então uma longa fila de crianças para receberem a tão esperada refeição. De repente um soldado olhou para o final da fila e lá estava um menino, de mãos unidas em gratidão ao Eterno e lágrimas nos olhos, quietinho. O soldado foi até ele comovido, ajoelhou-se e lhe deu um longo abraço. Algo inusitado aconteceu, várias crianças sairam da fila da comida e formaram uma fila para ganhar um abraço. Qual é prioritariamente nossa necessidade? Precisamos alimentar nossas almas. Precisamos do Amor do Eterno. Força para prosseguir! Gratidão e Amor são essências que devemos compartilhar para juntos seguir em frente. Permita o abraço do Criador em sua vida. Talvez este abraço seja a prioridade de que mais necessita." 🤗

Thursday, July 08, 2021

Wednesday, July 07, 2021

Por Maria Cecilia Heringer Schuchter!

 




A VIDA - MARIO QUINTANA

O tempo não pode ser segurado; a vida é uma tarefa a ser feita e que levamos para casa:
Quando vemos já é 6 horas da tarde.
Quando vemos é já sexta feira.
Quando vemos já terminou o mês.
Quando vemos já terminou um ano.
Quando vemos já passaram 50 ou 60 anos.
Quando vemos, nos damos conta de ter perdido um amigo.
Quando vemos, o amor de nossa vida parte e nos damos conta de que é tarde para voltar atrás...
Não pare de fazer alguma coisa que te dá prazer por falta de tempo, não pare de ter alguém ao seu lado ou de ter prazer na solidão.
Porque os teus filhos subitamente não serão mais teus e deverá fazer alguma coisa com o tempo que sobrar.
Tenta eliminar o “depois”...
Depois te ligo...
Depois eu faço...
Depois eu falo...
Depois eu mudo...
Penso nisso depois...
Deixamos tudo para depois, como se o depois fosse melhor, porque não entendemos que:
Depois, o café esfria...
Depois, a prioridade muda...
Depois, o encanto se perde...
Depois, o cedo se transforma em tarde...
Depois, a melancolia passa...
Depois, as coisas mudam...
Depois, os filhos crescem...
Depois, a gente envelhece...
Depois, as promessas são esquecidas...
Depois, o dia vira noite...
Depois, a vida acaba...
Não deixe nada para depois porque na espera do depois se pode perder os melhores momentos, as melhores experiências, os melhores amigos , os melhores amores ...
Lembre-se que o depois pode ser tarde.
O dia é hoje, não estamos mais na idade em que é permitido postergar.
Talvez tenha tempo para ler e depois compartilhar esta mensagem ou talvez deixar para...”depois”
Sempre unidos:
Sempre juntos...
Sempre fraternos...
Sempre amigos...


Mário Quintana

PREFEITO BIO E O MESTRE LELÉ SE DESPEDEM E O POVO CHORA

Domingo, 17 de maio de 1998. Duas mortes de dois ícones da história política e cultural de João Monlevade. O primeiro, Germin Loureiro, popular "Bio", prefeito do município por três mandatos (1967/70; 1983/88 e 1993/96). Popular e carismático, tinha na esposa, também saudosa Dona Zarif Loureiro, sua grande companheira na vida familiar e política. O cortejo fúnebre do ex-prefeito arrastou multidões e fez chorar muita gente, pessoas simples que tinham no casal um alicerce para seus problemas. Bio era muito amado e, mesmo político, tinha o respeito de toda comunidade. Despediu-se e mostrou sua obra, hoje imortalizada. E, na mesma data, no município de Serra, em Jacaraípe, Espírito Santo, o músico Ângelo Castro, "Mestre Lelé". Este, um grande amigo, que fazia dos instrumentos sua grande arte. Regente dos corais da Igreja da Vila Tanque, seu bairro.


Por volta das 20 horas, estava eu deitado, em minha casa, sob o cobertor que me protegia do frio proveniente de um estado febril, quando o vizinho e amigo José Tavares, "Piteco", bate em minha casa, anunciando a morte de Lelé, seu cunhado. Não pensei duas vezes. Disse à esposa e aos meninos que não poderia deixar de me despedir de Seu Lelé, um grande ídolo que tinha. Partimos eu, "Piteco" e sua esposa, para nossa caminhada de mais de 400 Kms. Lembro-me de que, ao chegar em Realeza, tomei um conhaque e me senti melhor. Fui então pegar a direção. Chegamos em Jacaraípe por volta de 2 horas da madrugada. De lá, para o cemitério, onde o corpo do mestre era velado pela família e alguns amigos. Não tinha a multidão do velório do também querido Bio, mas estavam ali pessoas que amaram em vida o grande Lelé. Ficamos ali por um tempo e, depois, para reencontrar os velhos amigos da Vila e colocar conversa em dia, saímos para um bar que fica dentro do a cemitério. Eu, Piteco, os filhos Angelo (Gelu), José de Castro (Pantera) e Antônio (Bosch), o genro Emilson (Zuin) e da família, Sr. Marcos. Passamos ali a madrugada até o amanhecer, entre a prosa, uma cerveja e a cachaça. Fazíamos uma justa homenagem para quem sempre gostou de viver, que buscou intensamente a felicidade. E ele faria o mesmo por nós. Veio a despedida no início da tarde de segunda-feira e foi ele ficar ao lado do Criador. Os dois monlevadenses certamente se encontraram no céu. 


Na época, no jornal "Morro do Geo", fiz um texto em homenagem aos dois, que transcrevo abaixo:


"Foi num dia 17 de maio. Foi no ano de 1998. Foram contemporâneos. Viveram vidas diferentes e talvez até mesmo mundos diferentes. Mas, vindos de outras terras, migraram para João Monlevade e aqui se fizeram profissionais, casaram se. Ambos tinham algo em comum: eram muito família e também religiosos. Sem contar que eram pessoas especiais, cada um ao seu estilo. Um era carpinteiro e músico. O outro, comerciante e político. Ambos passarinheiros. Um havia nascido em Santana do Alfié, município de São Domingos do Prata, vindo a falecer em Jacaraipe, aos 80 anos. Mas viveu praticamente toda a vida em João Monlevade; o outro nasceu em Belo Horizonte e morreu aos 75 anos. Também dedicou sua vida a esta cidade.


Estamos falando de Ângelo Rocha Castro e de Germin Loureiro. Popularmente conhecidos como "Lelé" e "Bio". O primeiro foi um dos grandes músicos que passou por nossa cidade. Um polivalente nos instrumentos, onde tocava corda, sopro e teclado. Participou de vários grupos musicais de Monlevade desde a década de 30. Seresteiro e grande maestro, boêmio por excelência. E, por vários anos, foi o regente dos corais que se apresentavam nas missas de sábado e domingo na Igreja do Bairro Vila Tanque. Aliás, a Vila foi seu berço. Era o Mestre Lelé, sempre de bem com a vida e nunca estava sozinho. Sempre carregava nas mãos o seu violão ou um instrumento de Sopro. Saudade ao estar por ali na Rua 21, a do "Sapo", na Vila, e recordar do velho Lelé, com o semblante alegre, sempre sorrindo, descendo para a Igreja.


O segundo é o maior político que já passou por esta terra. Mesmo com seu jeito sisudo, era um homem de um enorme Sua vida era no velho Carneirinhos, onde com ingressar na politica e, de cara, presidiu a Comissão Emancipação de João Monlevade. Antes teve um bar, o Bar do Bio (hoje Bufalo Bill). Foi prefeito por três mandatos (1967/70; 83/88 e 93/96). Entre suas grandes obras, a Estação de Tratamento de Água, várias escolas e urbanização em dezenas de bairros. O Bio era o politico que não precisava correr do eleitor. Por si só, ele tinha o respeito do povo. Assim como Lelé, Bio era um homem integrado ao trabalho voluntário.


As esposas? Dona Eni e D. Zarif, grandes companheiras. Foram o baluarte para sucesso de seus maridos. Pessoas de  currículos invejáveis. Pessoas integras, amigas e solidárias. Pessoas raras".


FONTE: MELO, Marcelo Manuel de. A SAGA: Memórias de um jornalista do interior. 1ª Edição. 2014, Gráfica VIP - Itabira/MG. 267-272 p.


Observação:

Angêlo Castro (mestre Lelé da Vila Tanque), era filho da minha tia Maria José, portanto primo primeiro do meu pai Nô Barbeiro. Conheci-o na minha juventude, era um amante inveterado da boa música, razão de muito orgulho para a nossa família CASTRO. 

Monday, July 05, 2021

AS MÃOS E AS ROSAS

Pensando bem, faltou falar um pouco, da alegria que tem que continuar com a gente e da essência e fragrância que ficam das pessoas que com a gente conviveram nesta vida, ou por algum tempo, às vezes eternamente!


"Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas!"

MARLA DE QUEIROZ

 "Pessoas vão embora de todas as formas: vão embora da nossa vida, do nosso coração, do nosso abraço, da nossa amizade, da nossa admiração, do nosso país.  E, muitas a quem dedicamos um profundo amor, morrem. E continuam imortais dentro da gente. A vida segue: doendo, rasgando, enchendo de saudade... Depois nos dá aceitação, ameniza a falta trazendo apenas a lembrança que não machuca mais: uma frase engraçada, uma filosofia de vida, um jeito tão característico, aquela peculiaridade da pessoa.

Mas pessoas vão embora. As coisas acabam. Relações se esvaem, paixonites escorrem pelo ralo, adeuses começam a fazer sentido. E se a gente sente com estas idas e também vindas, é porque estamos vivos. Cuidemos deste agora. Muitos já se foram para nos ensinar que a vida é só um bocado de momento que pode durar cem anos ou cinco minutos. E não importa quanto tempo você teve para amar alguém, mas o amor que você investiu durante aquele tempo.

Segundos podem ser eternidades... ou não. Depende da ocasião."

                                             - Marla de Queiroz

REFLEXÃO SOBRE O DIVÓRCIO

O mundo deve ter por volta de sete bilhões de habitantes, portanto a diversidade traz o relativo e o absoluto. Evidentemente que o mundo é dinâmico e a evolução é inevitável. E nesta vida sempre houve a relação chamada casamento.  Quando cursava direito penal, observávamos que os crimes tinham como motivo inicial uma das três barras a seguir:

1 - barra de ouro (dinheiro);

2 -  barra de saia (mulher); e

3 - barra de córrego (divisas).

Criado na religião católica nunca foi fácil admitir o divórcio como solução rápida e a mais eficiente. Isto deve-se a compreensão que carrego comigo sobre a "sociologia". E após pesquisas, não só com pessoas mas também em livros, verifiquei que não há como uma sociedade ser pacifica e organizada sem a presença da família.

PERDAS NECESSÁRIAS

A morte não é nada.

Eu somente passei pro outro lado do caminho .

Eu sou eu , vocês são vocês .

O que eu era pra vocês, eu continuarei sendo .

Me dêem o nome que sempre vocês me deram , falem comigo , como vocês sempre fizeram .

 Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas , Eu estou vivendo o mundo do  criador . Não  utilizem  nem um tom  solene ou  triste, continuem a Rir  daquilo que fazia rir juntos .  

  Rezem , sorriam, pensem em mim.Rezem por mim .

Que meu Nome seja pronunciado como sempre foi , sem ênfase  de nenhum   tipo . Sem nenhum traço   de sombra ou tristeza  .

A vida significa tudo,  como sempre significou .

O fio foi cortado .

 Porque Eu  estaria  fora de seus pensamentos, agora que estou  apenas fora de suas visitas .

Eu não estou longe, apenas do outro lado do caminho  

Vocé ai que ficou , siga em frente....

A vida continua  ,  linda e bela como sempre foi .

MENSAGEM DE CELSO ADOLFO

 Há 376 anos, Francisco de Quevedo escreveu A HORA DE TODOS, um livro de poucas páginas, que, em português, chegam a 160, se muito. 

Lá pela página 20 diz ele, ante o fim inadiável: 

"... está decretado inviolavelmente que no mundo, em um dia e em uma hora apropriada, se encontrem de repente todos os homens com o que cada um merece". 

Conheci Wanderley de Nô Barbeiro e Analita enquanto girava a nossa adolescência pratiana. Era tímida entre nós a mútua simpatia. Como as fumaças e o tempo embaçam as coisas, não nos vimos mais. 

Vencido pelo que é findo e já a caminho do infindável, que Wanderley mereça o melhor do que não está ao alcance das mãos ou sob os nossos olhos, mesmo que jamais saibamos o que seja isso, o que isso é e em quais quantidades.

Friday, July 02, 2021

Mensagem enviada por Drª Marielly Borim

Há pouco mais de um mês conheci um homem, um paciente sendo mais precisa. Um homem de caráter, um homem justo, um pai amoroso a sua maneira, um ótimo marido. Um pouco bravo, diga-se de passagem. Eu sei que para os irmãos, por circunstâncias e perdas ao longo da vida, ele se tornou uma referência. Sei que levava a família para a praia no passado, todos os anos. Sei que criou três filhos que se tornaram seres humanos de bem para este mundo caótico. Um homem forte e de forte opinião. Eu o conheci assim, e com ainda mais detalhes e histórias. Mas esse relato aqui carrega um fato curioso: eu nunca ouvi a voz dele. Poucas vezes ele me olhou nos olhos e, quando sim, foi num lapso, rapidamente. Eu o toquei e em raríssimos momentos tive retribuição. Mesmo assim, acreditem, eu o vi em pé, falando e olhando quando nem mesmo estava acordado. Esse é o poder do amor: é quando os nossos, sejam amores ou amigos, são capazes de trazer com palavras forma e fôlego mesmo depois que o nosso relógio já está errando os segundos. Contam sobre nós usando todas as tintas disponíveis da aquarela, misturam e ainda criam cores novas. E assim, não há outra saída: quando tocamos o outro tão profundamente a este ponto, meu amigo...morrer é impossível. Isso me lembra uma frase de um poeta inglês, por acaso médico pediatra, que diz: "quando a morte me encontrar quero estar bem vivo". Na época em que a descobri fiquei encantada, pensei até em tatua-la na pele. Hoje eu sei: eu não a entendia por completo. Agora sim, entendo. Obrigada. 

Um abraço, Mariélly.


Mensagem a Doutora Mariélly Borim:


Nós irmãos do paciente da autora, silencioso mentor de nossas vidas, agradecemos a elegância do gesto: Imaculada, João Bosco, Gorett, Edmar, Leonor e Petrônio.